ENCARTE DE ATUALIZAÇÃO Manual de Direito Processual do Trabalho. 10ª ed., 2016 LEI , de 04 de fevereiro de 2016

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ENCARTE DE ATUALIZAÇÃO Manual de Direito Processual do Trabalho. 10ª ed., 2016 LEI 13.256, de 04 de fevereiro de 2016 A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Esta Lei altera a Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), para disciplinar o processo e o julgamento do recurso extraordinário e do recurso especial, e dá outras providências. Art. 2º A Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), passa a vigorar com as seguintes alterações: (Vigência) Art. 12 Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão...(nr) Comentários: A alteração foi oportuna, atendendo às várias solicitações dos Tribunais, inclusive os Trabalhistas, uma vez que a obrigatoriedade de se seguir a ordem cronológica de conclusão poderia inviabilizar o trabalho das secretarias dos fóruns e tribunais, e também dos juízes. De outro lado, sempre que possível, os tribunais e juízes devem observar a ordem cronológica de conclusão para proferir sentenças e acórdãos, como medidas de transparência e isonomia. Art. 153 O escrivão ou o chefe de secretaria atenderá, preferencialmente, à ordem cronológica de recebimento para publicação e efetivação dos pronunciamentos judiciais...(nr) Comentários: Os escrivães e chefes de secretaria, atenderão, sempre que possível, a ordem cronológica de recebimento para publicação e efetivação dos pronunciamentos judiciais. Esse dispositivo se aplica ao processo do trabalho (artigos 769 e 15 do CPC). Art. 521... III pender o agravo do art. 1.042;...(NR) Comentários: O art. 521 do CPC, aplicável supletivamente ao processo trabalhista (arts. 889 e 15 do CPC), elenca as hipóteses em que há dispensa da necessidade de caução para liberação de valores na execução provisória. Houve alteração em seu inciso III. Doravante, poderá ser liberado dinheiro na execução provisória quando pender julgamento de agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos (artigo 1042 do CPC). O presente dispositivo se aplica supletivamente ao processo trabalhista (arts. 889, da CLT e 15 do CPC). Adaptando-o ao processo trabalhista, quando pender julgamento de agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso de revista ou extraordinário, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos, caberá liberação de dinheiro na execução provisória trabalhista, sem necessidade de caução. Art. 537... 3º A decisão que fixa a multa é passível de cumprimento provisório, devendo ser depositada em juízo, permitido o levantamento do valor após o trânsito em julgado da sentença favorável à parte...(nr) Comentários: Dispunha o parágrafo terceiro do referido dispositivo em sua redação original: Art. 537. A multa independe de requerimento da parte e poderá ser aplicada na fase de conhecimento, em tutela provisória ou na sentença, ou na fase de execução, desde que seja suficiente e compatível com a obrigação e que se determine prazo razoável para cumprimento do preceito. (...) 3º A decisão que fixa a multa é passível de cumprimento provisório, devendo ser depositada em juízo, permitido o levantamento do valor após o trânsito em julgado da sentença favorável à parte ou na pendência do agravo fundado nos incisos II ou III do art. 1.042. Diante da nova redação data ao parágrafo 3º do artigo 537, do CPC, somente é possível a liberação

do valor da multa em cumprimento provisório de obrigação de fazer ou não fazer após o trânsito em julgado da sentença favorável à parte. O referido dispositivo se aplica ao processo do trabalho (arts. 889, da CLT e 15 do CPC). Art. 966... 5º Cabe ação rescisória, com fundamento no inciso V do caput deste artigo, contra decisão baseada em enunciado de súmula ou acórdão proferido em julgamento de casos repetitivos que não tenha considerado a existência de distinção entre a questão discutida no processo e o padrão decisório que lhe deu fundamento. Comentários: O referido considera que a decisão viola manifestamente norma jurídica (art. 966, V do CPC) na hipótese em que estiver baseada em enunciado de súmula ou acórdão proferido em julgamento de casos repetitivos, mas que não tenha considerado a existência de distinção entre a questão discutida no processo e o padrão decisório que lhe deu fundamento. Trata-se de inovação, pois a redação original do art. 966 do CPC não contemplava tal hipótese. Doravante, o dispositivo considera rescindível a decisão que aplicou enunciado de súmula ou acórdão proferido em casos repetitivos sem fazer a distinção entre o caso concreto e o padrão decisório que lhe deu fundamento. Nesta hipótese pensamos que a parte interessada na distinção deve articular o requerimento desde a fase postulatória, na inicial ou na defesa, bem como em eventuais razões recursais. O referido dispositivo, de nossa parte, resta aplicável do processo do trabalho (arts. 769 e 836, da CLT, e 15 do CPC), entretanto, somente há previsão na CLT de incidente de demandas repetitivas no TST (art. 896-C, da CLT). 