DIREITOS POLÍTICOS Profa. Me. Érica Rios

Documentos relacionados
DIREITOS POLÍTICOS. Introdução

Direito Constitucional

/FACE: 1

Direitos Políticos. Profª Bruna Vieira

Aula 17. Direitos Individuais: Direitos da Nacionalidade e Direitos Políticos

Direito. Constitucional. Direitos Políticos

DIREITO CONSTITUCIONAL

Direitos políticos. Introdução. Previsão normativa. Exercício da soberania popular

1. DIREITOS POLÍTICOS (art. 1o, II; artigos 14 a 17, da CF) ESPÉCIES: DIREITOS POLÍTICOS POSITIVOS DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS

São instrumentos por meio dos quais a CF garante o exercício da soberania popular (poder de cada membro da sociedade estatal de escolher os seus

DIREITOS POLITICOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS

2.3. Tribunais Regionais Eleitorais Dos Juízes Eleitorais Juntas eleitorais Resumo didático... 64

DIREITO ELEITORAL João Paulo Oliveira

DIREITO CONSTITUCIONAL

Questões Aula 2 Constituição Federal Profª Alessandra Vieira

Sumário CAPÍTULO 1 - DEMOCRACIA Democracia: conceito e história

Direito Constitucional

DIREITO CONSTITUCIONAL

Direitos Políticos Passivos Capacidade Eleitoral Passiva: Condições de Elegibilidade. Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues

NACIONALIDADE NACIONALIDADE NACIONALIDADE NACIONALIDADE NACIONALIDADE NACIONALIDADE NATOS

Partidos Políticos Conceito e Natureza Jurídica. Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A DAR PARECER ÀS PROPOSTAS DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO RELACIONADAS À REFORMA POLÍTICA (PEC 182, DE 2007, E APENSADAS)

DIREITOS FUNDAMENTAIS

Aula 10 CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE

I. Correta, de acordo com a jurisprudência estrangeiros de passagem também são titulares de direito fundamentais.

REFORMA POLÍTICA PEC 282/16 O texto enviado pelo Senado à Câmara dos Deputados estabelecia cláusula de barreira para o funcionamento parlamentar de

DIREITO ELEITORAL (TJ-MG / JUIZ / FUNDEP / 2014)

11/07/2017 DIREITOS POLÍTICOS CONCEITO NACIONALIDADE X CIDADANIA

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL

Quem reforma o sistema eleitoral?

DIREITO ELEITORAL. Partidos Políticos Natureza jurídica e regras constitucionais. Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues

Continuando o conteúdo que vimos no início da semana 3, vamos estudar a medida provisória e as leis de iniciativa popular.

Sumário. 1 Um pouco de história 1.1 Justiça Eleitoral: surgimento e evolução 1.2 O período do regime militar 1.3 A redemocratização do país

DOS PARTIDOS POLÍTICOS LEI 9096/95 PROF. ALI MUSTAPHA ATAYA

ww.concursovirtual.com.b

DIREITO ELEITORAL. Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues

Sumário. Coleção Sinopses para Concursos Guia de leitura da Coleção... 19

Direitos Políticos. Prof. ª Bruna Vieira

Aula nº 02 (Direitos Políticos)

Sumário COLEÇÃO SINOPSES PARA CONCURSOS GUIA DE LEITURA DA COLEÇÃO... 19

DIREITO ELEITORAL: NOÇÕES INTRODUTÓRIAS...

NACIONALIDADE. Em qualquer hipótese, a nacionalidade deverá ser requerida pelo estrangeiro.

Índice Geral. Índice Sistemático

DIREITO ELEITORAL. Infidelidade Partidária. Coligações Partidárias. Cláusula de Desempenho. 1ª Parte. Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 94, DE 2015

Aula 02. O que é Democracia? É o poder exercido pelo povo. Não existe Democracia em um governo sem participação

Guia de Informações: Entenda o que muda com a Nova Reforma Política

CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE

Reforma (Emendas e Revisão) e Mutação da Constituição

DIREITO ELEITORAL: NOÇÕES INTRODUTÓRIAS...

