ABORTO: STF É PALCO DA BATALHA DEFINITIVA PELA DESCRIMINALIZAÇÃO

Documentos relacionados
VOTO EM SEPARADO. AUTORIA: Senador RANDOLFE RODRIGUES I RELATÓRIO

02/12/2015 PLENÁRIO : MINISTRO PRESIDENTE EDUCAÇÃO - FNDE

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 33, DE 2011

: MIN. MARCO AURÉLIO DECISÃO

Supremo Tribunal Federal

O BENEFÍCIO DA PRESTAÇÃO CONTINUADA FRENTE À CONVENÇÃO SOBRE DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA. Maria Aparecida Gugel 1

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

O presente artigo tem como objetivo oferecer algumas impressões acerca de ambas as questões supracitadas.

Previdência: as vantagens da desaposentação

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. - ELETROBRÁS CONCORRÊNCIA DAA Nº 4/2007 ANEXO III

01/09/2009. Entrevista do Presidente da República

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA Nº 2702/ PGGB

CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS HUMANAS: NASCITURO OU APENAS UMA CÉLULA?

Supremo Tribunal Federal

: MIN. JOAQUIM BARBOSA

CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

Processo de planejamento participativo do Plano Diretor Aspectos metodológicos

18/10/2011 Segunda Turma. : Min. Joaquim Barbosa

Tratamento e Análise de Dados e Informações (TADI)

MENOS CUSTOS = MAIS FORMALIDADE E MENOS DEMISSÕES NO EMPREGO DOMÉSTICO BRASILEIRO.

ESTADO DA PARAíBA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA ínete DO DEPUTADO NABOR WANDERLEY" A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA PARAíBA DECRETA:

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO. PROJETO DE LEI N o 2.079, DE 2003

Guerra Fiscal Impactos da Resolução do Senado Federal 13 / Março de 2013

I ENCONTRO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NOS CURSOS DE LICENCIATURA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA: EM BUSCA DA IDENTIDADE PROFISSIONAL DO PEDAGOGO

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N o 1.380, DE 2009 I - RELATÓRIO

Pena de Morte: Devemos ou não defendê-la?

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE -NDE. Procedimentos para o Trabalho de Conclusão de Curso

- PARA CRIMES CUJA PENA MÁXIMA SEJA IGUAL OU SUPERIOR A QUATRO ANOS: PROCEDIMENTO ORDINÁRIO;

Declaração Universal dos Direitos Humanos

(Apensos os PL 5.864/2009; PL 3633/2012; PL 4027/2012; e PL 4660/2012)

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

Células-Tronco Embrionárias: Relevância Jurídica e Bioética na Pesquisa Científica

REQUERIMENTO (Do Sr. Dr. UBIALI)

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

: MIN. DIAS TOFFOLI :DUILIO BERTTI JUNIOR

BREVE ANÁLISE SOBRE O SISTEMA DE COTAS PARA NEGROS NAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS DO BRASIL E SUA INCONSTITUCIONALIDADE

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DÉCIMA NONA CÂMARA CÍVEL

02/06/2015 SEGUNDA TURMA : MIN. GILMAR MENDES

Supremo Tribunal Federal

A Orientação Educacional no novo milênio

09/09/2014 PRIMEIRA TURMA : MIN. ROBERTO BARROSO

TRATADO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E O REINO DE ESPANHA PARA A REPRESSÃO DO TRÁFICO ILÍCITO DE DROGA NO MAR.

O Papel do Gerente/Administrador Financeiro das Empresas

Superior Tribunal de Justiça

Supremo Tribunal Federal

Explicando o Bolsa Família para Ney Matogrosso

I mprobidade Administrativa

PROJETO DE LEI Nº, DE 2016

UM JOGO BINOMIAL 1. INTRODUÇÃO

PROJETO DE LEI Nº 7.412, DE 2010 COMPLEMENTAÇÃO DE VOTO

UM TRISTE E LAMENTÁVEL EXEMPLO DA ADVOCACIA DE GOVERNO QUE ENTRAVA A ADVOCACIA PÚBLICA

PONTO DOS CONCURSOS CURSO DE DIREITO ELEITORAL TRE/AP 4º Simulado de Direito Eleitoral p/ TRE-AMAPÁ! PROFESSOR: RICARDO GOMES AVISOS:

PROTEÇÃO DE MARCAS INDEPENDENTEMENTE DE REGISTRO NO BRASIL. Fábio Ferraz de Arruda Leme**

Supremo Tribunal Federal

ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GABINETE DESEMBARGADOR WASHINGTON LUIS BEZERRA DE ARAUJO

CIBERESPAÇO E O ENSINO: ANÁLISE DAS REDES SOCIAIS NO ENSINO FUNDAMENTAL II NA ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR VIANA

Sumário CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE PREÂMBULO TÍTULO III Da Organização do Estado... 39

PARECER Nº, DE Relator ad hoc: Senador WALTER PINHEIRO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE EDUCAÇÃO. Elaborado por Gildenir Carolino Santos Grupo de Pesquisa LANTEC

Entendendo a importância deste meio de comunicação na escola de informática que ministram cursos e oficinas sob medida. Promover a inclusão digital

PARECER Nº, DE RELATORA: Senadora ADA MELLO I RELATÓRIO

ESTADO DO PARÁ MINISTÉRIO PÚBLICO CONCURSO DE INGRESSO PARA CARGOS EFETIVOS NO MINISTÉRIO PÚBLICO EDITAL N.º 002/2012-MPE-PA

Universidade Federal de Pernambuco Mestrado em Ciência da Computação

Supremo Tribunal Federal

André Urani

Direitos políticos. Conceitos fundamentais. Direitos políticos positivos. Direitos políticos positivos e direitos políticos negativos.

PROCURADORIA-GERAL FEDERAL PROCURADORIA FEDERAL JUNTO À PREVIC PALESTRA: Allan Luiz Oliveira Barros.

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 394, DE 2014

PROJETO DE LEI Nº 2.282, DE 2011.

EDITAL Nº 18/ * 01* OBS: O professor ao se inscrever deverá ter disponibilidade nos turnos indicados.

PARECER Nº, DE RELATOR: Senador RAIMUNDO COLOMBO

Consulta à Sociedade: Minuta de Resolução Complementar sobre Acreditação de Comitês de Ética em Pesquisa do Sistema CEP/CONEP

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL RIO GRANDE DO SUL Coordenadoria de Taquigrafia e Acórdãos

JUSTIÇA ELEITORAL TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO GRANDE DO SUL

NORMA DE ELABORAÇÃO DE INSTRUMENTOS NORMATIVOS - NOR 101

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União

Sessão de 02 de fevereiro de 2016 RECURSO Nº ACÓRDÃO Nº REDATOR CONSELHEIRO PAULO EDUARDO DE NAZARETH MESQUITA

Vestibular UFMG 2016 FORMAÇÃO INTERCULTURAL PARA EDUCADORES INDÍGENAS. cursos com habilidades específicas UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

GRUPO DE REGULAMENTAÇÃO DOS PLANOS DE SAÚDE. 1. Revisão do Manual de Regulamentação dos Planos de Saúde.

Probabilidade. Luiz Carlos Terra

MACROPROCESSO ADMINISTRATIVO PROCESSO MANUSEIO E APOIO LOGÍSTICO

PLANOS DE SAÚDE DOUTRINA, JURISPRUDÊNCIA E LEGISLAÇÃO

MODELO SUGERIDO PARA PROJETO DE PESQUISA

ActivALEA. ative e atualize a sua literacia

Sumário. CEAD - FACEL Manual do Aluno, 02

Superior Tribunal de Justiça

Excelentíssimo Senhor Procurador Geral da República, Doutor Rodrigo Janot Monteiro de Barros.

Prefácio 17 Explicação necessária 19

ainda mais graves pelo fato de que /jdjôgfama quelíawa sido entregue pelo mesmo

Seminário Municipalista sobre Descentralização e Gestão Local

7D[D GH $GHVmR DR 6LVWHPD GH 7HOHIRQLD &HOXODU H R,PSRVWR VREUH &RPXQLFDomR

Distribuição Normal de Probabilidade

O que é uma rede social virtual?

Discurso. (Em Defesa da Autonomia)

REQUERIMENTO AJUIZAMENTO DE AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE.

