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Transcrição:

FGTS Nome: Vilma Toshie Kutomi 14/08/2013

(Fundo de Garantia por Tempo de Serviço)? Foi instituído em 1966 (Lei 5.107) e é atualmente regulado pela Lei nº 8.036/90 e pelo Decreto 99.684/90. Qual o objetivo do FGTS? Foi criado para proteger o empregado no caso de uma demissão sem justa causa: é uma reserva de dinheiro do empregado. A utilização do Fundo também pode ser feita para outras situações: doença grave, aquisição de casa própria, etc. Quem tem direito? Todos os empregados regidos pela CLT, temporários, avulsos, safreiros e atletas profissionais e agora as domésticas. Diretor não empregado também pode ter direito, desde que haja opção. 2

É obrigatório o pagamento do FGTS? Sim, é obrigatório para aqueles trabalhadores a quem a lei confere o direito. Quem deve pagar o FGTS? O empregador, fazendo o depósito mensal de 8% da remuneração do empregado, na conta de FGTS do empregado: Art. 15. Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da CLT e a gratificação de Natal a que se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965. 3

Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador. 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinqüenta por cento) do salário percebido pelo empregado. 3º - Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas, a qualquer título, e destinada a distribuição aos empregados. Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. 1º Os valores atribuídos às prestações "in natura" deverão ser justos e razoáveis, não podendo exceder, em cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do saláriomínimo (arts. 81 e 82). 4

2 o Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: I vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; II educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; III transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; IV assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; 5

V seguros de vida e de acidentes pessoais; VI previdência privada; VII (vetado); VIII - o valor correspondente ao vale-cultura. 3º - A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos fins a que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do salário-contratual. 4º - Tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário-utilidade a ela correspondente será obtido mediante a divisão do justo valor da habitação pelo número de co-habitantes, vedada, em qualquer hipótese, a utilização da mesma unidade residencial por mais de uma família. 6

Súmulas do TST que tratam do FGTS: Súmula nº 63 do TST Fundo de Garantia. (Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003) A contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço incide sobre a remuneração mensal devida ao empregado, inclusive horas extras e adicionais eventuais. Súmula 362 Contrato de Trabalho - Prazo Prescricional - Reclamação - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. (Res. 90/1999, DJ 03.09.1999 e nova redação Res. 121/2003, DJ 21.11.2003). É trintenária a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento da contribuição para o FGTS, observado o prazo de 2 (dois) anos após o término do contrato de trabalho. Orientação Jurisprudencial 232 SDI1 TST FGTS. Incidência. Empregado transferido para o exterior remuneração (inserida em 20.06.11). O FGTS incide sobre todas as parcelas de natureza salarial pagas ao empregado em virtude de prestação de serviços ao exterior. 7

Aspectos Trabalhistas - Transferência de Brasileiros para o Exterior - Lei nº 7.064/82 Art. 3º - A empresa responsável pelo contrato de trabalho do empregado transferido dever lhe assegurar: I os direitos previstos nesta Lei; II a aplicação da legislação brasileira de proteção ao trabalho, naquilo que não for incompatível com o disposto na própria lei, quando mais favorável do que a legislação territorial, no conjunto de normas e em relação a cada matéria. Parágrafo único. Respeitadas as disposições especiais desta Lei, aplicar-se-á a legislação brasileira sobre Previdência Social, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço FGTS e Programa de Integração Social PIS/PASEP. Grupo econômico unicidade contratual. Grupo econômico: relação coordenada (elo) entre as empresas envolvidas, independente de controle ou gestão. Conclusão: reconhecida a existência de grupo econômico e a unicidade contratual = FGTS da remuneração e ou benefícios de natureza salarial percebidas ou pagas por empresa do exterior. 8

