GUIA DE ESTUDOS. OPERAÇÃO MARKET GARDEN (1944) Aliados X Eixo. Rafael Licinio Tavares Diretor. Carolina Tomaz Diretora Assistente

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Transcrição:

GUIA DE ESTUDOS OPERAÇÃO MARKET GARDEN (1944) Aliados X Eixo Rafael Licinio Tavares Diretor Carolina Tomaz Diretora Assistente Nádya Silveira Diretora Assistente Marcus Drumond Diretor Assistente Mateus Chaves Diretor Assistente Thiago Brandão Diretor Assistente

SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO DA EQUIPE... 3 2 APRESENTAÇÃO DO TEMA... 4 2.1 A Guerra... 4 2.2 A Operação... 7 2.3 As Unidades... 9 2.3.1 Grupos de Combate... 10 2.3.2 Divisões Estáticas... 11 2.3.3 Divisões Blindadas... 11 2.3.4 Divisões Panzer SS... 12 2.3.5 Divisões de Infantaria... 12 2.3.5.1 Unidades Aerotransportadas... 13 2.3.5.2 Unidades Fallschirmjäger... 13 2.3.6 Unidades Aéreas... 14 2.4 A Geografia... 14 3 APRESENTAÇÃO DO COMITÊ... 17 4 POSICIONAMENTO DOS PRINCIPAIS ATORES... 18 4.1 Aliados... 18 4.1.1 Unidades Aerotransportadas... 18 4.1.2 Unidades Blindadas... 19 4.1.3 Unidades de Infantaria... 19 4.1.4 Unidades Aéreas... 19 4.2 Eixo... 20 4.2.1 Unidades Panzer SS... 20 4.2.2 Grupos de Combate... 20 4.2.3 Unidades Estáticas... 20 4.2.4 Unidades de Infantaria... 21 4.2.5 Unidades Fallschirmjager... 21 5 QUESTÕES RELEVANTES NAS DISCUSSÕES... 21 Referências... 23 TABELA DE REPRESENTAÇÕES... 25 ANEXO A: Mapa da Operação Market Garden... 28

3 1 APRESENTAÇÃO DA EQUIPE O diretor deste comitê é Rafael Tavares, estudante do curso de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) no sétimo período. É a sua terceira participação no Modelo Intercolegial das Nações Unidas (MINIONU), desta vez como Diretor. O Diretor espera que se empenhem bastante em suas tarefas como delegados e que sejam capazes de aprender e crescer com o comitê, aproveitando ao máximo a experiência do evento. A Diretora Assistente Carolina Tomaz é graduanda do 3º período de Relações Internacionais. É sua terceira participação no MINIONU e primeira como Diretora Assistente. Espera que, assim como toda a equipe, os senhores prezem pelo comitê para que, juntos, possam ter uma proveitosa simulação. A Diretora Assistente Nádya Silveira cursará o 4º período de Relações Internacionais na época do 17º MINIONU, tendo já trabalhado como voluntária no comitê Assembleia Geral das Nações (AGNU) 2030 sobre a situação dos curdos, na edição passada. Ela espera que tenham discussões valorosas e que aproveitem essa experiência ao máximo. O Diretor Assistente Marcus Drumond é estudante do curso de Relações Internacionais da PUC Minas no 5º período, este é seu terceiro MINIONU e sua segunda participação como Diretor Assistente. Espera que tirem máximo proveito do comitê, aprimorando seu processo de compreensão e decisão. O Diretor Assistente Mateus Chaves, cursa o segundo período de Relações Internacionais na PUC Minas. Essa será sua segunda participação no MINIONU, sendo a primeira vez como Diretor Assistente. O MINIONU, para o Diretor Assistente é não só uma forma de adquirir conhecimento e experiência, mas também de fazer novas amizades. O Diretor Assistente Thiago Brandão está em sua quinta participação do MINIONU e sua primeira como Diretor Assistente. O Diretor Assistente espera que tenham um comitê muito produtivo e que não importando como a simulação termine todos se sinta importantes durante os debates. Para mais informações, os senhores delegados podem acessar a página do comitê no Facebook e o blog, que possuem informações adicionais que completam este Guia de Estudos. Em caso de dúvidas, também podem enviar e-mail para: 17minionumktgarden1944@gmail.com. Bons Estudos, Equipe Operação Market Garden 1944

4 2 APRESENTAÇÃO DO TEMA A Segunda Guerra Mundial é a primeira guerra realmente mundial, pois mobiliza quantidades enormes de recursos e abrange conflitos em quase todas as regiões do mundo, arrastando beligerantes de diferentes partes do mundo para lutarem em um grande conflito. Pela Europa, África e Ásia, vários países estão se enfrentando para buscar a supremacia mundial, em um grande embate de coalizões. Desde o começo da guerra na Polônia em 1939, até atualmente, 1944, grandes batalhas se desdobraram por todo o mundo e estão definindo o destino da humanidade. 1 (MASSON, 2003). 2.1 A Guerra A Segunda Guerra Mundial entrava em 1944 como a guerra de maiores proporções já lutada. A Alemanha, no ano de 1942, já possuía sob o poder de suas tropas grande parte da Europa. A França, que havia sido tomada em 1940, era um território estratégico que, até então, impedia a investida dos Aliados e evitava seu avanço para as terras alemãs. (NEILLANDS, 2002). Desde dezembro de 1942, a preparação técnica da invasão na Europa havia sido confiada ao general britânico Frederick Morgan, que a princípio encontrou dificuldades no comando devido a desorganizações internas. Foi em dezembro de 1943, depois da Conferência de Teerã 2, quando o general Eisenhower, após sua operação bem sucedida no norte da África, foi nomeado Comandante Supremo das Forças Aliadas na Europa, que os processos estratégicos começaram a ter andamento. No mesmo ano, Morgan apresentou um plano de ação com o codinome de Operação Overlord, que preparava uma invasão na Normandia, norte da França 3. (ALVES, 2009). Após os sucessos dos Aliados no Norte da África e Sicília, o fronte na península italiana avançava a passos lentos, com uma entrincheirada resistência do Eixo. Um segundo fronte necessitava ser aberto, capaz de empurrar os alemães de volta para suas próprias fronteiras. A demanda por um avanço mais rápido da guerra gerou a Operação Overlord, e o Dia D 4. Forças americanas, inglesas e canadenses desembarcaram em um pequeno trecho de praias cinzentas na costa da Normandia, com a intenção de liberar a França ocupada do jugo nazista. (MASSON, 2003). 1 Os chineses já lutavam contra os japoneses desde 1936, e a guerra só acabaria para o Japão depois dos ataques nucleares de Hiroshima e Nagasaki. No caso, é relevante para o comitê apenas o Teatro Europeu. 2 Reunião entre os líderes Aliados dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e União Soviética. 3 Essa sendo a progressão de operações no Teatro Europeu Ocidental. No Teatro Europeu Oriental os russos lutavam contra a investida alem ã e no Teatro do Pacífico os americanos lutavam contra os japoneses. 4 Operação Overlord: Invasão anfíbia da Normandia (norte da França) por forças aliadas que buscavam liberar a Europa Ocidental da ocupação da Alemanha Nazista.

