A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DO TRANSTORNO DISMÓRFICO CORPORAL POR PROFISSIONAIS DA ÁREA DE ESTÉTICA.

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A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DO TRANSTORNO DISMÓRFICO CORPORAL POR PROFISSIONAIS DA ÁREA DE ESTÉTICA. Jordana Micaela de Oliveira. 1 Alison Walvy de Souza. 2 Irene C. Piconi Prestes. 3 1 Acadêmico do curso de Tecnologia em Estética e Imagem Pessoal da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba, PR); 2 Tecnóloga em Estética e Imagem Pessoal, Profª. Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba - PR). 3 Psicóloga, Profª. Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba PR). Endereço para correspondência: Jordana Micaela de Oliveira, jordana.micaela@hotmail.com RESUMO: A imagem corporal é a percepção que cada indivíduo faz de seu próprio corpo. O transtorno Dismórfico Corporal tem como principal característica a percepção errada da imagem corporal. O indivíduo com TDC afirma ter um defeito em alguma parte de seu corpo defeito este, imaginário ou não. È um transtorno relativamente novo, por isso muitos profissionais da área da saúde não o conhecem. O TDC acomete aproximadamente 0,7% a 2,4% na população geral, de 9 % a 12% em pacientes dermatológicos e de 3% a 53% em pacientes que procuram cirurgias plásticas. Este estudo foi realizado através de uma revisão bibliográfica e tem como objetivo demonstrar a importância dos profissionais da área de estética conhecerem o transtorno, pois além da prevalência ser relativamente alta, quando o TDC não é diagnosticado e tratado, pode-se agravar o problema levando o paciente até mesmo ao suicídio. Ao profissional da área de estética compete apontar previamente ao individuo seu exagero com o defeito bem como encaminhar a um profissional especializado. Palavras-chave: Transtorno Dismórfico Corporal, Imagem Corporal, Dismorfofobia. ABSTRACT: The Body image is the perception that each individual makes of its own body. Body Dysmorphic Disorder's The main characteristic is the wrong perception of the body image. Individuals with BDD claims to have a defect in some part of their body, defects this imaginary or not. It is a relatively new disorder, that's why many health professionals do not know it. The BDD affects approximately 0.7% to 2.4% in the general population, 9% to 12% in dermatological patients and 3% to 53% in patients seeking plastic surgery. This study was conducted through a literature review and aims to demonstrate the importance of aesthetic professionals to know the disorder, for the prevalence is relatively high when the TDC is not diagnosed and treated, can exacerbate the problem leading the patient even to suicide. The professional the aesthetic area responsability is to point prior to the individual he exaggeration with the defect as will as refer to a specialized professional. Keywords: Body Dysmorphic Disorder, Body Image, Dysmorphophobia.

INTRODUÇÃO O Transtorno Dismórfico Corporal (TDC) é um transtorno que acomete a percepção que um indivíduo tem com seu próprio corpo. E, a partir de uma percepção errada, o indivíduo passa a ter exagerada preocupação com determinada parte do seu corpo em que ele acredita ter um defeito. O TDC é também conhecido como dismorfofobia e é uma doença relativamente comum podendo causar sofrimento, prejudicando a qualidade de vida e bem estar das pessoas. 1,2,3 Esse transtorno foi descrito há mais de cem anos, pela primeira vez, por um alienista italiano, e é caracterizado por tentativa de camuflagem, comparação com outras pessoas, procurar e realizar tratamentos estéticos e esquiva social, levando até ao suicídio. Estima-se que aproximadamente 2,4% da população geral sejam afetadas pelo TDC, e alguns estudos variam de 16% a 53% de pacientes dermatológicos e de cirurgias plásticas, porém esta prevalência não é bem estabelecida, pois apesar da importância no aspecto social, ainda foi pouco estudado. 4,5,6 Devido á falta de estudos sobre este transtorno, muitos profissionais da área de estética não o conhecem e não dão a devida importância a alguns sinais que os pacientes com TDC revelam, colaborando sem saber com a evolução da dismorfofobia e, considerando esta alta porcentagem em pessoas que procuram melhorias em sua aparência, o conhecimento por parte de profissionais da área da Estética é fundamental para que, fazendo uso da Ética, saibam conduzir estas pessoas a Psicólogos e Psiquiatras acompanhando e auxiliando os mesmos no tratamento desses pacientes. 6 METODOLOGIA O presente estudo parte de uma pesquisa bibliográfica sobre o tema proposto através de sites, revistas, artigos científicos e livros. Foram utilizados os termos Transtorno Dismórfico Corporal ou Body Dysmorphic Disorder ou Dysmorphophobia e Imagem Corporal ou Body Image. Os artigos foram selecionados de acordo com os objetivos, com foco na gravidade do transtorno e na importância de um tratamento adequado. 1. TRANSTORNO DISMÓRFICO CORPORAL 2

