CONHECIMENTO GERAL DA POPULAÇÃO MARINGAENSE PARA A PRÁTICA DE EXERCÍCIO FÍSICO (CAMINHADA E CORRIDA) NAS RUAS DA CIDADE GIACOMINE, M. A.; MARIM, M. RESUMO Está comprovado que o exercício físico é benéfico na prevenção de doenças. Em um país que se preocupa cada vez mais com a morbidade e mortalidade, se faz necessário avaliar a população quanto ao seu nível de instrução para praticar exercício físico, como caminhada e/ou corrida, nas ruas da cidade, pois são atividades muitas vezes realizadas sem supervisão profissional. Portanto, esse projeto visou estabelecer o nível de conhecimento da população Maringaense para a prática dessa atividade física. Palavras-chave: caminhada, prevenção, saúde ABSTRACT It has been proven that exercises are beneficial in preventing diseases. In a country that cares about morbidity and mortality it is necessary to evaluate the population regarding their education to practice physical exercise like walking and running on the streets of the city, because those activities are often performed without professional supervision. Therefore, this project aimed to establish the level of knowledge of Maringa s population to practice those activities. Keywords: walking, prevention, health 1. INTRODUÇÃO Nos dias atuais observamos inúmeras pesquisas e comprovações em relação ao exercício físico ser benéfico na promoção da saúde e prevenção de doenças. Tais doenças afetam vários fatores inerentes não só à saúde das pessoas como também questões importantes para as entidades governamentais, como a redução de mortalidade e morbidade da população. Portanto, em um país que se preocupa cada vez mais em promover a saúde, se faz necessário investigar e avaliar a população quanto ao seu nível de instrução e conhecimento para a prática do exercício físico, como caminhada e/ou corrida, nas ruas da cidade, pois são atividades muitas vezes realizadas de forma amadora, sem acompanhamento profissional e até erroneamente. Portanto, esse estudo objetivou averiguar o
conhecimento da população Maringaense para a prática dessas modalidades físicas, verificando principalmente se a maneira como as pessoas se exercitam corresponde ao objetivo que relatam, analisando se há pessoas que se exercitam de forma a predispor lesões e também verificando se há dúvidas em relação à caminhada e/ou corrida. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário aplicado à população nos principais locais de caminhada/corrida da cidade. Os dados foram analisados e comparados com os achados da literatura, expostos por meio de gráficos e tabelas. Sendo assim, esse estudo teve um caráter descritivo. 2. Referenciais Teóricos-Metodológicos De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), saúde é o estado de bem estar físico, psíquico e social. Sabemos que o melhor tem sido prevenir as doenças do que tratá-las depois de acometidas (SCLIAR, 2007). Segundo Caromano, et al. (2006), as doenças relacionadas ao sedentarismo são as coronariopatias, acidente vascular encefálico, diabetes, hipertensão arterial, hipercolesterolemia, osteoartrite, osteoporose, cânceres em geral, entre outras. Portanto, com os inúmeros benefícios relacionados à atividade física, é necessário estabelecer recomendações para a quantidade e qualidade apropriadas para sua execução (WHALEY; KAMINSKY, 2003). Pileggi, et al. (2010) observou pessoas se exercitando de forma à predispor lesões e consequente redução da saúde física. Através de um questionário, contendo perguntas relacionadas ao tempo em que o indivíduo realiza seu exercício, frequência semanal e há quanto tempo a pratica, qual calçado e qual tipo de roupa usa para se exercitar, perguntas sobre alimentação, hidratação, aquecimento e desaquecimento, objetivo da atividade e se há alguma dúvida ou não, foi investigado o conhecimento da população Maringaense sobre caminha e corrida. Depois de recolhida essas informações, os dados foram avaliados e comparados com os achados literários recente sobre atividade física e principalmente com as recomendações do Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM). Após a análise, os dados foram agrupados em tabelas e
gráficos de acordo com os objetivos desse estudo. A amostra desse estudo se deteve à quantidade de questionários preenchidos, sendo eles 53 no total. 3. Conclusão Tabela 1. Principal objetivo relatado pelos indivíduos para se exercitar. Manter a Saúde 10 (37,1 %) 11 (42,3 %) 21 (39,6 %) Emagrecer 4 (14,8 %) 11 (42,3 %) 15 (28,3 %) Outros 13 (48,1 %) 4 (15,3 %) 17 (32,0 %) Tabela 2. Quantidade de homens e mulheres que atingem seu objetivo de acordo com a maneira com que se exercitam. Atinge o objetivo 9 (33,3%) 11(42,3%) 20(37,7%) Atinge o objetivo e outros benefícios 10(37,1%) 8 (30,7%) 18(33,9%) Não atinge o objetivo 8 (29,6%) 7 (26,9%) 15(28,3%) Quantidade de Individuos 6 5 4 3 2 1 0 Realizam mais de 525 minutos de atividade moderada a vigorosa por semana 9,4% 14,8% 3,8% 4 1 5 Gráfico 1. Porcentagem de indivíduos que se exercitam de forma a predispor lesões de acordo com a frequência e intensidade de sua atividade.