5 A Operação Overlord teve início no dia 6 de junho de 1944, pelas forças americanas, canadenses e britânicas, também conhecido como Dia D. O principal objetivo da operação era abrir uma segunda frente na Europa, pelo Ocidente, para enfraquecer a frente Oriental através da mobilização de tropas e assim ajudar a União Soviética a avançar. O desembarque na Normandia envolveu cerca de 3 milhões de soldados, 6400 navios de guerra e milhares de aviões. Os exércitos envolvidos tinham objetivos distintos que consistiam na tomada de posse das praias com os codinomes, Omaha e Utah, para os Americanos; Juno, Gold e Sword para os ingleses e canadenses. A Alemanha, por iniciativa de Rommel, comandante do exército alemão, esperou o desembarque aliado e procurou defender-se através Muralha do Atlântico 5. Apesar da dura resistência alemã, o desembarque foi bem sucedido e os aliados continuaram seu avanço em direção a Paris. (ALVES, 2009). A libertação de Paris começou com um levante da Resistência Francesa contra a guarnição alemã em 19 de agosto de 1944. Em 24 de agosto, as Forças Francesas do Interior receberam ajuda da organização França Livre e da 4ª Divisão de Infantaria dos Estados Unidos. A resistência alemã foi fraca e, além disso, o general Dietrich von Choltitz desafiou uma ordem de Hitler de não se render, explodir os marcos históricos de Paris e destruir a cidade pelo fogo. Ao invés disso, Choltitz assinou a rendição formal na tarde do dia seguinte. (ALTMAN, 2010). A campanha da Normandia, enquanto um sucesso para os Aliados foi marcada por pesadas baixas 6 no terreno difícil de cercas-vivas 7 do campo francês. O avanço era lento, e alguns dos objetivos marcados para o Dia D foram tomados com atrasos de semanas e meses. Mas, apesar dos inúmeros empecilhos, o norte da França e Paris foi liberado. O fronte novamente se estagnaria frente às defesas naturais da Alemanha, o bosque das Ardenas e os rios Meuse e Reno 8, que impediam o avanço das forças aliadas e protegiam o território alemão de ofensivas significativas. Mais ao sul, a linha Siegfried 9, um complexo intrincado de defesas estáticas, barrava qualquer ação por parte dos Aliados. (MASSON, 2003). Percebeu-se, portanto, no Alto Comando Aliado, a necessidade de contornar essas barreiras e penetrar em território alemão. Enquanto alguns no Alto Comando eram partidários de um ataque mais demorado, a ser executado ao longo de toda a linha de 5 Série de fortificações costeiras que protegiam o território ocupado pelos alemães de possíveis invasões Aliadas. 6 Soldados que são feridos ou mortos, são baixas no efetivo e não mais podem combater. 7 Grandes arbustos interligados, cultivados para servir como cercas pesadas e separar propriedades. Sem tanques ou tratores para ultrapassá-los, são intransponíveis. 8 Características geográficas próximas ou presentes na fronteira da França, Bélgica e Holan da com a Alemanha. 9 Linha de defesa formada por inúmeros obstáculos, canhões e casamatas, análoga à linha Maginot francesa.

6 defesa alemã, o Marechal de Campo Montgomery 10, que dispunha de especial reputação entre os Aliados pelos seus sucessos no Norte da África, Sicília e Normandia, preferia uma abordagem mais decisiva para a situação. (MASSON, 2003). Por ele foi proposta uma ofensiva concentrada, utilizando alguns dos melhores recursos disponíveis aos Aliados na época 11, para quebrar as defesas alemãs em determinado ponto de sua linha de defesa e abrir uma passagem por onde as outras tropas Aliadas pudessem invadir o coração da Alemanha nazista. O plano consistia em capturar travessias no Meuse e Baixo Reno, permitindo que a linha Siegfried pudesse ser contornada ao norte e as tropas Aliadas teriam um caminho para destruir a matriz bélico-industrial na região do rio Ruhr. (MASSON, 2003). Nasce a Operação Market Garden, a maior operação aerotransportada até o presente momento. Os objetivos principais são o de capturar travessias no Meuse e no Reno, para permitir o contínuo ataque à Alemanha. Além disso, o caminho de avanço leva as forças Aliadas para as proximidades da Antuérpia, um porto de águas profundas que há muito tempo era cobiçado pelos Aliados, sendo que, se capturado, resolveria os problemas de abastecimento logístico. (MASSON, 2003). Figura 1: Fronte Ocidental, 14 de Setembro de 1944 Fonte: Remember September 44, 2016 10 Um dos comandantes Aliados de mais sucesso, tornou-se famoso pela vitória crucial na Segunda Batalha de El Alamein, no Egito. 11 Material logístico que, dada a distância a ser percorrida desde a costa, era um tanto escasso nas linhas de frente. Tal problema seria solucionado eventualmente, com a tomada da Antuérpia.