A imagem corporal é a percepção de nosso corpo formada em nossa mente. Essa percepção é construída e organizada através dos sentidos corporais internos e externos, pelas representações mentais fornecidas pela história e cultura de cada pessoa. A imagem corporal então é a totalização da organização mental de cada pessoa. 7,8,9 Vários transtornos mentais estão associados com a insatisfação da imagem corporal. Um exemplo de transtorno mental é o Transtorno Dismórfico Corporal (TDC), também conhecido como Dismorfofobia, onde a pessoa tem uma exagerada preocupação com um defeito imaginário ou não, em alguma parte do seu corpo, e sem tratamento adequado, o mesmo passa a apresentar prejuízo no funcionamento comportamental e social, levando até ao suicídio. Os pacientes com TDC sentem como se determinada parte do corpo fossem enormes, desproporcionais, deformadas e se acham dignos de enorme vergonha. 9,10 Na pesquisa realizada em 2004, Phillips citou que Enrico Morselli, psiquiatra na Itália que descreveu pela primeira vez o TDC, observou que A dismorfofobia, na verdade, é um indivíduo verdadeiramente infeliz, que no meio de seus afazeres diários, em conversas, durante a leitura, na verdade em qualquer lugar e a qualquer hora do dia, é subitamente tomado pelo medo de alguma deformidade. Pode chegar a uma intensidade muito dolorosa, mesmo ao ponto de choro e desespero. 2 A principal característica do TDC é a exagerada preocupação com alguma parte do seu corpo. Geralmente as queixas envolvem defeitos inexistentes ou quase imperceptíveis e é mais comum estarem concentrados na face e cabeça. Os defeitos podem ser com relação à assimetria, desproporção e/ou cor de determinadas partes, bem como perda de cabelos, aparecimento de rugas, acne, telangiectasias, palidez ou rubor, edema, pêlos faciais excessivos. Contudo, outras partes do corpo também podem ser alvo dessa preocupação, como mamas, genitais, glúteos, abdômen, pernas, pés, braços e mãos.as áreas do corpo mais afetadas pela preocupação excessiva são o nariz (37%), os cabelos (56%) e a pele (73%). As queixas podem também, concentrar-se em diversas áreas simultaneamente, porém a dismorfofobia não deve ser confundida com outros transtornos, como a Anorexia e a Bulimia, pois enquanto que nestes a preocupação envolve o corpo de uma maneira geral, o TDC refere-se apenas uma ou mais partes do corpo. 4,5,11,12 3

Outras características são: esquivas ou frequentes verificações do defeito em frente ao espelho e superfícies refletoras consumindo várias horas por dia, cuidado com a aparência exageradamente, como escovação excessiva dos cabelos ou dentes, remoção de pêlos, aplicação exagerada de maquiagem, comparação de seu corpo com outros, solicitar reafirmações sobre o defeito, tentativa de camuflagem através de roupas e acessórios. Esses comportamentos podem se tornar rituais, e como o indivíduo está convencido de que sua anomalia chama a atenção de todos, passa a se esquivar de outras pessoas, prejudicando a sua vida social e afetiva, fica confinado em casa para que ninguém o veja, por vezes só sai á noite, pois no escuro é mais imperceptível seu defeito, abandona escola e trabalho ou não o exerce com competência porque não para de pensar em seu defeito. Frequentemente, indivíduos com TDC procuram e realizam tratamentos estéticos e cosméticos, porém esses tratamentos podem prejudicar o transtorno, intensificando-o ou levando o mesmo a ter novas preocupações, com a mesma parte do corpo ou não, podendo levá-lo até mesmo ao suicídio por não conseguir corrigir sua imperfeição. 11,13,14 Aproximadamente 80% de pessoas que têm TDC, já tiveram ou têm pensamento suicida, e 0,3% ao ano completaram o suicídio. Bjornsson et al (2010) cita resultados de uma pesquisa realizada pela Sociedade Americana de membros da Estética e Cirurgia Plástica (apud Sawer 2002, p.531-535), indivíduos com TDC podem tornar-se violentos, e 12% dos cirurgiões plásticos entrevistados afirmaram já terem sofrido ameaças por essas pessoas. Dos participantes, 48,9% também eram usuários de drogas e álcool, destas, 42,6% consumiam álcool e 30,1% consumiam drogas. 12 De acordo com pesquisadores, a dismorfofobia foi descrita há mais de cem anos, porém só em 1980 é incluída na nosologia psiquiátrica oficial dos Estados Unidos, passando a ter mais critérios diagnósticos após ser denominado Transtorno Dismórfico Corporal, a partir daí desperta interesse entre os psiquiatras. 5 No Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM)-III o Transtorno é mencionado como Transtorno Somatoforme Atípico e mais tarde conceituado com duas variantes: delirante e não delirante. 6 Em 1994 no DSM-IV, o TDC passa a ser classificado como Body Dysmorphic Disorder e atualmente, o TDC pode estar associado com o TOC, mas apenas quando 4

