SEÇÃO 2 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL/SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEORREFERENCIADAS



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Transcrição:

SEÇÃO 2 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL/SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEORREFERENCIADAS

Sumário 2. SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL/SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEORREFERENCIADAS... 1 2.1. Sistema de Gestão Integrado... 1 2.1.1. Apresentação Geral/Objetivos... 1 2.1.2. Fase de Execução... 1 2.1.3. Histórico... 1 2.1.4. Atividades Desenvolvidas... 2 2.1.5. Resultados/Etapas Cumpridas/Produtos Entregues... 12 2.2. Sistema de Informação Geográfica SIG... 12 2.2.1. Componente Imageamento... 13 2.2.2. Componente Análise de Requisitos, Modelagem e Interface SIG-WEB... 13 2.2.3. Arquitetura de Hardware e Software... 18 2.2.4. Mapeamento da Base Fundiária... 18 2.2.5. Resultados/Etapas Cumpridas/Produtos Entregues... 18 2.3. Considerações Finais... 19 2.4. Ações Subsequentes... 19 2.5. Anexos... 20

Lista de Quadros QUADRO 2. 1 - Procedimentos de Responsabilidade Direta da Diretoria de Sustentabilidade... 9 QUADRO 2.2 - Instruções Normativas da Presidência... 10 QUADRO 2.3 - Normas de Serviço da APO... 10 QUADRO 2.4 - Atividades do Sistema de Gestão Ambiental da UHE Santo Antônio... 11 Lista de Figuras FIGURA 2.1 - PDCA... 2 FIGURA 2.2 - Organograma da Macroestrutura atual da Diretoria de Sustentabilidade da Santo Antônio Energia.... 4 FIGURA 2.3 - Diagrama do fluxo de relacionamento da equipe da Diretoria de Sustentabilidade para a implantação do SGI.... 6 FIGURA 2.4 - Organograma das Coordenações dos Programas Ambientais da UHE Santo Antônio... 7 FIGURA 2.2.1 - Processo de trabalho para desenvolvimento da interface de entrada de dados da UHE Santo Antônio... 14 FIGURA 2.2.2 - Tela de entrada da interface-protótipo para consulta ao SIG via Internet (SIG-Web)... 16 Lista de Anexos ANEXO 2.1 - Procedimentos de Responsabilidade Direta da Diretoria de Sustentabilidade ANEXO 2.2 - Instruções Normativas da Presidência ANEXO 2.3 - Correspondência SAE/PVH: 427/2010 ANEXO 2.4 - Ofício IBAMA nº 040/2010 ANEXO 2.5 - Mapeamento do Cadastro Físico-Fundiário

2. SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL/SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEORREFERENCIADAS 2.1. Sistema de Gestão Integrado 2.1.1. Apresentação Geral/Objetivos O Sistema de Gestão Ambiental - SGA, integrante da Seção 2 do Projeto Básico Ambiental - PBA da Usina Hidrelétrica Santo Antônio - UHE Santo Antônio, objetiva a elaboração de uma sistemática para o gerenciamento do canteiro de obras do empreendimento. Após a emissão da LI retificada nº 540/2008, o programa passou a incorporar como objetivo o estabelecimento de diretrizes para o monitoramento contínuo dos aspectos socioambientais da área abrangida pelo empreendimento. O programa fornece os meios para o empreendedor supervisionar o desenvolvimento dos programas ambientais, de modo a serem obtidos os resultados planejados, atendendo plenamente aos requisitos legais, aos requisitos previstos nos Princípios do Equador - EP e nas condicionantes de licenças e autorizações emitidas, além dos compromissos assumidos pela Santo Antônio Energia - SAE nessas áreas. 2.1.2. Fase de Execução O SGA será executado nas Fases de Implantação, Enchimento, Comissionamento, Operação e descomissionamento do empreendimento. 2.1.3. Histórico O escopo do Sistema de Gestão Ambiental proposto pela SAE foi apresentado na versão inicial do PBA do empreendimento, protocolado junto ao IBAMA/Sede em 13 de fevereiro de 2008. Inicialmente, o SGA aplicava-se às atividades de planejamento, construção, descomissionamento e recuperação de áreas impactadas pelo canteiro de obras da UHE Santo Antônio, incluindo todas as áreas de atividade construtiva ligada ao empreendimento. A condicionante 2.7 da LI retificada nº 540/2008 solicitou a implantação de um SGA mais amplo que contemplasse todos os programas e condicionantes ambientais, contando com recursos de geoprocessamento e com um Sistema de Informações Geográficas - SIG como ferramentas para acesso integrado às informações e dados de todos os programas ambientais. Com a integração entre as unidades da SAE em São Paulo e Porto Velho, bem como para o atendimento da condicionante 2.7, o Sistema de Gestão Ambiental foi estruturado como Sistema de Gestão Integrado - SGI. As questões relacionadas ao desenvolvimento do SGI para o canteiro de obras foram abordadas no Programa Ambiental para a Construção PAC, TOMO II Seção 1 deste documento. As atividades relacionadas à implantação do SGI para o monitoramento dos aspectos socioambientais ligados ao empreendimento são apresentadas abaixo. 1