6º Quando a ação rescisória fundar-se na hipótese do 5º deste artigo, caberá ao autor, sob pena de inépcia, demonstrar, fundamentadamente, tratar-se de situação particularizada por hipótese fática distinta ou de questão jurídica não examinada, a impor outra solução jurídica. (NR) Comentários: O referido dispositivo exige a observância de um requisito específico da petição inicial na ação rescisória, qual seja: demonstrar, fundamentadamente, tratar-se de situação particularizada por hipótese fática distinta ou de questão jurídica não examinada, a impor outra solução jurídica, sob consequência de inépcia da petição inicial. O referido dispositivo se aplica ao processo trabalhista por força dos arts. 769 e 836, da CLT, e 15 do CPC. Art. 988... III garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; IV garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução de demandas repetitivas ou de incidente de assunção de competência;... 5º É inadmissível a reclamação: I proposta após o trânsito em julgado da decisão reclamada; II proposta para garantir a observância de acórdão de recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida ou de acórdão proferido em julgamento de recursos extraordinário ou especial repetitivos, quando não esgotadas as instâncias ordinárias...(nr) Comentários: O art. 988, do CPC dispõe sobre a reclamação. Dispunha o art. 988, do CPC em sua redação original: Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para: I preservar a competência do tribunal; II garantir a autoridade das decisões do tribunal; III garantir a observância de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; IV garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de precedente proferido em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência. 1º A reclamação pode ser proposta perante qualquer tribunal, e seu julgamento compete ao órgão jurisdicional cuja competência se busca preservar ou cuja autoridade se pretenda garantir. 2º A reclamação deverá ser instruída com prova documental e dirigida ao presidente do tribunal. 3º Assim que recebida, a reclamação será autuada e distribuída ao relator do processo principal, sempre que possível. 4º As hipóteses dos incisos III e IV compreendem a aplicação indevida da tese jurídica e sua não aplicação aos casos que a ela correspondam. 5º É inadmissível a reclamação proposta após o trânsito em

julgado da decisão. 6º A inadmissibilidade ou o julgamento do recurso interposto contra a decisão proferida pelo órgão reclamado não prejudica a reclamação. A reclamação não é um recurso, mas um instrumento destinado a preservar a competência dos Tribunais e a autoridade de suas decisões. Tradicionalmente prevista em Regimentos Internos de Tribunais, fora incorporada ao texto legal pelo CPC/15. Diante do art. 988, do CPC a reclamação pode ser aplicada tanto pelo TST quanto pelos TRTs (arts. 769 e 15 do CPC). A lei 13256/16 alterou os incisos III e IV do art. 988, da CLT, para considerar cabível a reclamação quando garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade e para garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução de demandas repetitivas ou de incidente de assunção de competência. O 5º do art. 988, do CPC, alterado pela Lei 13.256/16 assevera ser inadmissível a reclamação quando: (a) proposta após o trânsito em julgado da decisão reclamada; (b) proposta para garantir a observância de acórdão de recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida ou de acórdão proferido em julgamento de recursos extraordinário ou especial repetitivos, quando não esgotadas as instâncias ordinárias. O inciso II, do 5º do art. 988, do CPC, é correto e traz alteração significativa, pois se a matéria pode ser questionada por meio de recurso nas instâncias ordinárias, na Justiça do Trabalho, até o âmbito do segundo grau de jurisdição, não será cabível a reclamação. Art. 1.029... 2º (Revogado)... 5º... I ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo;... III ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037. (NR) Comentários: O art. 1029 do CPC trata do processamento dos recursos especial e extraordinário. Dispunha o art. 1029 do CPC, em sua redação original: O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas que conterão: I a exposição do fato e do direito; II a demonstração do cabimento do recurso interposto; III as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida. 1º Quando o recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial, o recorrente fará a prova da divergência com a certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicado o acórdão divergente, ou ainda com a reprodução de julgado disponível na rede mundial de computadores, com indicação da respectiva fonte, devendo- -se, em qualquer caso, mencionar as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados. 2º Quando o recurso estiver fundado em dissídio jurisprudencial, é vedado ao tribunal inadmiti-lo com base em fundamento genérico de que as circunstâncias fáticas são diferentes, sem demonstrar a existência da distinção. 