Tolerância: art. 58, 1º da CLT.
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- Amadeu Macedo Castanho
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1 AULA 11: Tolerância: art. 58, 1º da CLT. Art. 58 da CLT 1º - Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Legalmente, o limite de tolerância para supostos atrasos ou trabalho extraordinário é de 5 minutos por cada marcação, respeitado o total de 10 minutos diários, para mais ou para menos, sem que se caracterize excesso ou redução de jornada (artigo 58, 1º da CLT). Exemplos: Horário de 08:00 08:05 07:55 08:00 08:05 entrada Saída para 12:00 12:00 12:00 12:00 11:55 almoço Retorno do 13:00 13:05 13:00 13:00 13:05 almoço Saída para casa 17:00 17:00 17:05 17:06 16:55 não tem desconto não tem hora extra 6 min de hora extra 20 min de desconto Súmula 366 do TST Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal. Horas in Itinere: art. 58, 2º da CLT. Art. 58 da CLT 2º - O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por qualquer transporte público, o empregador fornecer a condução. 1/5
2 As chamadas horas in itinere, só serão computadas na jornada se preenchidos os requisitos do art. 58, 2º acima transcrito. Quanto ao tema, o TST se posicionou através das Súmulas 90 e 320, senão vejamos: Súmula 90 do TST HORAS IN ITINERE, TEMPO DE SERVIÇO. I O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o local de trabalho de difícil acesso ou não servido por transporte público regular, e para o seu retorno, é computável na jornada de trabalho. II A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada do empregado e os do transporte público regular é circunstância que também gera o direito às horas in itinere. III A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas in itinere. IV Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução da empresa, as horas in itinere remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado pelo transporte público. V Considerando que as horas in itinere são computáveis na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é considerado como extraordinário e sobre ele deve incidir o adicional respectivo. Súmula 320 do TST O fato de o empregador cobrar, parcialmente ou não, importância pelo transporte fornecido, para local de difícil acesso ou não servido por transporte regular, não afasta o direito à percepção das horas in itinere. Turno Ininterrupto de Revezamento: art. 7º, XIV da CRFB. Dos Direitos Sociais relativos aos trabalhadores Art. 7º da CRFB São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; A jornada de trabalho máxima a ser exigida do empregado quando este estiver submetido aos chamados turnos ininterruptos de revezamento acha-se disciplinada no art. 7, XIV da Carta Política: O turno ininterrupto de revezamento se dá quando na mesma empresa, no mesmo local de serviço, os trabalhadores atuam em forma de rodízio, em diversos períodos de trabalho garantindo o funcionamento contínuo da empresa. Em diversas atividades empresariais modernas, as empresas não podem interromper suas atividades, nem no dia, nem na semana. 2/5
3 É indispensável que o empregado trabalhe nos diversos turnos para que se caracterize o revezamento. Justamente porque essa contínua variação de horário trabalho, ora à noite, ora de dia, em constante mutação, produz sérias conseqüências ao funcionamento adequado do organismo humano, é que o legislador constituinte reduziu a jornada desses trabalhadores. A jurisprudência dominante do Tribunal Superior do Trabalho entende que a interrupção do trabalho dentro do turno ou na semana não afasta a aplicação da regra constitucional. Súmula 360 do TST A interrupção do trabalho destinada a repouso ou alimentação, dentro de cada turno, ou o intervalo para repouso semanal, não descaracteriza o turno de revezamento com jornada de 6 horas previsto no art. 7º, inciso XIV da Constituição da República de Cabe ressaltar, que a regra constitucional admite flexibilização mediante negociação coletiva, conforme a Súmula 423 do TST. Súmula 423 do