2.1.4. Atividades Desenvolvidas O Sistema de Gestão Integrado - SGI da SAE considera como referência os conceitos de Sistema de Gestão e as práticas associadas à inspeção e auditoria ambiental da Norma ISO 14001: 2004, visando a alcançar o sucesso no gerenciamento do projeto. O sistema segue a metodologia PDCA da referida norma (Figura 2.1) e adota o Ciclo de Planejamento Macro, que compreende as fases de planejamento, implementação, verificação e ação corretiva, para atingir as metas propostas, buscando sempre a melhoria contínua do processo. FIGURA 2.1 PDCA O início das atividades de implementação do SGI aconteceu em janeiro de 2009. O SGI da UHE Santo Antônio pressupõe a instituição de um método sistemático para o acompanhamento da execução dos Programas Ambientais propostos no PBA, procurando estabelecer uma interação entre os resultados obtidos a partir desses programas e a visão integral do empreendimento. O SGI está sendo executado seguindo os cinco estágios definidos na Norma ISO 14001:2004 e de acordo com a Política Ambiental definida pela SAE. Estágio 1: Definição e Comprometimento com as Políticas de Meio Ambiente e Comunidades da Santo Antônio Energia, difundindo e obtendo o envolvimento de seus funcionários e das empresas contratadas na prática e implementação da referida política. Estágio 2: Planejamento - A equipe técnica da SAE é a responsável pela gestão da implantação dos Programas Ambientais, pelo atendimento das condicionantes de licenças e autorizações expedidas por instituições estaduais e federais e pelas obrigações assumidas no âmbito do processo de licenciamento ambiental, atendendo aos requisitos da legislação e regulamentações ambientais aplicáveis, estabelecendo e avaliando alternativas e delineando as ações e medidas práticas para atingi-las. 2

Estágio 3: Implementação - A SAE, na implementação de suas obrigações na área socioambiental, utiliza este Sistema para estabelecer responsabilidades, requisitos de preparação e controles operacionais do desenvolvimento dos Programas Ambientais, bem como para documentar os procedimentos adotados, de forma a assegurar o atendimento aos objetivos e metas estabelecidas. Estágio 4: Avaliação - A SAE monitora as operações de suas equipes próprias e de suas contratadas para avaliar se os objetivos e metas pactuados estão sendo atingidos e, caso sejam detectados desvios, realiza as ações corretivas requeridas. Estágio 5: Revisão - O SGI está sendo continuamente avaliado e modificado com o objetivo de otimizar sua eficácia. A prática das revisões periódicas dos resultados possibilita o ciclo de melhoria contínua de desempenho do SGI (PDCA). Política Ambiental da Santo Antônio Energia Aprimorar continuamente os processos, atividades, serviços e resultados da implantação dos programas socioambientais, em conformidade com as condicionantes das licenças e autorizações, com os padrões legais e requisitos dos órgãos financiadores, com os desafios da sua superação e com os programas previstos no atendimento às responsabilidades e compromissos assumidos pela SAE. Agir preventivamente, mitigando impactos e riscos: - à saúde dos trabalhadores; - à segurança das pessoas, das informações e do patrimônio e - ao meio ambiente, principalmente através da prevenção da poluição, da degradação ambiental e de impactos socioeconômicos. Promover o desenvolvimento dos seus empregados, de suas contratadas e das comunidades na área de influência do empreendimento, através da educação e pelo trabalho, de forma que atuem como agentes e promotores da melhoria da qualidade de vida e das condições ambientais e sociais da região. Estabelecer canais de comunicação com a sociedade, assegurando o diálogo e a transparência no atendimento aos compromissos na área socioambiental, resultando no bom relacionamento da Santo Antônio Energia com os demais atores envolvidos, almejando a consolidação de uma imagem positiva do empreendimento. 3