as obsessões e compulsões se relacionarem á defeitos na aparência. 11 3. PREVALÊNCIA E ASPECTOS DEMOGRÁFICOS 2. CRITÉRIOS NO MANUAL DE DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICA DOS TRANSTORNOS MENTAIS DSM-IV São listados três critérios de diagnóstico para o TDC no DSM-IV: I. O indivíduo tem preocupação exagerada sobre uma mínima anomalia presente ou sobre um defeito imaginário na aparência. II. Essa preocupação deve causar prejuízo na vida social, ocupacional ou qualquer área do funcionamento, bem como stress significativo. III. As queixas do paciente não devem ser confundidas com outros transtornos mentais, tais como a anorexia, bulimia, vigorexia. Esses critérios devem ser observados quando o paciente se isola em função de sua aparência, depressão, ideação suicida e solicitar cirurgia plástica ou tratamento dermatológico e cosmético desnecessário. 2,11 Por ser o acréscimo mais recente ao grupo de transtornos somatoformes, o TDC não tem muitos estudos quanto à sua prevalência. É possível que ele seja subdiagnosticado, pois muitos pacientes tendem a ocultá-lo por muito tempo e, sem dar a devida atenção ao problema, procuram profissionais que não são da área de psiquiatria para corrigir as imperfeições corporais, como dermatologistas e cirurgiões plásticos. 15,16 O TDC começa na adolescência entre homens e mulheres e, sem tratamento adequado, geralmente têm curso crônico. Foi verificado que a probabilidade de redução do TDC em pacientes que o apresentavam a mais de um ano foi de apenas 0,09%, que é menor do que foi relatado para outros transtornos. 12 Apesar de não ser bem estabelecida, a prevalência do TDC varia em alguns estudos, na população geral de 0,7% a 2,4%. Em pacientes que procuram clínicas de dermatologia de 9% a 12%, e em cirurgias plásticas de 3% a 53%, em adolescentes a taxa é de 4,8% e dos pacientes psiquiátricos internados de 13% a 16%. 6,12,16 5

Em um estudo realizado por Phillips KA et al (2004) em pacientes com depressão atípica, o TDC foi duas vezes mais comum que o TOC, e em outro foi mais comum que muitas doenças como fobias, bulimia, dependências e transtorno de ansiedade. 2 A prevalência de indivíduos com TDC aumenta quando estudadas em grupos, como por exemplo, pacientes dermatológicos. Observou-se também que muitos pacientes graves que não tinham sido diagnosticados com TDC estavam em serviços não psiquiátricos. Em decorrência disso, o transtorno intensificou-se, levando o paciente a cometer lesões auto-infligidas, e até mesmo a amputação de membros sadios por vontade própria. 16 Phillips et al (2001) realizou um estudo, Surgical Nonpsychiatric Medical Treatment of Patients With Body Dysmorphic Disorder (O tratamento médico cirúrgico não-psiquiátrico de Pacientes com Transtorno Dismórfico Corporal), com 289 indivíduos que tem o diagnóstico de TDC, dentre eles 250 adultos e 39 crianças, constatou-se que 76,4% procurou tratamento não psiquiátrico para corrigir sua imperfeição, 38,2% procuraram mais de um tratamento não psiquiátrico, sendo 63% tratamentos dermatológicos e cirúrgicos. Dos adultos, 86,4% receberam tratamento não psiquiátrico. Segundo o estudo, nenhum dos tratamentos realizados para corrigir as imperfeições diminuiu ou aliviou os sintomas do TDC. 17 Com esses dados, é possível enfatizar a importância de se conhecer o transtorno para encaminhar o paciente a um tratamento psiquiátrico para que o diagnóstico seja feito o mais breve possível, não agravando o problema. Quanto à idade atingida, há relatos desde os 5 anos até 80 anos de idade, em relação ao sexo, após dois estudos realizados na Alemanha e EUA, a maior prevalência se encontra na população feminina, porém a taxa de TDC nos homens também é alta. 12 Considerando o histórico do TDC, sintomas e a prevalência em pessoas que procuram tratamentos estéticos é possível que, se profissionais da área da estética conheçam um pouco sobre o TDC, possam encaminhar pessoas com sintomas a um especialista, contribuindo assim para uma população mentalmente mais saudável. 4. TRATAMENTO Pouco se sabe sobre o tratamento para o TDC, pois não há muitos estudos e 6

