ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA CONSUMIDA EM ESCOLAS PÚBLICAS E HOSPITAIS DA ZONA URBANA DE PAU DOS FERROS - RN A.L.Machado 1, J.H.A. Mesquita 1, F.B. F. Freitas 1, G.S.Oliveira 1 1- Curso Técnico em Alimentos Instituto Federal do Rio Grande do Norte Campus Pau dos Ferros CEP: 59900-000 Rio Grande do Norte RN Brasil, Telefone: 55 (84) 4005 4109 e-mail: (adalva.machado@ifrn.edu.br) RESUMO A água é um composto indispensável para a manutenção da vida na Terra, por possibilitar que reações ocorram, porém também é responsável pelo desenvolvimento e transmissão de micro-organismos patogênicos. A qualidade da água vem sendo afetada devido aos baixos índices pluviométricos. Os níveis dos reservatórios comprometem o abastecimento, permitindo distribuir água de qualidade inadequada para consumo. É importante, portanto, realizar o controle microbiológico deste recurso. O trabalho teve como objetivo identificar a presença de coliformes totais e Escherichia coli em amostras de água fornecidas a escolas e hospitais da cidade de Pau dos Ferros RN. Foram das 69 amostras (21 escolas e 2 hospitais). As análises foram realizadas através do método Colilert. O resultado da pesquisa revelou que apenas 1,5% das amostras apresentaram-se próprias para consumo. Esses resultados demonstraram que os contaminantes podem estar presentes no transporte ou armazenamento da água, exigindo maior fiscalização com tratamento na recepção e armazenamento. ABSTRACT The water is an essential compound for the maintenance of life on Earth, enabling reactions occur, but is also responsible for the development and transmission of pathogenic microorganisms. The water quality has been affected due to low rainfall. The reservoir levels undertake the supply, allowing distribution of inadequate quality drinking water. It is important, therefore, perform the microbiological control of this feature. The study aimed to identify the presence of total coliforms and Escherichia coli in water samples provided to schools and hospitals in the city of Pau dos Ferros - RN. 69 samples were collected (21 schools and 2 hospitals). Analyses were performed using the Colilert method. The survey results showed that only 1.5% of the samples presented as suitable for consumption. These results demonstrate that the contaminants may be present in the transport or storage of the water, requiring more monitoring with processing the reception and storage. PALAVRAS-CHAVE: coliformes; Escherichia coli; potabilidade. KEYWORDS: coliforms; Escherichia coli; potability. 1. INTRODUÇÃO A água é um componente indispensável à vida na Terra, uma vez que atua de diversas formas importantes, como estabilizador da temperatura corporal, transportador de nutrientes e
produtos de degradação, reagente e meio de reação, facilitador do comportamento dinâmico de macromoléculas, entre diversas outras funções (Ribeiro; Seravalli, 2007). Considerada como solvente universal, a água é um meio que favorece a realização de várias reações e auxilia no desenvolvimento de micro-organismos, sejam estes desejáveis ou indesejáveis (Cruz et al., 2009). Assim, esse recurso é um dos meios mais comuns de transmissão de microorganismos patogênicos, que podem causar infecção ou intoxicação. As crianças, devido seu sistema imunológico tênue, e os idosos, em virtude de seu sistema imunológico debilitado, são as classes etárias mais susceptíveis à contaminação por água imprópria para consumo (Calazans et al., 2004). De acordo com o Rainho (1999), doenças como disenteria, febre tifoide, cólera e esquistossomose são comumente transmitidas direta ou indiretamente por bactérias através da água, sendo as mais associadas às mortes das crianças. Diante dos riscos supracitados, estudar a potabilidade da água significa observar se esta é segura a ponto de que sua ingestão não possa trazer riscos à saúde (Precision Labs, 2011). Para isso, o Ministério da Saúde disponibiliza portarias que ditam os parâmetros a serem seguidos para que