2.1.4.1. Equipe Técnica A equipe técnica que compõe a Diretoria de Sustentabilidade da SAE possui larga experiência e capacitação no acompanhamento de atividades de desenvolvimento de projetos, estando alocada nos municípios de Porto Velho (RO) e São Paulo (SP) (Figura 2.2). FIGURA 2.2 - ORGANOGRAMA DA MACROESTRUTURA ATUAL DA DIRETORIA DE SUSTENTABILIDADE DA SAE. MACRO-ESTRUTURA Dir. Sustentabilidade Analista de Logística Equipe de Apoio Assessoria de Controle de Contratos Gerência Sustentabilidade Coordenação Socioeconomia/PAC Equipe Técnica Coordenação Meio Físico Equipe Técnica Diretoria de Sustentabilidade Coordenação Meio Biótico Coordenação Saúde Pública Equipe Técnica Equipe Técnica Coordenação Comunicação Social Equipe Técnica Secretaria Coordenação de Reassentamento Equipe Técnica Gerência Fundiário Coordenação de Remanejamento Equipe Técnica Equipe de Cartografia Porto Velho São Paulo Assessoria Técnica Coordenação de Planejamento/Auditoria Coordenação de Planejamento Equipe Técnica Equipe Técnica 0 Dentro da Diretoria de Sustentabilidade, a Gerência de Sustentabilidade é responsável pela implementação do SGI da UHE Santo Antônio. As coordenações e equipes associadas têm as seguintes funções: planejar as Contratações e o desenvolvimento dos trabalhos; realizar todas as atividades do processo de tomada de preços para contratação de fornecedores; monitorar e controlar a qualidade da execução e dos produtos gerados pelos Programas Ambientais contratados; 4

prestar apoio na preparação de documentos e relatórios de apoio e na preparação de esclarecimentos na tramitação do processo de licenciamento ou obtenção de autorizações ambientais junto ao IBAMA e/ou Agências Ambientais Estaduais; emitir relatórios periódicos, mensais e trimestrais para nivelamento do Órgão Licenciador, das instituições financiadoras e outros órgãos intervenientes no processo de acompanhamento da implantação dos programas ambientais; gerenciar a elaboração de memoriais descritivos e processos de instrução para fins de obtenção de Resolução de Utilidade Pública para desapropriação de áreas destinadas a canteiro de obras, formação de reservatório, formação de APP e instituição de faixa de servidão do sistema de transmissão associado; gerenciar a elaboração de pesquisa de preços, laudos de avaliação e processos de aquisição/indenização de imóveis, regularização jurídico-patrimonial e concessão de benefícios para as famílias afetadas; gerenciar a elaboração de projetos de desmatamento, reposição florestal, uso do entorno, reaparelhamento dos serviços de educação, saúde e segurança, e de aplicação de verba de compensação ambiental conforme determinação do órgão licenciador; gerenciar a contratação e a elaboração dos estudos ambientais necessários ao processo de licenciamento ambiental do sistema de transmissão associado; gerenciar os processos de formalização de convênios e obtenção de autorizações e permissões, quando necessárias, junto às prefeituras municipais, Ministério dos Transportes, Marinha, IPHAN e outros agentes licenciadores e de fiscalização; avaliar o progresso dos trabalhos e atualizar os cronogramas físicos, confrontando os avanços realizados com os previstos; atualizar os controles financeiros, confrontando os avanços realizados com os previstos; emitir relatórios e fichas de medição para liberação de pagamentos aos fornecedores e prestadores de serviço. O fluxo de relacionamento da SAE para a implantação do Sistema de Gestão e a responsabilidade pela implantação de cada programa definido no PBA são apresentados na Figura 2.3 e na Figura 2.4. 5

FIGURA 2.3 - DIAGRAMA DO FLUXO DE RELACIONAMENTO DA EQUIPE DA DIRETORIA DE SUSTENTABILIDADE PARA A IMPLANTAÇÃO DO SGI. 6

FIGURA 2.4 - ORGANOGRAMA DAS COORDENAÇÕES DOS PROGRAMAS AMBIENTAIS DA UHE SANTO ANTÔNIO COORDENAÇÕES E PROGRAMAS UHE SANTO ANTÔNIO SISTEMA SISTEMA DE GESTÃO DE GESTÃO AMBIENTAL Meio Físico e Controle do Canteiro de Obras Meio Biótico Meio Socioeconômico e Fundiário Meio Socioeconômico ACOMPANHAMENTO DO PAC/SGA DO CANTEIRO PROGRAMA DE MONITORAMENTO HIDROBIOGEOQUÍMICO PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PROGRAMA DE MONITORAMENTO DO LENÇOL FREÁTICO PROGRAMA DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO PROGRAMA DE SAÚDE PÚBLICA PROGRAMA DE AÇÕES A JUSANTE PROGRAMA DE MONITORAMENTO SISMOLÓGICO PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE MACRÓFITAS AQUÁTICAS PROGRAMA DE REMANEJAMENTO DA POPULAÇÃO ATINGIDA PROGRAMA DE COMPENSAÇÃO SOCIAL PROGRAMA DE MONITORAMENTO CLIMATOLÓGICO PROGRAMA DE MONITORAMENTO HIDROSSEDIMENTOLÓGICO E MODELAGEM DO RESERVATÓRIO PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO DOS DIREITOS MINERÁRIOS E DA ATIVIDADE GARIMPEIRA PROGRAMA DE PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO PALEONTOLÓGICO PROGRAMA DE DESMATAMENTO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DIRETA PROGRAMA DE APOIO ÀS COMUNIDADES INDÍGENAS PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO DA FLORA PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO DA FAUNA PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO DAS ATIVIDADES DE DESMATAMENTO E RESGATE DE FAUNA NA AID PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO DA ICTIOFAUNA PROGRAMA DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DA INFRAESTRUTURA AFETADA PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO PROGRAMA DE APOIO ÀS ATIVIDADES DE LAZER E TURISMO PROGRAMAS RELACIONADOS AO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO, PRÉ-HISTÓRICO E HISTÓRICO RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS NO ENTORNO DO RESERVATÓRIO 7