7 2.2 A Operação O objetivo de Marechal Montgomery é forçar uma entrada na Alemanha ao longo do Baixo Reno. Ele quer contornar o extremo norte da Linha Siegfried e isso exige da que a operação capture as pontes sobre o Maas (rio Meuse) e dois afluentes do Reno (o Waal e o Baixo Reno), bem como vários canais e afluentes menores, comuns no cenário da Holanda e Bélgica. Nesse sentido, a operação será lutada principalmente em território holandês, seguindo uma rota que interliga todas estas travessias vitais ao esforço de guerra Aliado. (RYAN, 1974). O Marechal de Campo Montgomery, muito conceituado por conta das vitórias no continente africano, Sicília e Normandia, diferente de vários comandantes, é a favor de um plano mais decisivo para a invasão. Sua proposta consiste em contornar a linha de defesa alemã Siegfried 12, localizada no sul da Alemanha, atacando e dominando as passagens dos rios Meuse e Reno com uma grande concentração de tropas, a fim de abrir caminho para as outras forças Aliadas em direção ao coração da Alemanha Nazista. (MASSON, 2003). A operação consiste principalmente em dominar as pontes sobre o rio Meuse e dois afluentes do Reno (Waal e Baixo Reno) e outros pequenos afluentes, localizados em território holandês. Portanto, o Marechal de Campo Montgomery, pretende contornar a linha Siegfried pelos rios, abrindo caminho pela Holanda. (RYAN, 1974). 12 linha de defesa de 630 km de extensão formada por inúmeros obstáculos, canhões e casamatas.

8 Mapa 1: Plano Operacional de Market Garden, setembro de 1944. Fonte: Remember September 44, 2016. O aspecto aéreo da operação, o Market, consiste em utilizar as tropas veteranas do Primeiro Exército Aerotransportado Aliado, as tropas paraquedistas de ingleses e americanos que haviam visto os primeiros enfrentamentos na madrugada do Dia D. Pretende-se que esses soldados de elite sejam lançados em zonas de pouso próximas às pontes a serem capturadas, por meio de paraquedas e planadores rebocados por C-47s Skytrain 13. Tomando as pontes com o elemento da surpresa, lá eles mantêm suas posições. (RYAN, 1974). O aspecto terrestre, o Garden, irá se materializar no avanço de unidades blindadas britânicas do Segundo Exército Britânico, em especial dos XXX e VII Corpos 14, ao longo da Rota 69 15, que une as zonas de pouso e as pontes, criando, portanto, um corredor de 13 O C-47 Skytrain foi o avião padrão de transporte de paraquedistas dos Aliados. A nomenclaturabritânica se refere ao modelo como Dakota. Era comum rebocarem planadores Horsa, atrelados por cabos de aço. 14 Grupos do Segundo Exército Britânico formados por unidades blindadas e de infantaria. 15 A Rota 69, ou como conhecida pelos soldados ingleses, Hell s Highway, era uma estrada pavimentada que seguia desde antes de Eindhoven, passando por Nijmegen, e indo para Arnhem.

9 avanço que termina diretamente apontada para o interior alemão. Unindo-se com os paraquedistas, eles protegerão as pontes conquistadas enquanto outras forças se preparam para assumir a ofensiva. (MIDDLEBROOK, 1995). Foto 1: A Ponte de Arnhem, Setembro de 1944 Fonte: Imperial War Museum, 2016 2.3 As Unidades Dada a natureza da operação, sendo um esforço abrangente, vários tipos de unidades militares são empregadas nela. Tanto o Eixo como Aliados utilizam unidades um tanto análogas, ou seja, enquanto possuem equipamento e treinamento diferentes, têm essencialmente as mesmas funções. Tais unidades se dividem na mesma linha em que se dividem as armas de uma força militar, cada arma representando uma função e uma gama de habilidades para determinada força. A título de exemplo, a artilharia, com seus grandes canhões de longo alcance, é uma arma, e se especializa em combater o inimigo com fogo indireto e apoiar a ação de outras armas. A cavalaria, ou o carro blindado em termos modernos, serve para empregar grande poder destrutivo contra o inimigo, ao mesmo tempo em que se utiliza de rápidas manobras para atingir os pontos mais vulneráveis. Cada tipo de Era tão estreita que apenas permitia dois tanques lado a lado, atrasando bastante o avanço britânico.

10 unidade está mais apta a exercer determinada tarefa, e enquanto pode ser a melhor em seu campo de especialização, em outra missão pode não ser tão bem sucedida. (MARGIOTTA, 2000). Avaliar qual função é mais apropriada para determinada unidade é um trato essencial para um comandante. Um dos exemplos mais marcantes da integração entre diferentes unidades tenha sido no ano de 1940, quando os alemães tomaram de assalto quase que toda a Europa Ocidental. Blitzkrieg é o termo em alemão para guerra relâmpago, chamada assim pela velocidade que é conduzida. Através do uso pioneiro de armas combinadas, as tropas alemãs na Segunda Guerra Mundial foram capazes de conquistar grandes porções de território em curtos espaços de tempo, tomando de assalto seus oponentes e frequentemente os cercando, atingindo suas linhas de suprimento. Esse tipo de ataque nega ao inimigo tempo vital para se organizar uma defesa considerável, diminuindo a eficiência de combate do inimigo. Para que se alcance sucesso em tal ataque, é necessário um nível de integração e coordenação muito alto entre os vários elementos que participam do ataque, principalmente entre as tropas de solo e as aéreas, assim como os elementos blindados, de artilharia e de infantaria. (MARGIOTTA, 2000). 2.3.1 Grupos de Combate Os grupos de combate são uma formação de combate comumente utilizada pelas as forças do Wehrmacht Alemão durante a Segunda Guerra Mundial. Sua formação de batalha adota uma postura de armas combinadas 16, onde diferentes sessões do exército são unidas e se suportam mutuamente. Eles foram criados para suprir demandas emergenciais de combate, agrupando as forças disponíveis em um local e as colocando sob comando de um oficial, que dava também o nome ao grupo de combate. A composição de um Grupo de Combate varia de acordo com a disponibilidade das tropas no local, mas normalmente eles incorporam tanques, infantaria e artilharia, incluindo artilharia antitanque, sendo assim o tamanho de um Grupo de Combate altera, podendo atingir o tamanho de um Corpo ou pequenos como uma Companhia. Na Operação Market Garden, grande parte dos Grupos de Combate são compostos por regimentos em treinamento, tropas de reposição e grupos de apoio, seus equipamentos normalmente são alemães, mas existe também a utilização de equipamentos e armamentos abandonados ou capturados de seus oponentes. (LUCAS, 2014). 16 Armas Combinadas é uma abordagem que busca a integração de diferentes forças armadas apara atingir efeitos complementares múltiplos, por exemplo, utilizando a infantaria e blindados em um ambiente urbano, onde um pode dar suporte ao outro.

