FIRMA INDIVIDUAL DE LEIGO

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Transcrição:

Registro de Pessoas Jurídicas Especialidades Dúvidas Freqüentes Treinamento de Agentes Administrativos Águas de Lindóia/SP 29 e 30 de abril de 2011

INDICE 1) INSTRUÇÃO 2141... 2 2) FIRMA INDIVIDUAL DE LEIGO... 4 3) CANCELAMENTO DE REGISTRO SEM COMPROVAÇÃO... 5 4) VISTO PRÉVIO EM DISTRATO SOCIAL... 6 5) SPE SOCIEDADE COM PROPÓSITO ESPECÍFICO... 7 6) OUTROS TEMAS DIVERSOS... 7 Treinamento de Agentes Administrativos Águas de Lindóia/SP 29 e 30 de abril de 2011

INSTRUÇÃO 2141 1. Considerando que o vencimento dos contratos de prestação de serviços encerrase em, no máximo, 04 anos, o profissional já referendado pela Câmara e Plenário pode ser anotado novamente sem solicitar novos referendos? R: A solicitação de novos referendos somente será necessária se houver uma baixa na anotação (seja a pedido do profissional, da empresa, ou outras situações como cancelamento de registro do profissional, da empresa, etc.) com nova indicação e anotação posterior. Quando ocorre o término do contrato do profissional, o processo será revisto e a empresa notificada a esclarecer se o profissional continuará sendo seu responsável técnico ou não. Sendo que, em caso positivo, a empresa apresentará o novo contrato (acompanhado do formulário R A E e nova ART de Cargo e função) e este novo prazo será alterado na tela EPA09 no campo Data de Validade do Contrato, sendo alterado também o nº da ART de Cargo e Função, mantendo-se o referendo anterior, devendo também ser fechada a revisão de Término de Contrato - Cod. 512 anterior (tela EPA08) e aberta nova revisão com data do término do contrato. Caso o profissional não mais exerça a responsabilidade técnica pela empresa, a baixa deverá ser solicitada. 2. Nos casos de profissionais que solicitam visto no CREA-SP e é indicado para ser anotado como responsável, deve-se consultar o CREA de origem para verificação se o mesmo possui anotações de responsabilidade técnica? R: Não é praxe fazer este tipo de consulta, uma vez que envolve área não abrangida pela jurisdição do CREA-SP, sendo que não necessita ser informado no formulário RAE. Salientando que a indicação de profissionais com registro em outros Estados ocorre com maior freqüência nas seguintes situações: a) nos casos em que este profissional acompanha a empresa de seu Estado de origem nas execuções de obras/serviços no Estado de SP; b) quando o profissional solicita visto com permanência definitiva no Estado de SP, não possuindo mais qualquer vínculo com seu Estado de origem. Entretanto, uma vez apurada esse tipo de situação (profissional que possui anotações ativas em mais de um Estado não inclusas nas hipóteses acima exemplificadas), solicitar esclarecimentos (por escrito) ao mesmo e submeter o processo à apreciação da Câmara Especializada. 3. A instrução 2141 menciona que por ocasião da revisão do processo devido ao plenário, a EMPRESA deverá apresentar declaração das "obras ou serviços, executados ou em execução nos últimos 12 meses...". Sempre tive o entendimento de que tal declaração deveria ser assinada pelo profissional cujo plenário será renovado. Contudo, considerando a redação da instrução de que "a empresa deverá apresentar", fica a dúvida: quem deve assinar tal declaração? R: A Instrução 2141 diz em seu item 3.2 que a empresa será notificada a informar se o responsável técnico permanece na mesma função. Essa informação a empresa deverá apresentar por escrito e devidamente assinado por seu representante legal. Caso positivo, deverá ser apresentada a Relação das obras/serviços executados nos últimos 12 meses, devidamente assinado pelo profissional, com cópias das respectivas ART s, ou informação de que não foram executadas obras/serviços sob sua responsabilidade durante o mesmo período. Caso o profissional não mais esteja exercendo suas funções pela empresa, esta deverá informar por escrito ao CREA, solicitando de imediato a devida baixa.