2.1.4.2. Procedimentos Para a implementação do SGI foram elaborados documentos e procedimentos específicos para serem seguidos pela Diretoria de Sustentabilidade Ambiental da SAE, de forma a ordenar as informações, definir responsabilidades e avaliar as práticas e processos, assegurando o comprometimento com o Sistema de Gestão. Estes documentos descrevem as atividades essenciais ao atendimento dos requisitos da qualidade e são divulgados e implementados entre todos os participantes da Equipe Técnica. A Diretoria de Sustentabilidade, como responsável pela gestão das atividades socioambientais do empreendimento, deve atender a todos os procedimentos de cunho gerencial já estabelecidos pela SAE. Esses procedimentos são referentes à contratação, condições comerciais, condições de trabalho, entre outros. A diretoria também deve estabelecer os seus próprios procedimentos ora denominados Normas de Serviços (NS) procedimentos de inspeção, ações corretivas, auditoria e supervisão de meio ambiente da DS sobre as obras do CSAC (obra principal), obras complementares e programas ambientais. Além destes, deve estabelecer os procedimentos para as atividades de remanejamento e treinamento das equipes. Como parte de um processo de aperfeiçoamento contínuo e de sistematização das atividades em execução, alguns desses procedimentos já foram elaborados e estão listados a seguir e apresentados no Anexo 2.1. Outros procedimentos serão elaborados, conforme sua necessidade, uma vez que há um processo de constante aperfeiçoamento. 8

QUADRO 2. 1 - PROCEDIMENTOS DE RESPONSABILIDADE DIRETA DA DIRETORIA DE SUSTENTABILIDADE PROCEDIMENTO DATA DE ELABORAÇÃO Nº DA REVISÃO NS-DS-001-09 SGI-DS-SAE NS-DS-002-09 - Registro e Organização de Documentos NS-DS-003-09 - Padronização de Relatórios Internos e Externos NS-DS-004-09 - Envio de Documentos Internos e Externos NS-DS-005-09 - Elaboração e Controle de Documentos Internos e Externos 17/12/2009 00 NS-DS-006-09 - Comunicação Social NS-DS-007-09 - Supervisão de Meio Ambiente da SAE sobre os Programas Ambientais NS-DS-008-09 - Inspeção de Meio Ambiente da SAE sobre os Programas Ambientais NS-DS-009-09 - Auditoria de Meio Ambiente da SAE sobre os Programas Ambientais NS-DS-010-09 - Não Conformidades, Ação Corretiva e Ação Preventiva de Meio Ambiente SAE sobre Programas Ambientais NS-DS-011-09 - Supervisão de Meio Ambiente da SAE sobre as obras do CSAC NS-DS-012-09 - Auditoria de Meio Ambiente da SAE sobre as obras do CSAC NS-DS-013-09 - Inspeção de Meio Ambiente da SAE sobre as obras do CSAC NS-DS-014-09 - Não Conformidades, Ação Corretiva e Ação Preventiva de Meio Ambiente SAE sobre CSAC NS-DS-015-09 - Supervisão de Meio Ambiente da SAE sobre as obras complementares NS-DS-016-09 - Auditoria de Meio Ambiente da SAE sobre as obras complementares NS-DS-017-09 - Inspeção de Meio Ambiente da SAE sobre as obras complementares NS-DS-018-09 - Não Conformidades, Ação Corretiva e Ação Preventiva de Meio Ambiente SAE sobre as obras complementares NS-DS-019-09 - Remanejamento NS-DS-020-09 - Treinamento 30/12/2009 00 Em relação à execução direta das obras, os procedimentos são distintos e de responsabilidade direta do CSAC, consolidado no PI-SSTMA, cujos relatórios são apresentados no Programa Ambiental da Construção- PAC. A Diretoria de Sustentabilidade, por meio de relatórios semanais de atividades de SSTMA, inclusive das ações periódicas de treinamentos, acompanha os resultados das obras, somando-os ao presente sistema de supervisão. Os procedimentos de referência da UHE Santo Antônio tratam dos temas gerenciais e de documentação, de condições de trabalho e gestão de pessoas. Relacionados às Área de Planejamento & Organização - APO, citam-se os procedimentos relativos às questões indígenas e SST. Os QUADRO 2.2 e QUADRO 2.3 mostram a relação desses procedimentos e o Anexo 2.2 apresenta cada um dos procedimentos listados. 9