11 2.3.2 Divisões Estáticas As Divisões Estáticas são forças de ocupação do território conquistado que se instalam após a invasão do exército alemão, elas geralmente ocupam uma boa posição defensiva no território, o que lhes garantem grande vantagem caso o oponente venha atacar a posição. Elas são compostas por armamentos pesados, o que dificulta imensamente sua locomoção, além disso, as tropas pertencentes à divisão não são treinadas em guerra móvel 17, costumam possuir transporte limitado e não possuem muito armamento ofensivo. Na Operação Market Garden, as forças das Divisões Estáticas podem servir como infantaria, mas seu papel principal está em impedir o avanço aliado, protegendo as demais forças alemãs. (JORDAN et al, 2012). 2.3.3 Divisões Blindadas As Divisões Blindadas se especializam no uso de veículos de combate blindados com a premissa de penetrar nas linhas defensivas convencionais, sua aplicação depende do uso de tanques e de outras tropas de suporte como a infantaria mecanizada, artilharias autopropulsadas e equipes de engenharia. Os tanques utilizados são classificados de acordo com sua categoria, tanques leves, médios, pesados e tanques antitanques. Os tanques leves possuem um poder de fogo reduzido, mas têm boa mobilidade, eles são utilizados para reconhecimento e em algumas operações aéreas, sendo transportados junto aos paraquedistas. Os tanques médios são também conhecidos como os principais tanques de batalha, eles possuem um equilíbrio entre poder de fogo e mobilidade, foram produzidos em larga escala, pois representam um excelente custo beneficio se comparado aos tanques de outras categorias, eles são rápidos de se produzir e executam muito bem suas funções no campo de batalha. Os tanques pesados fornecem um poder de fogo consideravelmente maior e uma armadura mais pesada e difícil de ser penetrada pelo fogo oponente, com o custo de mobilidade, manobrabilidade e custo. Eles eram utilizados para quebrar a linha de tanques do oponente, mas pela baixa velocidade eles eram mais úteis em uma posição defensiva. Já os tanques antitanques, são equipados com uma artilharia de fogo direto, feitos especificamente para combater veículos blindados do oponente, principalmente outros tanques. Na Operação Market Garden, é necessária a coordenação entre as Divisões Blindadas e as outras divisões, principalmente as Divisões de Infantaria, onde uma é capaz de auxiliar a outra, buscando atingir um objetivo comum. (BOSCAWEN, 2001). 17 Guerra Móvel é a mobilização rápida de uma força com o intuito de ganhar vantagem sobre o oponente o pegando desprevenido em um determinado local.

12 2.3.4 Divisões Panzer SS As Divisões Panzer SS são consideradas a elite do exército alemão, possuindo um treinamento rigoroso, passando aos recrutas uma disciplina rígida e uma inquestionável obediência, para que os soldados fiquem sempre focados nas ações dos campos de batalha, essa subordinação faz com que eles atinjam o fanatismo e fiquem extremamente brutais em combate. Assim, como nas divisões blindadas, as Divisões Panzer SS fazem uso de veículos de combate blindados, mas além da presença dos regimentos de tanques, elas contam com uma utilização considerável de infantaria mecanizada, sendo composta principalmente por tropas de choque Panzergranadier. As Divisões Panzer SS são essenciais para a realização do Blitzkrieg 18 e a conquista de grande parte da Europa e do norte da África. Na Operação Market Garden, as Divisões Panzer SS são vitais para a defesa do território holandês, com seu treinamento pesado, sua experiência em combate e sua lealdade inabalável para repelir as investidas das forças aliadas. (GUDERIAN, 1996). 2.3.5 Divisões de Infantaria A infantaria pode ser considerada a mais antiga unidade do exército, ao qual também compõe a maioria das divisões. Tal unidade tem geralmente os maiores efetivos e, historicamente, não é uma unidade motorizada ou mecanizada, sendo seu principal meio de locomoção a marcha a pé. Apesar disso, algumas unidades de infantaria são equipadas com veículos ou até mesmo são transportadas por blindados ou aviões. (38º BI, 2016). Devido o seu método de locomoção, a unidade de infantaria tem maior aptidão em adentrar terrenos de difícil acesso, tais como florestas e ambientes urbanos, podendo combater o inimigo face a face, bloqueando uma possível ação contra os tanques. Sua missão principal é a ocupação e manutenção de uma determinada área, dispondo da capacidade de ação em pequenos segmentos, o que dificulta a identificação pelo inimigo e torna maior a sua mobilidade. (SCOTT, 2008). Na Operação Market Garden, é de vital importância que as unidades de infantaria se coordenem bem próximas das outras unidades, principalmente as blindadas. Para que ambos os tipos de forças funcionem bem no campo de batalha necessitam do apoio uma da outra, visto que os blindados e a infantaria são partes integrais de uma força ofensiva moderna. (HARRIS; TOASE, 1990). As forças aliadas são constituídas primeiramente de seis unidades de infantaria: 3ª 18 Blitzkrieg significa guerra relâmpago, foi uma grande concentração das forças alemãs realizando um ataque em formação de lança, quebrando as linhas defensivas dos oponentes com ataques curtos, rápidos e poderosos, utilizando a velocidade e a surpresa para sobrepujar os mesmos.

13 Divisão de Infantaria, 1ª Brigada de Infantaria Belga, 15ª Divisão de Infantaria, 43ª Divisão de Infantaria, 50ª Divisão de Infantaria e a 53ª Divisão de Infantaria. Das referidas, evidenciam-se a 50ª e 53ª Divisão por caráter possivelmente mais destrutivo e a 1ª Brigada Belga pela adesão de um esquadrão de veículos blindados. É significativo ressaltar que a 50ª e 53ª são caracterizadas como ameaçadoras; pela associação de tropas veteranas à 50ª Divisão, que já haviam sido postas em exercício em batalhas no Mediterrâneo, Norte da África e ainda na invasão à Sicília. Como também a inclusão de tropas de choque e assalto 19 pela 53ª Divisão de Infantaria. (JOSLEN, 2003). Entre as forças do Eixo, estão sete unidades de infantaria: 56ª Divisão de Infantaria, 176ª Divisão de Infantaria, 180ª Divisão de Infantaria, 190ª Divisão de Infantaria, 245ª Divisão de Infantaria, 346ª Divisão de Infantaria e 363ª Divisão Volksgrenadier. (KERSHAW, 2004). 2.3.5.1 Unidades Aerotransportadas Essas forças são caracterizadas pelo alto grau de treinamento, elas são basicamente transportadas em aeronaves e lançadas ao combate, consequentemente tendo que reduzir suas formações ao tamanho das aeronaves, o que semelhante à infantaria original oferece o elemento surpresa ao inimigo, já que sua identificação em terra é dificultosa. O veículo aéreo oferece à unidade capacidade de transporte bastante eficiente, voltando ao elemento surpresa e podendo, assim, ser posicionadas às costas das linhas inimigas. Entretanto, a limitação de agrupamento por tamanho das aeronaves e a necessidade de flexibilidade dos soldados traz às unidades aerotransportadas a carência de armamento para operações de longa duração, e ainda a dependência e necessidade de lidar com imprevistos meteorológicos e geográficos. (HARCLERODE, 2005). Na Operação Market Garden, serão empregadas as unidades do Primeiro Exército Aerotransportado Aliado, constituído pela 1ª, 82ª e 101ª Divisões Aerotransportadas, juntamente à 1ª Brigada de Paraquedas Independente Polonesa. A principal missão escalada para essas unidades é a de captura das pontes de travessia, buscando cumprir seu dever com rapidez e eficiência. Levando a tarefa de lidar com imprevistos, suprir a unidade com mantimentos e desenvolver sua movimentação, está anexado o IX Comando de Transporte de Tropas. (WARREN, 1956). 2.3.5.2 Unidades Fallschirmjäger Os Fallschirmjäger são tropas de solo paraquedistas altamente treinadas para 19 Tropas de choque e assalto são tropas especialmente escolhidas para trabalho ofensivo pelo seu alto treinamento e disciplina, podendo também liderar ataques.

