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Transcrição:

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO NA CIDADE DE MARINGÁ VIOLENCE AGAIST THE WOMAN: NA EXPLORATORY STUDY IN THE CITY OF MARINGÁ ANA CAROLINA KULGER TONIN. Acadêmica do curso de graduação em Psicologia da Faculdade Uningá. DAISY MENDONÇA. Psicóloga, mestre em educação, docente da Faculdade Uningá, responsável pela execução da presente pesquisa. FABIANA SILVESTRE DO CANTO. Acadêmica do curso de graduação em Psicologia da Faculdade Uningá. FERNANDA ROSSI. Psicóloga, ex-docente da Faculdade Uningá, responsável pela fase de pré-projeto da presente pesquisa. MAYARA FERNANDA GOMES PAIVA. Acadêmica do curso de graduação em Psicologia da Faculdade Uningá. TAYNÁ WIENNE ADORNO TOMÁS. Acadêmica do curso de graduação em Psicologia da Faculdade Uningá. ZAHIA MARIAMA SÓ. Acadêmica do curso de graduação em Psicologia da Faculdade Uningá. RESUMO Este trabalho busca analisar alguns aspectos envolvidos no processo de violência da mulher, e qual o perfil da mulher agredida, buscando conhecer a real situação da mulher vítima de violência na cidade de Maringá. O método de abordagem usado é o método indutivo. A técnica de pesquisa utilizada é a observação direta extensiva e observação direta intensiva através de questionário e entrevista. Participaram deste projeto: mulheres vítimas de agressão. A partir desta pesquisa foi possível elaborar o perfil da mulher agredida em Maringá. As mulheres que constituem esse perfil apresentaram uma idade média de 30 anos, 75 tem filhos, sofreram violência física e verbal, a agressão foi cometida pelo namorado ou marido, mantinham relacionamento com o agressor há mais de 6 anos. Palavras-chave: Violência. Mulher. Aspectos psicológicos. ABSTRACT This work search to analyze that it sorts out the violence affects the woman's emotions, what takes the woman to do or not the accusation against the attacker, as it is that violence process, and which the attacked woman's profile. The approach method used is the inductive method. The technique of used research, is the field research through questionnaire and interview, those techniques are used because they reach larger effectiveness and qualification. They participated in this project: women aggression victims and police officer of the woman's of Maringá police station. Starting from this research it was possible to elaborate the woman's profile attacked in Maringá. The women that constitute that profile presented a medium age from 25 to 35 years, they possess complete fundamental teaching, 75 have children, they suffered physical and

verbal violence, the aggression was committed by the boyfriend or husband, they maintained relationship with the aggressor there is more than 6 years. This, a successful research, is ended where to have access the a reality lived by so many women, he/she did us in fact to contemplate and to understand the felt emotions and the sadness of being in such situation. Key - words: Violence. Woman. Psychological aspects. INTRODUÇÃO Violência é um comportamento que causa dano a outra pessoa, ser vivo ou objeto. Nega-se autonomia, integridade física ou psicológica e mesmo a vida do outro. E uso excessivo de força, além do necessário ou esperado. O termo deriva do latim violentia qualquer comportamento ou conjunto de aplicação de força, vigor contra qualquer coisa ou ente (ODÁLIA, 1983). A violência contra a mulher, é concebida por ser praticada contra a pessoa do sexo feminino apenas e simplesmente pela sua condição de mulher. Essa expressão significa a intimidação da mulher pelo homem, que desempenha um papel de agressor, de dominador e de disciplinador. O problema inclui diferentes manifestações, como assassinatos, estupros, agressões físicas e sexuais, abusos emocionais, prostituição forçada, mutilação genital, violência radical, entre outras. E tais situações cometidas por diversos agressores: parceiros, familiares, conhecidos, estranhos ou agentes do Estado (ELUF, 1999). A importância deste trabalho na área psicológica é estudar as emoções das mulheres que sofrem tais agressões, contribuindo assim para a ampliação no campo psicológico. Por fim, no campo cientifico a contribuição deste trabalho será através de dados estatísticos que serão coletados, possibilitando conhecer a real condição da mulher vitima de violência. PRESSUPOSTOS METODOLÓGICOS O método de abordagem usado é o método indutivo, foi escolhido pelo fato de ser quase que impossível entrevistar todas as mulheres que são vítimas de violência, restando apenas entrevistar as que são acessíveis para chegar a uma possível conclusão (MARCONI; LAKATOS, 2006). Nosso projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da Uningá¹. O método de procedimento utilizado foi observação direta extensiva e observação direta intensiva (MARCONI; LAKATOS, 2006). Realizados com mulheres 8 vitimas de violência no Centro de Referência Maria Mariá e uma entrevista com a delegada da Delegacia da Mulher. Foram enviados vários questionários ao Centro de Referência Maria Mariá, mas só retornaram 8 questionários respondidos. RESULTADOS