TST Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento não tem direito ao pagamento das 7ª e 8ª horas como extras. Portanto, podemos concluir que ocorre Revezamento quando para o mesmo empregador o empregado cumpre todos os horários de trabalho possíveis dentro de 24 horas. Reveza, periodicamente, todos os horários do dia, cada semana, ou cada mês labora em um horário diferente. Turno seria o espaço existente entre os intervalos. Portanto, se entre os turnos de trabalho não há cessação da atividade dos empregados, pois os turnos e as turmas de trabalho se sucedem ininterruptamente, há os turnos ininterruptos de revezamento. Período: Horário de Trabalho: 1º mês ou 1ª semana 0 6h15m 2º mês ou 2ª semana 6 12h15m 3º mês ou 3ª semana 12 18h15m 4º mês ou 4ª semana 18 0h15m 5º mês ou 5ª semana 0 6h15m Mesmo no caso de turnos ininterruptos de revezamento, é devido o adicional noturno sobre as horas trabalhadas dentro do período noturno legal. O art. 73 caput da CLT não mais é aplicável consoante jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Súmula 213 do STF É devido o adicional de serviço noturno, ainda que sujeito o empregado ao regime de revezamento. 3/5
4 Contrato por Trabalho por Tempo Parcial: art. 58-A da CLT. Art. 58-A da CLT - Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a vinte e cinco horas semanais. 1º - O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral. 2º - Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação coletiva. Contrato parcial (ou contrato por tempo parcial) art. 58-A CLT É considerado contrato por tempo parcial, aquele cuja quantidade de trabalho não exceda a quantidade de 25 horas semanais. A CLT não previu uma limitação diária para estes empregados, razão pela qual devemos aplicar a regra da Constituição da República Federativa do Brasil art. 7º, XIII. - 8 horas diárias; máximo de 25 horas semanais. O salário do empregado neste tipo de ajuste é pago de forma proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral, respeitado, sempre, o salário mínimo horário. Os empregados contratados sob este regime estão proibidos de prestar horas extras art. 59, 4º da CLT. As férias dos empregados contratados por tempo parcial obedecerão a proporção estabelecida no art. 130-A da CLT. - Artigo 130-A CLT (férias) + de 22 até 25 horas dias + de 20 até 22 horas dias + de 15 até 20 horas dias + de 10 até 15 horas dias + de 5 até 10 horas dias < ou = 5 horas dias - Se o empregado faltar mais de 7 (sete) dias injustificadamente (8, 9, etc.), terá suas férias reduzidas pela metade. Não se pode diminuir as férias pelo número de faltas (art. 130-A, 1º, CLT). - Os empregados parciais não podem vender as férias (art. 143, 3º, CLT). 4/5
5 Jornadas Especiais : arts. 224 a 351 da CLT. Existem casos em que a lei estipulou jornada especial para algumas categorias ou em certas situações, abaixo transcritas. Nestas, serão consideradas extras as horas laboradas após o limite previsto na lei especial. 4 AULAS CONSECUTIVAS OU 06 INTERCALADAS:.Professores - art. 318 da CLT - para exames 8 horas. 5 HORAS.Jornalistas - art. 303 da CLT, salvo acordo escrito - até 07 horas (art. 304 da CLT). 6 HORAS.Bancários - 30 horas semanais - art. 224 da CLT;.Empregados nos serviços de Telefonia, de Telegrafia Submarina e Subfluvial, de Radiotelegrafia e Radiotelefonia OU 36 horas semanais - art. 227 da CLT;.Minas Subsolo - OU 36 horas semanais - art. 293da CLT;.Operadores Cinematográficos, sendo 5 horas consecutivas de trabalho na cabina, durante o funcionamento cinematográfico e 1 período suplementar, até o máximo de 1 hora, para limpeza, lubrificação dos aparelhos de projeção, ou revisão de filmes - art. 234 da CLT;.Turnos ininterruptos revezamento - art. 7, XIV da CRFB. 8 HORAS.Ferroviários - as primeiras quatro horas extras pagas a 50%, as demais a 75% - art. 241 da CLT;.Químicos - art. 325 e seguintes da CLT;.Equipagem e embarcados - tripulação - art. 248 da CLT. LIMITE SEMANAL ATÉ 25 HORAS - Contrato por tempo parcial - art. 58-A da CLT. 5/5
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