Modelo matemático simples de angiogênese tumoral com protocolos de quimioterapia

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Transcrição:

Proceeding Series of the Brazilian Society of Applied and Computational Mathematics, Vol., N., 5. Trabalho apresentado no III CMAC - SE, Vitória-ES, 5. Proceeding Series of the Brazilian Society of Computational and Applied Mathematics Modelo matemático simples de angiogênese tumoral com protocolos de quimioterapia Rafael Trevisanuto Guiraldello Programa de Pós-graduação em Biometria, Unesp, Botucatu, SP Marcelo Lobato Martins Departamento de Física, UFV, Viçosa, MG Paulo Fernando de Arruda Mancera Departamento de Bioestatística, Unesp, Botucatu, SP Resumo. Apresentamos um modelo matemático baseado em equações diferenciais parciais que é aplicado na compreensão do desenvolvimento tumoral e em sua resposta a aplicação de quimioterapia. Administração do quimioterápico é em ciclos segundo dois protocolos, MTD e metronômico, bem como, em dois métodos de entrega da droga, convencional e uniforme. Através de simulações numéricas concluímos que a combinação protocolo metronômico e método de entrega uniforme é mais eficaz em reduzir a densidade do tumor durante o tratamento, mas favorece a reicidência do tumor. A combinação protocolo metronômico e método convencional acarreta em uma sobrevida maior ao paciente mesmo não sendo tão eficiente em reduzir a densidade do tumor durante o tratamento quanto a combinação anterior. Palavras-chave. Oncologia Matemática, Câncer, Metronômico, MTD Modelo Matemático Denotando por N, N, L e Q as densidades de células neoplásicas, células normais, células endoteliais e agente quimioterápico por unidade de área, respectivamente, e baseado em [], propomos o seguinte modelo, rafaeltrevisanuto@gmail.com mmartins@ufv.br pmancera@ibb.unesp.br DOI:.55/.5...8 8-5 SBMAC

Proceeding Series of the Brazilian Society of Applied and Computational Mathematics, Vol., N., 5. N N L ( = D N + r N N + α N k + L = D N + r N ( N α N ( = D L L + ξ N L ) k L k ) N µ ) N ν Q a + Q Q b + Q σ L k L η Q c + Q (χ ) (N,L ) N, () Q = D Q + q λ Q em que r i é a taxa constante de crescimento intrínseco, k i é a capacidade de suporte e D i é a constante de mobilidade aleatória da população N i (i =, ). A capacidade de suporte de células neoplásicas varia com a densidade de células endoteliais k +L, descrevendo assim o aporte nutricional que uma neovascularização provê ao tumor. O termo de competição, dado por α ij, descreve a ação que a população N j exerce sobre a população N i, em que i j (i, j =, ). O crescimento de células endoteliais é induzido pela população de células neoplásicas, com taxa intrínseca ξ, modelando assim a liberação de TAFs (Tumor Angiogenesis Factors []) na vizinhança celular e limitado pela capacidade k L de perfusão do tecido. A competição é dada de maneira intraespecífica, a uma taxa σ, e descreve a competição por nutrientes. D L é a constante de mobilidade aleatória das células endoteliais. A migração quimiotática é caracterizada pela função χ (N,L ) = χl /(k +N ), que descreve o declínio da sensitividade quimiotática em elevadas concentrações de TAFs []. Assumimos aqui que o gradiente de concentração de células neoplásicas modela a concentração de TAFs, isto é, onde há uma maior concentração de células neoplásicas, há uma necessidade maior de nutrição, logo, há uma maior concentração de TAFs. A constante intrínseca de mobiliade quimiotática das células endoteliais é dada por χ. A infusão do agente quimioterápico, definida de acordo com [], é dado por q, n < t n + τ q =, (), n + τ < t n + T em que T é o tempo entre os ciclos de infusão do agente quimioterápico, τ é o tempo de infusão (com T >> τ), q é uma função que caracteriza a infusão do agente quimioterápico, λ é a constante de decaimento natural da droga e D é a constante de mobilidade aleatória do agente quimioterápico. A ação do agente quimioterápico nas populações celulares é dado por uma resposta tipo Michaelis-Menten, onde µ, ν e η são taxas instrínsecas de ação da droga em cada população e as densidades a, b e c são as densidades quem ditam a ação da droga em cada população []. A função q será dada de duas formas, apresentadas a seguir, que denominaremos de administração convencional e uniforme.. Administração convencional Para a administração convencional, definimos a função q como DOI:.55/.5...8 8-5 SBMAC

