COMBATE AO ALTO ÍNDICE DE NOTAS BAIXAS NO ENSINO DE GEOMETRIA ESPACIAL Jordana Barros Saraiva Severo (1) ; Jerry Gleison Salgueiro Fidanza Vasconcelos (2) Bolsista (1) ; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, campus Canindé; jordanabarrossevero@gmail.com. Orientador (2) ; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, campus Canindé; profjerryvasconcelos@gmail,com. 1. RESUMO O sistema de ensino brasileiro vem enfrentando um dos maiores problemas, o baixo desempenho dos alunos em matemática, e mais especificamente, envolvendo a geometria. O ensino e a aprendizagem da geometria por um longo tempo ficou em segundo plano nos currículos de matemática das escolas brasileiras, estando ausente ou quase ausente. Dessa feita, o projeto tem como objetivo principal o combate ao alto índice de notas baixas no ensino de Geometria Espacial, para os alunos do integrado do IFCE, por meio do estudo, pesquisa e confecção de material didático sobre o tema proposto, buscando melhorias para o desempenho dos discentes. PALAVRAS-CHAVE: Rotação de figuras planas; Confecção de material didático; Baixo desempenho. 2. INTRODUÇÃO O sistema de ensino brasileiro vem enfrentando um dos maiores problemas, o baixo desempenho dos alunos em matemática, e mais especificamente, envolvendo a geometria. O país ocupa as últimas posições do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) nesta área de conhecimento. Além disso, apresenta uma enorme diferença entre as notas mínimas e máximas da prova de matemática do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo dados da Prova Brasil, apenas 12% dos adolescentes terminam o ensino fundamental na rede pública sabendo o esperado. No Brasil, o aprendizado de matemática nas escolas públicas e privadas avançou nos últimos anos, mas o desempenho geral ainda deixa o país entre os últimos colocados do Pisa. Em matemática, o país caiu da 57ª para a 58ª posição entre 2009 e 2012, de um total de 65 países avaliados (http://g1.globo.com, 2004). O ensino e a aprendizagem da geometria por um longo tempo ficou em segundo plano nos currículos de matemática das escolas brasileiras, estando ausente ou quase ausente, De acordo com Lorenzato (1995), existem duas razões principais para isso muitos professores não tinham os conhecimentos necessários para ensinar geometria e a exagerada valorização que se atribuía aos livros didáticos, que muitas vezes, traziam esses conteúdos como um conjunto de fórmulas e definições que eram apresentados em seus capítulos finais, aumentando a possibilidade deles não
serem estudados devido a falta de tempo (1995). Já para Pavanello (1993), o abandono do ensino da geometria nas salas de aula pode ser explicado devido ao contexto histórico-político do problema. A autora afirma que apesar do abandono da geometria no ensino ser uma tendência geral, era um problema mais evidente no ensino público que foi agravado após a promulgação da Lei 5692/71 (BRASIL, 1971), que permitiu ao professor elaborar seu programa de acordo com a necessidade de seus alunos. Essa liberdade concedida pela lei possibilitou que muitos professores de matemática, sentindo-se inseguros para trabalhar com a geometria, deixassem de incluí-la em sua programação ou a colocavam no final do ano letivo, usando a falta de tempo como pretexto para não abordá-la. Diante do exposto o objetivo principal do projeto é o combate ao alto índice de notas baixas no ensino de Geometria para os alunos do integrado do IFCE por meio da apresentação, confecção, conceituação e formulação das figuras espaciais. Os PCN s (BRASIL, 1997) propõem que a geometria no Ensino Médio deva ser tratada em quatro unidades temáticas, a saber: geometria plana, espacial, métrica e analítica. Onde a espacial trata das posições relativas ao paralelismo, perpendicularismo, intersecções, elementos dos poliedros, sua classificação e representação e sólidos redondos. Tem como finalidade: usar formas geométricas espaciais para representar ou visualizar