uma água possa ser considerada potável, tais como a Portaria nº 518, de 25 de março de 2004 e a Portaria nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011. Ambas estabelecem que água potável é aquela cujos parâmetros microbiológicos, físicos, químicos e radioativos atendem ao padrão de potabilidade e que não sejam prejudiciais à saúde. À vista disso, técnicas são empregadas para determinar o parâmetro microbiológico, dentre elas a mais comum é a identificação de micro-organismos indicadores no meio a ser analisado. São usados como indicadores de contaminação de origem fecal quando encontrados em alimentos, além de indicar a presença de patógenos (Franco e Landgraf, 2008). Dentre os micro-organismos indicadores, a Escherichia coli é a mais utilizada (López-Pila e Szewzyk, 2000; Youn-Joo et al., 2002; Alm et al., 2003; Nogueira, et al., 2003; Lebaron et al., 2005). É a única bactéria do grupo dos coliformes termotolerantes que está presente exclusivamente no trato gastrointestinal de humanos e animais de sangue quente (Brasil, 2005). Pode causar desde diarreia simples até quadros de septicemia grave, dependendo da linhagem com a qual o indivíduo foi infectado, sorogrupo e patotipo (Vieira, 2009). Entre os métodos utilizados para a identificação da Escherichia coli na água, estão o método Colilert e o NMP (Número Mais Provável). Tais técnicas tem tido grande relevância na investigação de patógenos em água, principalmente mediante o cenário da seca, a qual vem afetando diversas regiões brasileiras (Desidério, 2014). A cidade de Pau dos Ferros-RN, localizada na mesorregião do Alto Oeste Potiguar, no interior do Rio Grande do Norte, encontra-se no período de seca há mais de três anos. Devido esse fenômeno, escolas, residências, hospitais e outros meios, suprem as necessidades importando água de açudes e poços locais ou de outros municípios. Mediante essa situação, a contaminação da água por diversas bactérias, dentre elas, a Escherichia coli pode ser facilitada. Dessa forma, faz-se necessário o estudo sobre a qualidade desta água distribuída. O objetivo desse trabalho foi investigar a qualidade microbiológica da água disponibilizada em escolas públicas da zona urbana de Pau dos Ferros RN. 2. MATERIAIS E MÉTODOS As amostras foram obtidas nas escolas e hospitais da zona urbana de Pau dos Ferros RN, com s realizadas entre novembro de 2015 e maio de 2016. O material foi obtido a partir de diferentes locais de armazenamento, entre eles: bebedouros, torneiras e caixas d água. Participaram do estudo 21 escolas, dentre elas 10 estaduais, 5 municipais, 5 creches municipais e 1 federal, e 2 hospitais. Para cada instituição, foram realizadas s de 1 amostra por
semana, durante 3 semanas, totalizando 3 amostras para cada local. Ao final, foram das e analisadas 69 amostras. Os materiais eram dos em recipientes estéreis no volume de 100 ml e em seguida transportados até o laboratório de Microbiologia de Alimentos do IFRN, em caixas isotérmicas. Para o recolhimento da água, a mão do manipulador do pote de vidro era limpa com álcool e as torneiras, quando de plástico, eram desinfetadas com algodão banhado em álcool, e, quando de metal, eram flambadas. Em seguida, deixava-se a torneira aberta por cerca de 3 minutos para que fosse eliminada toda a coluna de líquido da canalização, e posterior do volume supracitado. As amostras foram analisadas a partir do método Colilert, utilizando a metodologia descrita por IDEXX (2002). Foi diluído uma ampola do meio de cultivo Colilert no pote contendo 100 ml de cada amostra e agitado para que o meio se dissolvesse completamente. Em seguida, o pote de vidro foi incubado a 35º C por 24 horas. Em seguida foi analisado o resultado obtido a partir da cor apresentada pela amostra, a qual era comparada com a amostra padrão de água estéril e de água contaminada pela presença de coliformes totais através da presença da coloração amarelo intenso e da bactéria Escherichia coli através de visualização com luz UV. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO A Tabela 1 indica os resultados microbiológicos em amostras de água das nas escolas na cidade de Pau dos Ferros- RN. Os resultados obtidos para a presença de coliformes totais indicaram que das 57 amostras analisadas nos centros educacionais, 90,5% apresentaram-se positivas para o grupo de micro-organismos supracitado. Já os resultados encontrados para a bactéria Escherichia coli indicaram percentuais menores, porém ainda elevados, com 60% das amostras contaminadas com a bactéria. Vale ressaltar que embora houvesse locais de diferenciados como caixas d água e bebedouros, todas as escolas têm em comum o mesmo fornecedor, indicando que uma maior possibilidade de contaminação após recebimento, tendo em vista que algumas escolas mantem a prática de higienização dos locais de armazenamento, mesmo que de forma irregular. Dessa forma, foi verificado que a qualidade da água distribuída é insatisfatória, tendo em vista que, de acordo com a Portaria nº 518 de 25 de março de 2004, para a água destinada ao consumo humano devem estar ausentes tanto a Escherichia coli quanto os coliformes totais em 100 ml da amostra. Portanto, apenas a Escola Estadual H está dentro dos conformes exigidos pela legislação com relação às 3 s, os demais estabelecimentos de ensino encontram-se fora das exigências. Tabela 1- Resultados das análises microbiológicas referentes à presença de coliformes totais e Escherichia coli em amostras de água da nas escolas do município de Pau dos Ferros -RN. Escolas Local de Coliformes Totais Escherichia coli Creche A Bebedouro + + + - + + Creche B Caixa d água + + + + + - Creche C Caixa d água + + + - - + Creche D Caixa d água + + + - + + Creche E Bebedouro + + + + + + Escola Estadual F Caixa d água + + + + + - Escola Estadual G Bebedouro + + + + + + Escola Estadual H Bebedouro - - - - - - Escola Estadual I Bebedouro + + + + - +
Escola Estadual J Bebedouro + + + + + - Escola Estadual K Torneira + + + - - + Escola Estadual L Bebedouro + + + - + + Escola Estadual M Caixa d água + + + + + - Escola Estadual N Bebedouro + + + + + + Escola Estadual O Bebedouro + + + - - - Escola Municipal P Bebedouro + + + - + + Escola Municipal Q Bebedouro + + + + + - Escola Municipal R Caixa d água + + + + + + Escola Municipal S Bebedouro - - + - - - Escola Municipal T Caixa d água + + + + - + Instituto Federal U Bebedouro + + - + + - + = resultado positivo; - = resultado negativo. Embora ocorresse higienização, foi observado que a pratica não era realizada de forma correta, a iniciar pela forma de armazenamento. Analisando a Tabela 1, é perceptível que 33% das escolas mantinham a água em caixas d água plásticas, as quais mantinham contato direto com o solo, e sempre que ocorria o abastecimento, não havia o esvaziamento do reservatório para limpeza. Prova disso é que todas as s advindas desses tipos de reservatórios apresentaram-se positivos para coliformes totais e pelo menos 1 valor positivo para Escherichia coli. Vale ressaltar que as águas armazenadas nos reservatórios eram usadas para fabricação da merenda escolar e para consumo direto dos alunos. Coelho, et al (1998) e Rosenberg (2003) acreditam que os maiores números de microorganismos são encontrados em águas armazenadas em recipientes ou embalagens plásticas, devido à característica do plástico em permitir a passagem de O 2 ; as substâncias liberadas dos plásticos são também um possível contribuinte para o aumento da multiplicação bacteriana na água (Eiroa et al., 1997). Já os resultados das escolas e creches que distribuíam sua água através dos bebedouros (62%), os resultados expressos na Tabela 1 demonstram variação, desde nenhuma contaminação por coliformes totais e Escherichia coli até todas as suas amostras contaminadas por ambos indicadores. Essa variação se dar também pela localização do bebedouro tendo em vista que alguns equipamentos são passíveis de contaminação cruzada por insetos, pássaros entre outras pragas. Porém os percentuais