3º O Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça poderá desconsiderar vício formal de recurso tempestivo ou determinar sua correção, desde que não o repute grave. 4º Quando, por ocasião do processamento do incidente de resolução de demandas repetitivas, o presidente do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça receber requerimento de suspensão de processos em que se discuta questão federal constitucional ou infraconstitucional, poderá, considerando razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, estender a suspensão a todo o território nacional, até ulterior decisão do recurso extraordinário ou do recurso especial a ser interposto. 5º O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a recurso especial poderá ser formulado por requerimento dirigido: I ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a interposição do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo; II ao relator, se já distribuído o recurso; III ao presidente ou vice-presidente do tribunal local, no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037.

O 2º do referido dispositivo foi revogado pela lei 13.256/16, e os incisos I e III do 5º alterados pela referida lei. Doravante, o pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou ao recurso especial poderá ser formulado por requerimento dirigido: (a) ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo; (b) ao relator, se já distribuído o recurso; (c) ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037. O art. 1029 do CPC aplica-se ao recurso extraordinário envolvendo matéria trabalhista. Art. 1.030 Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá: I negar seguimento: a) a recurso extraordinário que discuta questão constitucional à qual o Supremo Tribunal Federal não tenha reconhecido a existência de repercussão geral ou a recurso extraordinário interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal exarado no regime de repercussão geral; b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos repetitivos; II encaminhar o processo ao órgão julgador para realização do juízo de retratação, se o acórdão recorrido divergir do entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça exarado, conforme o caso, nos regimes de repercussão geral ou de recursos repetitivos; III sobrestar o recurso que versar sobre controvérsia de caráter repetitivo ainda não decidida pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme se trate de matéria constitucional ou infraconstitucional; IV selecionar o recurso como representativo de controvérsia constitucional ou infraconstitucional, nos termos do 6º do art. 1.036; V realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, remeter o feito ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça, desde que: a) o recurso ainda não tenha sido submetido ao regime de repercussão geral ou de julgamento de recursos repetitivos; b) o recurso tenha sido selecionado como representativo da controvérsia; ou c) o tribunal recorrido tenha refutado o juízo de retratação. 1º Da decisão de inadmissibilidade proferida com fundamento no inciso V caberá agravo ao tribunal superior, nos termos do art. 1.042. 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III caberá agravo interno, nos termos do art. 1.021. (NR) Comentários: Dispunha o art. 1.030 do CPC, em sua redação original: Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão remetidos ao respectivo tribunal superior. Parágrafo único. A remessa de que trata o caput dar-se-á independentemente de juízo de admissibilidade. Conforme o referido dispositivo legal, a admissibilidade dos recursos especial e extraordinário não seria mais realizada pelos Tribunais de Segundo Grau, e sim pelo próprio Tribunal Superior, o que provocou muita preocupação, pois os Tribunais Superiores alegaram que não havia estrutura para cumprimento da lei. Em razão disso, o art. 1.030 foi totalmente reformulado, voltando o Tribunal recorrido (de 2º grau) a apreciar os pressupostos de admissibilidade dos recursos de natureza extraordinária, inclusive com majoração dos poderes do desembargador competente para decidir sobre a admissibilidade do recurso. O presente dispositivo aplica-se ao recurso extraordinário que envolve matéria trabalhista. Art. 1.035... 3º... II (Revogado);... 7º Da decisão que indeferir o requerimento referido no 6º ou que aplicar entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos caberá agravo interno... 10 (Revogado)...(NR) Comentários: O art. 1.035 do CPC trata da repercussão geral, que é um pressuposto específico para análise do mérito do recurso extraordinário, para alguns autores, uma verdadeira prejudicial de mérito.