DIREITOS POLITICOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS

Transcrição:

ABORTO: STF É PALCO DA BATALHA DEFINITIVA PELA DESCRIMINALIZAÇÃO Juliana Gonçalves, Helena Borges 4 de Abril de 2017, 5h24 AFP/Getty Images Criminalizar o aborto é inconstitucional? Esse é o questionamento da ação protocolada pelo PSOL no Supremo Tribunal Federal (STF) https://theintercept.com/2017/04/04/aborto stf e palco da batalha definitiva pela descriminalizacao/ 1/10

em março, em caráter liminar, configurando alta urgência. Relatora da peça, a ministra Rosa Weber pressionou, dando cinco dias de prazo como manda a Lei 9882, que delimita os ritos de julgamento nesse tipo de ação e é hora de os poderes Executivo e Legislativo se manifestarem sobre o direito de mulheres interromperem uma gestação. O cenário é de embate entre as forças progressistas e conservadoras em Brasília. A vida do nascituro deve prevalecer sobre os desejos das gestantes, foi o que decidiu Michel Temer, segundo uma nota do jornal O Estado de S.Paulo. As respostas do Planalto e do Congresso servirão de base para a posição que o STF tomará sobre o assunto, em uma decisão histórica. Além de Temer, a Câmara dos Deputados e o Senado também darão suas respostas, logo depois serão requisitadas a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), que também terão mais cinco dias para responder. Apenas com as respostas de todos, a palavra final, ainda sem data marcada, virá da ministra Rosa Weber, relatora do caso, e de seus colegas em votação no tribunal. https://theintercept.com/2017/04/04/aborto stf e palco da batalha definitiva pela descriminalizacao/ 2/10

Sempre visto sob perspectiva moral e religiosa, o debate sobre a descriminalização da interrupção da gravidez chega ao Supremo Tribunal Federal por meio de uma ação que questiona a constitucionalidade dos artigos 124 e 126 do Código Penal. Datado de 1940, o código determina até três anos de prisão para a mulher que realiza o procedimento. Dependendo da interpretação dada aos artigos, pode-se crer que eles vão contra os direitos individuais garantidos pela Constituição. A ação, assinada por advogadas do PSOL e do instituto Anis uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), é um xeque das instituições que lutam pelo direito de mulher escolher interromper uma gravidez. No Brasil, apenas 13% da população acredita que o aborto trata de uma questão de direito de escolha da mulher, segundo a pesquisa Aborto do Instituto Ipsos. A média mundial é de 46% das pessoas entenderem o aborto como decisão da mulher. https://theintercept.com/2017/04/04/aborto stf e palco da batalha definitiva pela descriminalizacao/ 3/10

Debate amadurecido A advogada do PSOL Luciana Boiteux assina a peça ao lado de suas colegas Luciana Genro, também do PSOL, Gabriela Rondon e Sinara Gumieri, da Anis. Ela falou ao The Intercept Brasil por telefone, explicando o que levou a abertura da ação: Avaliamos que, como em várias outras cortes do mundo, era o momento de provocar o Supremo em uma ação mais ampla. Trata-se de uma pauta histórica do feminismo e avaliamos que o tema já estava amadurecido na Corte, vem sendo debatido desde a questão da célula tronco. Foi algo construído. Era algo que já estava acontecendo e, depois da ação do fim do ano passado, ganhamos mais força para o debate no STF. https://theintercept.com/2017/04/04/aborto stf e palco da batalha definitiva pela descriminalizacao/ 4/10

Em novembro de 2016, a Primeira Turma da Corte revogou a prisão de cinco médicos, pacientes e funcionários de uma clínica clandestina do Rio de Janeiro. Em seus votos, dois dos cinco ministros que compõem a turma Luiz Fux e Marco Aurélio aprovaram o habeas corpus apenas para aquele caso específico, preferindo não entrar em detalhe sobre a legalização do aborto nos três primeiros meses de gestação. Já os ministros Roberto Barroso, Rosa Weber e Edson Fachin falaram abertamente sobre a necessidade de se debater a inconstitucionalidade dos artigos do Código Penal. Para Rodrigo Costa, professor de Direito Penal na Universidade Federal Fluminense (UFF), a pauta serve para mostrar que o Judiciário está à frente do Legislativo em termos de liberdades individuais: No voto do ministro Barroso vimos que ele parece ter uma posição mais progressista sobre o assuntos. Alguns ministros anunciaram que essas criminalização fere os direitos fundamentais das mulheres. O STF tem dado algumas pistas de um entendimento progressista que no nosso Congresso Nacional parece inviável.. https://theintercept.com/2017/04/04/aborto stf e palco da batalha definitiva pela descriminalizacao/ 5/10