DIREITO ELEITORAL. Infidelidade Partidária. Coligações Partidárias. Cláusula de Desempenho. 2ª Parte. Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues

CURSO FORMAÇÃO CIDADÃ DEMOCRACIA REPRESENTATIVA. Victor Barau

SUGESTÃO DE PROJETO DE LEI DE INICIATIVA DAS INSTITUIÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL SOBRE A REFORMA POLÍTICA A SER APRESENTADA NA COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO

ÍNDICE 1. CLASSIFICAÇÃO E AUTONOMIA FONTES DO DIREITO ELEITORAL INTERPRETAÇÃO DO DIREITO ELEITORAL... 27

Direitos Eleitoral - Parte 1

Resumo de Direito Eleitoral parte constitucional

ÍNDICE 1. CLASSIFICAÇÃO E AUTONOMIA FONTES DO DIREITO ELEITORAL INTERPRETAÇÃO DO DIREITO ELEITORAL... 29

DIREITO ELEITORAL. UNIDADE 1 Direito Eleitoral Código Eleitoral (Lei nº 4.737, de 15/07/1965)

Direito Constitucional SESSÃO DA TARDE ESPECIAL COM A PROFESSORA BRUNA VIEIRA

DIREITO ELEITORAL. Direitos Políticos Perda e Suspensão. Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues

DIREITO CONSTITUCIONAL

1º SIMULADO DE DIREITO ELEITORAL P/ TRE/RS E TRE/AC FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS (FCC)

A distância entre o sonho e a conquista chama-se ATITUDE!

DIREITO CONSTITUCIONAL

Sumário APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO QUESTÕES CESPE COMENTADAS... 17

DIREITO CONSTITUCIONAL CURSO DIREITO MATERIAL EXAME OAB DIREITOS DE NACIONALIDADE. Aspectos Gerais

PONTO 1: NACIONALIDADE (...) continuação HIPÓTESES DE DEMOCRACIA SEMI-DIRETA

mesa: Reforma Política e Democracia Emerson Urizzi Cervi UFPR 20/05/2015

S u m á r i o. Capítulo 1 O Direito Eleitoral no Brasil Capítulo 2 Conceito e Regras Gerais de Interpretação... 5

CIDADANIA Direitos políticos e sufrágio

SUMÁRIO CAPÍTULO I DIREITOS POLÍTICOS... 1 CAPÍTULO II DIREITO ELEITORAL CAPÍTULO III PRINCÍPIOS DE DIREITO ELEITORAL... 23

DIREITO ELEITORAL. Direitos Políticos Direitos Políticos Passivos - Capacidade Eleitoral Passiva: Condições de Elegibilidade

Curso/Disciplina: Direito Eleitoral Aula: Direito Eleitoral - Exercícios 02 Professor : André Marinho Monitor : Virgilio. Aula 02 EXERCÍCIOS

CURSO FORMAÇÃO CIDADÃ DEMOCRACIA REPRESENTATIVA

Curso/Disciplina: Direito Constitucional Aula: Direito Constitucional - 40 Professor(a): Marcelo Tavares Monitor(a): Beatriz Moreira Leite Aina

Abreviaturas, xvii Nota à 7a edição, xix Prefácio, xxi

SUBSTITUTIVO ADOTADO

ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

VOTO E PARTIDOS POLÍTICOS: OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA DEMOCRACIA Nathássia FORATO 1

Aula 04 EXERCÍCIOS. Nos termos do artigo 89 do Código Eleitoral (Lei 4.737/1965): Art. 89. Serão registrados:

Direitos políticos. Conceitos fundamentais. Direitos políticos positivos. Direitos políticos positivos e direitos políticos negativos.

PARTIDOS POLÍTICOS CONCURSO DA POLÍCIA MILITAR - PE CURSO PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS PÚBLICOS

DIREITO CONSTITUCIONAL

INFORME ESPECIAL ASSESSORIA PARLAMENTAR Nº 01

... 5º São inelegíveis para os mesmos cargos, no período imediatamente subsequente, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Pró-Reitoria de Graduação ORGANIZAÇÃO BÁSICA DAS DISCIPLINAS CURRICULARES

STJ DIREITO ELEITORAL BRASILEIRO MÁRLON REIS. Colaboradores: Sérgio Ferradoza e Delvan Tavares ALUMNUS

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº, DE 2016

Democracia e Sistema Eleitoral Brasileiro

TRE/SC. Noções de Direito Constitucional. II referendo III iniciativa popular...