A lei 13.256/16 revogou o inciso II, do 3º, do art. 1.035 do CPC, que dispunha haver repercussão geral quando o recurso impugnasse acórdão que tivesse sido proferido em julgamento de casos repetitivos. Também foi revogado o 10º do art. 1.035 do CPC que fixava o prazo de 01 ano para o julgamento da questão com repercussão geral, sob consequência de cessar, em todo o território nacional, a suspensão dos processos, que retomariam seu curso normal. O 7º do artigo 1035 fora alterado. O art. 1035 do CPC aplica-se o recurso extraordinário envolvendo matéria trabalhista. Art. 1.036... 3º Da decisão que indeferir o requerimento referido no 2º caberá apenas agravo interno...(nr) Comentários: O art. 1036 do CPC trata do julgamento dos recursos extraordinário e especial repetitivos. Dispunha o art. 1036 do CPC em sua redação original: Sempre que houver multiplicidade de recursos extraordinários ou especiais com fundamento em idêntica questão de direito, haverá afetação para julgamento de acordo com as disposições desta Subseção, observado o disposto no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e no do Superior Tribunal de Justiça. 1º O presidente ou o vice-presidente de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal selecionará 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia, que serão encaminhados ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça para fins de afetação, determinando a suspensão do trâmite de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que tramitem no Estado ou na região, conforme o caso. 2º O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente, que exclua da decisão de sobrestamento e inadmita o recurso especial ou o recurso extraordinário que tenha sido interposto intempestivamente, tendo o recorrente o prazo de 5 (cinco) dias para manifestar-se sobre esse requerimento. 3º Da decisão que indeferir este requerimento caberá agravo, nos termos do art. 1.042. 4º A escolha feita pelo presidente ou vice-presidente do tribunal de justiça ou do tribunal regional federal não vinculará o relator no tribunal superior, que poderá selecionar outros recursos representativos da controvérsia. 5º O relator em tribunal superior também poderá selecionar 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia para julgamento da questão de direito independentemente da iniciativa do presidente ou do vice-presidente do tribunal de origem. 6º Somente podem ser selecionados recursos admissíveis que contenham abrangente argumentação e discussão a respeito da questão a ser decidida. Conforme a alteração legislativa, da decisão que indeferir o requerimento do interessado ao presidente ou ao vice-presidente, que exclua da decisão de sobrestamento e inadmita o recurso especial ou o recurso extraordinário que tenha sido interposto intempestivamente, caberá apenas agravo interno. O art. 1036 do CPC aplica-se supletivamente em Matéria Trabalhista ( 14 do art. 896-C, da CLT). Art. 1.038... 3º O conteúdo do acórdão abrangerá a análise dos fundamentos relevantes da tese jurídica discutida. (NR) Comentários: Dispunha o art. 1038 do CPC em sua redação original: O relator poderá: I solicitar ou admitir manifestação de pessoas, órgãos ou entidades com interesse na controvérsia, considerando a relevância da matéria e consoante dispuser o regimento interno; II fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e conhecimento na matéria, com a finalidade de instruir o procedimento; III requisitar informações aos tribunais inferiores a respeito da controvérsia e, cumprida a diligência, intimará o Ministério Público para manifestar-se. 1º No caso do inciso III, os prazos respectivos são de 15 (quinze) dias, e os atos serão praticados, sempre que possível, por meio eletrônico. 2º Transcorrido o prazo para o Ministério Público e remetida cópia do relatório aos demais ministros, haverá inclusão em pauta, devendo ocorrer o julgamento com preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus. 3º O conteúdo do acórdão abrangerá a análise de todos os fundamentos da tese jurídica discutida, favoráveis ou contrários. Diante da alteração do 3º do referido dispositivo, o conteúdo do acórdão abrangerá, apenas, a

