USO DO CHEQUE ESPECIAL JULHO 2017
USO DO CHEQUE ESPECIAL 26% 37% Possuem cheque especial disponível para uso no banco Fazem uso ao menos três vezes por ano Principais motivos para utilizar: 31% Imprevistos como doenças, aquisição de medicamentos etc 20% Imprevistos com manutenção de automóvel 20% Descontrole no pagamento das contas 51% Desconhecem os juros praticados pelos bancos nesta modalidade Considerando as situações em que precisaram recorrer ao cheque especial: 66% Não buscaram outras soluções 32% Buscaram alternativas de crédito para conseguir o dinheiro, mas não conseguiram 2
IMPREVISTOS SÃO PRINCIPAL MOTIVO PARA USO DO CHEQUE ESPECIAL O cheque especial é uma modalidade de crédito préaprovada, oferecida por instituições bancárias. A partir da análise da vida financeira e do perfil de renda do cliente, é estipulado um limite de crédito, que fica à disposição na conta corrente do cliente, como se fosse parte do seu saldo bancário. Devido à facilidade para o seu uso,, até parece que o dinheiro é do correntista, mas não é. Os custos de usar o cheque especial costumam ser muito altos, o que o torna uma opção quase sempre desvantajosa, recomendável apenas em situações emergenciais ou quando não há alternativa. A esse respeito, um estudo realizado pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas revela que a maioria dos brasileiros que têm esse recurso à disposição tende a usá-lo, com maior ou menor frequência e, principalmente, diante de situações inesperadas. Inicialmente, os resultados indicam que 26,1% dos entrevistados possuem cheque especial disponível para uso no banco, sobretudo os homens (36,4%), os mais velhos (44,0%) e os pertencentes à Classe A/B (52,8%). Em contrapartida, 62,7% não possuem esta modalidade de crédito à disposição, com percentuais maiores entre as mulheres (71,3%), os mais jovens (65,6%) e aqueles da Classe C/D/E (68,5%). Entre aqueles que têm o cheque especial à disposição, 37,4% fazem uso ao menos três vezes por ano, sendo que a média é de 5,6 vezes. No total, 62,9% desses consumidores utilizam com alguma frequência, enquanto 37,1% garantem não usar. De acordo com o estudo, os principais motivos para utilizar o limite são imprevistos como doenças, aquisição de medicamentos etc. (31,5%, aumentando para 46,8% na Classe A/B). Também são mencionados os imprevistos com manutenção de automóvel (20,3%) e o descontrole no pagamento das contas (20,1%, aumentando para 35,3% entre os que residem nas capitais). MAIS DA METADE DOS QUE POSSUEM A MODALIDADE DESCONHECEM OS JUROS COBRADOS PELO BANCO 3
O estudo indica ainda que pouco mais da metade dos que possuem o limite do cheque especial (51,1%) desconhecem os juros praticados pelos bancos nesta modalidade, principalmente as mulheres (54,3%). Por outro lado, 48,9% garantem saber quais são os juros, com destaque para os homens (61,2%). De acordo com o Banco Central, a taxa média de juros cobrada pelo cheque especial era de 328,0% ao ano. Finalmente, considerando as situações em que precisaram recorrer ao cheque especial, 32,0% buscaram alternativas de crédito para conseguir o dinheiro, mas não conseguiram, enquanto 66,4% admitem não ter procurado outras soluções. Para a economista chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o cheque especial pode, de certa forma, iludir o consumidor, que acaba pagando caro pela facilidade, praticidade e disponibilidade do recurso: O consumidor tem de ter clareza de que aquele recurso incorporado ao seu saldo bancário não é seu. Se usar, terá de devolver, e pagando juros altíssimos, afinal, se trata de um empréstimo. Então, só se pode recorrer a eles em situações emergenciais nas quais a pessoa precise de dinheiro imediatamente e com a avaliação de que poderá cobri-lo o mais depressa. Para quem está endividado, definitivamente não é uma opção. O melhor a fazer, nesse caso, é buscar uma modalidade de crédito mais barata, e com parcelas que caibam dentro do orçamento, diz. Sobre os imprevistos, o principal motivo que leva ao uso do cheque especial, a economista ainda alerta: O ideal é que se faça uma reserva financeira ao longo dos meses para não precisar tomar empréstimos no caso de ser surpreendido por algo inesperado. O hábito de guardar dinheiro, além de ajudar nessas horas, inibe o mau comportamento de gastar além do que a renda permite. 4
METODOLOGIA PÚBLICO-ALVO MÉTODO DE COLETA TAMANHO AMOSTRAL DA PESQUISA DATA DE COLETA DOS DADOS Consumidores de todas Pesquisa realizada pela 601 casos, gerando 20 a 30 de as regiões brasileiras, web. Os dados foram margem de erro março de 2017. das capitais e do pós-ponderados para no geral de 4,0 p.p interior, homens e ficarem representativos para um intervalo de mulheres, com idade do universo estudado. confiança a 95%. igual ou maior a 18 anos, de todas as classes econômicas. 5