partes do mundo real, como peças mecânicas, embalagens e construções, interpretar e associar objetos sólidos e suas diferentes representações bidimensionais, como projeções, planificações, cortes e desenhos, utilizar o conhecimento geométrico para leitura, compreensão e ação sobre a realidade, compreender o significado de postulados ou axiomas e teoremas e reconhecer o valor de demonstrações para perceber a Matemática como ciência com forma específica para validar resultados. O escopo do projeto é o estudo da Geometria espacial, promovendo o desenvolvimento do pensamento geométrico. De acordo com os PCN s, (BRASIL,1997), O pensamento geométrico desenvolve-se inicialmente pela visualização: as crianças conhecem o espaço como algo que existe ao redor delas. As figuras geométricas são reconhecidas por suas formas, por sua aparência física, em sua totalidade, e não por suas partes ou propriedades. Na natureza existem infinitas formas geométricas, podendo ser geradas por pontos, segmentos de reta ou figuras planas. O movimento finito de um ponto, sobre um plano, pode gerar um segmento de reta ou um círculo, a união de segmentos de reta, em um plano, podem gerar figuras geométricas planas: quadrados, retângulos, triângulos entre outras ea rotação de uma figura geométrica plana pode gerar um sólido geométrico espacial.os objetos que povoam o espaço são a fonte principal do trabalho de exploração das formas. O aluno deve ser incentivado, por exemplo, a identificar posições relativas dos objetos, a reconhecer no seu entorno e nos objetos que nele se encontram formas distintas, tridimensionais e
bidimensionais, planas e não planas, a fazer construções, modelos ou desenhos do espaço (de diferentes pontos de vista) e descrevê-los. Segundo os PCN s, (BRASIL,1997), A Geometria é um campo fértil para se trabalhar com situações-problema e é um tema pelo qual os alunos costumam se interessar naturalmente. O trabalho com noções geométricas contribui para a aprendizagem de números e medidas, pois estimula a criança a observar, perceber semelhanças e diferenças, identificar regularidades e vice-versa. Os sólidos de revolução são figuras espaciais que se encontram representadas em muitos objetos de nosso dia a dia, tornando-se mais interessante e prático quando visualizados em uma interação didática, para que os alunos tenham contato com o conhecimento cientifico de uma maneira agradável e descontraída. Eles demonstram mais interesse nas aulas e a participação aumenta de maneira significativa. Um dos grandes problemas enfrentados pelo Sistema de Ensino Brasileiro refere-se ao baixo desempenho dos alunos em Matemática, onde as recentes avaliações feitas evidenciam que esse desempenho torna-se ainda mais baixo quando o tema abordado é a Geometria. O país além de ocupar as últimas posições do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) nesta área de conhecimento, em 2015, apresentou a primeira queda desde 2003, início da série histórica da avaliação, e constatou que sete em cada dez alunos brasileiros, com idade entre 15 e 16 anos, estão abaixo do nível básico de conhecimento matemático. 3 METODOLOGIA A primeira etapa consiste no levantamento bibliográfico para realização do projeto que será desenvolvido na perspectiva de Laville e Dionne (1999, p. 167), documento é toda fonte de informação que já existe e esse instrumento auxilia o pesquisador, pois aportam informação diretamente: os dados estão lá, resta fazer sua triagem, criticá-los, isto é, julgar sua qualidade em função das necessidades da pesquisa, codificá-los ou categorizá-los, dessa feita, a análise trazida para a discussão, utilizada como metodologia do trabalho, é a construção da pesquisa de caráter teórico, bibliográfico e documental, de maneira crítica e comparativa, dividida em três etapas: primeiramente, pesquisa bibliográfica com base em material já elaborado, constituindo, principalmente de livros e artigos científicos, posteriormente, seguimos para pesquisa documental com o uso de fontes de materiais que ainda não haviam tido um tratamento analítico, permitindo outras elaborações. Segunda etapa será ministrada duas aulas semanais de geometria para os alunos e bolsista, com o objetivo de apresentação, conceituação e formulação das figuras planas e espaciais. Terceira etapa será um minicurso promovido pelo orientador para o bolsista, onde o bolsista deverá confeccionar as figuras geométricas planas (triângulo retângulo, retângulo e