análise dos fundamentos relevantes da tese jurídica discutida, e não mais de todos os fundamentos, favoráveis e contrários. O art. 1.038 do CPC aplica-se supletivamente aos recursos repetitivos no âmbito do TST (Art. 896-C, da CLT). Art. 1.041... 2º Quando ocorrer a hipótese do inciso II do caput do art. 1.040 e o recurso versar sobre outras questões, caberá ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, depois do reexame pelo órgão de origem e independentemente de ratificação do recurso, sendo positivo o juízo de admissibilidade, determinar a remessa do recurso ao tribunal superior para julgamento das demais questões. (NR) Comentários: Dispunha o art. 1.041 do CPC, em sua redação original: Mantido o acórdão divergente pelo tribunal de origem, o recurso especial ou extraordinário será remetido ao respectivo tribunal superior, na forma do art. 1.036, 1º. 1º Realizado o juízo de retratação, com alteração do acórdão divergente, o tribunal de origem, se for o caso, decidirá as demais questões ainda não decididas cujo enfrentamento se tornou necessário em decorrência da alteração. 2º Quando ocorrer a hipótese do inciso II do caput do art. 1.040 e o recurso versar sobre outras questões, caberá ao presidente do tribunal, depois do reexame pelo órgão de origem e independentemente de ratificação do recurso ou de juízo de admissibilidade, determinar a remessa do recurso ao tribunal superior para julgamento das demais questões. Com a novel alteração, nos termos do inciso II do artigo 1040 do CPC publicado o acórdão paradigma, o órgão que proferiu o acórdão recorrido, na origem, reexaminará o processo de competência originária, a remessa necessária ou o recurso anteriormente julgado, se o acórdão recorrido contrariar a orientação do tribunal superior. Se o recurso versar sobre outras questões, caberá ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, depois do reexame pelo órgão de origem e independentemente de ratificação do recurso, sendo positivo o juízo de admissibilidade, determinar a remessa do recurso ao tribunal superior para julgamento das demais questões. Art. 1.042 Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos. I (Revogado); II (Revogado); III (Revogado); 1º (Revogado); I (Revogado); II (Revogado); a) (Revogada); b) (Revogada). 2º A petição de agravo será dirigida ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal de origem e independe do pagamento de custas e despesas postais, aplicando-se a ela o regime de repercussão geral e de recursos repetitivos, inclusive quanto à possibilidade de sobrestamento e do juízo de retratação...(nr) Comentários: Dispunha o art. 1.042 do CPC, em sua reação original: Cabe agravo contra decisão de presidente ou de vice-presidente do tribunal que: I indeferir pedido formulado com base no art. 1.035, 6º, ou no art. 1.036, 2º, de inadmissão de recurso especial ou extraordinário intempestivo; II inadmitir, com base no art. 1.040, inciso I, recurso especial ou extraordinário sob o fundamento de que o acórdão recorrido coincide com a orientação do tribunal superior; III inadmitir recurso extraordinário, com base no art. 1.035, 8º, ou no art. 1.039, parágrafo único, sob o fundamento de que o Supremo Tribunal Federal reconheceu a inexistência de repercussão geral da questão constitucional discutida. 1º Sob pena de não conhecimento do agravo, incumbirá ao agravante demonstrar, de forma expressa: I a intempestividade do recurso especial ou extraordinário sobrestado, quando o recurso fundar-se na hipótese do inciso I do caput deste artigo; II a existência de distinção entre o caso em análise e o precedente invocado, quando a inadmissão do recurso: a) especial ou extraordinário fundar-se em entendimento firmado em julgamento de recurso repetitivo por tribunal superior; b) extraordinário fundar-se em decisão anterior do Supremo Tribunal Federal de inexistência de repercussão geral da questão constitucional discutida. 2º A petição de agravo será dirigida ao