14 explorar suas vantagens (surpresa e mobilidade) e minimizar inconvenientes (isolamento e falta de armamento pesado). (WINDROW, 2006). Na Operação Market Garden, essas unidades não podem se transportar pelo meio aéreo, uma vez que não há transportes disponíveis, porém tal desvantagem não diminuiu sua capacidade de ação contra o inimigo. Esse grupo é composto pela Divisão Erdmann e pelo 1º Exército de Paraquedistas. 2.3.6 Unidades Aéreas A força aérea é responsável pelos ataques táticos aéreos, levando adiante missões de bombardeio e reconhecimento, em geral sua função primária é de suporte de forças de solo em batalhas. Sendo composto tipicamente por aviões de caça, bombardeiros e aviões de transporte. Aviões de caça são veículos primeiramente designados para seguir combate aéreo, ou seja, atacar forças aéreas inimigas. Bombardeiros são designados principalmente para ataques ar-solo, podendo derrubar grandes agrupamentos inimigos, juntamente aos caça-bombardeiros que seguem a mesma postura. (CATE; CRAVEN, 1983). As forças aéreas aliadas têm a tarefa de dissipar a resistência alemã, e mais importante garantir a passagem em direção as pontes, os caças são de extrema importância para dificultar a ação da Luftwaffe e como já citado, oferecer suporte a infantaria. Grupo constituído pela 2ª Força Aérea Tática (Força Aérea dos Estados Unidos), Comando de Caças e Comando de Bombardeiros. 2.4 A Geografia É de vital importância para o sucesso de qualquer tipo de ação militar a boa compreensão do espaço físico em que se opera. A tomada de boas decisões que maximizem a eficiência das tropas depende de se utilizar o máximo de informações relevantes possível. Para tanto, é necessário observar o campo de batalha em si, identificando as vantagens e desvantagens do terreno e onde quais tipos de tropas terão as melhores vantagens ou piores desvantagens. A Holanda, enquanto um país pequeno e sem grande variação climática, possui um cenário bastante diverso. O país tem seu território composto por campos suaves, bosques, algumas plantações cercadas por cercas-vivas (como as da Normandia), e inúmeros rios e canais. Além disso, cidades de pequeno e médio porte são comuns e serão palco de alguns dos enfrentamentos mais custosos do fronte ocidental. (MEIJER, 1985).

15 Mapa 2: Países Baixos - Grandes Cidades Fonte: Maps of the World, 2016 A geografia da Holanda é relativamente simples: há planícies perto dos deltas dos rios no norte e no oeste e uma área ligeiramente mais elevada, com a presença de montes, no oeste e no sul. O país também usa extensivamente diques para impedir que cerca de um terço do país alague durante a época de chuvas. (MEIJER, 1985). A área onde se desdobra a operação é plana e sem muitas elevações dignas de nota. Existem apenas duas exceções: dois montes de cerca de 90 metros de altura, um a noroeste de Arnhem e um perto da zona de pouso da 82ª Divisão de Paraquedistas, o cume Groesbeek. Tomar essas posições elevadas é de vital importância para controlar as rodovias e as pontes, pois propiciaram um posicionamento privilegiado para as tropas e uma melhor visão dos arredores. (BARTHOLOMEW, 2016). A principal estrada ligando as cidades da zona de batalha é a rodovia 69, apelidada de Hell's Highway 20. Ela é relativamente estreita, de modo que não permite a passagem de dois tanques lado a lado e o solo ao lado dela é demasiadamente macio em vários pontos, o que impede a passagem de veículos pesados fora da estrada. Esses fatos, assim como a 20 Rodovia do Inferno, em inglês.

16 presença extensiva de diques 21 e valas de drenagem 22 dificultam a movimentação de blindados entre as cidades da zona de combate. Mapa 2: Cidades Holandesas Fonte: World Atlas, 2016 O principal objetivo da operação é conquistar uma série de pontes sobre os rios Meuse 23, Reno 24 e outros afluentes menores. O controle dessas pontes é necessário para o sucesso da operação, pois sem elas a movimentação de tropas, blindados, suprimentos e reforços seriam duramente afetados. As unidades de infantaria podem atravessar os rios por meio de botes ou em algumas das poucas partes rasas, mas os blindados só são capazes de atravessá-las por meio das pontes. (WARREN, 1956). As principais cidades da área são Arnhem, Nijmegen, Oosterbeek e Veghel. Arnhem é a maior delas, onde se localiza uma das principais pontes e a principal travessia que leva à Alemanha. Nijmegen, enquanto não tão grande como Arnhem, possui uma ponte longa, que atravessa um rio largo e de difícil travessia por barco. Veghel e Oosterbeek também serão pontos de interesse para a missão, onde também existem pontes e balsas. Em Hertogenbosch há uma encruzilhada de pequenas estradas. Existem cidades menores pertos das já mencionadas, como Herveld, Wijchen, Elst, e outras que poderão ser usadas para melhor posicionamento e manobra das unidades. (BARTHOLOMEW, 2016). 21 Diques eram barragens artificias criadas para diminuir o fluxo dos rios. O terreno perto dos diques era alagado e propiciava a formação de charcos em alguns deles, que prejudicam a movimentação de veículos mecânicos. 22 Valas usadas para escoar água em excesso de algumas áreas a fim de se evitar o alagamento. 23 Grande rio europeu que passa pela França, Bélgica e Holanda antes de desaguar no Mar do Norte. 24 Principal rio da França, que nasce nos Alpes e passa pela Suíça, Áustria, Alemanha, França e Holanda antes de desaguar junto ao Meuse no Mar do Norte.