QUADRO 2.2 - INSTRUÇÕES NORMATIVAS DA PRESIDÊNCIA PROCEDIMENTO DATA DE ELABORAÇÃO N º DA REVISÃO IN-DP-001-09 - Documentos de Comunicação de Escrita Interna 04/09/2009 00 IN-DP-002-09 - Gestão de Riscos Financeiros 15/05/2009 00 IN-DP-003-09 - Identidade Visual 27/10/2009 00 IN-DP-004-09 - Procurações 04/09/2009 00 IN-DP-005-09 - Gestão Financeira 03/11/2009 00 IN-DP-006-09 - Gestão de Pessoas 17/06/2010 01 IN-DP-007-09 - Procedimento de Tecnologia da Informação e Comunicação 30/12/2009 00 IN-DP-008-09 - Cartões de Crédito Corporativos 02/12/2009 00 IN-DP-009-09 - Limites de Responsabilidade 30/12/2009 00 IN-DP-010-09 - Compras de Produtos e Contratação de Serviços de Terceiros EM REVISÃO IN-DP-011-09 - Viagens IN-DP-012-09 - Bens Patrimoniais 04/09/2009 00 IN-DP-015-09 - Veículos 04/09/2009 00 IN-DP-018-09 - Planejamento 04/09/2009 00 IN-DP-003-10 - Política Ambiental 03/05/2010 00 QUADRO 2.3 - NORMAS DE SERVIÇO DA APO PROCEDIMENTO DATA DE ELABORAÇÃO N º DA REVISÃO NS-APO-001-09 - Promoção e Contratação de Trabalhadores Indígenas NS-APO-002-09 - Conduta junto a Comunidades Indígenas NS-APO-003-09 - Encontro entre Trabalhadores e Índios Isolados NS-APO-SST-001-09 - Supervisão da Área de Saúde e Segurança do Trabalho NS-APO-SST-002-09 - Auditoria de Segurança e Saúde do Trabalho da SAE sobre CSAC, Obras NS-APO-SST-003-09 - Não Conformidades, Ação Corretiva e Ação Preventiva de Saúde e Segurança do Trabalho NS-APO-SST-004-09 - Inspeção de Saúde e Segurança sobre CSAC, Obras Complementares e Programas Ambientais NS-APO-SST-005-09 - Análise Preliminar de Risco - APR NS-APO-SST-006-09 - Equipamento de Proteção Individual 10

2.1.4.3. Treinamentos A equipe técnica que integra a Diretoria de Sustentabilidade da SAe foi treinada ao longo da implantação do SGI. Os treinamentos envolveram aspectos de conscientização ambiental, motivação e comunicação, envolvendo as seguintes etapas: identificação das necessidades de treinamento da organização; desenvolvimento de planos dirigidos de treinamento; verificação e avaliação da conformidade do programa de treinamento previsto com os requisitos legais ou organizacionais; treinamento de grupos específicos de dirigentes ou empregados; documentação do treinamento realizado e avaliação dos resultados do treinamento recebido. 2.1.4.4. Atividades As atividades do Sistema de Gestão Integrado foram divididas em dois blocos distintos (QUADRO 2.4). O primeiro englobou o gerenciamento da execução dos Programas Ambientais do PBA e o segundo encampou as ações voltadas para o processo de Licenciamento Ambiental. Ambas os blocos são acompanhados por instrumentos de Comunicação Social que viabilizam a troca de informações/reclamações entre empreendedor e comunidade. QUADRO 2.4 - ATIVIDADES DO SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO DA UHE SANTO ANTÔNIO BLOCO 1 GERENCIAMENTO DOS PROGRAMAS AMBIENTAIS Elaboração de especificações técnicas e processos de tomadas de preço, seleção de empresas para execução dos programas do PBA, suporte técnico da contratação das empresas. Supervisão e controle de qualidade da execução dos programas do PBA, incluindo mecanismos de monitoramento e avaliação. Acompanhamento específico da implantação do programa de indenização e remanejamento da população, atestando medições dos serviços executados pelos contratados, verificando elaboração de pesquisa de preços, laudos de avaliação e processos de aquisição/indenização de imóveis, regularização jurídico-patrimonial e concessão de benefícios para as famílias afetadas. BLOCO 2 GERENCIAMENTO DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL Acompanhamento da tramitação do processo ambiental e prestação de esclarecimentos junto ao IBAMA e/ou agências estaduais visando ao atendimento às condicionantes da Licença de Instalação e das Autorizações de Supressão Vegetal. Gerenciamento da elaboração de memoriais descritivos e processos de instrução para fins de obtenção de Resolução de Utilidade Pública para a desapropriação de áreas destinadas a canteiro de obras, formação de reservatório, instituição de faixa de APP, reassentamentos etc. Gestão dos processos de formalização de convênios e obtenção de autorizações e permissões junto às prefeituras municipais, Ministério dos Transportes, Marinha, IPHAN e outros agentes licenciadores e de fiscalização. 11

