VACINAS E PRINCIPAIS EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINAÇÃO SESAB / SUVISA / DIVEP / CEI / GT-EAPV
DEFINIÇÃO DE EVENTO ADVERSO QUALQUER OCORRÊNCIA CLÍNICA INDESEJÁVEL EM INDIVÍDUO QUE TENHA RECEBIDO ALGUM IMUNOBIOLÓGICO. Associação temporal Vacina EAPV UM EVENTO ESTÁ TEMPORALMENTE ASSOCIADO AO USO DA VACINA, MAS NEM SEMPRE TEM RELAÇÃO CAUSAL COM ELA.
PORQUE OCORREM EVENTOS ADVERSOS?
RELACIONADOS À VACINAÇÃO RELACIONADOS À VACINADOS REAÇÕES INERENTES A VACINA HIPERSENSIBILIDADE A COMPONENTES DA VACINA REAÇÕES RELACIONADOS A TÉCNICA DE ADMINISTRAÇÃO COMPROMETIMENTO IMUNOLÓGICO REAÇÕES DE ANSIEDADE ASSOCIADAS À VACINAÇÃO
Fatores relacionados à vacina: inclui o tipo (viva ou inativada), a cepa, o meio de cultura dos microrganismos, o processo de inativação ou atenuação, adjuvantes, estabilizadores ou substâncias conservadoras, o lote da vacina
ANTÍGENOS NAS VACINAS INATIVADOS Não têm como provocar EAPV que semelhantes a doença a evitar Os eventos adversos locais estão mais presentes pela ação do adjuvante A repetição exagerada das doses pode provocar EAPV ligados à hiperimunidade VIVOS ATENUADOS Podem apresentar como EAPV características leves da doença que se pretende evitar Os evento adversos sistêmicos (excetuando-se as reações de hipersensibilidade) tendem a ser mais tardios Potencial para provocar EAPV graves em pessoas com deficiência de imunidade grave
Fatores relacionados à administração: agulhas e seringas empregadas, contaminação no preparo, técnicas da administração
Fatores relacionados aos vacinados: idade, sexo, número de doses e datas das doses anteriores da vacina, eventos adversos às doses prévias, reações alérgicas, doenças concomitantes, autoimunidade, deficiência imunológica e até ansiedade pela vacinação
COMO IDENTIFICAR OS FATORES RELACIONADOS AO VACINADO Uma triagem adequada para identificar: Existência de doença infecciosa em incubação Tendência à convulsão (com febre alta) Idade Ocorrência de manifestações alérgicas a componentes das vacinas Existência de comprometimento imunológico congênito ou adquirido Estar em uso de medicamentos: corticóides, imunossupresores
TIPOS DE EAPV Esperados: tendo em vista a natureza e as características dos imunobiológicos, bem como o conhecimento já disponível pela experiência acumulada Febre, dor local, mialgia, cefaléia, EHH, etc Inesperados: são aqueles não identificados anteriormente Novas vacinas; Decorrentes de problemas ligados à produção (teor indevido de endotoxina em certas vacinas ocasionando reações febris semelhantes à sepse; contaminação de lotes provocando abscessos)
CLASSIFICAÇÃO QUANTO GRAVIDADE DOS EAPV Não Graves não incluídos nos critérios de graves Graves Requer hospitalização por pelo menos 24 horas ou prolongamento de hospitalização já existente; Causa disfunção significativa e/ou incapacidade persistente (sequela); Resulte em anomalia congênita; Causa risco de morte (ou seja, induz a necessidade de uma intervenção clínica imediata para evitar o óbito); Causa o óbito.
ATENÇÃO... É muito importante diferenciar-se gravidade e intensidade (esta última inadequadamente traduzida em alguns textos como severidade). Um evento pode ser leve, moderado ou intenso, independente de ser ou não grave, por exemplo, uma hiperemia local intensa; Eventos clinicamente relevantes em pacientes que não necessitem internação tais como broncoespasmo, discrasias sanguíneas, convulsões febris, por terem um potencial de gravidade, devem ser investigados e acompanhados.