Noções de Direito Constitucional Professor Saulo Fernandes

CURSO DE DIREITO DIREITO ELEITORAL. Prof. Gilberto Kenji Futada SISTEMAS ELEITORAIS

CURSO ESCOLA DE DEFENSORIA PÚBLICA Nº

Evolução da Disciplina. Direito Constitucional CONTEXTUALIZAÇÃO INSTRUMENTALIZAÇÃO

DIREITO ELEITORAL E DEMOCRACIA: NOÇÕES GERAIS E PRINCÍPIOS

DIREITO ELEITORAL. Partidos Políticos Filiação, fidelidade e disciplina partidária; fusão, incorporação e extinção de partidos

Pesquisa de Opinião Eleitoral Reforma Política Abril e Maio de 2009

DIREITO ELEITORAL PROCESSUAL ELEITORAL PENAL ELEITORAL

Comentários à Prova de Analista Judiciário Área Administrativa do TRE/MA provas em

Transcrição:

DIREITOS POLÍTICOS Profa. Me. Érica Rios erica.rios@ucsal.br

CONCEITO Direito de participação no processo político como um todo, ao direito ao sufrágio universal e ao voto periódico, livre, direto, secreto e igual, à autonomia de organização do sistema partidário, à igualdade de oportunidade dos partidos. (MENDES et al, 2009, p. 779)

ÂMBITO DE PROTEÇÃO Art. 14 da CF/88: A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular. Direito de votar e ser votado, bem como de participar da organização da vontade estatal.

QUEM VOTA NO BRASIL? Brasileiros natos ou naturalizados Obrigatoriamente +18a Analfabetos; 16-18a; Facultativamente conscritos do serviço militar obrigatório +70a Estrangeiros -18a NÃO VOTAM

Como está o analfabetismo no Brasil?

Censo 2010 (IBGE):45,6 milhões de pessoas com deficiência = 23,9% da população brasileira Lei 13.146/2015 (Est. da Pessoa com Deficiência): Art. 76. O poder público deve garantir à pessoa com deficiência todos os direitos políticos e a oportunidade de exercê-los em igualdade de condições com as demais pessoas. 1 o À pessoa com deficiência será assegurado o direito de votar e de ser votada, inclusive por meio das seguintes ações: I - garantia de que os procedimentos, as instalações, os materiais e os equipamentos para votação sejam apropriados, acessíveis a todas as pessoas e de fácil compreensão e uso, sendo vedada a instalação de seções eleitorais exclusivas para a pessoa com deficiência; II - incentivo à pessoa com deficiência a candidatar-se e a desempenhar quaisquer funções públicas em todos os níveis de governo, inclusive por meio do uso de novas tecnologias assistivas, quando apropriado; III - garantia de que os pronunciamentos oficiais, a propaganda eleitoral obrigatória e os debates transmitidos pelas emissoras de televisão possuam, pelo menos, os recursos elencados no art. 67 desta Lei; IV - garantia do livre exercício do direito ao voto e, para tanto, sempre que necessário e a seu pedido, permissão para que a pessoa com deficiência seja auxiliada na votação por pessoa de sua escolha. 2 o O poder público promoverá a participação da pessoa com deficiência, inclusive quando institucionalizada, na condução das questões públicas, sem discriminação e em igualdade de oportunidades, observado o seguinte: I - participação em organizações não governamentais relacionadas à vida pública e à política do País e em atividades e administração de partidos políticos; II - formação de organizações para representar a pessoa com deficiência em todos os níveis; III - participação da pessoa com deficiência em organizações que a representem. Art. 96, 6 o -A: Os TREs deverão, a cada eleição, expedir instruções aos Juízes Eleitorais para orientá-los na escolha dos locais de votação, de maneira a garantir acessibilidade para o eleitor com deficiência ou com mobilidade reduzida, inclusive em seu entorno e nos sistemas de transporte que lhe dão acesso.

LIBERDADE DO VOTO? Há candidatos em nº suficiente? Há diferença significativa entre as propostas? Há representatividade? As condições da eleição permitem que qualquer pessoa possa se candidatar e ter justa oportunidade de ser eleita? Eleitores têm educação suficiente para compreenderem as opções políticas? Se não, há alternativa a não ser votar no menos pior?