17 As cidades holandesas têm uma população de aproximadamente 15.000 habitantes. 25 A maioria das construções é de alvenaria e rocha, que mesmo sendo resistentes podem ser facilmente destruídas por disparos de blindados e artilharia. Mesmo não sendo prédios muito altos, eles proporcionam posição privilegiada a unidades de infantaria que ocupam seus telhados. Porém muitas cidades têm ruas estreitas que prejudicam a capacidade de manobra dos blindados, diminuindo sua eficiência em combate. 3 APRESENTAÇÃO DO COMITÊ O objetivo do comitê é simular uma real situação de guerra, onde as unidades envolvidas na Operação Market Garden buscam cumprir seus objetivos, previamente dados, e triunfar em um dos embates mais famosos da Segunda Guerra Mundial. Para o bom entendimento da mecânica proposta para este comitê, é necessário ressaltar alguns pontos, estes muito importantes para este tipo específico de simulação. O comitê simula um conflito de grandes proporções, onde se enfrentam duas facções, os Aliados e o Eixo. Cada facção possui sua própria Base de Operações (a sala de simulação), onde os oficiais do alto escalão (os delegados) se encontrarão para tomar decisões de cunho tático sobre como melhor atingir seus objetivos. Desta forma, é necessário que se divida o comitê em duas salas, com os delegados Aliados em uma, e os delegados do Eixo em outra. Por questões históricas, este comitê terá poucas delegações para que seja mantida a ordem de batalha de Market Garden da maneira mais fiel possível em relação a real Operação. Ademais, utilizará apenas unidades que realmente tomaram parte dos combates e os influenciaram diretamente, ou que estavam previstas para de alguma força agir sob os parâmetros da operação. Em momento algum se espera que os delegados recriem a Operação original. Enquanto grande parte dos fatores que ditaram o resultado da Market Garden de 1944 está presentes na simulação e serão considerados extensivamente, é importante realçar que o resultado não parte de somente de fatores fixos, mas também da natureza das decisões que são tomadas pelos comandantes, no caso, os delegados. A principal questão que os delegados deverão enfrentar nos dias de simulação é o de perseguir seus objetivos ao mesmo tempo em que cooperam com os colegas e preservam suas forças, todas as ações tomadas em um ambiente de pressão, uma vez que eles têm oponentes para lhes fazer oposição. É interessante que os delegados reflitam 25 Cidades de médio e pequeno porte. Cidades maiores podem ter uma população maior.

18 sobre a tarefa monumental que é a de se organizar e lutar uma guerra, e também sobre os reais ganhos de se fazer isso. 4 POSICIONAMENTO DOS PRINCIPAIS ATORES Os atores desta simulação não representarão países, mas sim unidades militares engajadas no conflito em questão. Mais informações sobre as unidades individuais serão disponibilizadas extensamente, e espera-se que os delegados se preparem ao máximo em relação aos aspectos técnicos e operacionais das unidades. Também, pela natureza especial da simulação, de possuir duas salas de discussão separadas, os atores serão apresentados em seus respectivos blocos. 4.1 Aliados O principal objetivo das forças aliadas é o de garantir uma passagem através da Holanda e para a Alemanha. Para tanto, é necessário capturar uma série de travessias sobre os inúmeros cursos d água presentes na região holandesa, permitindo assim que as formações blindadas dos Aliados penetrem em território inimigo. 4.1.1 Unidades Aerotransportadas As unidades do Primeiro Exército Aerotransportado Aliado (1ª, 82ª, 101ª Divisões), em conjunto com a 1ª Brigada de Paraquedas Independente Polonesa, são consideradas unidades de elite entre as forças aliadas pelo duro treinamento e pela ideia de que unidades aerotransportadas estão sempre cercadas, sendo capazes de engajar vários grupos inimigos simultaneamente. Na Operação Market Garden, serão responsáveis por tomar as pontes de travessia, objetivo principal da ofensiva. Espera-se dos delegados destas unidades uma postura agressiva, que busquem cumprir os objetivos com rapidez e decisividade, de acordo com as melhores tradições da Infantaria Aerotransportada. Anexado a este grupo, está o IX Comando de Transportes, responsável por levar as tropas aéreas aonde elas devem estar. Com esta unidade está a tarefa de articular a movimentação e suprimento logístico dos paraquedistas, e lidar com imprevistos, meteorológicos e geográficos 26. (WARREN, 1956). 26 Como por exemplo tempestades que impedem o vôo dos transportes, ou vegetação que impede o pouso de planadores.

19 4.1.2 Unidades Blindadas As Divisões Blindadas são responsáveis por ligar as zonas de pouso dos paraquedistas. As divisões blindadas inglesas são, em sua grande maioria, formadas por tropas veteranas de combates no Norte da África e da Normandia, como a 7ª Divisão, a 11ª Divisão e a de Guardas. Ainda possuem a 4ª e 8ª Brigadas Blindadas. É essencial, para o sucesso da Operação, de que as forças blindadas apoiem as outras tropas, aglutinando a ofensiva Aliada ao seu redor e derrotando as temidas Divisões Panzer que defendem a Holanda ocupada. Anexada a este grupo está a Real Brigada de Infantaria Motorizada dos Países Baixos, que, enquanto não possui o caráter blindado das outras divisões, serve como uma unidade de apoio direto à elas, por possuir infantaria motorizada vital para proteger os tanques e engajar a infantaria alemã. (BOSCAWEN, 2001). 4.1.3 Unidades de Infantaria As Divisões de Infantaria servem principalmente para apoiar o rápido avanço das Divisões Blindadas. É vital, para qualquer corpo blindado, que a infantaria os acompanhe para engajar a infantaria inimiga e impedi-la de tomar ação contra os tanques. Em adição, a infantaria serve também para tomar posições intransponíveis para os blindados, como florestas e ambientes urbanos. Das aqui presentes, a 53ª e a 50ª tem características mais agressivas, a 50ª sendo composta por tropas veteranas e a 53ª por choque e assalto. Em adição, os aliados dispõem da 3ª, 15ª e 43ª Divisões, e a 1ª Brigada Belga. (CHAPPEL, 1995). 4.1.4 Unidades Aéreas A Força Aérea Aliada serve na Operação para suprimir pontos de resistência alemã. Sua principal tarefa, em conjunto com a força de terra principal, é abrir um caminho para as pontes. Os caças são vitais para manter a superioridade aérea nos céus da Europa e inibir a ação da Luftwaffe 27. Os bombardeiros podem destruir fortificações e grandes concentrações de forças inimigas, enquanto os caça-bombardeiros são melhores em função de ataque ao solo, principalmente contra blindados alemães. Em geral, a função das unidades aéreas será de suporte. A Força Aérea dos Estados Unidos está mais apta a combater os caças alemães, enquanto o Comando de Bombardeiros e o Comando de Caças, ambos britânicos, estão melhor equipados para bombardear alvos no solo. (CATE; CRAVEN, 1983). 27 Força Aérea Alemã.