de contaminação são menores, indicando uma possível influência da temperatura de armazenamento. De acordo com Schmidt et al. (2006) a temperatura também é um fator importante para a multiplicação das bactérias, pois, durante o período de estocagem essas temperaturas são geralmente maiores do que na fonte. Devido a essa forma de armazenamento, mesmo uma água contendo poucos organismos quando estocada nessas condições pode apresentar um crescimento logarítmico no número de bactérias em um tempo relativamente pequeno. Esse aumento continua em curva de crescimento típica até a matéria orgânica da água ser esgotada. A refrigeração retarda esse processo. Tais condições explicam a diferença entre os resultados obtidos tendo em vista que apenas a Escola Estadual H utilizava solução diluída de hipoclorito de sódio para lavar o recipiente de armazenamento de água, tendo em vista que tal prática ocorria constantemente. Nesse sentido, a limpeza do galão de água antes do uso, os procedimentos para a higienização do suporte do bebedouro e as condições adequadas de estocagem são medidas que podem contribuir para que a água consumida continue inalterada até o seu consumo (Yamaguch et al., 2013). Os resultados das amostras obtidas nos centros hospitalares estão dispostas na Tabela 2. Observou-se que, das 6 amostras das, todas foram positivas para coliformes totais (100%) e, deste mesmo número de amostras, 2 apresentaram valores positivos para Escherichia coli (33).
Tabela 2 - Resultados das análises microbiológicas referentes à presença de coliformes totais e Escherichia coli em amostras de água da nos hospitais do município de Pau dos Ferros -RN. Local de Coliformes Totais Escherichia coli Hospitais Hospital A Bebedouro + + + + - + Hospital B Bebedouro + + + - - - + = resultado positivo; - = resultado negativo. Através dos valores apresentados na Tabela 2, pode-se inferir que ambos os hospitais estão fora dos limites exigidos pela Portaria nº 518 de 25 de março de 2004, em virtude de apresentarem coliformes totais em todas as amostras das. Ambos os hospitais se utilizam de bebedouros refrigerados, porém o funcionamento dos equipamentos é irregular, possibilitando a verificação de diferentes temperaturas entre os mesmos. Além disso, os fornecedores de água são diferentes, tendo em vista que o Hospital A adquire água de poço, enquanto o Hospital B disponibiliza água mineral. Vale salientar que a presença de coliformes nas amostras do Hospital B (água mineral), pode estar relacionada com a falta de condições adequadas no armazenamento dos garrafões. Tais condições também foram encontradas em estudos realizados por Alves, et al (2002) em estudo desenvolvido na cidade de Marília, São Paulo, em que os autores observaram a presença de coliformes totais em dezoito diferentes marcas de água mineral comercializadas em garrafões. É importante destacar que as práticas de higienização devem ser ainda maiores nos ambientes hospitalares tendo em vista os possíveis patógenos relacionados. Além disso o grupo de risco está mais susceptível a uma contaminação por bactérias desse tipo. 4. CONCLUSÃO Os resultados obtidos demonstraram que a água disponibilizada pela maior parte das escolas e hospitais estão com padrões microbiológicos inadequados para o consumo. A partir disso, deduz-se que a higiene feita nos reservatórios e o teor de cloro estão sendo inadequados, não possibilitando a eliminação dos patógenos estudados. Assim, torna-se necessária maior atenção na limpeza e armazenamento da mesma, a fim de minimizar a contaminação e garantir a qualidade da água que chega aos alunos e pacientes de tais instituições. 5. AGRADECIMENTOS Agradecemos ao CNPq pela concessão de bolsa de iniciação a pesquisa e ao IFRN, Campus Pau dos Ferros, pelo auxilio na execução do projeto. 6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS Alm, E.W., Burke, J., Spain, A. (2003). Fecal indicator bacteria are abundant in wet sand at freshwater beaches. Water Research, 3978-3982.