pesquisas sobre ele. Porém dentre os fármacos, os mais indicados são os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISR s) e os antidepressivos tricíclicos. 2,6,12 Há ainda, o relato de um paciente com TDC que respondeu favoravelmente ao tratamento com Venlafaxina e, já no fim da primeira semana, houve redução no número de vezes que se olhava no espelho e na ansiedade, melhorando também o sono. 18 Atualmente, o tratamento que dá maior resultado é a terapia cognitivocomportamental (TCC), que envolve o auto monitoramento dos pensamentos e comportamentos relacionados à aparência. A psicoterapia interpessoal (TIP) pode oferecer uma alternativa promissora, auxiliando na angústia, depressão, humor e baixa auto estima. 6,12,19 Uma adequada anamnese irá proporcionar uma suspeita do transtorno, levando em conta que quase todo indivíduo insatisfeito, mascara tal situação. È necessário também que o profissional de Estética esteja sempre atento aos comportamentos dos pacientes para que, na presença de uma obsessão, alertar o paciente e se necessário encaminh-alo a um psicólogo. 20 Frente ás dificuldades encontradas para o reconhecimento do transtorno, em 2008, Katia Perez Ramos estudou e objetivou a criação de um instrumento específico do TDC denominado BDDE Body Dysmorphic Disorder Examination Exame do corpo dismórfico. Vele lembrar que a aplicação do BDDE é somente um instrumento auxiliar que realiza uma triagem e fornece dados e objetivos do paciente, sendo apenas uma ferramenta de auxílio do diagnóstico. 4.1 INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DO TDC Diante da intensa relação entre profissional-paciente, é necessário estar sempre atento e apto para diagnosticar o Transtorno Dismórfico Corporal. Um Instrumento útil e de grande valia para o diagnóstico é a Anamnese. 4.2 COMORBIDADES O comportamento do paciente com o Transtorno Dismórfico Corporal é semelhante ao Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). Ambos têm características como sofrimento, vergonha, comportamentos compulsivos e repetitivos e isolamento social. Um exemplo de 7

comportamento compulsivo é o paciente com TDC escoriar a pele várias vezes na tentativa de melhorá-la, sem perceber os riscos e danos que isso pode causar. 1,12 Há semelhanças também entre o TDC e transtornos alimentares, em decorrência de pensamentos sobre a imagem corporal e comportamentos repetitivos. 9 O TDC pode estar associado com o Transtorno Depressivo Maior, Fobia Social e Transtorno Delirante. 11 Apesar de terem algumas semelhanças, vários estudos discutem se o TDC deve ser classificado como um transtorno separado ou um subtipo desses outros transtornos já citados. DISCUSSÃO A imagem corporal é a maneira de como o corpo se apresenta para nós e como ela é formada em nossa mente, ou seja é a percepção do próprio corpo, como relatam Schilder, Dalgalarrondo, Silva et al e Martins et al. 3,7,8,10 Segundo Phillips, o TDC foi descrito há mais de cem anos por Morselli como um transtorno que acomete a percepção distorcida da própria imagem corporal, levando o indivíduo a ter acentuado prejuízo no funcionamento social, com grande probabilidade de suicídio e, como relata Torres et al, essa percepção distorcida pode ser mínima ou imaginária, e para Nascimento et al esta é a característica mais proeminente da Dismorfofobia. Segundo Bjornsson et al e Conrado, as regiões mais afetadas são a pele, o nariz e os cabelos, porém qualquer parte do corpo pode ser alvo da exagerada preocupação. A preocupação pode ocorrer também simultaneamente com várias partes do corpo. 1,6,9,12 Nas pesquisas realizadas em 2001, 2004 e 2010, Phillips afirma que o TDC tem como características, além da obsessão pelo defeito, a comparação com outras pessoas, cuidados excessivos com a aparência, condutas repetitivas e tentativas de camuflagem com roupas e/ou acessórios. Em sua tese, Monteiro afirma que...o TDC pode se referir á qualquer parte ou aspecto do corpo, como tamanho, textura ou cor. 2,5,12,17 De acordo com Conrado a prevalência da dismorfofobia não é bem estabelecida devido á falta de estudos. Porém estima-se que de 1% a 2% da população geral sejam afetadas e de 14,4% em pacientes dermatológicos. Já Nascimento et al afirma ser de 0,7% a 1,7% na população geral e de 3% a 15% 8