Tabela 1 Idade das mulheres. Idade (anos) ¹FR 183890, CAAE 0030.0.362.000-08. PARECER Nº 0030/08 Tabela 2 Estado Civil das mulheres. 25 35 04 49 35 45 03 38 45 55 01 13 Estado civil mulheres Solteira 03 37 Casada/ amasiada Divorciada/ separada 03 37 02 25 Tabela 3 Grau de escolaridade das mulheres. Grau de escolaridade mulheres Ensino Fundamental Incompleto 01 12 Ensino Fundamental Completo 04 49 Ensino Médio Incompleto 0 0 Ensino Médio Completo 01 13 Ensino Superior Incompleto 01 13 Ensino Superior Completo 01 13

Tabela 4 Composição familiar das mulheres. Filhos mulheres Sim 06 75 Não 02 25 Tabela 5 Tipo de agressão sofrida pelas mulheres. Tipo de agressão mulheres sofrida Exclusivamente 03 Física 38 Exclusivamente 0 verbal 0 Física e verbal 05 62 Sexual 0 0 Total 08 100 Tabela 6 Autor da agressão das mulheres. Autor da agressão Número de mulheres Namorado/ marido 08 100 Outros 0 0

Tabela 7 Agressor estava alcoolizado? Agressor alcoolizado mulheres Sim 05 62 Não 03 38 Tabela 8 Autor da agressão estava sob efeito de outro tipo de droga? Agressor sob efeito de droga mulheres Sim 0 0 Não 08 100 Tabela 9 Há quanto tempo as mulheres mantinham relacionamento com o agressor. Tempo (anos) 2 6 03 38 6 10 04 49 10 14 01 13

Tabela 10 Experiência de agressão vivida anteriormente pelas mulheres vítimas de violência por esta pessoa. Vivenciou anteriorment e agressão mulheres Sim 05 62 Não 03 38 Tabela 11- O autor já havia apresentado algum comportamento agressivo antes? O autor já havia apresentado algum comportamento agressivo antes? sim 05 62 não 03 38 Tabela 12 Rompeu o relacionamento após a denuncia? Rompeu o relacionamento após a denuncia? sim 08 100 não 0 0

Tabela 13 Mantém algum relacionamento com o agressor? Mantém algum relacionamento com o agressor? sim 0 0 não 08 100 Tabela 14 Relacionamento com o agressor antes da agressão. Relacionamento com o agressor antes da agressão Bom/Muito bom 06 74 Mais ou menos 01 13 Outros 01 13 Tabela 15 - Motivo, que na sua opinião, o levou a agir desta forma. Motivo, que na sua opinião, o levou a agir desta forma Álcool 03 37.5 Ciúmes 03 37,5 Não sei 02 25