Continuação do Quadro 2.4 BLOCO 1 GERENCIAMENTO DOS PROGRAMAS AMBIENTAIS Gerenciamento técnico da elaboração de projetos de desmatamento, reposição florestal, uso do entorno, reaparelhamento dos serviços de educação, saúde e segurança, e de aplicação de verba de compensação ambiental. Avaliação dos cronogramas físico-financeiros. Emissão de relatórios de andamento. BLOCO 2 GERENCIAMENTO DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL 2.1.5. Resultados/Etapas Cumpridas/Produtos Entregues As etapas cumpridas na implementação do Sistema de Gestão Integrado são: contratação e formação da equipe técnica de gestão; definição da Política Ambiental da Santo Antônio Energia; elaboração dos procedimentos do SGI; implantação do Sistema de Informações Geográficas (SIG); treinamentos da equipe; atendimento a auditorias em atendimento aos Princípios do Equador. 2.2. Sistema de Informação Geográfica SIG Todo o conjunto de informações obtidas em relação aos Programas Ambientais está sendo incorporado em um banco de dados do Sistema de Informações Geográficas (SIG) da UHE Santo Antônio. A Novaterra Geoprocessamento foi a empresa contratada, em abril de 2009, para implantar esse sistema. Em termos gerais, o SIG visa a promover a integração das informações relacionadas à UHE Santo Antônio, tornando a consulta e manipulação desses dados um processo ágil, que influencia diretamente e de forma positiva na construção de uma estrutura integrada que garanta maior velocidade na obtenção da informação de interesse. O Sistema foi desenvolvido a partir da tecnologia Apollo da ERDAS. A escolha dessa tecnologia também considera a possibilidade de integração a outros sistemas corporativos. A primeira fase de implantação do sistema correspondeu às atividades de Imageamento, Análise de Requisitos e Modelagem do Sistema. A segunda fase correspondeu à implantação propriamente dita do SIG, que compreende a entrada de dados e a capacitação dos usuários. O planejamento e o 12

desenvolvimento das principais atividades foram detalhados nos sete Relatórios de Andamento dos Programas Ambientais encaminhados ao IBAMA. 2.2.1. Componente Imageamento O componente Imageamento foi iniciado em maio de 2009 e compreendeu a aquisição das imagens de satélite das áreas de influência (AII e AID) do empreendimento. Foi adquirido até setembro de 2009 um total de 5000km 2 de imagens programadas de alta resolução (tamanho do pixel igual a 0,6 metros). As imagens, obtidas em diversas passagens do satélite, foram mosaicadas e ortorretificadas. Para isso, foi necessário o Modelo Digital de Terreno (MDT) e a tomada de pontos de controle tridimensionais sobre o MDT e base cartográfica de referência. Essa etapa foi iniciada em setembro de 2009, dividindose a área total de interesse em cinco blocos para mosaicagem, para processamento. Para a execução da ortorretificação foi usado um MDT híbrido, composto dos dados de alta precisão gerados por perfilamento a laser pela Hansa Luftbild, na área do reservatório e APP, e o modelo SRTM, disponibilizado pela NASA, nas demais áreas imageadas. Por meio da correspondência SAE/PVH n 0 427, de 13 de maio de 2010 (Anexo 2.3), a SAE encaminhou ao IBAMA as imagens adquiridas, em resposta ao Ofício IBAMA de nº 040, de 09 de março de 2010 (Anexo 2.4), que solicitou as imagens de satélite e de aerofotometria do reservatório em alta resolução. 2.2.2. Componente Análise de Requisitos, Modelagem e Interface SIG-WEB As atividades de análise do PBA pela Novaterra tiveram início em maio de 2009. A partir desta análise, foram iniciados os trabalhos de modelagem conceitual para os Programas Ambientais, sendo discutidos e propostos os elementos espaciais (feições geográficas, estações de coleta, propriedades, por exemplo), atributos a serem armazenados em banco de dados e documentos anexados às feições mapeadas no SIG-Web. O processo de trabalho para desenvolvimento da interface de entrada de dados da UHE Santo Antônio é apresentado na Figura 2.2.1. 13

