www.drmoksha8.com.br Material destinado exclusivamente à classe médica. Para devolução ou solicitação de informações adicionais, entre em contato com: moksha8 Brasil Distribuidora e Representação de Medicamentos Ltda. CNPJ - MF: 07.591.326/0001-80. Escritório administrativo (filial): Av. Ibirapuera, 2.332 - Torre 1-13o andar - Indianópolis. CEP: 04028-002 - São Paulo - SP - Brasil. Tel.: (11)3041-9304. MP.02/2012. Produzido em: Janeiro/2012. Material de orientação para o cuidador do paciente com doença de Alzheimer Vol. I www.drmoksha8.com.br
Pacientes com Alzheimer Dr. Renato Anghinah Doutor em Neurologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Médico do Grupo de Neurologia Cognitiva do Hospital das Clínicas da FMUSP. Orientador do Programa de Pós-Graduação em Neurologia da FMUSP. CRM/SP 67.144 A queixa de memória deve ser valorizada quando houver consistente esquecimento percebido pelo próprio paciente ou familiares e/ou, principalmente, se interferir no desempenho das tarefas da rotina diária 1,2. É fundamental estar atento ao fato de existirem quadros de distúrbios de memória associados a causas clínicas gerais, como hipotireoidismo, deficiência de vitamina B12, insuficiências renal e hepática, neurossífilis, aids, hipoglicemia e anemias 3. Outro quadro que deve ser avaliado por um médico é o chamado declínio cognitivo leve (DCL), que é o estado clínico no qual o paciente idoso queixa-se de prejuízo da função cognitiva, geralmente a memória, de modo consistente e que gera incômodo a ele, porém sem impedi-lo de executar as atividades da vida diária 4. Esse quadro não é um diagnóstico inicial da doença de Alzheimer (DA), mas os cuidadores e pacientes devem ficar bem atentos, pois cerca de 24% dos indivíduos com DCL evoluem para DA ao final de dois anos de seguimento. Deve-se considerar diagnóstico clínico de DA quando o paciente apresenta prejuízo de uma ou mais funções cognitivas, incluindo a memória, levando a um declínio funcional que o impeça de exercer normalmente as atividades da vida diária 1,2,4 5. Nesta série de revistas, serão abordados casos clínicos que tentam reproduzir o dia a dia dos cuidadores diante das diferentes fases da doença (inicial ou leve, moderada e avançada). Os sintomas iniciais da DA geralmente incluem queixas de esquecimento para fatos recentes e dificuldade em reter informações novas, levando comumente o paciente a repetir inúmeras vezes o mesmo assunto. Podem ocorrer também desorientação temporal, desorientação espacial, dificuldade de cálculo e organização da vida diária 1-3. Espera-se que este primeiro número da série possa ajudar a despertar a atenção para as queixas de memória e de outras falhas cognitivas principalmente em pessoas acima de 60 anos, de maneira a estimulá-las a procurar auxílio médico e receber a orientação mais adequada para cada caso. Referências bibliográficas 1. Brucki SMD. Avaliação neuropsicológica das demências. In: Anghinah R, Luccas FJC (org.). A neurofisiologia clínica no auxílio diagnóstico das demências. São Paulo: Laboratório Biosintética; 2000. p. 23-30. 2. Brucki SMD. Perda de memória associada à idade. In: Nitrini R, Machado LR (org.). Pré-congresso Cursos. Academia Brasileira de Neurologia. 1998;2:19-25. 3. Rolak LA. Segredos em neurologia. Porto Alegre: Artes Médicas; 1995. 4. Vesna J. Early diagnosis of Alzheimers disease, focuse on quantitative EEG in relation to the genetic, biochemical and neuroimaging markers. Estocolmo: Karolinska Institute, 1999. 5. Caramelli P. Correlação anatomoclínica nas demências primárias. In: Nitrini R, Machado LR (org.). Pré-congresso Cursos. Academia Brasileira de Neurologia. 1998;21:19-27. As opiniões emitidas nesta publicação são de inteira responsabilidade do autor e não refletem, necessariamente, a opinião da Conectfarma Publicações Científicas Ltda. 2012 Conectfarma Publicações Científicas Ltda. Rua Alexandre Dumas, 1.562, cjs. 23/24, Chácara Santo Antônio 04717-004 São Paulo/SP Fone: 55 11 5181-2618 www.conectfarma.net Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial sem a autorização por escrito, dos editores. RC 2126 A/2012.
Desorientação espacial Onde fica mesmo aquele endereço? Mãe, você percebeu que o vovô anda meio esquisito? Como assim? Ontem ele me perguntou quatro vezes se você já tinha chegado do trabalho. Eu disse que você estava em casa, tomando banho. Mesmo assim, após alguns minutos, ele perguntou novamente. Falando isso, você me fez lembrar do que aconteceu outro dia quando estávamos pertinho de casa. Depois de andarmos três quadras, tive a impressão de que ele não sabia para que lado deveríamos ir. E quando eu perguntei o que estava acontecendo, ele ficou nervoso. Acalme-se, papai! Já estamos chegando. É só virar à direita!