Consequências: 1- Ação trabalhista 2- Autuação do Ministério do Trabalho e Emprego (Leis nos 8.036, de 11/05/90, e 8.844, de 02/01/94, das Medidas Provisórias n os 1.795, de 1º/01/99 e 1.799, de 18/01/99 e da Instrução Normativa nº 25/2001 do Ministério do Trabalho e Emprego). IN 25/2001 art. 12: Da Identificação da Base de Cálculo Art. 12 Para fins do disposto no art. 8º, consideram-se remuneração, as seguintes parcelas, sem prejuízo de outras, onde seja identificado caráter de contraprestação do trabalho: I - salário-base, inclusive as prestações in natura; II - horas extras; III - adicionais de insalubridade, periculosidade e do trabalho noturno; IV - adicional por tempo de serviço; V - adicional por transferência de localidade de trabalho; 9

VI - salário-família, no que exceder o valor legal obrigatório; VII - gratificação de férias, de qualquer valor, até 30 de abril de 1977; VIII - abono ou gratificação de férias, desde que excedente a vinte dias do salário, concedido em virtude de cláusula contratual, de regulamento da empresa, ou de convenção ou acordo coletivo; IX - valor de um terço constitucional das férias; X - comissões; XI - diárias para viagem, pelo seu valor global, quando excederem a cinqüenta por cento da remuneração do empregado, desde que não haja prestação de contas do montante gasto; XII - etapas, no caso dos marítimos; XIII - gorjetas; XIV - gratificação de natal, seu valor proporcional e sua parcela incidente sobre o aviso-prévio indenizado; inclusive na extinção de contrato a prazo certo e de safra, e gratificação periódica contratual, pelo seu duodécimo; XV - gratificações ajustadas, expressas ou tácitas, tais como de produtividade, de balanço, de função ou por exercício de cargo de confiança; 10

XVI - retiradas de diretores não empregados, quando haja deliberação da empresa, garantindo-lhes os direitos decorrentes do contrato de trabalho; XVII - licença-prêmio; XVIII - repouso semanal e feriados civis e religiosos; XIX - aviso prévio, trabalhado ou indenizado; e XX - quebra de caixa. Parágrafo único. As contribuições mencionadas no art. 8º incidirão também sobre: I - o valor contratual mensal da remuneração, inclusive sobre a parte variável, calculada segundo os critérios previstos na CLT e na legislação esparsa, atualizada sempre que ocorrer aumento geral na empresa ou para a categoria a que pertencer o trabalhador afastado na forma do art. 9º; II - o valor da remuneração que o trabalhador licenciado para desempenho de mandato sindical com remuneração paga pela entidade de classe perceberia caso não licenciado, inclusive com as variações salariais ocorridas durante o licenciamento, obrigatoriamente informadas pelo empregador à entidade de classe. III - o salário contratual e o adicional de transferência devido ao trabalhador contratado no Brasil e transferido para prestar serviço no exterior; e IV - a nova remuneração percebida pelo trabalhador que passar a exercer cargo de diretoria, gerência ou outro cargo de confiança imediata do empregador, salvo se a do cargo efetivo for maior. 11

Recolhimento do FGTS do passado: O recolhimento retrospectivo do FGTS acarreta a incidência de multa, mesmo que se trate de denúncia espontânea do débito. FGTS + correção monetária de acordo com a TR e juros de mora de 0,5 % ao mês + multa variável entre 5% (no mês do vencimento da obrigação) a 10% (a partir do mês seguinte ao do vencimento da obrigação). Lei nº 8.036/90 Art. 22 - O empregador que não realizar os depósitos previstos nesta Lei, no prazo fixado no art. 15, responderá pela incidência da Taxa Referencial TR sobre a importância correspondente. 1 o - Sobre o valor dos depósitos, acrescido da TR, incidirão, ainda, juros de mora de 0,5% a.m. (cinco décimos por cento ao mês) ou fração e multa, sujeitando-se, também, às obrigações e sanções previstas no Decreto-Lei n o 368, de 19 de dezembro de 1968. 2 o - A incidência da TR de que trata o caput deste artigo será cobrada por dia de atraso, tomando-se por base o índice de atualização das contas vinculadas do FGTS. 3 o -A - A multa referida no 1 o deste artigo será cobrada nas condições que se seguem: I 5% (cinco por cento) no mês de vencimento da obrigação; II 10% (dez por cento) a partir do mês seguinte ao do vencimento da obrigação. 3 o - Para efeito de levantamento de débito para com o FGTS, o percentual de 8% (oito por cento) incidirá sobre o valor acrescido da TR até a data da respectiva operação. 12