FIGURA 2.2.1 - PROCESSO DE TRABALHO PARA DESENVOLVIMENTO DA INTERFACE DE ENTRADA DE DADOS DA UHE SANTO ANTÔNIO Em junho de 2009, a fase de implantação do ambiente de produção foi iniciada, com a alocação de servidores e a instalação de licença própria do aplicativo para SIG-Web Apollo da ERDAS. Os trabalhos para a programação de algumas ferramentas consideradas de importância para o projeto, como um 14

construtor de consultas (Filtros) e uma ferramenta para associar documentos a feições no mapa (hiperlinks), ambos para a interface online do SIG, foram também iniciados. Foram buscados, analisados e testados scripts para estas funcionalidades. No período de 6 a 10 de julho de 2009, foi realizada uma visita pela Nova terra ao escritório da SAE em Porto Velho para a apresentação e orientação sobre o sistema a ser implantado. Os Programas considerados prioritários para a análise de requisitos e modelagem foram: Programa de Monitoramento Hidrossedimentológico; Programa de Monitoramento Limnológico; Programa de Monitoramento de Macrófitas Aquáticas; Programa de Conservação da Fauna; Programa de Conservação da Ictiofauna; Programa de Saúde Pública e Programa de Remanejamento da População Atingida. A homologação do modelo lógico e a elaboração de interfaces de entrada e de consulta para o SIG e para o banco de dados foram iniciadas no mês de agosto de 2009. Nesse mesmo mês, a partir da análise dos relatórios de execução dos Programas, a Novaterra revisou a maior parte dos modelos lógicos, antes baseados somente na análise do PBA, em função de algumas modificações na estruturação dos dados e planos de amostragem de alguns programas. Além disso, foi necessário estabelecer, junto aos coordenadores temáticos e especialistas contratados, variáveis sintéticas ou indicadores para os Programas Ambientais, de forma a facilitar a análise dos usuários que consultariam o sistema. No final do mês de agosto de 2009, foi finalizado o protótipo da interface do SIG-Web, nos módulos de consulta e entrada de dados. Atendendo à solicitação do IBAMA, foi realizada em 22 de setembro de 2009 uma apresentação do protótipo proposto para o SGI da UHE Santo Antônio (Figura 2.2.2). 15

FIGURA 2.2.2 - TELA DE ENTRADA DA INTERFACE-PROTÓTIPO PARA CONSULTA AO SIG VIA INTERNET (SIG-WEB). Em outubro de 2009 foi iniciada a análise de requisitos e modelagem de parte do segundo grupo de Programas Ambientais, composto pelos seguintes programas: Programa Ambiental para a Construção PAC; Programa de Acompanhamento dos Direitos Minerários e Atividade Garimpeira; Programa de Preservação do Patrimônio Paleontológico; Programa de Conservação da Flora; Programa de Desmatamento das Áreas de Interferência Direta; Programa de Acompanhamento das Atividades de Desmatamento e Resgate da Fauna na Área de Interferência Direta; Programa de Comunicação Social; Programa de Apoio às Comunidades Indígenas; Programas Relacionados ao Patrimônio Arqueológico, Pré-Histórico e Histórico e Programa de Recuperação da Infraestrutura Afetada. 16

Em novembro de 2009 o terceiro grupo de programas foi estabelecido, sendo iniciada a modelação dos seguintes: Programa de Compensação Ambiental; Programa de Ações a Jusante; Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório Artificial; Programa de Apoio às Atividades de Lazer e Turismo e Programa de Educação Ambiental. Os demais programas tiveram análise de requisitos e modelagem ao longo do primeiro semestre de 2010. São eles: Programa de Monitoramento do Lençol Freático; Programa de Monitoramento Sismológico; Programa de Monitoramento Climatológico e Programa de Monitoramento Hidrobiogeoquímico. Em fevereiro de 2010 foi iniciada a elaboração de um Documento de Análise de Requisitos DAR para armazenar as informações de modelagem conceitual e lógica, responsável pela permeabilidade das disciplinas relacionadas ao programa ambiental, bem como de todas as disciplinas relacionadas à construção da interface de dados e seus instrumentos. O objetivo desse documento foi definir o processo de preenchimento da interface da entrada de dados e da simulação das atividades, permitindo o entendimento prático do trabalho. Reuniões com os coordenadores dos programas ambientais e com especialistas em Programas de Conservação e Manejo, Georreferenciamento, Mapeamento e SIG foram realizadas em março de 2010 para o acompanhamento da análise dos DARs. As reuniões consistiram em: apresentação básica do sistema SIG-WEB; apresentação dos modelos de banco de dados dos programas ambientais para os coordenadores e empresas contratadas; refinamento dos bancos elaborados a partir do PBA e recebimento de dados que compõem o sistema (shapefile, dados para alimentação). A continuidade do processo de construção do sistema de interface para a entrada de dados, que incluiu os campos necessários para o armazenamento das informações pertinentes a cada programa e a forma de inclusão e consulta, perdurou até o mês de setembro de 2010. O carregamento dos dados de todos os Programas Ambientais, atividade esta que fará parte do processo de atualização rotineira do SIG, continuam desde outubro de 2010. 17

