EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 6ª VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL DA COMARCA DE PORTO ALEGRE - RS

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Transcrição:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 6ª VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL DA COMARCA DE PORTO ALEGRE - RS Processo n.º 001/1.14.0300842-7 SEGURADORA LÍDER DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT S.A., pessoa jurídica de direito privado, com sede na cidade do Rio de Janeiro/RJ, na Rua Senador Dantas, nº 74, 5º andar, Bairro Centro, com inscrição regular no CNPJ sob nº. 09.248.608/0001-04, por seus procuradores, nos autos da ação de cobrança em epígrafe que lhe move TATIANA SOBROSA AFFELDT, respeitosamente, vem, à presença de Vossa Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO, dizendo e requerendo o que segue. I. DOS FATOS Alega a parte autora que foi vítima de um acidente de trânsito ocorrido em 23/12/2013, que teria acarretado sua invalidez. Em face do sinistro, recebeu administrativamente os valores decorrentes do seguro obrigatório - DPVAT em função da sua invalidez suportada, na monta de R$ 1.687,50, pagamento efetuado em 04/06/2014. Assim, ingressou com a presente ação, pleiteando a complementação da indenização pelo seguro DPVAT, atribuindo à causa o valor de R$ 11.812,50. A pretensão do autor não merece prosperar, tendo em vista a existência do pagamento administrativo de acordo com o grau de invalidez que este apresenta.

II. DO MÉRITO II.A. DO PAGAMENTO EFETUADO A demanda não merece prosperar eis que já foi pago ao autor em 04/06/2014, o valor de R$ 1.687,50, a título de indenização do Seguro DPVAT, conforme documento MEGADATA, ora juntado. Caberia à parte autora, dessa forma, a instrução de sua tese com elementos capazes de demonstrar que o pagamento efetuado na seara administrativa não corresponde à realidade. Dessa forma, deve ser julgada improcedente a demanda tendo a requerida comprovado o pagamento integral da indenização do seguro obrigatório para o sinistro em tela. Destarte, o que pretende a parte autora, buscando em Juízo a complementação do pagamento efetuado extrajudicialmente, é usar a máquina do Judiciário para locupletar-se, vez que somente agora postula indenização do Seguro DPVAT, tentando o valor máximo preconizado. II.B. DA AUSÊNCIA DO DEVER DE INDENIZAR AUSÊNCIA DE RELAÇÃO DE CAUSALIDADE ENTRE A INVALIDEZ PERMANENTE E ACIDENTE DE TRÂNSITO QUEDA DE ÔNIBUS A demandante requer a concessão de indenização decorrente de suposta invalidez permanente decorrente de acidente de trânsito. Ocorre que, para a percepção da referida indenização é necessária a comprovação, por meio de documentos oficiais e imparciais, do acidente de trânsito, da invalidez, bem como da relação entre ambas, completando, assim, o nexo de causalidade. Imperioso atentar que, com base na própria declaração da Autora, conforme consta no Boletim de Ocorrência, à fl. 15, observa-se que não se trata de um acidente de trânsito, mas de mera fatalidade, eis que autora caiu ao esbarrar em um passageiro dentro do ônibus. Apenas em razão da queda ter sido dentro de um veículo não configura um acidente de trânsito. Afinal, se a queda tivesse ocorrido em uma 2

escada, por exemplo, não seria possível qualquer indenização. Ou seja, ainda que o veículo esteja presente na cena da fatalidade, este fato, por si só não enseja a requerida indenização. Assim, não havendo qualquer indício de prova que faça concluir pelo real envolvimento do ônibus no acidente, é temerária a condenação da Seguradora em pagar qualquer indenização à Autora a título do seguro Dpvat. A Seguradora não se furta de pagar indenização e mesmo complementar valores quando pagos incorretamente na via administrativa, desde que comprovado o acidente de trânsito, o envolvimento de algum veículo automotor e as lesões ou sequelas resultantes do sinistro. O que não restou comprovado nos autos. Importante ressaltar que o acidente em questão, a queda, trata-se de fatalidade e não se enquadra como acidente de trânsito. Na realidade, o acidente ocorreu pela desatenção da vítima. Seguro DPVAT. Assim, requer-se a improcedência do feito pela ausência de situação coberta pelo PRODUZIDO II.C. DA IMPUGNAÇÃO AO BOLETIM DE OCORRÊNCIA CONFORME Verifica-se que o Autor acostou documento à fl. 15, a fim de comprovar a ocorrência do acidente. Contudo, o referido documento é proveniente de comunicação pessoal da parte Autora. Ao que deflui do documento referido, observa-se que a própria parte Autora compareceu perante a Delegacia de Polícia da cidade de PORTO ALEGRE/RS, para comunicar o acidente ocorrido. No entanto, a Ocorrência Policial apresentada como prova do alegado acidente, não é prova robusta a comprovar o fato, por ser produzida de forma unilateral, ainda que tenha fé pública. 3