4. Considerando que no Sistema Bull existe um código de término de vínculo por vencimento do plenário e de vencimento da validade do contrato de prestação de serviços, observa-se que algumas Unidades adotam o procedimento de baixar o vínculo de ofício, sem requerimento expresso da empresa, e sem antes oficiá-la. Esse procedimento está correto? Quando a empresa solicitar a anotação de outro profissional de mesma atribuição e o profissional anotado se encontrar com vínculo ou plenário vencido, pode-se baixá-lo mesmo sem solicitação da empresa? R: A Instrução 2141, em seu item 5, prevê que se ocorrer o vencimento do prazo de revisão, e o assunto não estiver revisto, a anotação do profissional ficará prorrogada, ou seja, ficará vigente, bloqueando apenas a emissão de certidões de registro da empresa. O item 5 também prevê que pode ser cancelada de oficio a anotação do profissional, desde que comprovado que a empresa foi notificada (sugere-se uma primeira notificação e uma reiteração) e não realizou o atendimento dentro do prazo exigido. Já nos casos em que a empresa indica profissional com atribuição similar, sugere-se que seja feita exigência à empresa para esclarecer se o profissional, cuja revisão encontra-se vencida, ainda exerce suas funções, sendo que em caso positivo, deverá atender a referida Instrução e caso contrário, solicitar expressamente a devida baixa. 5. As ART s que devem acompanhar a "declaração de plenário" devem ser xerocópia do original (assinado), ou pode ser uma daquelas de mera consulta? R: A Instrução 2141 nada especifica quanto à forma de apresentação das ART s. Entretanto, é sempre de bom tom que a empresa seja orientada a apresentar xerocópia das originais, apresentando a tela de consulta somente em casos excepcionais que não seja possível apresentar as xerocópias. FIRMA INDIVIDUAL DE LEIGO 6. De acordo com a Decisão PL 1230/07, o registro de firma individual de profissional é deferido desde que as atribuições de seu titular sejam compatíveis com as atividades que irá desenvolver. Portanto, como proceder em um caso de firma individual de profissional, em que o mesmo possui o título de técnico em eletrônica, porém o objetivo social não condiz com suas atribuições? Obs.: A situação já foi apreciada pela CEEE, sendo indeferida pela mesma e determinada a indicação de profissional com atribuições compatíveis. R.: Apesar do disposto na Decisão PL 1230/07 quanto a situação acima questionada, vale ressaltar que de acordo com o artigo 46º, item d, da Lei Federal n٥ 5194/66 (hierarquicamente maior que a Decisão Plenária), as Câmaras Especializadas possuem como uma de suas atribuições, a apreciação dos pedidos de registros de firmas, atribuições estas que permitem que ela (a Câmara) possua autonomia para julgar situações atípicas como o caso aqui apresentado. Assim sendo, se houve uma deliberação fundamentada, por parte das Câmaras Especializadas, esta deverá ser cumprida. 7. Em relação aos registros de firmas individuais de leigos, quais os casos em que os mesmos são autorizados? R: De acordo com o disposto na Decisão PL 1230/2007, os casos de registros de firmas individuais de leigos expressamente autorizados são para as atividades de industrialização, fabricação, instalação, manutenção, montagem, locação e vendas. Entretanto, pelo fato de que produção técnica trata-se de um termo amplo, observa-se

que as Câmaras Especializadas também vêm referendando outras situações como construções, reformas, e outras atividades 8. Nos casos de firmas individuais de leigos, vem sendo atendida a PL 1230/2007, segundo a qual somente pode-se conceder o registro destas firmas quando o objeto social for de Produção Técnica ou Especializada tais como industrialização, fabricação, instalação, montagens, manutenção, locação e vendas. Há pessoas que entendem que essas atividades englobam "construção civil, devido à expressão de mercado "construção civil". Parece que não é essa a intenção da decisão, pois se fosse, com certeza esta atividade tão importante estaria constando nela. Qual procedimento adotar? Seria possível elaborar uma instrução a respeito? R: Vide resposta anterior. Estará sendo proposta à SUPOPE a elaboração de um procedimento padrão para os casos de firmas individuais de leigo. CANCELAMENTO DE REGISTRO SEM COMPROVAÇÃO 9. Quando a empresa pede cancelamento, sem comprovação, devemos pedir à fiscalização para diligenciar e confirmar a veracidade das informações. E se for alteração de objetivo social? Deve haver fiscalização? R: A diligência da fiscalização só se faz necessária de modo imediato se no ato do pedido de cancelamento de registro, a empresa não comprova sua real situação, apresentando os documentos de praxe previstos no GREG POP nº 20 (nos casos de empresas paralisadas). Caso contrário, ou seja, quando ela comprova mediante documentos sua real situação, o cancelamento poderá ser deferido e o processo ser revisto após o prazo de 01 ano. Já nos casos de alteração de objetivo para atividades que não obrigam a registro, o cancelamento poderá ser efetuado de forma imediata e definitiva, sem necessidade de diligências fiscais, uma vez que a alteração contratual, devidamente registrada nos órgãos competentes, por si só, trata-se de um documento hábil a comprovar a situação da empresa, ocorrendo exceções somente nos casos em que se tratarem de objetivos amplos (Ex.: Empreendimentos imobiliários, serviços técnicos, etc.) 10. Se o fiscal faz diligência à empresa e a notifica para regularizar a situação de registro. Ao invés de atender a notificação, a empresa solicita o cancelamento, sem comprovação, podemos proceder ao cancelamento? Em caso positivo, devemos rever o processo em 06 ou 12 meses, a fim de verificar se a empresa não retornou às atividades e/ou obter documentação comprobatória? R: Vai depender de como estiver a situação de registro da empresa. Se a mesma já estiver com seu registro cancelado nos termos do artigo 64º da Lei 5194/66 e, depois de notificada, solicitar o cancelamento por paralisação de atividades, este ultimo não poderá ser realizado. Melhor dizendo, não poderão serem alterados a data e o motivo do cancelamento, devendo sim serem arquivados os documentos da paralisação no processo F, para evitar a ocorrência de Auto de Infração indevido, bem como o processo ser revisto no prazo de 12 meses a fim de verificar se a empresa encontra-se em atividades. 11. Se a empresa está com o registro cancelado pelo art. 64 e paga as anuidades em débito e pede cancelamento do registro (protocola), devemos alterar a situação no BULL?