EVENTOS NÃO GRAVES 1. Reações inflamatórias no local da aplicação 2. Abscesso quente ou frio 3. Reações locais e regionais associadas ao BCG 4. Febre 5. Convulsões febris 6. Exantema ou lesões vesiculares pós Triplice ou tetra viral 7. Manifestações gerais ( cefaléia, mal estar, fadiga, desconforto gastrointestinal, náuseas, vômitos, diarréia 8. Episódio Hipotonico Hiporresponsivo 9. Reações de hipersensibilidades leves 10. Reação de hipersensibilidade tipo III
EVENTOS GRAVES OU RAROS 1. Reações de Hipersensibilidade tipo anafilática 2. Encefalopatia e encefalite 3. Lesões resultantes de BCG disseminada 4. Paralisia associada à vacina 5. Síndrome de Guillain-Barré (SGB) 6. Púrpura trombocitopênica 7. Encefalopatia 8. Invaginação Intestinal
MANIFESTAÇÕES NO LOCAL DA APLICAÇÃO A introdução de uma agulha por si só é capaz de provocar lesão muscular e irritação Algumas substância utilizadas nas vacinas (adjuvantes) podem promover reação local de inflamação que irá estimular o sistema imunológico, ajudando na resposta imune,
VACINAS FREQUENCIA INÍCIO Pentavalente (DTP+Hib+Hb) Dor 36% - Edema 28% Eritema 34% De 24 a 48 h DTP De 30 a 20% De 24-48 h dt - DT De 25 a 50 % Aumenta com a repetição das doses De 24-48 h Hepatite B Dor - 53-56% Outros 16% adultos 9% cça Pólio inativada (VIP) Dor 30% - Enduração 12% Eritema 3% Primeiro dia De 24 a 48 h Febre amarela 4% De 1-2 dias Influenza inativada Dor 10-64% (adultos) De 1-2 dias Pneumocócica conjugada 10 Valente Dor 33%-38%: - Eduração 34%-38%; Eritema 45%-47% Primeiros quatro dias Meningo conjugada C Não estimado Primeiros 5 dias SRC / SR/ Sarampo Pouco frequentes 1º dia Varicela 20% De 1-2 dias Hep A Não estimada De 1-2 dias Pneumocócica conjugada 23 Valente 30 a 50% Primeiras 48 h HPV Não estimado De 24 a 48 h
Vacina precipitada Vacina homogeneizada e pronta para ser aspirada para aplicação Contribuição: Gerson Zanetta de Lima
TÉCNICA EM Z Consiste em realizar uma tração aplicada à pele e aos tecidos SC antes da inserção da agulha e depois liberá-la após a retirada da agulha, para que a rota da injeção superficial ao músculo seja deslocada da rota dentro do músculo, selando a medicação no mesmo. Não havendo retorno do líquido para o SC.
EVENTOS LOCAIS À ERROS EM ERROS EM VACINAÇÃO Falta de homogeneização das vacinas com saís de alumínio Contaminação no preparo VACINAÇÃO EVENTOS POSSÍVEIS Reações locais mais intensas Infecção com abscesso quente, celulite Aplicação em via inadequada Aplicação em local inadequado Transporte e armazenamento incorreto Aplicação de vacinas com prazo de validade vencido BCG subcutânea abscesso frio Tetra, DTP, dt subcutânea abscesso frio ou necrose de tecido Dano provável a um dos nervos do trajeto Reação local mais intensa (após congelamento) Imunização ineficaz Vacinas liofilizadas reação local mais intensa, demais vacinas imprevisível
NÓDULO- área elevada pequena, sólida, palpável que se estende mais profundamente que uma pápula, e que se move quando a pele é palpada. Vulgarmente chamada de caroço. Geralmente associadas a injeções SC de produtos que contêm adjuvantes com alumínio.