Salutar é o entendimento esposado pelo colendo Superior Tribunal de Justiça ao apreciar o Recurso Especial n.º 4.365-RS, que reflete bem, o caso em tela, assim ementado: BOLETIM DE OCORRÊNCIA. PRESUNÇÃO DE VERACIDADE. O boletim de ocorrência goza de presunção iuris tantum de veracidade, prevalecendo até que se prove em contrário. Dispõe o art. 364 do CPC que o documento público faz prova não só de sua formação, mas também, dos fatos que o escrivão, o tabelião ou o funcionário declarar que ocorreram em sua presença. Esse fato, todavia, não implica em sua aceitação absoluta. Pode o réu com meios hábeis desfazê-la se ou quando contiver elementos inverídicos. Recurso conhecido e provido (RT 671/193-195). Ora, Excelência, no caso dos autos o Boletim de Ocorrência juntado à fl. 15 dos autos por si só não se presta para a comprovação do alegado dano, eis que foi feito pessoalmente pelo Autor e dias após o fato, portanto, é prova unilateral. Ademais, necessário ressaltar que o Registro de Ocorrência expedido por autoridade competente é documento indispensável para realização do pagamento da indenização, documentação exigida pelo artigo 5º, 1º, da Lei 8.441/92, in verbis: Art. 5 o 1 o A indenização referida neste artigo será paga com base no valor da época da liquidação do sinistro, em cheque nominal aos beneficiários, descontável no dia e na praça da sucursal que fizer a liquidação, no prazo de quinze dias da entrega dos seguintes documentos; a) certidão de óbito, registro da ocorrência no órgão policial competente e a prova de qualidade de beneficiários no caso de morte; (grifo nosso) Registre-se que a indispensabilidade do documento varia em cada caso concreto, dependendo da pretensão deduzida em juízo. No caso em tela, postulando o Autor indenização por invalidez permanente decorrente de acidente de trânsito, é indispensável à comprovação da ocorrência do acidente, o que somente pode ser comprovado através da Certidão de Ocorrência do acidente. Nesse sentido: (...) O autor pode juntar à petição inicial documentos que entende sejam importantes para demonstrar a existência dos fatos constitutivos do seu pedido (CPC 333, I). Há documentos, entretanto, que são indispensáveis à propositura da ação, isto é, sem os quais o pedido não pode ser apreciado pelo mérito (...) (JUNIOR, Nelson Nery; NERY Rosa Maria de Andrade. Código de Processo Civil Comentado, 10ª ed. 2007. p. 552) (grifo nosso) Portanto, certo é que o Boletim de Ocorrência Policial não gera presunção juris et de jure da veracidade dos fatos narrados, uma vez que apenas consigna as declarações unilaterais narradas pelo interessado, sem atestar que tais afirmações sejam verdadeiras, como ocorreu no caso em tela. 4

Assim entende o nosso Superior Tribunal de Justiça: Acidente de trânsito. Responsabilidade da empresa locadora. Boletim de ocorrência feito por policial rodoviário, o qual chegou poucos minutos após o evento. Precedentes. Súmula n 492 do Supremo Tribunal Federal. 1. O boletim de ocorrência feito por policial rodoviário federal, o qual chegou ao local minutos após o acidente, serve como elemento de convicção para o julgamento da causa, não se equiparando com aquele boletim decorrente de relato unilateral da parte. 2. (...). 3. Recurso especial não conhecido. (REsp 302.462/ES, DJ 4.2.02, Rel. Min. MENEZES DIREITO); CIVIL E PROCESSUAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. SEGURO. FURTO DE VEÍCULO E ESTACIONAMENTO. DIREITO DE REGRESSO. BOLETIM DE OCORRÊNCIA. DECLARAÇÃO UNILATERAL DA VÍTIMA. PRESUNÇÃO JURIS TANTUM AFASTADA. APROVEITAMENTO, APENAS, COMO MERO ELEMENTO DE CONVICÇÃO. CPC, ARTS. 334, IV E 364. ALCANCE. I. A presunção juris tantum como prova de que gozam os documentos públicos há de ser considerada em relação às condições em que constituído o seu teor. Se este se resume a conter declaração unilateral da vítima, conquanto possa servir de elemento formador da convicção judicial, não se lhe é de reconhecer, por outro lado, como suficiente, por si só, à veracidade dos fatos, o que somente ocorreria se corroborado por investigação ou informe policial também nele consignado. II. (...). III. Recurso especial conhecido pela divergência, mas improvido. (REsp 236.047/SP, DJ 11.6.01, Rel. Min. ALDIR PASSARINHO JUNIOR). Destarte, considerando que o boletim de ocorrência apresentado pelo Autor à fl. 15 dos autos foi elaborado a partir de informações exclusivas da vítima, não se presta a comprovar nexo de causalidade entre um acidente e de trânsito e a alegada invalidez. Assim impugna o referido Boletim de Ocorrência apresentado. LAUDO MÉDICO II.D. DA NÃO COMPROVAÇÃO DA INVALIDEZ SUPORTADA: AUSÊNCIA DE Pela simples análise da petição inicial, pretende a parte autora a percepção de complementação da indenização do Seguro DPVAT sustentando suposta invalidez permanente resultante de acidente de trânsito. Ocorre que para a percepção da referida complementação de indenização é necessária a comprovação da existência de que a invalidez decorrente de acidente de trânsito está graduada além do que já foi auferido administrativamente. 5