20 4.2 Eixo É de vital importância para a permanência da Alemanha na guerra que as tropas estacionadas na Holanda sejam capazes de impedir o avanço inimigo. Para tanto, deve-se impedir que sejam estabelecidos pontos seguros para os Aliados atravessarem suas tropas. 4.2.1 Unidades Panzer SS As Divisões Panzer são consideradas, no Wehrmacht 28, a elite da elite. São responsáveis pela temida blitzkrieg, e grande parte do sucesso inicial alemão na Segunda Guerra Mundial. Destas, as SS são conhecidas como as mais fanáticas, compostas por soldados considerados por muitos como brutais. Estas unidades blindadas são talvez as mais importantes para o esforço alemão de impedir o avanço dos blindados dos Aliados, sendo vitais para a defesa das linhas alemãs. As 9ª e 10ª Divisões SS, assim como a 107ª Brigada, representam o grosso do poder blindado alemão na Holanda. (GUDERIAN, 1996). 4.2.2 Grupos de Combate Grupos de Combate são unidades do tamanho aproximado de divisões, improvisadas com, em sua grande maioria, soldados em treinamento ou fora de condição de luta. Em alguns casos algumas seções de elite foram anexadas. No caso dos Kampfgruppe 29 presentes na Holanda em Setembro de 1944, a configuração deles é uma média entre unidades em treinamento ou recuperação, e alguns elementos blindados anexos, em geral carros leves somados à pesados tanques. Os Grupos de Combate estacionados na Holanda, levam o nome de comandantes ou fundadores: Von Tettau, Kraftt, Henke, Chill, Walther. (LUCAS, 2014). 4.2.3 Unidades Estáticas As Unidades Estáticas são tropas de defesa para a Holanda Ocupada, que não possuem muito em termos de material ofensivo. Estão equipadas com canhões antiaéreos ou costeiros, e não muito mais. Podem servir como forças de infantaria emergencialmente, mas seu real valor está em inibir e impedir a ação da força aérea Aliada, que pode causar sérios danos às outras forças alemãs. As 711ª, 719ª e 712ª Divisões podem servir como obstáculos formidáveis para o avanço Aliado. (BADSEY, 1998). 28 Exército Alemão. 29 Grupo de Combate na nomenclatura original, em alemão.

21 4.2.4 Unidades de Infantaria Representam o grosso da resistência alemã, e apesar de a maioria estar desfalcada, são as unidades que mais dispõe de homens para enfrentar os Aliados. Têm uma tarefa tática análoga às divisões de infantaria de seus inimigos, engajar a infantaria inimiga formar linhas defensivas, assim como agir em terreno intransponível como florestas e cidades. Estão disponíveis para a defesa da Holanda as 346ª, 59ª, 245ª, 176ª, 180ª, 190ª e 363ª Divisões. (KERSHAW, 2004). 4.2.5 Unidades Fallschirmjager As tropas de solo da Luftwaffe incluem forças de segurança de pistas de pouso e paraquedistas e, portanto, têm treinamento especializado e são unidades de infantaria muito capazes. Apesar de, no cenário da Operação Market Garden, não ser possível para essas unidades se transportarem por meio aéreo, ainda assim são muito eficientes em tomar ação contra o inimigo e servem como pilares da defesa alemã contra os Aliados. A Divisão Erdmann e o 1º Exército de Paraquedistas formam uma tropa improvisada, mas altamente eficiente, para auxiliar na defesa alemã. (RYAN, 1974). 5 QUESTÕES RELEVANTES NAS DISCUSSÕES As questões relevantes para as discussões da simulação servem para apontar aos delegados quais seriam os pontos mais importantes a se ter em mente dentro do ambiente do comitê. Estas também servem para ajudá-los a se prepararem para a tomada de decisões militares. Quais são as melhores zonas de pouso para tropas paraquedistas? Qual o melhor momento para integrar as ações de unidades blindadas e de infantaria? O controle das cidades ao redor é necessário para se garantir o controle das pontes? Manobras que separem unidades de seus aliados são arriscadas demais? Qual é o momento em que se deve recuar? Qual é o momento em que se deve atacar? Manter uma posição defensiva vantajosa é melhor do que ir de encontro ao inimigo? Como é possível se proteger a retaguarda e os flancos de uma investida inimiga?

22 A utilização do terreno, principalmente o terreno difícil como florestas e pântanos, serve melhor à qual unidade? Como podem as unidades aéreas coordenar suas ações para apoiar as forças de solo? Como podem forças de solo, com pouquíssimo suporte aéreo, se proteger da força aérea inimiga? O emprego de forças blindadas dentro de um ambiente urbano traz mais vantagens ou desvantagens? É necessária grande mobilidade em determinado momento, vale a pena abandonar armamento mais pesado para que se possa locomover mais livremente? Quando se deve tentar flanquear uma posição inimiga, e quais são os riscos dessa ação? É possível que a infantaria, sozinha, derrote tropas blindadas se utilizando de terreno e táticas favoráveis?