Decisões da Justiça do Trabalho: FGTS. EMPREGADO TRANSFERIDO PARA O EXTERIOR. A jurisprudência desta egrégia Corte tem-se orientado no sentido de ser devido o recolhimento do FGTS sobre a totalidade da remuneração do empregado, inclusive sobre a parcela percebida no exterior. (...). (TST, 5ª Turma. RR n. 369220/97. Decisão proferida em 22 11 2000 e publicada no DJ em 07-12-2000, pg 841. Relator:Juiz convocado Guedes de Amorim) APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA. EMPREGADO QUE TRABALHAVA PARA A RECLAMADA NO BRASIL E FOI TRANSFERIDO PARA A INGLATERRA. DIFERENÇAS DE DEPÓSITOS PARA O FGTS. SALÁRIO RECEBIDO NO EXTERIOR. ARTIGO 3º, II, DA LEI Nº 7.064 /1982. CANCELAMENTO DA SÚMULA Nº 207 DO TST. O Tribunal a quo decidiu pela aplicação da lei inglesa, por entender que ela era mais favorável ao trabalhador, pois esse passou a receber cinco vezes mais quando foi trabalhar no exterior. No entanto, esse fato significa apenas que a legislação inglesa, em relação ao valor do salário, era mais benéfica ao reclamante. Questão diversa ocorre quanto ao direito do empregado ao depósito da importância correspondente a 8% de sua remuneração a ser feita pelo empregador em conta vinculada do empregado no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, previsto na legislação brasileira. Segundo estabelece o artigo 3º, inciso II, da Lei nº 7.064 /1982, considera-se mais benéfica a lei - no conjunto de normas e em relação a cada matéria -. Remuneração mensal, no entanto, é matéria diversa de depósitos para o FGTS na conta vinculada do empregado, não se podendo compará-las para se concluir qual legislação seria a mais benéfica. Por outro lado, a jurisprudência desta Corte adota o entendimento de que, se o reclamante já prestava serviços à reclamada no Brasil antes de ter sido transferido para o exterior, não se aplica a lei do local da prestação de serviços, mas a legislação pátria, mormente quando mais favorável ao trabalhador. Além disso, o parágrafo único do inciso II do artigo 3 da Lei nº 7.064 /1982 estabelece a aplicação da legislação brasileira em relação ao FGTS. Portanto, em se tratando de pedido de depósitos para o FGTS, não se fazia necessária a discussão da norma mais benéfica, pois, independentemente desse critério, seria aplicada a lei pátria. Assim, sobre o valor cinco vezes maior recebido pelo reclamante no exterior deveriam incidir os depósitos para o FGTS, como estabelece a Orientação Jurisprudencial nº 232 da SBDI-1. Recurso de revista conhecido e provido. (decisão de 2013). 13

Estrangeiros que vêm trabalhar no Brasil e recebem valores e benefícios que tenham natureza salarial pagos no exterior: Artigo 5º. da CF: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:(...) Art. 6º - da CF: São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. Art. 7º - da CF: São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: III - fundo de garantia do tempo de serviço; 14

Em qual situação poderia não existir a aplicação do FGTS no valor pago no exterior ao estrangeiro? (i) quando comprovadamente houver a prova da prestação de serviços para a empresa estrangeira e no exterior em razão de função específica. Exemplo: diretor estatutário da empresa estrangeira; e (ii) as atividades exercidas não forem as mesmas daquelas desempenhadas no Brasil para a empresa brasileira. Ainda assim, existiriam riscos para a empresa brasileira? Sim, nada impediria uma decisão no sentido da prevalência da legislação trabalhista brasileira. 15