Contudo, a parte autora anexou apenas aos autos boletins médicos e fichas de atendimentos, que não atestam qualquer invalidez, mas tão somente a realização de tratamento para correção de traumas. Em suma, não há nos autos qualquer documento que ateste a invalidez permanente do Autor em grau superior ao já apurado administrativamente, tampouco laudo oficial, documento este necessário para comprovação de fato qualquer. Verifica-se, portanto, a fragilidade da instrução do pedido no tocante a produção de prova, pois, somente a análise dos documentos juntados, torna impossível a verificação da existência de invalidez de caráter permanente, sendo assim, não produziu a requerente prova mínima da verossimilhança de suas alegações. Ora Excelência, tal requisito é pressuposto necessário para a quantificação da indenização, conforme expresso na legislação em vigor. Tal previsão está expressa na lei 6.194/74 a qual sofreu alterações pela lei 8.441/92, acrescentando o 5º ao artigo 5º da lei 6.194/74, assim mencionando: 5 o O Instituto Médico Legal da jurisdição do acidente ou da residência da vítima deverá fornecer, no prazo de até 90 (noventa) dias, laudo à vítima com a verificação da existência e quantificação das lesões permanentes, totais ou parciais. (Redação dada pela Lei nº 11.945, de 2009). Por sua vez, na mesma linha expressa o artigo 3º, inciso I, da Resolução nº. 07/97 do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), in verbis: Art. 3º - A indenização por invalidez permanente será paga no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da entrega dos seguintes documentos: I laudo do Instituto Médico Legal da circunscrição do acidente, qualificado da extensão das lesões físicas ou psíquicas da vítima, atestando o estado de invalidez permanente, de acordo com os percentuais da Tabela das Condições Gerais de Seguro de Acidente, suplementadas, quando for o caso, pela Tabela de Acidentes do Trabalho e da Classificação Internacional de Doenças; (Grifo nosso) Ademais, recente decisão da Egrégia Terceira Turma Recursal proferida pelo Eminente Juiz-Relator Dr. Afif Jorge Simões Neto infere a necessidade da parte de produzir prova mínima para o deslinde do feito, vejamos: EMENTA: SEGURO DPVAT. GRANDE LAPSO TEMPORAL ENTRE O SINISTRO E A OCORRÊNCIA POLICIAL E LAUDO DML. AUSÊNCIA DE NEXO CAUSAL ENTRE ACIDENTE SUPOSTAMENTE SOFRIDO E DEFORMIDADE PERMANENTE. PRINCÍPIO DA INFORMALIDADADE E DA CELERIDADE, QUE NÃO ISENTAM A PARTE DE PRODUZIR PROVA MÍNIMA, AO EFEITO DE VER ACOLHIDA SUA 6

PRETENSÃO. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71001656362, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Afif Jorge Simões Neto, Julgado em 27/05/2008) Grifei Portanto, sem qualquer laudo informando com precisão o percentual de redução funcional acometida a parte adversa, tampouco fornecido por órgão especializado, não há como confrontar o grau de invalidez com a tabela expressamente prevista em lei para cálculo e fixação da indenização. Dessa forma, não se desincumbiu a parte adversa do ônus que lhe competia, forte no artigo 333, I, do CPC, deixando de comprovar nos autos o grau de invalidez alegado, sustentáculo de seu pedido, haja vista necessidade de laudo especializado, neste caso do DML ou do DMJ. II.E. CONSTITUCIONALIDADE DA MP 451/2008 E DA LEI 11.945/09 O autor suscitou a inconstitucionalidade da MP 451/2008 e, posteriormente da Lei 11.945/2009, sob o argumento de que não haveria relevância e urgência para edição desta Medida Provisória. Não merece prosperar a pretensão do autor. A Medida Provisória nº. 451/2008 efetivamente preenche os requisitos de relevância e urgência, não abrindo espaço para a alegação de inconstitucionalidade formal. O seguro DPVAT é um seguro com caráter assistencialista e protege todo e qualquer brasileiro vítima de acidente de trânsito, havendo interesse público (relevância) e urgência nas medidas que foram adotadas porque o seguro estava passando por desequilíbrios sistêmicos, sendo obrigatórios os ajustes imediatos que, se não fossem realizados, poderiam resultar na inviabilidade do oferecimento do seguro, com todas as conseqüências para a sociedade. Cabe salientar que além das indenizações pagas, a metade do valor arrecadado pelo Seguro é repassada ao Fundo Nacional de Saúde - FNS, do Ministério da Saúde, e ao Departamento Nacional de Trânsito DENATRAN, do Ministério das Cidades, para que estes utilizem os valores seja para tentar diminuir o número exorbitante dos acidentes de trânsito, seja para dar o devido tratamento médico às vítimas. 7

Por óbvio que é mais do que urgente e relevante haver a graduação de cada lesão, para ser possível haver o pagamento de forma justa a todas as vitimas de acidente de trânsito. Uma vez que, se fosse determinado o pagamento no patamar máximo a cada uma delas, sem levar em consideração o grau de suas lesões, por certo que o valor arrecadado com o pagamento do seguro DPVAT não seria suficiente para indenizar cada acidentado, muito menos seria possível haver o repasse para os órgãos competentes. Ademais, a Lei 11.945/09, originária da Medida Provisória 451/08, fixou a indenização do seguro DPVAT em até R$ 13.500,00 para os casos de invalidez permanente. A sua origem legislativa ocorreu com a edição da Medida Provisória nº 340, de 29 de dezembro de 2006. Trata-se de medida de inteira justiça, imprescindível para o justo pagamento de indenização a cada vítima. O eventual reconhecimento pelo Judiciário de garantir indenização máxima indistintamente a qualquer tipo de invalidez fere o espírito da lei do seguro obrigatório DPVAT, a qual, sendo de cunho eminentemente social, não se nega a efetuar o pagamento da indenização, todavia, a mesma deve ser justa e proporcional. Não há que prosperar a alegada inconstitucionalidade material porque a forma indiscriminada de pagamento de indenização em seu teto máximo vai de encontro ao princípio constitucional da igualdade, visto que vítimas que sofreram invalidez de pequena monta são contempladas com o teto máximo indenizatório em detrimento de outras que realmente foram atingidas por lesões permanentes de natureza grave e percebem a mesma quantia. Nessa direção, em que pese entendimento ainda minoritário sobre a matéria pelo Judiciário Gaúcho, nota-se o surgimento de diversas decisões reconhecendo a justiça no pagamento proporcional das indenizações por invalidez, interpretando corretamente a lei do seguro DPVAT. Assim, seguem jurisprudências pertinentes à matéria: DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. CERCEAMENTO DE DEFESA. INDEFERIMENTO DE PROVA. AUSÊNCIA DE RECURSO. PRECLUSÃO. PERDA DO OBJETO. PAGAMENTO DA DÍVIDA EM LITÍGIO. PROVA. AUSÊNCIA. REJEIÇÃO. SEGURO OBRIGATÓRIO. DPVAT. LEI N.º 6.194/74. INDENIZAÇÃO. SALÁRIO MÍNIMO. CRITÉRIO DE FIXAÇÃO. VALIDADE. QUANTUM INDENIZATÓRIO. LEI FEDERAL E RESOLUÇÃO. HIERARQUIA DE NORMAS. APLICAÇÃO DA LEI. INVALIDEZ PERMANENTE. PERCENTUAL. TABELA. VERIFICAÇÃO. (...) A indenização devida em decorrência do seguro obrigatório em caso de invalidez permanente deve ser fixada nos termos da tabela de Acidentes Pessoais, eis que a Lei n.º 6.194/74 fixou tão-somente o seu limite máximo. (TJDF, APC 2006 01 1 000608-6, Rel. Des. Natanael Caetano, j. Em 07-02-2007). 8