REAÇÕES MAIS INTENSAS associadas a falta de homogeneização do produto, doses posteriores ou sensibilidade maior a um componente
ABSCESSO QUENTE sinais inflamatórios edema, calor, rubor e dor no local da administração com flutuação ou supuração
ABSCESSO FRIO - tumoração no local da administração com flutuação, sem sinais inflamatórios (edema, calor rubor e dor ) e supuração
FOTO CEDIDA POR C. ITAPEMIRIM-ES Tetra aplicada indevidamente no subcutâneo = NECROSE
CELULITE inflamação aguda das estruturas cutâneas, incluindo o tecido adiposo subjacente, neste tipo de inflamação purulenta não há formação de membrana piogênica, a coleção de pus se encontra difusa sobre o tecido
EVENTOS ESPECÍFICOS VACINA- BCG ID
EVOLUÇÃO NORMAL DA LESÃO VACINAL
EAPV BCG-ID Lesões locais TEMPO DECORRIDO Úlcera com diâmetro maior que 1 cm Abscessos SC frios Ocorre com mais frequência nos primeiros 6 meses Nos primeiros 3 meses Abscessos SC quentes Nos primeiros 15 dias Reação quelóide Após a cicatrização
ÚLCERA MAIOR QUE 1 CM úlcera grande e profunda que aparece no local da aplicação e que evolui para cicatrização.
ABSCESSO QUENTE são quentes, vermelhos e doloroso em torno do local de aplicação podem aparecer sinais de flutuação e fistulização. nestes casos houve contaminação por germes piogênicos, ocorrem precocemente até o 15º dia Abscesso quente
ABSCESSO FRIO são frios, indolores e tardios, e têm como causa aplicação subcutânea. Ocorrem nos primeiros três meses Abscesso frio
QUELÓIDE trata-se de um processo anormal de cicatrização Quelóide Contribuição: Gerson Zanetta de Lima
BCG-ID Lesões regionais EAPV TEMPO DECORRIDO Linfoadenopatia regional não supurada Linfoadenopatia regional supurada Em média nos primeiros 6 meses Em média nos primeiros 6 meses
LINFOADENOPATIA NÃO SUPURADA linfonodos hipertrofiados sem evidência de supuração (flutuação e/ou fistulização)
LINFOADENOPATIA SUPURADA linfonodos hipertrofiados axilares, supra ou infraclaviculares, inicialmente endurecidos, seguindo-se a formação de abscesso com amolecimento central que poderá sofrer drenagem espontânea, podendo originar um trajeto sinusal residual
Contribuição: Gerson Zanetta de Lima
REAÇÃO LUPÓIDE seu aparecimento é muito raro. surge após a cicatrização da úlcera, formando grandes placas com características lupóides Foto contribuição: Dra. Jacy Andrade CRIE UFBA
Foto contribuição: Dra. Jacy Andrade CRIE UFBA
FEBRE Resposta fisiológica a administração de antígenos Ocorre logo após administração de vacinas não vivas (pentavalente, MMC etc) ou alguns dias depois de vacina vivas (tríplice viral e tetra viral)
VACINAS FREQUENCIA INÍCIO Pentavalente (DTP+Hib+Hb) De 1:3 doses Febre superior a 30º 1/ 100 doses Primeiras 24 horas DTP 50% Primeiras 24 horas dt - DT 10% 24-48 horas Hepatite B De 1% a 6% Primeiro dia Pólio inativada (VIP) Não estimada Primeiras 24 h Febre amarela <4% A partir do terceiro dia Influenza inativada 4.6%-11,5% (crianças 1-15 anos) 6-12 horas Pneumocócica conjugada 10 Valente 24%-37% Primeiros quatro dias Meningo conjugada C De 4 a 4,9% Primeiros 15 dias SRC / SR/ Sarampo 5%-15% 5-12 dias Varicela 15% 5-40 dias Hep A Pouco frequente Primeiras 20 h Pneumocócica conjugada 23 Valente Menos 1% Primeiras 24 h HPV Não estimada Primeiras 24 h
