Desafios do Licenciamento Ambiental Título de PCHs e CGHs em Minas Gerais Germano Luiz Gomes Vieira Secretário de Estado Adjunto de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Desafios para Licenciamento Ambiental no BRASIL 1 Cartorial e Burocrático; 2 Um fim em si mesmo; 3 Mitos, interpretações e judicialização; 4 Baixa autonomia dos Estados na gestão de regras; 5 Infinidade de órgãos intervenientes; 5 Legislação ultrapassada; 6 Subjetividade e imprecisão.
Aspectos relevantes do licenciamento de PCHs e CGHs no Brasil
Resolução Conama 01/1986 exige EIA/RIMA no licenciamento de barragens para fins hidrelétricos com potência superior a 10 MW: EIA/RIMA para PCHs Resolução Conama 279/2001 Licenciamento ambiental simplificado de empreendimentos elétricos com pequeno potencial de impacto ambiental: Mantém três fases distintas de licenciamento Não define o que seria pequeno potencial de impacto ambiental : o empreendedor precisa submeter RAS à análise do órgão ambiental na fase de licença prévia, para que seja avaliado se, de fato, o potencial de impacto ambiental é pequeno subjetividade; Caso o órgão ambiental não entenda que o impacto ambiental é pequeno: licenciamento não simplificado, com complementação do RAS ou novo estudo de impacto ambiental.
IMPACTOS POSITIVOS PCHs e CGHs Econômicos: - CFURH Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos; - Tributos; - Geração de empregos (principalmente na fase de instalação); Sociais: - Possibilidade de redução da tarifa de energia elétrica; - Incremento da economia local e melhoria da qualidade de vida; Ambientais: - - Energia limpa; - - Recuperação ambiental da área do entorno do reservatório.
Principais intervenções Intervenção em cavidades naturais subterrâneas estudos espeleológicos e compensação; Supressão de vegetação: intervenção em APP; bioma Mata Atlântica; Impactos sobre fauna ictiofauna; Outorga de direito de uso de recursos hídricos.
Principais desafios enfrentados no licenciamento de PCHs e CGHs: PACUERA CAVIDADES FAUNA AQUÁTICA
PACUERA PCHs e CGHs que apresentem: - Lagos pouco significativos; - Localização em áreas particulares, sem acesso ao público; - Localização em áreas antropizadas; O Pacuera poderia ser dispensado? PCH Juliões: licenciada pela SUPRAM CM, ocupa apenas 2ha, totalmente em uma propriedade única e privada.
CAVIDADES Cavidades localizadas no lago ou no TVR podem ser impactadas de forma irreversível pelo empreendimento: Necessidade de estudos complexos (identificação e caracterização das cavidades, avaliação do grau de relevância, análise de impacto, modelagem matemática da alteração hidrológica do TVR); Cavidades com grau de relevância alto: compensação 2:1; Cavidades com grau de relevância máximo: inviabilizam o empreendimento. Calhas de drenagem - locais de construção de empreendimentos hidrelétricos apresentam alto potencial de ocorrência de cavidades.
PCH Fortuna II Presença de 3 cavidades no TVR que sofrerão impacto irreversível necessidade de compensação Supressão e compensação de cavidades - PCH Fortuna II.
FAUNA AQUÁTICA Mais afetada pela construção de empreendimentos hidrelétricos. Campanhas sazonais para verificar ocorrência de piracema e identificar a necessidade de instalação de dispositivos de transposição.
FAUNA AQUÁTICA Ex.: PCHs Canastra e Fumaça, com grande trecho encachoeirado: barreira natural à migração de peixes.
Principais ações para OTIMIZAÇÃO do Licenciamento Ambiental em MG: 1. Modernização da legislação; 2. Padronização de procedimentos; 3. Tecnologia de informação.
1 - Modernização da Legislação: - Lei 21.972, de 21 de janeiro de 2016 - dispõe sobre o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos Sisema e dá outras providências. - Decreto Estadual nº 46.953, de 23 de fevereiro de 2016 - Dispõe sobre a organização do Conselho Estadual de Política Ambiental COPAM Câmaras Técnicas Especializadas: Câmara de Infraestrutura de Energia (CIE); - Decreto 47.042, de 06 de setembro de 2016 dispõe sobre a organização da SEMAD e criação da Superintendência de Projetos Prioritários - Suppri; Trifásico Concomitante Simplificado
REVISÃO DA DN COPAM N 74/04 Parte do processo de aprimoramento da gestão ambiental, iniciado em 2015, no governo Fernando Pimentel, em razão da publicação da Lei 21.972, que dispõe sobre o Sisema e o Licenciamento Ambiental no Estado. Grupo de Trabalho criado em janeiro de 2017, que tem como uma de atribuições elaborar a proposta de minuta de ato normativo para alteração, adequação modernização da norma.