SEGURO OBRIGATÓRIO. INVALIDEZ PARCIAL PERMANENTE. ACIDENTE DE TRÂNSITO OCORRIDO EM 1986. LAUDO DO IML. EXIGÊNCIA LEGAL. INSTRUÇÃO DA INICIAL COM OS DOCUMENTOS INDISPENSÁVEIS, EXIGIDOS NO PARÁGRAFO 5º DA LEI Nº 6.194/74. Sinistro com cobertura pelo consórcio segurador, aplicação da Lei nº 8.441/92, que se aplica ao sinistro ocorrido em data anterior à sua vigência, nos termos da Súmula nº 86 deste Tribunal, em razão do seu caráter social, não faz nenhuma distinção quanto ao veículo automotor causador do acidente. Indenização deve corresponder ao percentual correspondente ao grau de invalidez da vítima, que deverá ser fixada em moeda corrente do país, na data da sentença. Súmula nº 87 do Tribunal de Justiça. Sentença que se mantém. Matéria corriqueira, que deve ser decidida monocraticamente pelo relator. Decisão dando provimento parcial ao recurso, nos termos do estabelecido no parágrafo 1º do art. 557 do cpc. (AC nº 2006.001.55658, j. Em 08-01-2007. Rel. Des. Paulo Sérgio Prestes, 16ª CC, TJ/RJ) Por essa lógica, cristalina a existência de diversos graus de invalidez, o que justifica a utilização da palavra ATÉ, expressa pelo legislador, para os casos de indenização por invalidez permanente. E tal deve ser observada e respeitada pelo Juízo, visto que se assim não for, não haveria razão para sua existência. Ou seja, se o próprio legislador estabeleceu diferenças entre as indenizações devidas para cada tipo de sinistro, não é necessário nenhum exercício de hermenêutica para se chegar a conclusão de que para os casos de invalidez, deve ser levado em consideração o seu grau, o qual vem expresso e discriminado na tabela para cálculo de indenização. Dessa forma, pela referida tabela observa-se discriminadamente os mais diversos tipos de invalidez permanente passíveis de indenização pelo seguro obrigatório, constando ainda o percentual correspondente. Assim, se coloca em prática a intenção do legislador no sentido de que, constatada a invalidez permanente, seja efetuado o pagamento da indenização securitária, todavia, de maneira proporcional à lesão suportada. Dessa forma, se assim for, deve ser observada a tabela para cálculo de indenização, sob pena de flagrante enriquecimento sem causa da parte. Nesta traça, não devem ser declaradas inconstitucionais a MP 451/2008 e a Lei 11.945/2009, nos termos supramencionados. 9

SOBRE AS LESÕES II.F. SINISTRO POSTERIOR À MP 451/2008 - DA AUSÊNCIA DE DISCUSSÃO Excelência, com a devida vênia ao procurador da parte autora, a ação deve ser julgada improcedente, na medida em que o objeto da lide restringe-se tão somente à alegação do direito do autor em obter o teto máximo indenizatório de R$ 13.500,00. Diz-se isso, pois o autor sequer juntou documentação mínima a dar ensejo ao postulado, tanto assim, que em um de seus pedidos postula pelo julgamento antecipado da lide. Ocorre que, em havendo o interesse do autor em complementação da verba indenizatória, competia ao mesmo a produção de provas a respaldar seu pedido, bem como demonstrar que o pagamento efetuado na via administrativa deu-se aquém do que efetivamente era devido. Nesse sentido, inclusive, já há decisão de improcedência de ação de cobrança para complementação do seguro DPVAT, isto é, em não demonstrando o autor o dever de complementação, limitando-se a ação ao pedido da diferença da indenização adimplida na via administrativa, não resta outra sorte ao autor que não a improcedência. Senão vejamos trecho da decisão proferida pelo douto magistrado Heráclito José de Oliveira Brito da 7ª Vara Cível desta Comarca, nos autos da ação nº 001/1.12.0022654-3: A discussão judicial não é sobre a extensão das lesões ou que não está caracterizada a hipótese legal para o pagamento da indenização do DPVAT, caso contrário sequer haveria o alcance de qualquer importância à vítima na esfera administrativa. O ponto controvertido é, isto sim, a pretensão à indenização pelo valor máximo de R$13.500,00, ou a possibilidade de existir uma tabela diferenciadora do grau das lesões e da invalidez, estratificando o pagamento. Ocorre que tal é, a meu sentir, perfeitamente possível, porque a redação do inciso II do art. 3º da Lei nº 6.194/74 é até 40 Salários ou, pela redação atual, dada pela Lei nº 11.482/2007, de até R$13.500,00, bem ao contrário do evento morte, previsto no inciso I, onde o valor é exato e único por motivos óbvios, não admite pagamento inferior. Ora, trata-se de teto máximo para o pagamento de indenização de DPVAT e obedece, à evidência, aos diferentes graus de debilidade e invalidez, não se podendo equiparar a perda de um dedo ao de uma perna, verbi gratia. Afirmar-se que não pode o administrador disciplinar indenização menor que a prevista pelo legislador é desconsiderar, além da natureza da verba reparatória, o próprio sentido dado à norma que ao estabelecer um teto, e não um valor único para os casos de invalidez permanente, quis com isso dizer que há vários graus de invalidez e que cada qual merece diferente reparação. No ponto, há precedente jurisprudencial valioso (AC nº 70018910158, Des. ANTÔNIO CORRÊA PALMEIRO DA FONTOURA, 6ª Câmara Cível, j. 13/12/2007) e, em especial, trecho de sentença da lavra do 10

eminente Juiz MAURÍCIO COSTA GAMBORGI, no processo nº 1080188797-0 que tramitou no 2º juizado da 8ª Vara Cível de Porto Alegre/RS: A própria redação diferente dos incisos no tocante a morte,de um lado, e invalidez permanente e despesas, de outro, já serve, de início, e consoante regras basilares de hermenêutica, para identificar diferenciações nas hipóteses; e na matéria também não se justifica, s.m.j., o afastamento do princípio hermenêutico segundo o qual a lei não contém palavras inúteis sendo forçoso portanto concluir que a expressão até, ausente no inciso a do art. 3o., tem evidentemente uma função no contexto e no sentido da norma, diferenciando, em relação à alínea a, as hipóteses das alíneas b e c. Por outro lado, não descendo a própria lei às minúcias da proporcionalidade, claramente visada e pretendida pelo legislador, tal circunstância abre ensejo (e até de forma necessária, para possibilitar o cumprimento da lei e sua integração) à regulamentação regulamentação esta que a própria Lei nº 6.194/74 remete, no seu art. 12, ao CNSP. Há competência do CNSP portanto para regulamentar a Lei nº 6.194/74, conforme disposto nesta mesma Lei inocorrendo, ao contrário do que sustentam alguns, caso de inversão de hierarquia (no qual, supostamente, simples resoluções do aludido conselho estariam pretendendo sobrepujar ou infirmar a própria Lei), mas, bem ao contrário, ocorrendo regular e válida regulamentação (necessária, em face da lacuna legal) por órgão a que acometida tal incumbência por disposição expressa da própria referida Lei. Não bastasse a disposição legal, expressa e a meu ver claríssima, há elementos práticos a confirma-la, concretamente: sendo induvidosa a necessidade da regulamentação da lei, em diversos aspectos relacionados ao sistema do seguro DPVAT, visto que a lei não desceu a minúcias, é significativo observar que nenhuma outra instância ou órgão se imiscuiu na referida regulamentação e que esta, nos diversos aspectos necessários ao funcionamento do referido sistema, vem sendo feita pelo CNSP desde 1975, quando edita a Resolução nº 1 (Resolução nº 1/75 CNSP), em perfeita sintonia e sincronia com o disposto no já referido art. 12, bem como no art. 7º, 2o., da Lei nº 6.194/74. Ainda, corroborando a confirmação prática da competência do CNSP e perfeita sintonia desta com as normas legais incidentes no âmbito do sistema do seguro DPVAT, vale lembrar que a Superintendência de Seguros Privados SUSEP, no uso de atribuição conferida pelo art. 34, XI, do Decreto n. 60.459/67, tornou público o resolvido pelo CNSP em maio de 2004, consubstanciado na Resolução CNSP nº 109/2004, a qual, em seu art. 29, ao tratar de disposições tarifárias (em sintonia com o art. 12 da Lei nº 6.194/74 portanto) estabeleceu: Art. 29. Os valores de prêmios, limites de indenização, percentuais de repasse, despesas gerais e outros carregamentos do Seguro DPVAT serão disciplinados por Resolução do CNSP. Por fim, cabe ressaltar que o 5o do art. 5o da Lei nº 6.194/74, conforme redação estabelecida pela Lei nº 8.441/92, confirma e ratifica a proporcionalidade e graduação da indenização em simetria com o grau de invalidez e com as tabelas correspondentes, ao dispor: 5º. O instituto médico legal da jurisdição do acidente também quantificará as lesões físicas ou psíquicas permanentes para fins de seguro previsto nesta lei, em laudo complementar, no prazomédio de noventa dias do evento, de acordo com os percentuais da tabela das condições gerais de seguro de acidente suplementada, nas restrições e omissões desta, pela tabela de acidentes do trabalho e da classificação internacional das doenças.. (grifo não constante do original). Grande do Sul: Nesse sentido é o posicionamento do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio Ementa: APELAÇÃO CÍVEL E RECURSO ADESIVO. SEGUROS. DPVAT. INVALIDEZ PERMANENTE. PRETENSÃO DE COMPLEMENTAÇÃO DO VALOR PAGO ADMINISTRATIVAMENTE. AUSÊNCIA DE DISCUSSÃO ACERCA DA EXTENSÃO 11

DAS LESÕES. SÚMULA 474 DO STJ. IMPROCEDÊNCIA DA PRETENSÃO. APELO PROVIDO. RECURSO ADESIVO PREJUDICADO. (Apelação Cível Nº 70051958890, Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Antônio Corrêa Palmeiro da Fontoura, Julgado em 14/03/2013) Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. SEGUROS. DPVAT. INVALIDEZ PERMANENTE. PRETENSÃO DE COMPLEMENTAÇÃO DO VALOR PAGO ADMINISTRATIVAMENTE. AUSÊNCIA DE DISCUSSÃO ACERCA DA EXTENSÃO DAS LESÕES. SÚMULA 474 DO STJ. IMPROCEDÊNCIA DA PRETENSÃO. APELO CONHECIDO EM PARTE E PROVIDO. (Apelação Cível Nº 70040651242, Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Antônio Corrêa Palmeiro da Fontoura, Julgado em 13/12/2012) Além disso, o STJ também se manifestou sobre o tema em decisão da Reclamação Judicial 10.093 interposta contra decisão proferida no Estado do Maranhão: DIREITO CIVIL. PROPORCIONALIDADE DO VALOR DA INDENIZAÇÃO DO SEGURO DPVAT EM CASO DE INVALIDEZ PERMANENTE PARCIAL DO BENEFICIÁRIO (SÚMULA 474/STJ). A indenização do seguro DPVAT não deve ocorrer no valor máximo apenas considerando a existência de invalidez permanente parcial (Súmula 474/STJ). Assim, as tabelas elaboradas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), que estabelecem limites indenizatórios de acordo com as diferentes espécies de sinistros, podem ser utilizadas na fixação da indenização do seguro DPVAT. Reclamação julgada procedente para adequar o acórdão reclamado à jurisprudência sumulada do STJ. Expedição de ofícios a todos os Colégios Recursais do País comunicando a decisão (Resolução 12/STJ). Precedentes citados: REsp 1.101.572-RS, Terceira Turma, DJe 25/11/2010; AgRg no REsp 1.298.551-MS, Quarta Turma, DJe 6/3/2012; EDcl no AREsp 66.309-SP, Quarta Turma, DJe 1º/8/2012, e AgRg no AREsp 132.494-GO, Quarta Turma, DJe 26/6/2012. Rcl 10.093-MA, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, julgada em 12/12/2012. Logo, deve ser julgada totalmente improcedente a presente demanda. II.G. DA NECESSIDADE DE GRADUAÇÃO DA INVALIDEZ SINISTRO APÓS MP 451/08 E DA LEI N.º 11.945/09 Conforme narrativa da inicial, o sinistro sofrido pelo autor ocorrera em 23/12/2013 e, assim, sob vigência da MP 451/2008, posteriormente convertida na Lei 11.945/2009, não ensejando mais qualquer dúvida que eventualmente existira em relação à necessidade de graduação das lesões, pois conforme o art. 3º da Lei 6.194/74, alterado pela Lei 11.945/2009: Art. 3 o Os danos pessoais cobertos pelo seguro estabelecido no art. 2 o desta Lei compreendem as indenizações por morte, por invalidez permanente, total ou parcial, e por despesas de assistência médica e suplementares, nos valores e 12

conforme as regras que se seguem, por pessoa vitimada: (Redação dada pela Lei nº 11.945, de 2009). (Produção de efeitos). I - R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais) - no caso de morte; (Incluído pela Lei nº 11.482, de 2007) II - até R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais) - no caso de invalidez permanente; e (Incluído pela Lei nº 11.482, de 2007) III - até R$ 2.700,00 (dois mil e setecentos reais) - como reembolso à vítima - no caso de despesas de assistência médica e suplementares devidamente comprovadas. (Incluído pela Lei nº 11.482, de 2007) 1 o No caso da cobertura de que trata o inciso II, deverão ser enquadradas na tabela anexa a esta Lei as lesões diretamente decorrentes de acidente e que não sejam suscetíveis de amenização proporcionada por qualquer medida terapêutica, classificando-se a invalidez permanente como total ou parcial, subdividindo-se a invalidez permanente parcial em completa e incompleta, conforme a extensão das perdas anatômicas ou funcionais, observado o disposto abaixo: (Incluído pela Medida Provisória nº 451, de 2008). (...) Ainda pairam algumas dúvidas em relação à aplicabilidade da Tabela de Graduação das Lesões prevista na Lei 6.194/74 aos sinistros ocorridos antes da alteração legal supra referida, pois há quem entenda que somente é possível a graduação aos sinistros ocorridos após a edição da Lei 11.945/2009. No caso concreto não paira qualquer questionamento, pois sabe-se que após a alteração ficou bastante clara a necessidade de graduação e, ademais, importante destacar que desde a primeira edição da Lei 6.194/74 houve a preposição até antes do valor determinado para a indenização por invalidez permanente, limitando a indenização ao percentual encontrado para a lesão (antes era ATÉ 40 SALÁRIOS MÍNIMOS e atualmente é ATÉ R$ 13.500,00). Com isso, tem-se que sempre fora obrigatória a graduação, pois a Lei sempre previu a necessidade de graduação, desde a sua edição, em 1974. O Superior Tribunal de Justiça é pacífico no sentido de que aos sinistros ocorridos após a MP 451/2008, convertida em Lei 11.945/2009, é obrigatória a graduação da invalidez, sem sombra de dúvidas, conforme se extrai do acórdão RESP nº. 1.254.105-RS, Relator Ministro João Otávio Noronha, julgado em 2011: O recurso merece prosperar. No Superior Tribunal de Justiça, é pacífico o entendimento de que, nas hipóteses em que se busca a complementação de indenização decorrente do seguro obrigatório DPVAT, o valor deve ser fixado levando-se em consideração as seguintes circunstâncias: - em caso de morte, deve corresponder a 40 salários mínimos; e - em caso de invalidez permanente, deve corresponder a até 40 salários mínimos. Dessarte, não teria sentido útil a letra da lei sobre a quantificação da extensão das lesões pelo instituto médico legal se o seguro houvesse sempre de ser pago pelo valor integral, independentemente do grau da lesão e da invalidez do segurado. Precedentes: AgRg no Ag n. 1.320.972/GO, DJe de 24/9/2010, e REsp n. 1.119.614/RS, DJe de 31/8/2009, ambos da Quarta Turma, relator Ministro Aldir Passarinho Junior; e AgRg no Ag n. 1.360.777/PR, DJe de 29/4/2011, Quarta Turma, relatora Ministra Isabel Gallotti. No presente caso, não foi demonstrado o grau de invalidez permanente a fim de que fosse calculado o valor da indenização. Transcrevo, a propósito, este trecho do acórdão: "No caso, o acidente que vitimou o autor ocorreu em 31/05/2006, não incidindo a graduação da invalidez para fim indenizatório" (e- STJ, fl. 156). Nesse contexto, porque os fundamentos adotados pelo acórdão 13

recorrido para a fixação do valor a ser pago a título de seguro obrigatório DPVAT não estão em consonância com a orientação desta Corte, devem os autos retornar à primeira instância para que lá seja aferido o grau de invalidez do segurado. Ante o exposto, conheço do recurso especial e dou-lhe provimento a fim de determinar o retorno dos autos à primeira instância para que se verifique o grau de invalidez do segurado. Em decorrência do entendimento pacificado dos Ministros acerca do tema, fora publicada, recentemente, em 19/6/2012, a Súmula nº 474 do STJ que diz: A indenização do seguro DPVAT, em caso de invalidez parcial do beneficiário, será paga de forma proporcional ao grau da invalidez. do Sul: Na mesma linha é o entendimento do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande Ementa: APELAÇÕES CÍVEIS. SEGUROS. DPVAT. AÇÃO DE COBRANÇA. INVALIDEZ PERMANENTE. GRADUAÇÃO DA INVALIDEZ. NECESSIDADE. SÚMULA 474 DO STJ. 1. Inclusão Seguradora Líder. (...) 2. Interesse processual. (...) 3. Prescrição inocorrente.(...) 4. Graduação da invalidez. Mostra-se necessária a graduação da invalidez para fins de cobrança do seguro obrigatório DPVAT, ainda que ocorrido o acidente de trânsito em data anterior à edição da Medida Provisória nº 451/2008, posteriormente convertida na Lei Federal 11.945/2009. Questão pacificada em razão do advento da Súmula 474, do STJ. 5. Indenização devida. Hipótese em que a parte autora faz jus à indenização prevista no artigo 3º, b, com a redação original da Lei 6.194/74 (40 salários mínimos à época do sinistro) considerando-se a graduação estabelecida na perícia. Indenização fixada no juízo de origem reduzida. Possibilidade de vinculação da indenização ao salário mínimo, por expressa disposição legal. Sucumbência redimensionada. 6. Correção monetária. (...) NEGADO SEGUIMENTO À APELAÇÃO DA AUTORA; CONHECIDA PARCIALMENTE A APELAÇÃO DA RÉ E, NO PONTO, PARCIALMENTE PROVIDA, EM DECISÃO MONOCRÁTICA. (Apelação Cível Nº 70054362694, Quinta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Isabel Dias Almeida, Julgado em 08/05/2013) Grifo nosso Ementa: Apelação cível. Seguros. DPVAT. Lei n.º 6.194/74. Invalidez permanente. Aplicação da tabela para o cálculo de indenização em caso de invalidez permanente. Cabimento. Indenização que deve corresponder ao grau de debilidade da vítima. Legalidade do Conselho Nacional de Seguros Privados para estabelecer normas referentes ao pagamento das indenizações. Inteligência da Súmula 474 do STJ. Aplicação do artigo 3º, 1º, inciso II, da lei n.º 6.194/74 c/c artigo 333, I, do Código de Processo Civil e Súmula 474 do Superior Tribunal de Justiça. Agravo retido provido. Sentença desconstituída para realização da graduação das lesões mediante perícia. À unanimidade, desconstituíram a sentença. (Apelação Cível Nº 70051958916, Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Luís Augusto Coelho Braga, Julgado em 25/04/2013) Grifo nosso Assim, conforme previsão legal expressa, bem como de acordo com entendimento pacificado do STJ e do TJRS, deverá ser graduada a invalidez no caso concreto. 14

II.H. DOS JUROS LEGAIS Apenas a título argumentativo, necessário lembrar o enunciado da Súmula 426 do Superior Tribunal de Justiça, publicada em 13 de maio de 2010: Os juros de mora na indenização do seguro DPVAT fluem a partir da citação. Mais objetivamente, vemos a aplicação da referida Súmula em recente julgado do Superior Tribunal de Justiça em voto exarado pelo Ministro Sidnei Beneti, referente a Reclamação de nº 5.272 SP. Segue: RECLAMAÇÃO. DIVERGÊNCIA ENTRE ACÓRDÃO PROLATADO POR TURMA RECURSAL ESTADUAL E A JURISPRUDÊNCIA DO STJ. AÇÃO DE COBRANÇA. SEGURO OBRIGATÓRIO (DPVAT). COMPLEMENTAÇÃO. JUROS MORATÓRIOS. CITAÇÃO. SÚMULA 426/STJ. 1.- É assente na jurisprudência das Turmas que compõem a Segunda Seção desta Corte o entendimento segundo o qual, mesmo nas ações em que se busca o complemento de indenização decorrente do seguro obrigatório - DPVAT -, por se tratar de ilícito contratual, os juros de mora devem incidir a partir da citação, e não da data em que efetuado o pagamento parcial da indenização. 2.- Aplicação da Súmula 426/STJ: "Os juros de mora na indenização do seguro DPVAT fluem a partir da citação". 3.- Reclamação procedente, cessada a suspensão liminar dos processos sobre a matéria, os quais deverão retomar o andamento, com observância da jurisprudência ora confirmada. Esse também é o entendimento do Supremo Tribunal Federal. Tendo o seguro DPVAT natureza contratual e cobrado via ação de conhecimento, incide a Súmula 163 do STF: Sendo a obrigação ilíquida, contam-se os juros moratórios desde a citação inicial. O Novo Código Civil também traz essa determinação em seu artigo 405: Contam-se os juros de mora desde a citação inicial. Assim, em caso de eventual condenação: os juros devem ser fixados as partir da citação, mesmo que exista pagamento administrativo, conforme entendimento dos Tribunais Superiores e da atual legislação. 15

II.I. DA CORREÇÃO MONETÁRIA Esclarece a requerida que a correção monetária deverá ter incidência a partir da data de propositura da presente ação, em respeito ao disposto no art. 1º da Lei nº 6.899/81, o qual dispõe sobre a aplicação da correção monetária nos débitos oriundos de decisão judicial e dá outras providências. Observe-se, abaixo, seu texto: Art. 1º - A correção monetária incide sobre qualquer débito resultante de decisão judicial, inclusive sobre custas e honorários advocatícios. 1º - Nas execuções de títulos de dívida líquida e certa, a correção será calculada a contar do respectivo vencimento. 2º - Nos demais casos, o cálculo far-se-á a partir do ajuizamento da ação. Nesse sentido, também, é o enunciado da súmula nº 14 do Superior Tribunal de Justiça, o qual assim dispõe: Arbitrados os honorários advocatícios em percentual sobre o valor da causa, a correção monetária incide a partir do respectivo ajuizamento. Dessa forma, em caso de eventual condenação, torna-se imperiosa a observância dos dispositivos acima citados, devendo a correção monetária incidir a partir da data do ajuizamento da ação. II.J. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS Havendo entendimento diverso por Vossas Excelências, mister se faz a fixação dos honorários em percentual mínimo, sob pena de violação do disposto no artigo 20, 3º, do CPC. Senão vejamos: (...) 3 o - Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez por cento (10%) e o máximo de vinte por cento (20%) sobre o valor da condenação, atendidos: (Redação dada pela Lei n.º 5.925, de 1º.10.1973) a) o grau de zelo do profissional; b) o lugar de prestação do serviço; c) a natureza e importância da causa, o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. (...) Ora, a demanda não apresenta nenhum grau de complexidade, e nem mesmo exige um grau de zelo demasiado pelo patrono do autor, tornando-se, assim, injustificável a fixação dos honorários em patamar superior a 10%. 16

Além disso, caso esteja sob o pálio da AJG, os honorários advocatícios não poderão ultrapassar 15% do líquido apurado em sede de execução da sentença, conforme lei 1.060/50. Nada obstante, em caso de acolhimento parcial do pedido do autor, o emérito Juízo deve atentar para aplicação ao disposto no art. 21, do CPC, senão vejamos: Art. 21. Se cada litigante for em parte vencedor e vencido, serão recíproca e proporcionalmente distribuídos e compensados entre eles os honorários e as despesas. Ou seja, caso em sendo parcialmente acolhido o pedido, serão recíproca e proporcionalmente distribuídos e compensados entre eles os honorários e as despesas, permitindo-se a compensação, de acordo com a súmula 306, do STJ. II.K. DA NECESSÁRIA REALIZAÇÃO DE PERÍCIA A fim de evitar o prolongamento desnecessário da presente ação a Demandada requer, desde já, a realização de perícia médica judicial para apurar o efetivo grau das lesões que acometem o autor, em atendimento às disposições legais supracitadas e ao teor da Súmula 474 do STJ. Assim, por força do Termo de Cooperação nº 103/2012-DEC firmado entre a Seguradora Líder e o Poder Judiciário do Estado do Rio Grande do Sul no mês de Setembro de 2012, a Demandada informa que pretende adimplir os honorários do Sr. Perito Judicial, desde que em conformidade com o valor estabelecido no referido instrumento, qual seja, no valor de R$ 275,00. 17

III. PEDIDO Diante do exposto, requer-se a Vossa Excelência o recebimento da contestação e dos documentos que a acompanha para: a) Seja julgada totalmente improcedente a ação com resolução de mérito, tendo em vista que requerida comprovou o total descabimento do pedido de complementação de cobertura já QUITADA de acordo com o efetivo grau de invalidez suportado pelo autor, nos exatos termos do artigo 269, inciso I, do Código de Processo Civil; b) Julgar improcedente os pedidos formulados na inicial, eis que não há comprovação do nexo causal entre as lesões e o suposto acidente de trânsito; c) Julgar improcedente os pedidos formulados na inicial, eis que o Boletim de Ocorrência apresentado pelo autor como forma de demonstrar o acidente ocorrido e, consequentemente a veracidade dos fatos alegados, é documento produzido unilateralmente e, portanto, não deve ser considerado por este Juízo, ainda que tenha fé pública; d) Seja julgado improcedente o pedido do autor, por não ter comprovado a invalidez permanente alegada - fato constitutivo do direito debatido - nos termos do disposto no inc. I, do art. 333 do CPC 1 ; e) Declarar constitucional a MP 451/08 e consequentemente a Lei nº 11.945/09; f) Julgar improcedente o pedido, tendo em vista que o sinistro ocorreu na vigência da Lei nº 11.945/09, não sendo cabível a indenização no patamar máximo da lesão; g) Em não sendo este o entendimento, requer sejam observados os parâmetros fornecidos na defesa, tais como tabela de graduação da invalidez, juros, correção monetária, honorários de acordo com art. 20 e 21 do CPC, lei 1.060/50 e súmula 306 do STJ, entre outros acima demonstrados; 1 Lei n.º 5.869/73. Institui o Código de Processo Civil. Art. 333. O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; 18

h) Determinar a realização de perícia médica de acordo com as lesões do autor, devendo ser intimada a Demandada a adimplir os honorários periciais de acordo com o Termo de Cooperação 103/2012; i) Protesta por todo o gênero de provas admitidas em direito, caso se mostre necessário durante o deslinde do feito, bem como depoimento pessoal da parte autora, sob pena de confissão e juntada de novos documentos; Por fim, postula seja observado EXCLUSIVAMENTE o nome do patrono da presente, Dr. Gabriel Lopes Moreira, OAB/RS 57.313, para efeito de intimações futuras, sob pena de nulidade das mesmas. Nestes termos pedem deferimento. Porto Alegre, em 16 de dezembro de 2014. GABRIELA HASS SIEBEL OAB/RS 93.846 19