R.: Vide resposta anterior. Com exceção para os casos em que a empresa apresenta distrato social registrado anterior à data do cancelamento pelo artigo 64º. 12. Nos casos de Cancelamento de Registro sem comprovação será necessária a apresentação de todos os documentos descritos no item 04 do POP GREG nº 20 ou um apenas basta? R: Na grande maioria dos casos, a empresa não dispõe de toda a documentação descrita no item 04 do referido POP GREG. Também deve se levar em consideração que no item citado usa-se o termo "podendo apresentar" e não "devendo apresentar", deixando a interpretação de que não se torna obrigatória a apresentação de todos os documentos. O que se exige é a comprovação da inatividade. 13. Fui instruída que o cancelamento de registro sem comprovação é válido por um ano, momento no qual a empresa deverá apresentar o distrato social ou reabilitar o registro. Contudo, muitas empresas, após este um ano, não se dissolvem definitivamente e nem voltam à atividade (devido à existência de tal possibilidade nos outros órgãos). A empresa não está exercendo ilegalmente a profissão pois não está atuando, portanto não poderíamos notificá-la (multa).como proceder nestes casos? R: Após o cancelamento sem comprovação (via de regra em caso de paralisação de suas atividades), o processo será revisto no prazo de 01 ano quando ocorrerá diligência fiscal a fim de verificar se a empresa encontra-se em atividades, permanece paralisada ou efetuou sua dissolução definitiva. Caso a mesma encontrar-se em atividades, deverá ser notificada a reabilitar seu registro. Caso seja apurada que a empresa permanece com suas atividades paralisadas, a fiscalização deverá informar no processo e se possível anexar xerocópia dos documentos colhidos junto a empresa comprovando tal situação, dando novo prazo de revisão (01 ano). Caso a empresa tenha se dissolvido, os sócios (ou um dos) deverão ser notificados a apresentar o distrato social devidamente registrado em órgão competente, para que o registro seja cancelado em caráter definitivo. VISTO PRÉVIO EM DISTRATO SOCIAL 14. Uma empresa que apresenta distrato social ainda não registrado nos órgãos competentes, para ser averbado (visto prévio) pelo CREA, com data do ano anterior, qual a data que se tem como referência para efeito do cancelamento de registro: a data do distrato ou a data do despacho em que é deferido o cancelamento? R: Quando a empresa solicita o visto prévio num distrato ainda não registrado pelo Cartório ou JUCESP, o cancelamento é feito tomando-se por referência a data do despacho em que o mesmo é deferido, para que se evitem isenções indevidas de cobrança de anuidades, assim como para efeito de revisão do processo (em 90 dias) no que diz respeito a obrigatoriedade da apresentação do distrato já registrado. 15. Quando uma empresa está com seu registro cancelado nos termos do artigo 64 ou nunca possuiu registro no CREA-SP, é necessário que se faça o registro apenas para obter o visto prévio no distrato social? R: Não mais se faz necessária a reabilitação de registro (nos casos de empresas com registros cancelados) ou novos registros (nos casos de empresas que nunca o