23 Referências ALTMAN, Max. Hoje na História: 1944: Paris é libertada dos nazistas na Segunda Guerra. São Paulo: Opera Mundi, 2010. Disponível em: <http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/5925/conteudo+opera.shtml>. Acesso em: 18 abr. 2016. ALVES, David. A Batalha da Normandia. [S.l]: O Dia D, 2009. Disponível em: <http://batalhanormandia.no.sapo.pt/odiad.html>. Acesso em: 19 abr. 2016. BADSEY, Stephen. Arnhem 1944: Operation Market Garden. Oxford: Osprey Publishing, 1998. BARTHOLOMEW, C. Map of the Netherlands. Edinburgh: John Bartholomew & Son Ltd, 1944. Disponível em: <https://wwii-netherlands-escape-lines.com/netherlands-map-1940-45/netherlands-1944-map/>. Acesso em: 19 abr. 2016. BOSCAWEN, Robert. Armoured Guardsmen: A War Diary, June 1944-April 1945. England, Barnsley: Pen & Sword, 2001. CATE, James L.; CRAVEN, Wesley F. The Army Air Forces in World War II. United States: Men and Planes, vol. 6, 1983. CHAPPEL, M. The Guards Divisions 1914-45. Oxford: Osprey, Elite 61, 1995. GUDERIAN, H. Panzer Leader. New York: Da Capo Press, 1996. HARCLERODE, Peter. Wings of War: Airborne Warfare 1918-1945. London: Cassel Military Paperbacks, 2005, pp. 13-14. HARRIS, J.; TOASE, F. Armoured Warfare. New York: St. Martin s Press, 1990. IMPERIAL WAR MUSEUM. Arnhem Bridge September 1944. IWM Collections, IWM Photo No.: HU 2127. Disponível em: <http://www.iwm.org.uk/collections/item/object/205086965>. Acesso em: 4 abr. 2016. JACKSON, Duncan. Operation Market Garden Allied Plan. WGS 84: 4 September 2015. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/file:operationmarketgardenalliedplan.jpg>. Acesso em: 6 abr. 2016. JORDAN, David et al. Understanding Modern Warfare. New York: Cambridge University Press, 2012. JOSLEN, H. Orders of Battle, United Kingdom and Colonial Formations and Units in the Second World War, 1939 1945. London: Naval & Military Press, 2003. KERSHAW, Robert J. It Never Snows in September: The German View of Market Garden and the Battle of Arnhem. Surrey: Ian Allan Publishing, 2004. LUCAS, James. Battle Group: German Kampfgruppen Action of World War Two. Yorkshire: Pen & Sword Books Ltd, 2014.

24 MAPS OF THE WORLD. Países Baixos: Grandes Cidades. [S.l]: Compare Infobase Ltd, 2015. Disponível em: <http://pt.mapsofworld.com/netherlands/cities-map.html>. Acesso em: 21 abr. 2016. MARGIOTTA, F. Brassey s Encyclopedia of Land Forces and Warfare. Washington: Potomac Books, Association of the United States Army, Primeira Edição, 2000. MASSON, Phillippe. A II Guerra Mundial: História e Estratégias. Paris: Editions Tallandier, 2003. MEIJER, Henk. Compact geography of the Netherlands. Amsterdam: Ministry of Foreign Affairs, 1985. MIDDLEBROOK, Martin. Arnhem 1944: The Airborne Battle. Middlesex: Penguin Books, 1995. NEILLANDS, Robin. The Battle of Normandy 1944. United Kingdom: Cassell Military Paperbacks, 2002. Portal do 38º Batalhão de Infantaria. A arma de infantaria. Disponivel em: <http://www.38bi.eb.mil.br/index.php/nossa-unidade/a-arma-de-infantaria> Acesso em: 19 abr. 2016. RYAN, Cornelius. A Bridge Too Far. Nova Iorque: Simon and Schuster, 1974. SCOTT, Winfield. Infantry Tactics: Schools of the soldier and company. United States: Harvard College Library, 2008. WARREN, John C. Airborne operations in World War II, European Theater. [S.l]: Usaf Historical studies, n.97, 1956. WINDROW, Martin. Luftwaffe Airborne and Field Units. Oxford: Osprey, 2006.

25 TABELA DE REPRESENTAÇÕES A Tabela de Representações serve para orientar os delegados em relação às capacidades de suas unidades e as de seus colegas. As unidades são classificadas em termos de capacidade operacional e força tangível de combate. É importante realçar que todas as unidades, independente de função ou papel, são igualmente importantes para o sucesso do esforço de guerra de seus aliados. Legenda: Os símbolos ou, representando os lados do conflito, são utilizados para medir a força das unidades. Três símbolos servem para representar unidades muito fortes, tendo equipamento da melhor qualidade ou um grande número de homens, e serão imprescindíveis para a campanha. Dois símbolos servem para representar unidades que, enquanto são muito capazes por si só, possuem falhas como pessoal reduzido ou equipamento ultrapassado. Nota-se que não há unidades com apenas um símbolo, visto que TODAS as unidades presentes na Holanda de 1944 são muito importantes para quaisquer combates que ocorram lá. UNIDADES ALIADAS CLASSIFICAÇÃO UNIDADES DO EIXO CLASSIFICAÇÃO 1ºDivisão Aerotransportada 10ª Divisão Panzer SS 101ª Divisão Aerotransportada 9ª Divisão Panzer SS 82ª Divisão Aerotransportada 107ª Brigada Panzer 1ª Brigada Paraquedista Independente Polonesa 59ª Divisão de Infantaria

26 IX Comando de Transporte 176ª Divisão de Infantaria 11ª Divisão Blindada 180ª Divisão de Infantaria 7ª Divisão Blindada 190ª Divisão de Infantaria 4ª Brigada Blindada 245ª Divisão de Infantaria 8ª Brigada Blindada 346ª Divisão de Infantaria Divisão Blindada de Guardas 363ª Divisão Volksgrenadier 53ª Divisão de Infantaria 711ª Divisão Estática 43ª Divisão de Infantaria 712ª Divisão Estática 3ª Divisão de Infantaria 719ª Divisão de Costa 15ª Divisão de Infantaria 1º Exército de Paraquedistas

27 50ª Divisão de Infantaria Divisão Erdmann 1ª Brigada de Infantaria Belga Grupo de Combate Chill Real Brigada de Infantaria Motorizada dos Países Baixos Grupo de Combate Henke Comando de Bombardeiros Grupo de Combate Kraft Comando de Caças Grupo de Combate Von Tettau Força Aérea dos Estados Unidos Grupo de Combate Walther

28 ANEXO A - Mapa da Operação Market Garden Fonte: Liberation Trilogy, 2015