A esse respeito cabe ressaltar que em 27 de outubro de 2010 foi enviada uma senha provisória para quatro analistas da equipe técnica do IBAMA/Sede para a visualização do estágio atual de implantação do sistema, através dos links de acesso: Entrada de Dados: <http://entrada.santoantonioenergia.com.br> e SIG Web: <http://sig.santoantonioenergia.com.br/sae_2010>. Toda a base de dados vetoriais, raster, alfanuméricos, iconográficos e documentos anexos são disponibilizados através do SIG, a partir de servidores instalados em datacenter e com permissão de acesso às partes interessadas, priorizando os usuários cadastrados do IBAMA e da própria Santo Antônio Energia. Os indicadores ambientais serão disponibilizados através da mesma plataforma. 2.2.3. Arquitetura de Hardware e Software Em função de a implantação do Sistema de Informações Geográficas demandar hardwares de bom desempenho, foi avaliada a alocação de recursos para uma nova configuração das estações de trabalho e a aquisição de uma estação extra, perfazendo quatro estações ao invés das três inicialmente previstas. Além disso, foi incluída uma unidade de storage para armazenamento do grande volume de dados da base geoespacial (ortofotos, imagens de satélite, modelo digital de terreno e vetores). O software inicialmente previsto para o SIG (ArcGIS da ESRI) foi substituído pelo sistema Apollo da ERDAS, em função da maior agilidade de implementação do SIG, devido ao suporte técnico em tempo real. 2.2.4. Mapeamento da Base Fundiária O mapeamento para atualização do cadastro físico fundiário de feições de interesse para retratar a Área de Influência antes da implantação da UHE Santo Antônio encontra-se em elaboração, sendo previsto o término desta atividade em 30 de dezembro de 2010. A situação atual é apresentada no Anexo 2.5. 2.2.5. Resultados/Etapas Cumpridas/Produtos Entregues As etapas cumpridas na implementação do Sistema de Informações Geográficas são listadas abaixo. Imageamento: aquisição de 5000 km 2 de imagens programadas de alta resolução. Análise de Requisitos e Modelagem de todos os Programas Ambientais. Integração Sistema SIG-Web: interface SIG WEB de todos os Programas Ambientais. Mapeamento da Base Fundiária: conclusão de 80% do mapeamento das propriedades em período anterior à implantação do empreendimento. 18

2.3. Considerações Finais O Sistema de Gestão Integrado SGI da UHE Santo Antônio estabeleceu as diretrizes para o gerenciamento dos programas ambientais e do processo de licenciamento ambiental, com vistas a supervisionar e controlar a qualidade da execução dos programas ambientais com a inclusão de mecanismos de monitoramento e avaliação a fim de atender ao proposto no PBA, bem como aos requisitos legais e aqueles previstos nos Princípios do Equador EP, nas condicionantes de licenças e autorizações emitidas, além dos compromissos assumidos pela Santo Antônio Energia nessas áreas. Sendo assim pode-se considerar que o presente programa vem atendendo aos preceitos contidos no processo de licenciamento da UHE Santo Antônio. O Sistema de Informações Georreferenciadas foi iniciado em maio de 2009 e em novembro de 2010 foi finalizada a integração Sistema SIG-WEB, com o processo de carregamento contínuo dos dados de todos os Programas Ambientais. Ressalta-se que o software previsto no início da implantação do sistema (ArcGIS da ESRI) foi substituído pelo Apollo da ERDAS, a fim de agilizar a implementação do SIG, em decorrência de suporte técnico em tempo real. A cartilha de instruções de como utilizar a ferramenta encontra-se em fase final de elaboração e todos os usuários cadastrados da SAE e do IBAMA receberão treinamento e permissão para o acesso às informações disponibilizadas por meio da plataforma de interface. O mapeamento da Base Fundiária já foi concluído em 80% e tem previsão de término em dezembro de 2010. 2.4. Ações Subsequentes As ações subseqüentes estão elencadas no cronograma apresentado no TOMO III - Seção 1 deste documento. 19

2.5. Anexos Anexo 2.1 - Procedimentos de Responsabilidade Direta da Diretoria de Sustentabilidade Anexo 2.2 - Instruções Normativas da Presidência Anexo 2.3 - Correspondência SAE/PVH: 427/2010 Anexo 2.4 - Ofício IBAMA nº 040/2010 Anexo 2.5 - Mapeamento do Cadastro Físico-Fundiário 20