semicírculo) com a utilização de tesoura e cartolina, acoplando-as em um motor de carrinho a pilha, utilizando-se de silicone para sua fixação. Com a estrutura montada e o motor em funcionamento, as figuras planas, rodando sobre seu eixo, deverão dar a ideia de figuras espaciais. O retângulo representará um cilindro, o semicírculo uma esfera e o triângulo retângulo um cone. 4. RESULTADOS ESPERADOS Ao concluirmos nosso projeto esperamos avaliar os alunos do ensino médio do integrado dos cursos técnicos do IFCE campus Canindé para verificarmos suas necessidades e adaptarmos nosso projeto conforme as mesmas ministrando aulas com conteúdo introdutório de geometria a ser trabalhado no projeto, identificar as figuras geométricas espaciais formadas a partir da rotação completa de um triângulo retângulo, retângulo e um semicírculo sobre o seu eixo, planificar os sólidos geométricos espaciais: cone, cilindro e esfera, deduzir a partir da planificação o conceito de áreas e volume, comparar as formas geométricas: cone, cilindro e esfera, com objetos usados no dia-a- dia e realizar minicurso para apresentação, confecção, conceituação e formulação das figuras espaciais. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS A atual situação do ensino aprendizagem da Matemática necessita recorrer à capacidade e ao empenho de todos, alunos, professores e demais envolvidos no processo educacional para melhorar o padrão ensinar/aprender Matemática. Políticas públicas educacionais, escolas, professores, alunos e comunidade devem se preocupar em conhecer o ambiente em que se encontram para procurarem superar o modelo tradicional de ensino que, ao invés de promover o desenvolvimento dos cidadãos, contribui para sua decadência e para o descaso com a sociedade. O diagnóstico e as concepções dos envolvidos no processo se tornam necessárias para análise e promoção de propostas de alterações. Os alunos, com a falta de base de conhecimento matemáticos nas séries iniciais, e pelo pré-conceito que a Matemática é uma disciplina difícil, falta de compromisso dos pais dos alunos nos afazeres escolares e na motivação de gostar de Matemática, e a relação da Geometria na vida cotidiana. Entendemos que o uso de atividades motivadoras, com os conceitos geométricos envolvidos podem auxiliar e facilitar a prática pedagógica em sala de aula, tornando a aprendizagem prazerosa, divertida e, ao mesmo tempo, interessante para os alunos, quebrando a barreira na problemática da aprendizagem. Visamos com o fim de nosso projetor atingir objetivos estabelecidos e motivar
alunos e professores ao estudo e ensino, desse ramo importante da matemática, a geometria espacial. 6. REFERÊNCIAS BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais : matemática /Secretaria de Educação Fundamental. Brasília :MEC/SEF, 2015. LORENZATO, Sérgio. Por que não ensinar Geometria? A Educação Matemática em Revista, SBEM, ano 3, jan/jun.1999. MORI, I. & ONAGA, D. Matemática: ideias e desafios. 9º ano. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. MORELATTI, M. R. M.; SOUZA L. H. G., Aprendizagem de conceitos geométricos pelo futuro professor das séries iniciais do Ensino Fundamental e as novas tecnologias. Curitiba: UFPR, 2006. PAVANELLO, R. M. O abandono do ensino da geometria no Brasil: causas e conseqüências. In Zetetiké. Campinas: UNICAMP/FE/CEMPEM. Ano 1, n. 1, março, 1993. TASHIMA, Marina Massaco; SILVA, Ana Lúcia da; Departamento de Matemática, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, Brasil;