Boletim 943/2016 Ano VIII 17/03/2016 Atividade econômica cai 0,1% em janeiro São Paulo - O Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal) mostrou queda de 0,1% em janeiro, descontado os devidos ajustes sazonais, segundo a instituição. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a retração da atividade produtiva do País foi de 6,1%, de modo a ampliar o recuo de 5,7% observado na comparação interanual. De acordo com os economistas da Serasa Experian, a dupla queda observada na atividade econômica em janeiro de 2016, isto é, contra o mês imediatamente anterior e ante igual período do ano passado, representa tanto um prolongamento quanto um aprofundamento do atual quadro recessivo do País. Pelo lado da oferta agregada, a queda de 1,0% na produção industrial foi a responsável pela retração da atividade econômica do País em janeiro "Vale notar que o recuo interanual da indústria, isto é, a comparação janeiro de 16 ante mesmo mês de 2015, atingiu 11,7%. Tamanho tombo da atividade industrial não ocorria desde fevereiro de 2009", afirmaram os economistas da Serasa. O setor de serviços exibiu um pequeno crescimento de 0,2% ao passo que a atividade agropecuária registrou avanço "significativo" de 2,2% no primeiro mês do ano. Do ponto de vista da demanda agregada a retração de 1,1% observada no consumo das famílias foi a principal responsável pela queda na atividade econômica no primeiro mês deste ano. Na comparação interanual, a retração de 7,6% observada no consumo das famílias foi recorde negativo de toda a série histórica. Também o setor externo, com exportações recuando 0,1% e importações crescendo 4,0%, pesou negativamente sobre a economia em janeiro último. 1
Na direção contrária, porém sem forças para contrabalançar integralmente as pressões negativas sobre a economia, observou-se crescimento de 1,4% no consumo do governo e de 3,9% nos investimentos. De acordo com a Serasa Experian, no caso do Indicador de Atividade Econômica (PIB Mensal) utilizam-se técnicas estatísticas de desagregação temporal com indicadores (Chow-Lin, Fernandez, Litterman e Santos Silva-Cardoso). Para a obtenção das estimativas mensais das séries do PIB Trimestral com ajuste sazonal, cada componente mensal desagregado nos procedimentos anteriores (sem ajuste sazonal) foram ajustados sazonalmente utilizando-se o chamado Tramo/Seats constituindo-se, assim, os indicadores mensais a serem utilizados nas técnicas de desagregação temporal das séries, com ajuste sazonal, do PIB Trimestral. Oficialmente, o PIB é divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a cada três meses. O próximo será anunciado em junho. Da redação Indústrias de SP fecham 12 mil vagas em fevereiro - A indústria paulista eliminou 12 mil vagas em fevereiro, o que representou uma queda de 0,53% no nível de emprego em relação a janeiro, divulgou ontem a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na série livre de efeitos sazonais, o recuo foi de 1,0%. Desde fevereiro de 2015, foram eliminados 257,5 mil postos de trabalho, dos quais 27 mil apenas no primeiro bimestre deste ano. Na comparação anual, o nível de emprego recuou 10,2%, na 53ª retração consecutiva. Dos 22 setores pesquisados, em 17 houve eliminação de vagas. Em apenas três deles houve mais contratações que demissões, e dois registraram estabilidade. O destaque negativo foi o segmento de metalurgia, com 4,5 mil empregos eliminados em fevereiro, 2
representando 37,5% das demissões na indústria paulista em fevereiro. Do lado positivo, o melhor desempenho ficou com o setor de produtos alimentícios, com a criação de 4,2 mil postos./estadão Conteúdo Tom de pessimismo se mantém no setor São Paulo - Dois indicadores que sinalizam como está o comércio varejista apontam a manutenção da baixa confiança dos negócios no setor. No caso das empresas, as perspectivas para a economia permanecem negativas, o que desestimula a expansão do comércio em São Paulo, aponta o Índice de Expansão do Comércio (IEC) de fevereiro, que apresentou queda de 6% em relação a janeiro e passou de 72,1 para 67,7 pontos. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a redução foi ainda maior (- 26,7%), indica o levantamento apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Conforme afirma a entidade, a retração está associada ao pessimismo dos empresários com a economia atual, que leva à continuidade da redução dos quadros de funcionários e limita o investimento das empresas. Consumo Já o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) caiu 1,6% em março, na comparação com fevereiro. Em relação a março de 2015, o recuo foi de 29,9%, indica a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo a CNC, todos os componentes do índice registraram queda nas comparações, "com destaque ao Nível de Consumo Atual: mínima histórica de 53,3 pontos". Da redação (FONTE: DCI dia 17/03/2016) 3
Petrobrás prepara novo PDV e projeta corte de 12 mil empregados Condições do plano de demissão voluntária já foram definidas e serão apresentadas aos funcionários ainda neste semestre ANTONIO PITA E FERNANDA NUNES - O ESTADO DE S. PAULO A Petrobrás planeja apresentar aos funcionários um novo Plano de Demissão Voluntária (PDV) para desligar até 12 mil trabalhadores, dentro do seu plano de reestruturação. Segundo fontes próximas às negociações, as condições do plano já foram definidas e devem ser apresentadas aos funcionários ainda neste semestre. A previsão é que o PDV seja incluído no Plano de Negócios para o período de 2016 e 2020, que deve ser apresentado no próximo mês. O corte representa cerca de 15% do total de 77,8 mil funcionários efetivos da Petrobrás, e envolve, além da área administrativa, também as subsidiárias BR Distribuidora e Transpetro, entre outras. Os cortes nas subsidiárias são vistos como uma etapa do ajuste interno na gestão, com o objetivo de tornar as duas empresas mais atrativas para uma venda. A previsão é contemplar tanto funcionários novos quanto antigos, aposentáveis ou não, para garantir o maior número de adesões. Os interessados receberão indenização proporcional ao tempo de serviço, idade e salário. O plano deverá ser apresentado aos empregados ainda neste semestre e terá, a princípio, duração de dois meses. As condições do plano já teriam sido apresentadas a centrais sindicais por executivos da petroleira, e aguardam apenas validação final pelo conselho de administração. 4
O último PDV da companhia, anunciado em janeiro de 2014, teve adesão de 6,2 mil funcionários, com economia estimada de R$ 13 bilhões até 2018. Em nota, a Petrobrás informou que não há qualquer decisão tomada em relação a plano de demissão voluntária. Mudança. O tema estava na pauta da reunião extraordinária do colegiado na última sextafeira, dia 14. O encontro, entretanto, foi cancelado de última hora em função de um impasse entre os conselheiros sobre a reestruturação administrativa da empresa. Alguns conselheiros defendem que toda a diretoria seja substituída, uma vez que os atuais executivos assumiram o cargo de forma interina, em fevereiro de 2015, após a renúncia coletiva dos antigos diretores da gestão Graça Foster. Eles argumentam também que o conselho tem um Comitê de Remuneração e Sucessão, que poderia indicar novos nomes. A posição do atual comando da companhia é manter os executivos até mesmo o diretor de Gás e Energia, Hugo Repsold. No novo desenho de governança da estatal, a diretoria foi extinta e teve suas atribuições e gerências redistribuídas. Ainda assim, o executivo continua trabalhando no cargo. A definição dos escolhidos para as funções gerenciais de segundo escalão, que terão cortes de até 40%, também está na pauta do conselho à espera de votação. A previsão é que o tema seja deliberado no próximo encontro, dia 21, quando será analisado o resultado financeiro de 2015. (FONTE: Estado SP dia 17/03/2016) 5
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