PORTARIA Nº. 5, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2006.

Documentos relacionados
E I P D I EM E IO I L O OG O I G A

SCIH NOTIFICAÇÃO DE DOENÇAS COMPULSÓRIAS

Nota Informativa 06/10/2015

Ministério da Saúde SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE PORTARIA CONJUNTA Nº 20, DE 25 DE MAIO DE 2005.

SEGREDO MÉDICO....Penetrando no interior das Familias, meus olhos serão cegos e minha língua calará os segredos que me forem confiados...

Fonte de Publicação: Diário Oficial da União; Poder Executivo, Brasília, DF, 1 set Seção I, p

Introdução aos modelos de transmissão de doenças infecciosas

PORTARIA Nº 1.271, DE 6 DE JUNHO DE 2014

VIGILÂNCIA EM SAÚDE. Gerência de Epidemiologia e Informação Secretaria Municipal de Saúde

Portaria nº de 03 de novembro de 2016

Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVE)

LEI Nº De: 04 de julho de A CÂMARA MUNICIPAL DE UMUARAMA, ESTADO DO PARANÁ, aprovou, e eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte Lei:

TABELA DE CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO EMPREGADO, DOMÉSTICO E AVULSO

HOSPITAL DE CLÍNICAS UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

DOENÇAS DE DECLARAÇÃO OBRIGATÓRIA

NÚCLEO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA HOSPITALAR

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA. Conceito: Forma tradicional de utilização da Epidemiologia nos serviços de saúde.

Figura I Experiência prévia em Teatro dos alunos do 1º período do Curso de Graduação em Teatro da EBA/UFMG no 1º semestre de 2009.

Atualizado em 14 de janeiro de SEPIH - Serviço de Epidemiologia Hospitalar

Quadro 1 Coberturas Vacinais do Calendário Básico de Vacinação da Criança < 1 ano de idade, ,Porto Alegre, RS.

Pagina WEB: Nesta página vocês encontrarão as atualizações semanais, boletins, portarias, manuais...

DOENÇAS DE DECLARAÇÃO OBRIGATÓRIA

ANEXO I - Lista de Doenças e Agravos de Notificação Compulsória (LDNC). 1. Acidente com exposição a material biológico relacionado ao trabalho;

Vigilância epidemiológica

DAS COORDENAÇÃO DE EIXO_TECNOLÓGICO

PLANILHAS DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA DE DOENÇAS ENTRE OS ESTADOS PARTES DO MERCOSUL

DOENÇAS DE DECLARAÇÃO OBRIGATÓRIA

RESPOSTA AOS RECURSOS

Coordenadoria de Acórdãos e Resoluções

CAPACITAÇÃO AGENTE COMUNITÁRIOS

CARTA-CIRCULAR Nº 3089

DENGUE. Boletim Epidemiológico Nº 01 De 01 janeiro a 31 de janeiro Dados recebidos até a Semana Epidemiológica 05* *Dados parciais

SECRETARIA DE RECURSOS HUMANOS PORTARIA NORMATIVA Nº 2, DE 8 DE NOVEMBRO DE 2011

PORTARIA MS Nº 1.271, DE 6 DE JUNHO DE 2014

ESTUDOS DE MORBIDADE 12/4/2012. Paul Valéry: A saúde é o estado no qual as funções necessárias se cumprem insensivelmente ou com prazer

PORTARIA No- 204, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016

SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS RESOLUÇÃO SES Nº 3244 DE 25 DE ABRIL DE 2012

Epidemiologia Hospitalar

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

DOENÇAS DE DECLARAÇÃO OBRIGATÓRIA

Vigilância Epidemiológica: Informar para conhecer

Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância Epidemiológica Centro de Informações Estratégias e Resposta em

Capítulo I Introdução e objectivo Introdução Objectivos do estudo Motivação para o estudo 2. Capítulo II Revisão da Literatura 4