Fonte: http://www.redebrasilatual.com.br/revistas/101/no-congresso-nacional-retrato-desfocado-da-sociedade-brasileira-2775.html

[...] o Supremo Tribunal Federal reconheceu a constitucionalidade da norma contida no art. 41-A da Lei n. 9.504/97, segundo o qual "constitui captação de sufrágio, vedada por esta Lei, o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena de multa de mil a cinquenta mil UFIR, e cassação do registro ou do diploma, observado o procedimento previsto no art. 22 da Lei Complementar n. 64, de 18 de maio de 1990." Assentou-se na ADI 3.592 que a referida norma tinha por escopo não regular a inelegibilidade do eventual infrator matéria submetida à reserva da lei complementar (CF, art. 14, 9 ) mas reforçar a proteção à vontade do eleitor, combatendo, com a celeridade necessária, as condutas ofensivas ao direito fundamental ao voto. (MENDES et al, 2009, p. 784)

Thomas Marshall (1950) e as Cidadanias Cidadania Jurídica: relacionada à garantia de direitos mínimos à população. É a que primeiro se conquista ou obtém, no processo de formação de um Estado e de uma sociedade. Protege-se precipuamente direitos individuais. Cidadania Política: fortemente vinculada à participação eleitoral (direito de votar e ser votado, de acompanhar campanhas eleitorais e mandatos legislativos e executivos após o pleito). Nos países que se intitulam democráticos, esse elemento da cidadania está presente para toda ou quase toda a população adulta. Embora seja questionável a qualidade dessa cidadania política, uma vez que seu exercício pela maior parte da população parece ser desprovido de consciência crítica e real compreensão do cenário político de seu país. Cidadania Social: depende da existência de educação e consciência política para todos, participação popular efetiva e garantia integral dos direitos humanos.

SISTEMAS ELEITORAIS Majoritário Cargos do Poder Executivo + Senadores Proporcional Cargos do Poder Legislativo, exceto Senadores

Cláusula de Barreira Também conhecida como cláusula de exclusão ou cláusula de desempenho, é uma norma que impede ou restringe o funcionamento parlamentar ao partido que não alcançar determinado percentual de votos. O dispositivo foi aprovado pelo Congresso em 1995 para ter validade nas eleições de 2006, mas foi considerado inconstitucional pela unanimidade dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), sob o argumento de que prejudicaria os pequenos partidos. A regra determinava que os partidos com menos de 5% dos votos nacionais não teriam direito a representação partidária e não poderiam indicar titulares para as comissões, incluindo CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito). Também não teriam direito à liderança ou cargos na Mesa Diretora. Além dessas restrições, perderiam recursos do fundo partidário e ficariam com tempo restrito de propaganda eleitoral em rede nacional de rádio e de TV. Fonte: http://www12.senado.leg.br/noticias/glossario-legislativo/clausula-de-barreira

PLEBISCITO & REFERENDO (Lei 9.709/98) Art. 2º: são consultas formuladas ao povo para que delibere sobre matéria de acentuada relevância, de natureza constitucional, legislativa ouadministrativa. 1 O plebiscito é convocado com anterioridade a ato legislativo ou administrativo, cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido. 2 O referendo é convocado com posterioridade a ato legislativo ou administrativo, cumprindo ao povo a respectiva ratificação ou rejeição Art. 3 : Nas questões de relevância nacional, de competência do Poder Legislativo ou do Poder Executivo, e no caso do art. 18, 3º da CF (Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar), o plebiscito e o referendo são convocados mediante decreto legislativo, por proposta de 1/3, no mínimo, dos membros que compõem qualquer das Casas do CN. Exemplos: Plebiscito sobre a forma e o sistema de governo do Brasil (21/04/1993). Optamos pelo regime republicano e pelo sistema presidencialista. Plebiscito sobre a divisão do Estado do Pará (11 /12/2011) A proposta era a divisão daquele Estado em outros 3: "Pará", "Carajás" e "Tapajós. Referendo sobre a proibição da comercialização de armas de fogo e munições (23/10/2005) Referendo sobre novo horário para o Acre (31/10/10)

INICIATIVA POPULAR (Lei 9.709/98) Assinado por 1% do eleitorado nacional (com título de eleitor indicado) Distribuídos em pelo menos 5 estados Pelo menos 0,3% do eleitorado de cada 1 dos 5 estados Restrito a um único assunto Não poderá ser rejeitado por vício de forma, cabendo à Câmara dos Deputados, por seu órgão competente, providenciar a correção de eventuais impropriedades de técnica legislativa ou de redação.