obtiveram), podendo ser elaborado ofício à empresa informando que, conforme art. 59, devido a empresa não mais exercer atividades fiscalizadas por este Conselho, bem como o fato de estar se desconstituindo, não possui obrigatoriedade de novo registro, ficando, portanto dispensada do registro no distrato. Obs.: Tal situação está sendo revista no POP GREG nº 20. SPE SOCIEDADE COM PROPÓSITO ESPECÍFICO 16. No caso de empresas SPE - já ocorreu um caso em relação à anotação do responsável técnico, tendo em vista que a empresa faz este tipo de contrato para uma obra especifica, (FIM/PROPÓSITO: empreendimento) e o seu responsável técnico será o mesmo indicado para essa SPE. Ou seja, o profissional já tem uma anotação pela empresa X, essa empresa fará duas ou três SPE(s)...indicando o mesmo profissional (da empresa X)...ultrapassa as duas anotações permitidas pelas câmaras. Como é analisado este tipo de caso? R.: De início, de acordo com o parágrafo 4º do artigo 56 da Lei Complementar 128/2008, é vedada a ME ou EPP participar simultaneamente de mais de uma Sociedade de Propósito Específico, sob pena de responsabilidade (vide parágrafo 6º). Já no que se refere à quantidade de anotações do responsável técnico, por se tratar de pessoa jurídica de fato, não são analisadas semelhantes aos consórcios, mas sim de acordo com a Instrução nº 2141, assim sendo, ocorrendo a tripla responsabilidade técnica será necessário o envio do pedido à apreciação da respectiva Câmara. 17. Sociedade com Propósito Específico não é similar a um Consórcio? R: A similaridade ocorre pelo fato de se tratar, como pelo próprio termo diz, de um propósito específico ou pré determinado, podendo ser uma obra, um serviço, ou até mesmo várias obras ou vários serviços vinculados a um só contrato (Ex.: Contrato com a Prefeitura prevendo a reformas de várias Unidades Escolares). Entretanto são várias as diferenças. Pode-se citar algumas: a) a SPE é uma pessoa jurídica de fato, ou seja, suas sócias respondem solidariamente pelas obrigações da sociedade, o que não ocorre nos consórcios, por não ser reconhecida sua personalidade jurídica (vide art. 278 da Lei 6404/76) as empresas consorciadas respondem apenas por sua participação individual no empreendimento; b) a SPE é integrada apenas por Microempresas ou Empresas de Pequeno Porte, diferente dos Consórcios; c) a empresa (ME ou EPP) não poderá participar de mais de uma SPE simultaneamente (vide parágrafo 4º do art. 56 da Lei Complementar nº 128/2008), vedação que não ocorre nos casos de Consórcios. OUTROS TEMAS DIVERSOS 18. Quando devemos cobrar diferença se houver alteração de faixa de capital social? R.: De acordo com decisões já proferidas pelo CONFEA (Ex.: Decisão nº 119/71), depois de quitada a anuidade, torna-se indevida a cobrança de diferença de anuidade em caso de alteração de capital social quando ocorre mudança de faixa. Ocorrendo cobrança atualizada somente no exercício seguinte. 19. Qual o conceito de referendar? E ad referendum?

R: Referendar significa aceitar a responsabilidade de alguma coisa já aprovada por outrem, concorrendo assim para que se realize ou se cumpra (fonte: www.dicionarioweb.com.br/referendar.html). Ad referendum é um termo latim que significa pendente de aprovação, ou seja, toda ação ou atividade de competência de determinada autoridade ou órgão da administração praticada por terceiros através de delegação de competência. A ação, entretanto, só é efetivada depois de homologada pelo delegante. 20. Como funciona em relação às Câmaras Especializadas? R: As Câmaras Especializadas delegam a competência para deferir os pedidos de registros (empresas, profissionais, e outras situações) às UGI s/uop s/up s, através de seus respectivos gestores. Após o deferimento dos pedidos de registros, por parte das Unidades, estes são encaminhados via sistema Bull, às Câmaras para aprovação ou não (o que se conhece por Ad referendum ). A Câmara elabora um relatório (também conhecido como de Relação de Referendo) contendo todos os casos aprovados/não aprovados dentro de um determinado período, devolvendo este relatório às respectivas Unidades para que procedam as anotações no sistema Bull em caso de aprovação ou tomem as respectivas providências em caso de não aprovação.

Componentes: Cristiano Carlos Mariz Waster cristiano.mariz3795@creasp.org.br Marcio Luiz de Genaro marcio.genaro3976@creasp.org.br Ana Cristina Banhara Ferreira ana.ferreira3760@creasp.org.br Helena Teles de Souza Bonatto helena.bonatto3550@creasp.org.br Wendel Clayton Tomaz de Souza wendel.souza3806@creasp.org.br