19% Não (43) Sim (10) 81% Gráfico 2. Porcentagem da presença ou não de dúvidas sobre a atividade desempenhada pelos indivíduos. Com relação aos indivíduos que responderam ter dúvidas, foram relatadas: Estou fazendo certo para manter minha saúde?, Estou fazendo certo para emagrecer?, Por que eu caminho e não emagreço?, Algum equipamento da ATI pode prejudicar meu joelho?, Como treinar para maratona?, Por que meu colega, da mesma idade que eu, consegue correr e eu não?, Tenho Osteoartrose, por que não posso correr?, Por que tenho dores no quadril depois da atividade?, O que significa exercício Aeróbico e Anaeróbico?. 4. REFERÊNCIAS 1. BARRETO, S. M. et al. Análise da estratégia global para alimentação, atividade física e saúde, da Organização Mundial da Saúde. Epidemiologia e Serviços da Saúde, Brasília, v. 14, n. 1, p. 41-68, Jan./Mar. 2005. 2. CAROMANO, Fátima A.; IDE, Maiza R.; KERBAUY, Rachel R. Manutenção na prática de exercícios por idosos. Revista do Departamento de Psicologia - UFF, Niterói, RJ. v. 18, n. 2, p. 177-192, Dez. 2006. 3. MOREIRA, C. A. M. et al. Hidratação durante o exercício: a sede é suficiente? Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Belo Horizonte, MG. v. 12, n. 6, p. 405-409, Nov./Dez. 2006. 4. MORETTI, A. C. et al. Práticas corporais/atividade física e políticas públicas de promoção da saúde. Saúde Social, São Paulo, v. 18, n. 2, p. 346-354, Jun. 2009. 5. MUNARI, Denize. B.; LUCCHESE, Roselma; MEDEIROS, Marcelo. Reflexões sobre o uso de atividades grupais na atenção a portadores de doenças
crônicas. Revista Ciência, Cuidado e Saúde, Maringá, v. 8(suplem.): p.148-154. 2009. Disponível em: < http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/cienccuidsaude/article/view/9742/5545>. Acesso em 13 Abr. 2013. 6. RECH, C. R. et al. Validade e fidedignidade da escala de satisfação com a prática de atividade física em adultos. Revista Saúde Pública, São Paulo, v. 45, n. 2, p. 286-293, Abr. 2011. 7. SCLIAR, Moacyr. História do Conceito de Saúde. PHYSIS: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, n.1, p. 29-41. 2007. 8. SEIXAS, A. M. et al. Padrão da prescrição de atividade física realizada por médicos ortopedistas brasileiros. Revista Brasileira Ciência e Movimento. Brasília, v. 11, n. 2, p. 63-69, Jun. 2003. 9. VOIGT L. et al. Efeito de uma e três repetições de 10 segundos de insistência do método estático para o aumento da flexibilidade em homens adultos jovens. Acta Scientiarum. Health Sciences, Maringá, v. 33, n. 1, p. 59-64, 2011. 10. ALVAREZ, Fernanda G. G.; REIS, José C. F.; ENNES, Maurício G. Avaliação da prática de atividade aeróbia e nível de conhecimento dos seus Praticantes. Revista de Educação Física, Rio de Janeiro, n. 140, p.13-19, mar. 2008. 11. HAMILL, Joseph; CALDWELL, Graham E. Carga mecânica imposta ao corpo. In: ROITMAN, J. L. Manual de pesquisa das diretrizes do ACSM para testes de esforço e sua prescrição. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. Cap. 11, p. 109-113. 12. WHALEY, Mitchell. H.; KAMINSKY, Leonard. A. Epidemiologia da atividade física, aptidão física e de doenças crônicas selecionadas. In: ROITMAN, J. L. Manual de pesquisa das diretrizes do ACSM para testes de esforço e sua prescrição. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. Cap. 2, p. 17-32.