presidente ou vice-presidente do tribunal de origem e independe do pagamento de custas e despesas postais. 3º O agravado será intimado, de imediato, para oferecer resposta no prazo de 15 (quinze) dias. 4º Após o prazo de resposta, não havendo retratação, o agravo será remetido ao tribunal superior competente. 5º O agravo poderá ser julgado, conforme o caso, conjuntamente com o recurso especial ou extraordinário, assegurada, neste caso, sustentação oral, observando-se, ainda, o disposto no regimento interno do tribunal respectivo. 6º Na hipótese de interposição conjunta de recursos extraordinário e especial, o agravante deverá interpor um agravo para cada recurso não admitido. 7º Havendo apenas um agravo, o recurso será remetido ao tribunal competente, e, havendo interposição conjunta, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça. 8º Concluído o julgamento do agravo pelo Superior Tribunal de Justiça e, se for o caso, do recurso especial, independentemente de pedido, os autos serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal para apreciação do agravo a ele dirigido, salvo se estiver prejudicado. Diante da alteração legislativa, caberá agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos. A petição de agravo será dirigida ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal de origem e independe do pagamento de custas e despesas postais, aplicando-se a ela o regime de repercussão geral e de recursos repetitivos, inclusive quanto à possibilidade de sobrestamento e do juízo de retratação. O presente dispositivo se aplica ao recurso extraordinário envolvendo matéria trabalhista. Art. 3º Revogam-se os seguintes dispositivos da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil): (Vigência) I art. 945; II 2º do art. 1.029; inciso II do 3º e 10 do art. 1.035; 2º e 5º do art. 1.037; incisos I, II e III do caput e 1º, incisos I e II, alíneas a e b, do art. 1.042; incisos II e IV do caput e 5º do art. 1.043. Comentários: Foram revogados os seguintes dispositivos do CPC: Art. 945: A critério do órgão julgador, o julgamento dos recursos e dos processos de competência originária que não admitem sustentação oral poderá realizar-se por meio eletrônico. 1º O relator cientificará as partes, pelo Diário da Justiça, de que o julgamento se fará por meio eletrônico. 2º Qualquer das partes poderá, no prazo de 5 (cinco) dias, apresentar memoriais ou discordância do julgamento por meio eletrônico. 3º A discordância não necessita de motivação, sendo apta a determinar o julgamento em sessão presencial. 4º Caso surja alguma divergência entre os integrantes do órgão julgador durante o julgamento eletrônico, este ficará imediatamente suspenso, devendo a causa ser apreciada em sessão presencial. Art. 1.029, 2º: Quando o recurso estiver fundado em dissídio jurisprudencial, é vedado ao tribunal inadmiti-lo com base em fundamento genérico de que as circunstâncias fáticas são diferentes, sem demonstrar a existência da distinção. Art. 1.035, 3º, inciso II e 10: O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos deste artigo. 3º Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão que: (...) II tenha sido proferido em julgamento de casos repetitivos; (...) 10. Não ocorrendo o julgamento no prazo de 1 (um) ano a contar do reconhecimento da repercussão geral, cessa, em todo o território nacional, a suspensão dos processos, que retomarão seu curso normal. Art. 1.037, 2º e 5º : Selecionados os recursos, o relator, no tribunal superior, constatando a presença do pressuposto do caput do art. 1.036, proferirá decisão de afetação, na qual: (...) 2º É vedado ao órgão colegiado decidir, para os fins do art. 1.040, questão não delimitada na decisão a que se refere o inciso I do caput. (...) 5º Não ocorrendo o julgamento no prazo de 1 (um) ano a contar da publicação da decisão de que trata o inciso I do caput, cessam automaticamente, em todo o território nacional, a afetação e a suspensão dos processos, que retomarão seu curso normal. Art. 1.042 incisos I, II e III do caput e 1º, incisos I e II, alíneas a e b : Cabe agravo contra decisão de presidente ou de vice-presidente do tribunal que: I indeferir pedido formulado com base no art. 1.035, 6º, ou no art. 1.036, 2º, de inadmissão de recurso especial ou extraordinário intempestivo; II inadmitir, com base no art. 1.040, inciso I, recurso especial ou extraordinário sob o