na população que procura tratamentos estéticos e dermatológicos. Bjornsson et al relata que a prevalência é de 0,7% a 2,4% na população geral e de 9% a 12% em clínicas dermatológicas e de 3% a 53% em clinicas de cirurgia estética. Neto afirma ainda que a prevalência na população geral é entre 0,7% a 2,3%. 6,9,12,16 Para o tratamento do TDC Veale, Bjornsson e Conrado mencionam o uso de SRI s (Inibidores da recaptação da serotonina) como o fármaco mais recomendado, tendo eficácia no TDC delirante e não-delirante. Em consenso com Phillips, enfatizam a terapia cognitiva comportamental (TCC) e a psicoterapia interpessoal (TIP). Conrado afirma ainda que o TDC responde também aos antidepressivos tricíclicos. Foi realizado um estudo com Venlafaxina como tratamento do TDC por Amâncio et al, neste apenas uma pessoa com o transtorno da classe não delirante foi medicada com o fármaco. A paciente obteve melhora com doses crescentes de Venlafaxina e seis meses após o início do tratamento apresentava-se assintomática. 2,6,12,18,19 Não há pesquisas de tamanha relevância quanto à comorbidades. Torres et al aponta as semelhanças do TDC com o TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), ambos se caracterizam por pensamentos desagradáveis, compulsivos, repetitivos e indesejáveis. Já Nascimento et al correlaciona o TDC com transtornos alimentares, pela preocupação com o corpo e os comportamentos compulsivos de ambos. 1,9 Segundo autores participantes da elaboração do DSM IV (Manual de diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais), indivíduos com TDC procuram tratamentos estéticos, cirurgias e dermatologistas, porém quando realizados esses tratamentos não psiquiátricos, o transtorno pode ser agravado, pois o paciente passa a ter novas preocupações, podendo levá-lo ao suicídio por não conseguir corrigir sua imperfeição. 11 De acordo com Crisp pode haver muitos distúrbios profundos e até permanentes em meio às pessoas que procuram cirurgias estéticas. Ramos realizou uma pesquisa que teve por objetivo construir uma escala auxiliar de diagnóstico do TDC, para a utilização de profissionais da área da saúde. Terminada a pesquisa, a autora conclui que a escala auxiliar de diagnóstico do TDC mostrou ser válida para detectar o TDC, porém o processo completo de diagnóstico é complexo. Com essa ferramenta, profissionais da área da saúde poderão 9

detectar um possível caso de TDC. D Assunpção enfatiza também a utilização da Anamnese como instrumento para proporcionar uma suspeita do TDC. 13,14,20 CONSIDERAÇÕES FINAIS O profissional de Estética, assim como os Profissionais da Área de Saúde, possui atribuições e responsabilidades no que tange as práticas de profilaxia. Em relação ao TDC, é necessária uma ficha de Anamnese com perguntas direcionadas às excessivas preocupações com a aparência que o indivíduo possa ter, para proporcionar uma suspeita de um possível paciente dismorfofóbico. Compete previamente ao tecnólogo de estética, apontar para o indivíduo dismorfofóbico sua percepção exagerada em relação ao seu defeito, explicar-lhe que seu problema não é a deformidade em si, mas a insatisfação patológica com aspectos relacionados à sua imagem. Expor-lhe os prós e contras da contra indicação de certos procedimentos cirúrgicos e/ou estéticos, pois este não é o momento para criar falsas expectativas em relação ao futuro. Cabe também ao profissional orientá-lo sobre os tratamentos psicoterapêuticos, bem como o encaminhamento ao tratamento especializado, ou seja, o tratamento psiquiátrico, necessitando para isso muita habilidade no seu trato, respeitando as sutilezas de cada um, acompanhado de uma atitude cordial e correta frente ao caso. Por ser pouco conhecido, seria importante também a divulgação através da mídia, campanhas, palestras entre outros, da importância de se conhecer o Transtorno Dismórfico Corporal principalmente aos profissionais da área da Estética, expondo-lhes as características, tratamentos e qual a conduta correta ao se deparar com um paciente Dismorfofóbico. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. TORRES, Albina R.; FERRÃO, Ygor A.; MIGUEL, Eurípedes C. Transtorno Dismórfico corporal: uma expressão alternativa do transtorno obsessivocompulsivo? Revista Brasileira de psiquiatria, São Paulo, vol. 27, nº 2, p 95-96, 2005. Disponível em:http://www.scielo.br/pdf/rbp/v 27n2/a04v27n2.pdf. Acesso em: 26/05/2011. 10

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