Nunca tivemos lei por iniciativa popular Lei Suposta iniciativa popular Iniciativa real na tramitação no CN 8.702/90: Crimes hediondos 1,3 milhão de assinaturas devido ao assassinato de Daniela Perez 9.840/1999: combate à compra de votos 11.124/2005: Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social Lei Complementar 135/2010: da Ficha Limpa Projeto Combatendo a corrupção eleitoral, do grupo Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP), parte da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil Presidente da Comissão Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente do Estado do Rio de Janeiro Deputado Alberico Cordeiro +1 milhão de assinaturas Deputado Nilmário De Miranda Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral e Movimento Ficha Limpa Deputado Índio da Costa

CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE (art. 14, 3º da CF) Nacionalidade brasileira Pleno exercício dos direitos políticos; (ver art. 15) Alistamento eleitoral; Domicílio na circunscrição eleitoral; (vínculos políticos, comerciais, profissionais, patrimoniais, comunitários ou laços familiares) Filiação partidária (até um ano antes das eleições) e Idade mínima a ser verificada à data da posse, salvo se for 18 anos, quando será aferida na data-limite do pedido de registro (Lei n. 9.504/97,art. 11, 2 ): 35 anos para Presidente, Vice-Presidente e Senador; 30 anos para Governador e Vice-Governador; 21 anos para Deputados federal, estadual ou distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e Juiz de Paz; e 18 anos para Vereador

INELEGIBILIDADES Absoluta: Estrangeiros Conscritos Analfabetos Relativa: no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o 2º grau ou por adoção, do Presidente, de Governador, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos 6 meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição (CF, art. 14, 7 ) Para concorrer a outros cargos, Presidente, Governador e Prefeito deve renunciar a seu cargo até 6 meses antes das eleições. Casos da Lei Complementar n 64/90

Perda de Direitos Políticos P E R D A S U S P E N S Ã O Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado (atividade nociva ao interesse nacional); Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; Incapacidade civil absoluta; Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; Improbidade administrativa (art. 37, 4º)

PARTIDOS POLÍTICOS Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: Caráter nacional; Proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes; Prestação de contas à Justiça Eleitoral; Funcionamento parlamentar de acordo com a lei. 1º: É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. 2º: Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no TSE. 3º: Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei. 4º: É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.

Dupla filiação = cancelamento das 2 (STF) Lei n 9.096/95 (Lei dos Partidos Políticos): veda o recebimento por parte das agremiações partidárias de contribuições estimáveis em dinheiro advindas de autoridades ou órgãos públicos, autarquias, empresas públicas ou concessionárias de serviços públicos, sociedades de economia mista, fundações ou entidades governamentais, e entidades de classe. Vale a vedação também para contribuição de filiado, ocupante de função ou cargo comissionado, calculada em percentual sobre a sua remuneração e recolhida mediante consignação em folha de pagamento. Fidelidade partidária: o mandato é do partido, não do candidato/eleito. (Ressalvadas situações específicas decorrentes de ruptura de compromissos programáticos por parte da agremiação, perseguição política ou outra situação de igual significado, o abandono da legenda deve dar ensejo à extinção do mandato.)

DEMOCRACIA PARA QUEM? Democracia interna Democracia ditadura da maioria Modelo representativo Pluripartidarismo Força irradiante do Princípio da Igualdade: Igualdade entre os partidos face ao Estado Igualdade de chances Existe diante da distribuição de tempo em rádio/tv para propaganda eleitoral? financiamento do Fundo Partidário? Princípio da anualidade da lei eleitoral e o devido processo legal eleitoral

Sugestão de vídeo para casa: No veas este vídeo si vas a votar hoy : #WHYDEMOCRACY Disponível em: < https://youtu.be/k8v VEbCquMw >