Em seu voto, Barroso defendeu que a criminalização do aborto até o terceiro mês de gestação é inconstitucional e afirmou que a medida é desproporcional em sentido estrito, por gerar custos sociais (problemas de saúde pública e mortes) superiores aos seus benefícios. A legalização, no entanto, não é consenso na Corte. Em 2012 e 2016, ministros se manifestaram contra. Retrocederíamos aos tempos dos antigos romanos, em que se lançavam para a morte, do alto da Rocha Tarpéia, ao arbítrio de alguns, as crianças consideradas fracas ou debilitadas, argumentou o ministro Ricardo Lewandowski em seu voto contra a interrupção terapêutica de gestações em caso de anencefalia. No Brasil, o aborto hoje só é permitido em casos de anencefalia do feto, de estupro, ou quando a gestação representa risco para a vida da mulher. https://theintercept.com/2017/04/04/aborto stf e palco da batalha definitiva pela descriminalizacao/ 6/10

Não cabe ao direito analisar questões morais e religiosas. Para o professor Costa, o aborto é pouco debatido no Brasil: Quando se vai discutir a legalização, as pessoas fogem do assunto e debatem a moral. Não cabe ao direito analisar questões morais e religiosas. O direito deve analisar em que medida a criminalização do aborto deve ocorrer. A fala do especialista remete ao voto do ministro Luiz Fux no julgamento do caso que legalizou a interrupção terapêutica de gestações de fetos anencéfalos: o aborto é uma questão de saúde pública, não é uma questão de Direito Penal. https://theintercept.com/2017/04/04/aborto stf e palco da batalha definitiva pela descriminalizacao/ 7/10

O ministro Edson Fachin usou a religião para embasar seu voto contra a criminalização, no fim de 2016: E concluo, embora seja apenas uma nota a latere, senhor presidente, para registrar que nesta semana, à página 44 da revista Carta Capital, há uma notícia da Carta Apostólica Misericordia et Misera do Papa Francisco, onde se acentuou a possibilidade de absolvição sinalizada pelo Pontífice jesuíta, que alcança mulheres e profissionais da saúde que porventura tenham alguma participação na interrupção de uma gravidez após a confissão. Tudo ou nada Diante do conservadorismo observado no Congresso atual, a estratégia do instituto Anis foi procurar o PSOL que, por ser um partido político, poderia propor a ação conjunta, levando a discussão diretamente ao STF. Outro partido político partiu da mesma premissa para fazer oposição à legalização dentro da ação: o PSC pediu para também ter palavra dentro https://theintercept.com/2017/04/04/aborto stf e palco da batalha definitiva pela descriminalizacao/ 8/10

dos trâmites. A ministra Rosa Weber ainda deve decidir se aceita ou não. O partido faz parte da bancada religiosa, ala mais conservadora do Congresso. A decisão tomada pela Corte tem o poder de mudar o jogo porque os demais juízes seguem as decisões tomadas pelo STF. Para Costa, caso se mantenha a criminalização, a primeira consequência seria política: o debate iria perder força na opinião pública. O professor explica que o Supremo até poderia rever a decisão posteriormente, mas dependeria de uma recomposição e de novo alinhamento de pensamentos políticos. Com justificativas semelhantes aos da ação levantada, outra pauta irmã corre no STF: sobre a descriminalização do aborto em casos de Zyca. A peça deveria ter sido julgada em dezembro do ano passado, mas teve o julgamento adiado sem previsão de nova data. O texto alega que a descriminalização do aborto é uma medida de proteção da saúde, inclusive mental, e do direito à autonomia reprodutiva da mulher. https://theintercept.com/2017/04/04/aborto stf e palco da batalha definitiva pela descriminalizacao/ 9/10

Já a ação protocolada pelo PSOL e pelo instituto Anis tem caráter amplo e se adequa a qualquer tipo de gestação. Para o professor Costa, a medida é uma bala de prata. Ele explica: ou resolve numa tacada só essa questão sensível e que afeta as mulheres, ou pode ajudar a perpetuar o problema. CONTEÚDO RELACIONADO Fé não deve ser posta à frente do debate, dizem religiosas sobre aborto Qual o preço que o Brasil paga pela criminalização do aborto? Você também deve conhecer uma mulher que já abortou Ação sobre zika no STF vai além do aborto https://theintercept.com/2017/04/04/aborto stf e palco da batalha definitiva pela descriminalizacao/ 10/10