fundamento de que o acórdão recorrido coincide com a orientação do tribunal superior; III inadmitir recurso extraordinário, com base no art. 1.035, 8º, ou no art. 1.039, parágrafo único, sob o fundamento de que o Supremo Tribunal Federal reconheceu a inexistência de repercussão geral da questão constitucional discutida. 1º Sob pena de não conhecimento do agravo, incumbirá ao agravante demonstrar, de forma expressa: I a intempestividade do recurso especial ou extraordinário sobrestado, quando o recurso fundar-se na hipótese do inciso I do caput deste artigo; II a existência de distinção entre o caso em análise e o precedente invocado, quando a inadmissão do recurso: a) especial ou extraordinário fundar-se em entendimento firmado em julgamento de recurso repetitivo por tribunal superior; b) extraordinário fundar-se em decisão anterior do Supremo Tribunal Federal de inexistência de repercussão geral da questão constitucional discutida. Art. 1.043 incisos II e IV do caput e 5º: É embargável o acórdão de órgão fracionário que: (...) II em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, relativos ao juízo de admissibilidade; (...) IV nos processos de competência originária, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal. (...) 5º É vedado ao tribunal inadmitir o recurso com base em fundamento genérico de que as circunstâncias fáticas são diferentes, sem demonstrar a existência da distinção. Art. 4º Esta Lei entra em vigor no início da vigência da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil). Comentários: A lei 13.256 entrará em vigor junto com o Novo Código de Processo Civil (Lei 13.105/15), em 17 de março de 2016. ERRATA p. 476. Súmula 425 do TST: CUSTAS PROCESSUAIS. INVERSÃO DO ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA. (alterada a Súmula e incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 104 e 186 da SBDI-1) - Res. 197/2015 - DEJT divulgado em 14, 15 e 18.05.2015 I - A parte vencedora na primeira instância, se vencida na segunda, está obrigada, independentemente de intimação, a pagar as custas fixadas na sentença originária, das quais ficara isenta a parte então vencida; II - No caso de inversão do ônus da sucumbência em segundo grau, sem acréscimo ou atualização do valor das custas e se estas já foram devidamente recolhidas, descabe um novo pagamento pela parte vencida, ao recorrer. Deverá ao final, se sucumbente, reembolsar a quantia; (ex-oj nº 186 da SBDI-I) III - Não caracteriza deserção a hipótese em que, acrescido o valor da condenação, não houve fixação ou cálculo do valor devido a título de custas e tampouco intimação da parte para o preparo do recurso, devendo ser as custas pagas ao final; (ex-oj nº 104 da SBDI-I) IV - O reembolso das custas à parte vencedora faz-se necessário mesmo na hipótese em que a parte vencida for pessoa isenta do seu pagamento, nos termos do art. 790-A, parágrafo único, da CLT. p. 938. Súmula 422 do TST: RECURSO. FUNDAMENTO AUSENTE OU DEFICIENTE. NÃO CONHECIMENTO (redação alterada, com inserção dos itens I, II e III) - Res. 199/2015, DEJT divulgado em 24, 25 e 26.06.2015. Com errata publicado no DEJT divulgado em 01.07.2015 I Não se conhece de recurso para o Tribunal Superior do Trabalho se as razões do recorrente não impugnam os fundamentos da decisão recorrida, nos termos em que proferida. II O entendimento referido no item anterior não se aplica em relação à motivação secundária e impertinente, consubstanciada em despacho de admissibilidade de recurso ou em decisão monocrática. III Inaplicável a exigência do item I relativamente ao recurso ordinário da competência de Tribunal Regional do Trabalho, exceto em caso de recurso cuja motivação é inteiramente dissociada dos fundamentos da sentença.