RESOLUÇÃO Nº 084/2015 CONSU/IFAC.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA PORTARIAS DE 22 DE JUNHO DE 2012

Cadeia de caracteres (strings)

INTOXICAÇÃO EXÓGENA. Portaria SVS Nº 1.271/2014. CGVAM/ DSAST Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde

ANEXO I. Lista de Notificação Compulsória

PORTARIA Nº 104, DE 25 DE JANEIRO DE 2011

Surtos e epidemias: Diretrizes estaduais

MANUAL DE NORMAS TERMO DE MERCADORIA

O Colégio Militar de Curitiba, em relação ao regulamento Nº 001/13 resolve, complementar os seguintes itens :

Anexo 1 Plan de clase (10º B/F/G; Describir la vivienda)

DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIAS

RESOLUÇÃO. Gestão de Negócios; Gestão Estratégica de Pessoas, no câmpus de Itatiba, criados pela Resolução CONSEPE 21-A/2003, de 26/6/2003;

SUS SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Índice dos Boletins Epidemiológicos de Porto Alegre de 2014 a 1996

Perfil e Jornada de Trabalho da Equipe de Profissionais da Estação Juventude Local

MANUAL DE NORMAS CONTRATO DE OPÇÃO DE VENDA CONAB

LEI N.º 6.048, DE 09 DE DEZEMBRO DE 2015.

CURSO DE FISIOTERAPIA REGULAMENTO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES

Trabalho Final Atividades Integradoras IV. Aline dos Santos Novaes Martins

PORTARIA Nº 475 DE 06 DE ABRIL DE 2016

2ª feira 02/Dez/ Edição nº de Umuarama.

INSTRUÇÃO NORMATIVA SF/SUREM nº 1, de 18 de março de (DOC de 20/03/13)

Distrito Estadual de Fernando de Noronha Processo Seletivo Simplificado 2006 COMPONENTE 1

Distrito Estadual de Fernando de Noronha Processo Seletivo Simplificado 2006 COMPONENTE 1

6. DOENÇAS INFECCIOSAS

RESOLUÇÃO Nº 617 DE 27 DE NOVEMBRO DE 2015

DOU Seção I 30/09/2013 MINISTÉRIO DA SAÚDE ANSS - AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR. PORTARIA No- 1, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2016

Notícias Consolidação das Leis Federais

A DESVALORIZAÇÃO DO FEMININO NO MUNDO DO CONSUMO - APLICAÇÕES 83 EXPLORATÓRIAS ÀS MARCAS, AO MARKETING E À PUBLICIDADE

Noções de Epidemiologia

Síndromes clínicas ou condições que requerem precauções empíricas, associadas às Precauções Padrão.

Legislação - Referências

Prefeitura Municipal de Venda Nova do Imigrante

Profª.Drª.Sybelle de Souza Castro Coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do HC_UFTM

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA. Lisiane Morelia Weide Acosta Mestre em Epidemiologia/UFRGS

PROC. Nº 3832/07 PR Nº 060/07 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA EM OPERAÇÕES OU PRESTAÇÕES INTERESTADUAIS - ESTADOS SIGNATÁRIOS DE ACORDOS ATUALIZADO ATÉ 05/07/2011.

ANEXO X DADOS A SEREM INFORMADOS NAS DECLARAÇÕES DE TRÂNSITO

ANEXO II ATRIBUIÇÕES DOS INTEGRANTES DO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Aids em Pedia tria edia

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 100, DE 2015

PÉRICLES ALVES DE OLIVEIRA ANA LISS. Bom Despacho-MG

ANEXO I. Tabela I Reitoria. Nível Cargo Vagas

CARREIRA DO BANCO CENTRAL DO

Dra. Tatiana C. Lawrence PEDIATRIA, ALERGIA E IMUNOLOGIA

TERCEIRA RETIFICAÇÃO ANEXO III CONTEUDO PROGRAMÁTICO

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA

Especialidade: Infectologia

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA

Conceito de Ecoepidemiologia Prof. Claudia Witzel

MANUAL DE NORMAS OPÇÃO FLEXÍVEL SOBRE TAXA DE CÂMBIO

LEI N Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono e promulgo a. seguinte lei:

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ARAPONGAS Estado do Paraná

Abertura Oficial do Congresso 20h00 Sala A. 27/10/2015 Terça-feira Martes

ORIGENS E FORMAÇÃO DAS MISERICÓRDIAS PORTUGUESAS

Transcrição:

PORTARIA Nº. 5, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2006. Inclui doenças na relação nacional de notificação compulsória, define doenças de notificação imediata, relação dos resultados laboratoriais que devem ser notificados pelos Laboratórios de Referência Nacional ou Regional e normas para notificação de casos. O SECRETÁRIO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE, no uso das atribuições que lhe confere o Art. 36 do Decreto nº. 4.726, de 9 de junho de 2003 e, considerando o disposto no Art. 4º da Portaria nº. 2.325, de 8 de dezembro de 2003, resolve: Art. 1º Adotar a Lista Nacional de Doenças e Agravos de Notificação Compulsória, constante do Anexo I desta Portaria, incluindo-se a notificação de casos suspeitos ou confirmados de influenza humana por novo subtipo. Art. 2º A ocorrência de agravo inusitado, caracterizado como a ocorrência de casos ou óbitos de doença de origem desconhecida ou alteração no padrão epidemiológico de doença conhecida, independente de constar na Lista Nacional de Doenças e Agravos de Notificação Compulsória, deverá também ser notificada às autoridades sanitárias. Art. 3º As doenças e agravos relacionados no Anexo II desta Portaria, para todo território nacional, devem ser notificados, imediatamente, às Secretarias Estaduais de Saúde, e estas deverão informar, também de forma imediata, à Secretaria de Vigilância em Saúde - SVS/MS. Parágrafo Único: A notificação imediata deverá ser realizada por um dos seguintes meios de comunicação: I - Serviço de notificação eletrônica de emergências epidemiológicas (e-notifica), por meio de mensagem de correio eletrônico enviada ao endereço notifica@saude.gov.br ou, diretamente pelo sítio eletrônico da Secretaria de Vigilância em Saúde, no endereço www. saude. gov. br/ svs; II. - Serviço telefônico de notificação de emergências epidemiológicas, 24 horas (Disque-Notifica) por meio de ligação para o número nacional que será divulgado pela Secretaria de Vigilância em Saúde - SVS/MS, sendo este serviço destinado aos profissionais de saúde cujo Município ou Estado não possuam serviço telefônico em regime de plantão para recebimento das notificações imediatas. Art. 4º Os agravos de notificação imediata, constantes do Anexo II desta Portaria, devem ser notificados em, no máximo, 24 horas a partir do momento da suspeita inicial. Parágrafo único. A notificação imediata não substitui a necessidade de registro posterior das notificações em conformidade com o fluxo, a periodicidade e os instrumentos utilizados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN. Art. 5º Os profissionais de saúde no exercício da profissão, bem como os responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde e ensino, em conformidade com a Lei nº. 6259 de 30 de outubro de 1975, são obrigados a comunicar aos gestores do Sistema Único de Saúde - SUS a ocorrência de casos suspeitos ou confirmados das doenças relacionadas nos anexo I, II e III desta Portaria. Parágrafo único. O não cumprimento desta obrigatoriedade será comunicado aos conselhos de entidades de Classe e ao Ministério Público para que sejam tomadas as medidas cabíveis. Art. 6º Os resultados dos exames laboratoriais das doenças de notificação imediata relacionadas no Anexo III desta Portaria devem ser notificados, pelos laboratórios de referência nacional, regional e laboratórios centrais de saúde pública de cada Unidade Federada, concomitantemente às Secretarias Estaduais de Saúde, Secretarias Municipais de Saúde e a SVS/MS, conforme estabelecido no Art. 3º desta Portaria.