Atual: E-02-01-1 Barragens de geração de energia Hidrelétricas Pot. Poluidor/Degradador Ar: P Água: G Solo: G Geral: G Porte: Área Inundada < 150 ha e Capacidade Instalada < 30MW Área Inundada> 1000 ha ou Capacidade Instalada > 100MW Os demais Motivação: Listagem E - E-02 Infraestrutura de energia : Pequeno : Grande : Médio Nova: E-02-01-1 Sistemas de geração de energia hidrelétrica, exceto Central Geradora Hidrelétrica CGH Pot. Poluidor/Degradador Ar: P Água: G Solo: G Geral: G Porte: 5 MW < Capacidade Instalada < 10 MW : Pequeno 5 MW < Capacidade Instalada < 30 MW : Pequeno 10 MW Capacidade Instalada 100 MW : Médio 30 MW Capacidade Instalada 100 MW : Médio 100 MW < Capacidade Instalada < 300MW : Grande - Adequação das descrição da atividade de forma a esclarecer a exclusão as CGHs, para as quais foi criado código específico E-02-01-2 Central Geradora Hidrelétrica CGH. - Adequação dos parâmetros de porte para atendimento do Decreto Federal 8.437/2015 e à Lei Federal 13.360/2016, e classificação de projeto hidrelétrico como PCH, segundo previsto no artigo 2º da Resolução Normativa ANEEL 673, de 4.8.2015 - Adequação da redação dos parâmetros de porte, a fim de facilitar a interpretação para enquadramento da atividade. Mantido Excluído Unificado - Resumo Nova redação Código Nova redação Portes Alteração Potencial Novos Portes Transf. de Listagem X X X
Listagem E - E-02 Infraestrutura de energia Atual: Nova: E-02-01-2 Central Geradora Hidrelétrica CGH Pot. Poluidor/Degradador Ar: P Água: M Solo: M Geral: M Porte: Volume do reservatório 5.000 m 3 : Pequeno 5.000 m 3 < Volume do reservatório 10.000 m 3 : Médio Volume do reservatório > 10.000 m 3 : Grande Motivação: - Código incluído de forma a excluir as CGHs, dos demais sistemas, com estabelecimento de Potencial Poluidor/Degradador diferenciado e parâmetro de portes embasados no volume do reservatório, considerando que um grande número de CGHs possui reservatório diminuto, que não extrapola calha do curso de água, sem criação de novas áreas inundadas. Resumo Mantido Incluído Unificado - Nova redação Código Nova redação Portes Alteração Potencial Novos Portes Transf. de Listagem X
2 PADRONIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS
3 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Qualificação da análise técnica a partir da visão integrada dos territórios e sua interação com os atributos ambientais e antrópicos.
COMPONENTE NORMAS E PADRÕES O Comitê Gestor trabalha para padronizar as normas, estruturação, padrões de nomenclatura e armazenamento dos dados geoespaciais da IDE-Sisema. Criação das Categorias de Informação da IDE-Sisema, suas Classes de Objetos e definição de pontos focais para atualização e gestão dos dados. 279 camadas Atributos ambientais e antrópicos
RESULTADOS Inclusão da visão geográfica do espaço. Qualificação das atividades de gestão, regularização e fiscalização ambiental no Estado. Análise prévia de cenários de licenciamento ambiental. Ferramenta de apoio à análise técnica. Base para atualização do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) e desenvolvimento das Avaliações Ambientais Integradas (AAI) e Estratégicas (AEE). Suporte geotecnológico para desenvolvimento do sistema de Outorga. Gestão do conhecimento.
Principais sugestões para OTIMIZAÇÃO do Licenciamento Ambiental de PCHs e CGHs: 1. Evolução das normas aplicáveis, de forma a compatibilizar a preservação ambiental e a viabilização dos empreendimentos; 2. Racionalização dos processos de licenciamento ambiental: possibilitar mais agilidade e efetividade, considerando a maior ou menor complexidade de cada empreendimento.
OBRIGADO! Germano Luiz Gomes Vieira Secretário de Estado Adjunto de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável