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Transcrição:

Ciclo da Mineração: Período de Extração de ouro no Brasil século XVII-XVIII ( fim do século 17 e 18) Ouro de Aluvião: Ouro encontrado nos leitos dos rios misturado a material sedimentar. Para obtê-lo, era utilizado o processo de peneiração.

Contexto Histórico Portugal em Grandes dificuldades econômicas Portugal perde colônias na África e Ásia Queda nas exportações de cana-de-açúcar causadas pelo açúcar holandês Antilhas Resultado: necessidade de encontrar ouro no interior da américa, expedições conhecidas como entradas ou bandeiras

OS DESBRAVADORES DO BRASIL Haviam dois tipos de expedições: Entradas: expedições financiadas pelo governo em busca de metais e pedras preciosas Bandeiras: Expedições particulares organizadas por pessoas visavam obter lucro com o aprisionamento e a venda de índios como escravos. Destinos dos Bandeirantes: Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso em especial as missões dos padres jesuítas. Surgimento do sertanismo de contrato / bandeira de contrato => aprisionar índios, expulsar inimigos, destruir quilombos

OS BANDEIRANTES Modo de vida: apenas mantimentos básicos, como cabaças cheias de sal e farinha de guerra, feita de mandioca ou milho. Os bandeirantes complementavam a alimentação com caça, pesca, frutas silvestres, raízes e tubérculos, além de outros itens encontrados na natureza. Quando as bandeiras eram mais longas, os bandeirantes saqueavam as roças indígenas de feijão, milho e mandioca. Mesmo assim, a fome era uma condição presente ao longo do caminho. Consequência: ampliar as fronteiras da América portuguesa.

A DESCOBERTA DO OURO Fim do século XVII Consequência: forte imigração portuguesa para o Brasil, na esperança de enriquecimento. Atividade de baixo investimento Criação de vilas e cidades próximo das minas, antes a população morava isolada nas fazendas, nas poucas vilas do litoral. Mudança do centro econômico do país do Nordeste (cana-deaçúcar), para o interior (local das principais jazidas)

A ELITE: SOCIEDADE MINERADORA Mineradores Membros da Corte Altas funcionários CAMADA MÉDIA URBANA Padres, burocratas, artesãos, militares, mascates e faisqueiros, comerciantes, médicos entre outros CAMADA BAIXA Escravos (base do trabalho), índios Aumento maciço do tráfico de escravos Sociedade opulenta, de alta renda, mas muito pobre. Poucas riquezas utilizadas pela colônia -> Brasil. O Ouro sai do Brasil e vai para Inglaterra Portugal tinha relação deficitária com outros países como a Inglaterra. Ouro -> Brasil -> Inglaterra (via Portugal)

GUERRA DOS EMBOABAS Os portugueses e colonos vindos de outras regiões para Minas Gerais eram chamados pelos paulistas de Emboabas (pássaros com pés emplumados Tupi) 1709-1710 Disputa armada entre paulistas e emboabas pelo controle do ouro na região Derrotados os paulistas se deslocam em busca de ouro para os estados de Goiás e Mato Grosso (1718-1725), região mais pobre, com escassez de alimentos, ataques de índios aos arraiais, roubos e assassinatos frequentes. Rápido esgotamento, como em Minas Gerais Primeiras vilas: As primeiras foram Vila Rica (hoje Ouro Preto), Ribeirão de Nossa Senhora do Carmo (atual Mariana) e Nossa Senhora da Conceição do Sabará.

ECONOMIA MINERADORA Descoberta do ouro impõe rígidas regras de administração e exploração aurífera as regiões mineradores Toda descoberta de lavra devia ser comunicada ao governo colonial que autorizava a exploração As minas eram divididas em lotes, chamados datas. O descobridor escolhia as duas primeiras datas as demais eram sorteadas- todo aspirante a dono DEVERIA TER ESCRAVOS Já em meados de 1770 dada decadência da mineração multiplicaram-se as faiscações. Esse tipo de garimpo permitiu algumas vezes que alguns escravos acumulassem para comprar sua alforria.

IMPOSTOS SOBRE A MINERAÇÃO Quinto: a coroa portuguesa ficava com a quinta parte da produção do outro, ou seja, 20% do que era encontrado pelos mineradores. (1735-1750) Impostos por Capitação: cobrança equivalente a 17 gramas de ouro por escravo. Derrama: cobrança de impostos atrasados, quem não conseguisse deveria completar com seus próprios recursos. Grande descontentamento dos mineradores e uma série de revoltas

DIFICULDADES PARA ENRIQUECIMENTO Dificuldades para enriquecimento dos mineradores: Surgimento das casas de fundição Altos custos de vida, quase tudo que era produzido vinha de outras regiões Pesados impostos CONSEQUENCIA: Revoltas

CASAS DE FUNDIÇÃO Objetivo: evitar o tráfico de ouro para fora das Minas Gerais e do Brasil Órgão superior: Intendência das Minas Proibição da circulação do ouro em pó ou pepitas, apenas em barras. Penas: desde confisco de bens até degredo para (exílio) África. Curiosidade: Era comum o contrabando de ouro dentro de imagens de santos, que eram ocas, daí surge a expressão Santo do Pau oco, uma forma de manter a sonegação de impostos e continuar com o contrabando.

A função social dos tributos Para que o estado possa cumprir seu papel primordial é necessário obter recursos financeiros, provenientes, na sua maioria, dos tributos arrecadados, para prestar serviços que atendam às necessidades públicas. Esses recursos vêm através do pagamento dos tributos pelas pessoas e são transformados em bens e serviços, tais como: Educação; Saúde; Segurança pública; Habitação; Estradas; Creches; Saneamento básico, entre outros.

REVOLTA DE VILA RICA 1720 Sob a liderança do tropeiro Português Felipe Santos cerca de 2 mil mineiros conquistam Vila Rica Exigência: Não concretização das casas de fundição. O governo, pego de surpresa, aceita no início, mas depois faz dura repressão ao movimento, com apoio de tropas portuguesas. Desfecho: líderes do levante foram presos. Felipe dos Santos sentenciado a morte. Seu corpo, esquartejado, foi exposto em praça pública.

DESCOBERTA DE DIAMENTE Minas Gerais na segunda metade do século XVIII Governo supervisiona com a mesma rigidez Demarcação das terras com diamantes, distrito Diamantino (Diamantina)

CONSEQUENCIAS DA MINERAÇÃO Polo econômico na Região Sudeste Desenvolvimento da sociedade urbana Tentativa de escravização dos índios 1763- Mudança da Capital do País para o Rio de Janeiro Aumento das relações de troca/comércio inter-regional