Proceeding Series of the Brazilian Society of Applied and Computational Mathematics, Vol., N., 5. ( q(x, t) = q L (x, t)dx) L (x, t), () isto é, estamos administrando o agente quimioterápico com uma dose q e distribuindo esta de maneira proporcional a densidade de células endoteliais no espaço, entregando assim uma maior dose de quimioterápico onde há uma maior vascularização.. Administração uniforme Para a administração uniforme, definimos a função q como q(x, t) = q, () ou seja, estamos distribuindo o agente quimioterápico, com dose q, de uma maneira uniforme no espaço, em uma primeira tentativa em modelar a entrega do quimioterápico com a normalização da vasculatura tumoral.. Condições iniciais e condições de contorno O modelo será resolvido em uma dimensão (D), sobre o domínio = (, L), L =, com a condição inicial dada por e condição de contorno, em, dada por N (, x) = k e x,5 N (, x) = N L (, x) = Q(, x) =, (5) N n = N n = Q n = L n =, (6) isto é, não há fluxo das populações envolvidas e agente quimioterápico através da fronteira. A condição inicial (5) representa um tumor sólido avascular localizado no centro do tecido saudável muito próximo a sua capacidade de suporte. Simulações Numéricas Para o protocolo MTD utilizamos a função () com T =, q = 7 e n =, T, T e T, ou seja, são realizadas infusões do agente quimioterápico, cada infusão ocorre a cada dias ( []). Já para o protocolo metronômico, utilizamos a função () com T = 6, q = 6 e n =, T, T,.., 5T, ou seja, são realizadas 6 infusões do agente quimio-terápico, cada infusão ocorre a cada 6 dias ( []). DOI:.55/.5...8 8-5 SBMAC

Proceeding Series of the Brazilian Society of Applied and Computational Mathematics, Vol., N., 5. (a) e-5 e-7 MTD - C MTD - U Metro - C Metro - U Sem tratamento tumoral e-9 e- e-.....5.6.7.8.9... passo de tempo (b) tumoral. MTD - C MTD - U Metro - C Metro - U Sem tratamento. Passo de tempo Figura : (a) Dinâmica do crescimento tumoral durante o tratamento e (b) até a estabilidade. Na Figura ()(a) ilustramos a diferença entre os protocolos de quimioterapia para cada método de entrega durante o período de tratamento junto a curva sem tratamento. Vemos que o protocolo metronômico é mais eficiente em reduzir a densidade de células tumorais durante o tratamento comparado ao tratamento MTD. Ainda, o método de entrega uniforme é mais eficaz em ambos os protocolos de quimioterapia. O método de entrega uniforme junto ao protocolo metronômico é o que mais reduz a densidade de células tumorais. Já na Figura ()(b), ilustramos os passos de tempo até a estabilidade. O protocolo metronômico é mais eficaz, comparado ao protocolo MTD, em prolongar a estabilidade. Apesar do método uniforme junto a ambo os protocolos ser mais eficiente em reduzir a densidade de células tumorais durante o período de tratamento, este favorece a reincidência de células tumorais, pois em ambos os protocolos o método convencional se DOI:.55/.5...8 8-5 SBMAC

Proceeding Series of the Brazilian Society of Applied and Computational Mathematics, Vol., N., 5. 5 e-5 e-7 e-9 e-...6.8 N e-5 e-6 e-7 e-8 e-9 e-...6.8 N e-7 e-7 L e-7 e-7 e-7...6.8 e-7 e-7 e-7...6.8 L Figura : distribuída espacialmente durante o tratamento segundo o protocolo MTD, à esquerda para o método convencional e à direta, método uniforme. mostrou melhor em prolongar a estabilidade. Nas Figuras () e () exibimos espacialmente como a densidade de células tumorais e endoteliais se comportam durante o tratamento. A distribuição da densidade no espaço logo após o tratamento do método uniforme induz o crescimento mais rápido de células endoteliais, comparado com o método convencional. Assim, a densidade células endoteliais cresce, aumentando o suporte de células tumorais, favorecendo o rápido crescimento do tumor. Conclusões Apresentamos um modelo matemático de equações diferenciais parciais que descreve o crescimento de um tumor sólido a simulamos numéricamete a combinação entre dois protocolos de quimioterapia, MTD e metrômico, e dois métodos de entrega, convencional e uniforme. Inicialmente concluímos que o protocolo metrômico é mais eficiente em reduzir a densidade de células neoplásicas durante o período de tratamento, independente do método de entrega. A combinação protocolo metronômico e método uniforme é a mais eficente em reduzir a densidade de células neoplásicas, mas esta favorece a reincidência do tumor. Já o protocolo metronômico junto ao método convencional é o eficiente em produzir uma sobrevida, apesar de não ser o mais eficiente durante o período de tratamento. DOI:.55/.5...8 8-5 5 SBMAC

Proceeding Series of the Brazilian Society of Applied and Computational Mathematics, Vol., N., 5. 6 e-5 e-6 e-7 e-6 N e-8 e-9 e- e- e- e-8 e- e- e- e- e-5 e-6 N e-...6.8...6.8 L L e-7 e-7 e-8 e-8 e-9...6.8...6.8 Figura : distribuída espacialmente durante o tratamento segundo o protocolo metronômico, à esquerda para o método convencional e à direta, método uniforme. DOI:.55/.5...8 8-6 5 SBMAC

Proceeding Series of the Brazilian Society of Applied and Computational Mathematics, Vol., N., 5. 7 Agradecimentos RTG: CAPES; PFAM: Processo /8-, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São paulo (FAPESP). Referências [] A. R. A. Anderson and M. A. J. Chaplain, Continuous and discrete mathematical models of tumor-induced angiogenesis, Bull. Math. Biol., vol. 6, 857 899, (998). [] R. Martin and K. L. Teo, Optimal control of drug administration in cancer chemotherapy, World Scientific, Singapore, (99). [] D. S. Rodrigues and P. F. A. Mancera, Mathematical analysis and simulations involving chemotherapy and surgery on large human tumours under a suitable cell-kill functional response, Math. Biosc. Eng., vol.,, (). DOI:.55/.5...8 8-7 5 SBMAC