Brasil. (2016). Portaria MS N.º 518/2004. 1. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2005. p. 5-30. Disponível em: <http://www.mundoambiente.eng.br/legislacao/leiambientaluniao/portaria_518.04.pdf>. Acesso em: 12 fev. 2016. Calazans, G. M. T., Almeida F. R., Jácome, A. T., Espindula, J. C. (2004). Análises bacteriológicas de águas provenientes de creches, asilos e poços artesianos situados próximos ao Campus da UFPE. In: Anais do 2º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária. Belo Horizonte. Coelho D.L, Pimentel I.C; Beux, M.R. (1998). Uso do método cromogênico para quantificação do NMP de bactérias do grupo coliforme em águas minerais envasadas. Boletim CPPA, 16(1), 45-54. Cruz, J. B. F., Cruz, A. M. S., Resende, A. (2009). Análise microbiológica da água consumida em estabelecimentos de educação infantil da rede pública do Gama, DF. Revista Saúde e Biologia, 4 (1), p.21-23 Desidério, M. (2014). Seca coloca mais de mil cidades em estado de emergência. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/seca-coloca-mais-de-mil-cidades-em-estado-deemergencia>. Acesso em: 27 mar. 2016. Eiroa M.N.U., Junqueira V.C.A., Silveira, N.F.A. (1997). Variação da microbiota natural e de Pseudomonas aeruginosa em água mineral não carbonatada embalada em diferentes materiais durante o armazenamento a 30 C ± 1 C. Ciência e Tecnologia de Alimentos, 7(2), 167-71. Franco, B. D., Gombossy, M., Landgraf, M. (2008). Microbiologia dos Alimentos. São Paulo: Atheneu. Idexx. (2002). Um teste simples de 24 horas para coliformes e E. coli. 4 p. Disponível em: <https://www.idexx.com/pdf/en_us/water/6406300l.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2016. L., P., Henry, A., Lepeuple, B., Pena, G.C., Servais, P. D. (2005). An operational method for the realtime monitoring of E. coli numbers in bathing waters Marine Pollution Bulletin, 652-659. López-Pila, J. M., Szewzyk, R. (2001). Estimating the infection risk in recreational waters from the faecal indicator concentration and from the ratio between pathogens and indicators. Water Research, 4195-4200. Nogueira, G., Nakamura, C.V., Tognim, M.C.B., Filho, B.A.A., Dias, B.P.F. (2003). Qualidade microbiológica de água potável de comunidades urbanas e rurais, Paraná. Revista Saúde Pública, 37, 232-236. Precision Labs. (2011). Potabilidade da Água. Disponível em: <http://www.precisionlabs.com.br/index.php/servicos/potabilidade-da-agua>. Acesso em: 30 mar. 2016. Rainho, J.M. Planeta água. (1999), Revista Veja, 26 (221), 48-64. Ribeiro, E., Seravalli, E. A. G. Química de Alimentos (2007). 2. ed. São Paulo: Editora Blucher. Rosenberg, F.A. (2003). The microbiology of bottled water. Clinical Microbiology Newslett, 25(6):41-4. Valéria, N. S., Junqueira, C. A., Silveira, N. F. A., Taniwaki, M. H., Santos, R.F.S., Gomes, R.A.R., Okazak, M,M. (2010). Manual de Métodos de Análise Microbiológica de Alimentos e Água. 4. ed. São Paulo: Livraria Varela. Vieira, M. A. M. (2009). Ilhas de patogenicidade. O mundo da saúde 33 (4), 406-414. Youn-JOO, A.N., Kampbell, D.H., Breidenbach, G.P. (2002). Escherichia coli and total coliforms in water and sediments at marinas. Environmental Pollution, 771-778.