Filho, deve ser coisa da idade. Mas mesmo assim, vamos levar o vovô ao médico! No consultório... Desorientação espacial Onde fica mesmo aquele endereço? Atenção, se você notar que uma pessoa idosa com quem você tem contato começa a ficar repetitiva, tem falhas de memória e problemas em se localizar, mesmo em locais conhecidos por ela ou próximos de casa, fique atento, pois esses podem ser alguns sinais de declínio cognitivo, que, entre outras possibilidades, pode incluir a doença de Alzheimer. Diferentemente do que muitas pessoas acham, não é normal da idade e o melhor é procurar a ajuda de um médico especialista. Os profissionais que mais comumente atuam nessa área são neurologistas, psiquiatras e geriatras. RC 2126 A/2012 Para ter acesso a este e outros conteúdos sobre a doença de Alzheimer, acesse: www.drmoksha8.com.br
Declínio na execução das Atividades Diárias Almoço de domingo... Faz alguns meses que tenho percebido que a sua comida não é mais a mesma! Acho que este arroz está sem tempero. Deixe de inventar coisas! Não há nada de errado comigo ou com a minha comida! Vocês ficam inventando coisas... Não fique assim! Mamãe, acalme-se! Tudo vai se resolver. Papai, espere um pouco e se acalme! Na semana passada, estive conversando com uma colega minha do trabalho, que disse que a mãe dela começou a apresentar os mesmos tipos de problemas da mamãe. Além disso, às vezes se esquecia de coisas que tinham ocorrido havia meia hora, mas lembrava-se com detalhes de fatos passados, até mesmo da infância.
Mas, filha, podemos ajudar a mamãe de alguma forma? Sim, papai! Minha amiga disse também que isso poderia ser algum problema mais grave e sugeriu que levássemos a mamãe ao médico. No consultório... Declínio na execução das Atividades Diárias Além da memória de curto prazo (para fatos recentes), geralmente o diagnóstico clínico da fase inicial da doença de Alzheimer é feito no momento em que o paciente começa a ter dificuldades em efetuar suas tarefas diárias, como cozinhar, realizar afazeres domésticos, gerenciar as finanças, ir ao banco, esquecer compromissos, entre outros. Aos primeiros sinais como estes, principalmente em pessoas com mais de 60 anos, é sempre recomendável ficarmos atentos e procurarmos auxílio médico. RC 2126 A/2012 Para ter acesso a este e outros conteúdos sobre a doença de Alzheimer, acesse: www.drmoksha8.com.br
MUDANÇAS COMPORTAMENTAIS Amiga, você não sabe o que a minha mãe aprontou esta semana! O que foi? Ela guardou o pacote de compras no armário, sem tirar as compras que eram de geladeira e, no dia seguinte, a moça que trabalha lá achou as coisas estragadas. Além de andar irritada e mais agitada ultimamente, ela tem esquecido as coisas. Acho que é a idade, afinal já tem 78 anos. Acho que não! O meu tio começou com uns esquecimentos desse tipo e teve o diagnóstico de doença de Alzheimer! Mas aí é que está o problema! Se for esse tal de Alzheimer, não tem nada para fazer mesmo. Então é melhor deixar como está! Não é bem assim. Segundo o médico do meu tio, existem alternativas de tratamento que podem deixá-lo relativamente estável por um período de tempo. Com o avanço da doença, ainda existem outras formas de tratamento.
Poxa, foi bom você me dizer tudo isso. Acho que eu não estava dando a atenção necessária. Vou levar a minha mãe a um médico. O médico disse que sempre que pessoas com 60 anos ou mais apresentam problemas de memória de maneira frequente, é bom dar uma checada com um especialista (neurologista, geriatra ou psiquiatra). No consultório... Tratamento da DOENÇA de Alzheimer O tratamento de pacientes com doença de Alzheimer (DA) envolve os aspectos do déficit cognitivo propriamente dito, com atuação medicamentosa, suporte psicológico aos pacientes e apoio e orientação ao(s) cuidador(es) 1,2. A medicação não evita o progresso da doença, porém ajuda muitos pacientes a terem uma melhor resposta cognitiva diante da perda gradual que vai ocorrendo no curso da doença. Referências bibliográficas 1. Folstein MF, Folstein SE, McHugh PR. Mini-mental state. A practical method for grading the cognitive state of patients for the clinician. Journal of Psychiatric Research. 1975;12:189-98. 2. Caramelli P. Correlação anatomoclínica nas demências primárias. In: Nitrini R, Machado LR (org.). Pré-congresso: cursos. Academia Brasileira de Neurologia. 1998;21:19-27. RC 2126 A/2012 Para ter acesso a este e outros conteúdos sobre a doença de Alzheimer, acesse: www.drmoksha8.com.br