Art. 7º A definição de caso para cada doença relacionada no Anexo I desta Portaria, obedecerá à padronização definida pela SVS/MS. Art. 8º É vedada a exclusão de doenças e agravos componentes da Lista Nacional de Doenças de Notificação Compulsória pelos gestores municipais e estaduais do SUS. Art. 9º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. Art. 10º Fica revogada a Portaria nº. 33/SVS, de 14 de julho de 2005, publicada no DOU nº. 135, Seção 1, pág. 111, de 15 de julho de 2005. JARBAS BARBOSA DA SILVA JÚNIOR

ANEXO I Lista Nacional de Doenças e Agravos de Notificação Compulsória: I. Botulismo II. Carbúnculo ou Antraz III. Cólera IV. Coqueluche V. Dengue VI. Difteria VII. Doença de Creutzfeldt - Jacob VIII. Doenças de Chagas (casos agudos) IX. Doença Meningocócica e outras Meningites X.Esquistossomose (em área não endêmica) XI. Eventos Adversos Pós-Vacinação XII. Febre Amarela XIII. Febre do Nilo Ocidental XIV. Febre Maculosa XV. Febre Tifóide XVI. Hanseníase XVII. Hantavirose XVIII. Hepatites Virais XIX. Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana HIV em gestantes e crianças expostas ao risco de transmissão vertical XX. Influenza humana por novo subtipo (pandêmico) XXI. Leishmaniose Tegumentar Americana XXII. Leishmaniose Visceral XXIII. Leptospirose XXIV. Malária XXV. Meningite por Haemophilus influenzae XXVI. Peste XXVII. Poliomielite XXVIII. Paralisia Flácida Aguda XXIX. Raiva Humana XXX. Rubéola XXXI. Síndrome da Rubéola Congênita XXXII. Sarampo XXXIII. Sífilis Congênita XXXIV. Sífilis em gestante XXXV. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS XXXVI. Síndrome Febril Íctero-hemorrágica Aguda XXXVII. Síndrome Respiratória Aguda Grave XXXVIII. Tétano XXXIX. Tularemia XL. Tuberculose XLI. Varíola

Doenças e Agravos de notificação imediata: ANEXO II I. Caso suspeito ou confirmado de: a) Botulismo b) Carbúnculo ou Antraz c) Cólera d) Febre Amarela e) Febre do Nilo Ocidental f) Hantaviroses g) Influenza humana por novo subtipo (pandêmico) h) Peste i) Poliomielite j) Raiva Humana l) Sarampo, em indivíduo com história de viagem ao exterior nos últimos 30 (trinta) dias ou de contato, no mesmo período, com alguém que viajou ao exterior. m) Síndrome Febril Íctero-hemorrágica Aguda n) Síndrome Respiratória Aguda Grave o) Varíola p) Tularemia II. Caso confirmado de: a) Tétano Neonatal III. Surto ou agregação de casos ou de óbitos por: a) Agravos inusitados b) Difteria c) Doença de Chagas Aguda d) Doença Meningocócica e) Influenza Humana IV. Epizootias e/ou morte de animais que podem preceder a ocorrência de doenças em humanos: a) Epizootias em primatas não humanos b) Outras epizootias de importância epidemiológica

ANEXO III Resultados laboratoriais devem ser notificados de forma imediata pelos Laboratórios de Saúde Pública dos Estados (LACEN) e Laboratórios de Referência Nacional ou Regional: I. Resultado de amostra individual por: a) Botulismo b) Carbúnculo ou Antraz c) Cólera d) Febre Amarela e) Febre do Nilo Ocidental f) Hantavirose g) Influenza humana por novo subtipo (pandêmico) h) Peste i) Poliomielite j) Raiva Humana l) Sarampo m) Síndrome Respiratória Aguda Grave n) Varíola o) Tularemia II. Resultado de amostras procedentes de investigação de surtos: a) Agravos inusitados b) Doença de Chagas Aguda c) Difteria d) Doença Meningocócica e) Influenza Humana