Tabela 16 - Tempo das agressões sofridas pelas mulheres. Tempo das agressões sofrida pelas mulheres 1 a 5 anos atrás 05 62 6 a 10 anos atrás 01 13 1 a 2 semanas atrás 02 25 Tabela 17 Já foi agredida por outros homens? Já foi agredida por outros homens? sim 0 0 não 08 100 DISCUSSÃO Assim como estudamos teoricamente, o questionário nos mostrou que a violência está presente de várias formas, 62,5 das vítimas relatam que o parceiro já havia tido algum tipo algum comportamento agressivo, seja ele verbal ou físico, como gritos e empurrões (Tabela 10). As taxas de violência por parceiro íntimo continuam sendo as mais altas no que diz a respeito a agressão a mulheres, o que segundo Pinheiro (2003) é freqüente, ele diz que a violência que acontece dentro de casa ou unidade doméstica geralmente é praticada por um membro da família que viva com a vítima. A tabela 6 expões esses dados. Lima (2005) afirma que embora a forma mais evi dente de violência seja a física, existem diversas formas de violência, caracterizadas particularmente pela variação de intensidade, instantaneidade e perenidade. Os dados da tabela 5 mostram que 62,5 das mulheres sofreram agressão física e verbal.

O relacionamento com o agressor foi descrito em 75 dos casos como bom, que seu parceiro as tratava bem, assim muitas delas acreditam que o que levou o parceiro a cometer tal ato, foi principalmente por ele estar alcoolizado ou por ciúmes, conforme mostra a tabela 15 em que ambos os dados tem porcentagem de 37,5. A partir desta pesquisa foi possível elaborar o perfil da mulher agredida em Maringá. As mulheres que constituem esse perfil apresentaram uma idade média de 30 anos, 75 tem filhos, sofreram violência física e verbal, a agressão foi cometida pelo namorado ou marido, mantinham relacionamento com o agressor há mais de 6 anos, a porcentagem de mulheres casadas vítimas de violência equivale a de mulheres solteiras. Conseguimos identificar a real situação da mulher vítima de violência em Maringá. Pretendíamos conhecer os sentimentos predominante das mulheres agredidas, mas não obtivemos dados, não atingindo assim efetivamente este objetivo. No entanto, pudemos constatar pelas respostas obtidas através dos questionários e entrevista, o perfil da mulher vítima de violência (descrito acima), e entender basicamente o processo de atendimento à denúncia. CONCLUSÃO Concluímos que a mulher que vive nesta condição de intimidação pelo homem, tem atualmente melhores condições de proteção e opções para recorrer do que a algumas décadas atrás. Porém, concluímos que o contexto de cada ato de violência é muito diferente um do outro, onde dentro de uma casa, a mulher vive não somente a situação de agressão, como a humilhação de, muitas vezes, depender financeiramente do agressor, e com isso não tomar nenhuma atitude em sua defesa. Infelizmente, nossa pesquisa revelou que a violência contra a mulher, geralmente ocorre dentro de casa e por uma pessoa íntima, como por exemplo, o namorado, o companheiro. Tendo em vista que a mulher sempre foi colocada em situação de desigualdade, vivemos uma realidade bem diferente, onde elas ocupam cargos que eram exclusividade dos homens, são independentes e se mostram cada vez mais inteligentes e informadas. Porém ainda não é uma realidade para todas, já que ainda há uma grande parcela de mulheres que vivem uma triste realidade, e conclui-se isto através do número de ocorrências que ainda são feitas diariamente. Notamos o quanto esta situação ainda tem para melhorar, e que ainda há muito a ser feito. Existem muitos projetos, organizações, leis e punições cada vez mais rígidas, mas falta informação, acesso, segurança e coragem a estas mulheres. REFERÊNCIAS ELUF, Luiza Nagib. Crimes contra os costumes e assédio sexual. São Paulo: Editora Jurídica Brasileira, 1999. LIMA, W.F. Violência Corporativa e Assédio Moral. Rio de Janeiro: Edições Armazém Digital, 2005. MARCONI, Maria de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2006. PINHEIRO, P.S. Violência Urbana. São Paulo: Publifolha, 2003. Enviado em: janeiro de 2009. Revisado e Aceito: novembro de 2009.