OUTRAS MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS
VACINAS OUTROS EVENTOS NÃO GRAVES INÍCIO VORV Diarréia, vômitos Primeiras 24 h Pentavalente (DTP+Hib+Hb) Irritabilidade, choro anormal, sonolência, anorexia, vômito Primeiras 48 horas DTP Irritabilidade, sonolência, inapetência, vômito Primeiras 48 horas dt - DT Cefaléia, irritabilidade, sonolência, inapetência e vômito 24-48 horas Hepatite B Irritabilidade, cefaléia, sintomas gastrointestinais Primeiro dia Hep A Cefaléia, mal estar, fadiga Primeiras 24 h Pólio inativada (VIP) Não referidos Primeiras 24 h Influenza inativada Pneumocócica conjugada 10 Valente Cefaleia, mal-estar, mialgia <15% (sem exposição prévia) Sonolência, irritabilidade, perda de apetite, 6-12 horas Primeiros quatro dias Meningo conjugada C Náusea, vômitos, inapetência Primeiras 48h Pneumocócica conjugada 23 Valente HPV Mialgia, cefaléia, astenia. dor nas articulações Cefaléia, tontura, síncope Náuseas e vômitos Primeiras 24 h Primeiras 24 h
VACINAS OUTROS EVENTOS NÃO GRAVES INÍCIO Febre amarela Mialgia e cefaléia <4% A partir do 3º dia Tríplice viral Cefaléia, irritabilidade 4% Exantema de extensão variável Linfoadenopatia 1% Tetra viral Exantema 2 a 3% Vesicular similares a varicela 5º ao 12º dia 7º ao 14º dia 7º ao 21º dia 5º ao 12º dia 7º ao 21º dis Varicela Vesículas similar ao da varicela (>10%), com menos de 10 vesículas 7º a 21º dias
EXANTEMA erupção generalizada com ou sem prurido, edema ou calor
CONVULSÕES FEBRIS DEFINIÇÃO DE CASO: São geralmente do tipo clônico, tônico-clonico generalizadas e com manifestações pós convulsivas discretas. São habitualmente de curta duração, entretanto, podem ocorrer crises múltiplas e prolongadas, nestes casos é importante afastar outros diagnósticos diferenciais (meningite). São mais comuns em crianças entre 3 m e 6 anos, com maior incidência entre 12 e 18 m, incidindo em cerca de 3% da população infantil Associadas com mais frequência as vacinas com componente pertussis (DTP, Pentavalente), porém podem ocorrer com outras vacinas
CHORO PERSISTENTE DEFINIÇÃO DE CASO: Choro contínuo e inconsolável durante 3 horas ou mais. Inicia-se entre 2 a 8 horas, prolongando-se até 48 h após a vacina. Frequência nas vacinas com pertussis celular 1:100 doses Associadas com mais frequência as vacinas com componente pertussis (DTP, Pentavalente), porém pode ocorrer com outras vacinas
EPISÓDIO HIPOTONICO HIPORRESPONSIVO Instalação súbita de quadro clínico constituído por palidez, diminuição ou desaparecimento do tônus muscular (hipotonia) e diminuição ou ausência de resposta à estímulos (hiporresponsividade). Manifestando-se nas 48 horas que se seguem à aplicação da vacina, geralmente nas primeiras 6 h. Pode durar desde alguns minutos até um dia ou mais. Na maioria das crianças ocorre inicialmente irritabilidade e febre. Frequência nas vacinas com pertussis celular 1:1500 doses
REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE Reações tipo I são reações mediadas por IgE, alérgicas, podem estar associada a qualquer um dos componentes vacinais e ocorrer com qualquer vacina Reações tipo II ligadas à formação de anticorpos que se fixam a células do organismos, levando à destruição por ação do complemento e por linfócitos que se fixam aos anticorpos provocando destruição celular (encefalomielite e Síndrome de Guillain Barré). Reações tipo III provocadas pela formação de complexos imunes, que levam à necrose tecidual no sítio da aplicação, pode ocorrer após número exagerado de doses (fenômeno de Arthus)
REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE tipo I Devem-se a fatores individuais de suscetibilidade São reações mediadas por IgE, alérgicas, podem estar associada a qualquer um dos componentes vacinais e ocorrer com qualquer vacina Podem ter intensidade variável, as mais graves são as anafiláticas
REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE LEVES São reações alérgicas que ocorrem nas primeiras horas onde observamos sinais dermatológicos maiores ou menores OU sinais respiratórios menores SEM ou colapso circulatório
CRITÉRIOS MENORES USADOS NA DEFINIÇÃO DE CASO DERMATOLÓGICOS OU MUCOSOS CARDIOLÓGICOS RESPIRATÓRIOS GASTRO INTESTINAIS Prurido generalizado sem erupção cutânea Sensação generalizada de coceira Urticária localizada no local da injeção Olhos vermelhos e irritados (que coçam) Circulação periférica reduzida como indica a combinação de pelo menos 2 dos seguintes Taquicardia Tempo de enchimento capilar > 3 s sem hipotensão Nível reduzido de consciência Tosse seca persistente Voz ronca Dificuldade para respirar sem sibilância ou estridência Sensação de que garganta fechada Espirro, rinorréia Diarréia Dor abdominal Náuseas Vômitos
SINAIS DERMATOLÓGICOS URTICÁRIA - placas um pouco elevadas, de dimensões e formas variadas, duram de alguns minutos a vária horas ou dias, sempre acompanhadas de pruridos, podem ser localizadas ou generalizadas.
SINAIS DERMATOLÓGICOS Angioedema edema circunscrito, localizado na derme e submucosa. Geralmente tem origem alérgica
SINAIS DERMATOLÓGICOS
REAÇÃO ANAFILÁTICA Níveis de certeza diagnóstica Aparição repentina E progressão rápida dos sinais e sintomas E complicações em múltiplos sistemas orgânicos a medida que avança Nível 1 de certeza diagnóstica: 1 critério dermatológico maior + 1 critério cardiovascular maior E/OU um critério respiratório maior Nível 2 de certeza diagnóstica: 1 critério cardiovascular maior + um critério respiratório maior OU 1 critério cardiovascular ou respiratório maior e 1 critério menor que compromete sistemas diferentes
CRITÉRIOS MAIORES USADOS NA DEFINIÇÃO DE CASO DERMATOLÓGICOS OU MUCOSOS CARDIOLÓGICOS RESPIRATÓRIOS Urticária ou eritema generalizado Angioedema localizado ou generalizado Prurido generalizado com erupção cutânea Hipotensão medida Diagnóstico clínico de choque descompensado, indicado por pelo menos 3 dos seguintes sintomas Taquicardia Tempo de enchimento capilar > 3 s Volume de pulso central reduzido Nível reduzido ou falta de consciência Sibilância bilateral (broncoespasmo) Estridor Edema das vias respiratórias superiores (lábio, língua, garganta, úvula ou laringe) Insuficiência respiratória 2 ou mais dos seguintes Taquipnéia Maior uso de músculos respiratórios acessórios Cianose Gemência
SÍNCOPE diagnóstico diferencial Ausência de complicação de pele. Não há problemas na respiração. Não há edema nas mucosas. Bradicardia. Responde quando o paciente se coloca em decúbito e elevando as pernas. OPS/OMS Vacinação Segura
SÍNCOPE X ANAFILAXIA Anafilaxia é rara (1/ 1.000.000 vacinados) Síncope é mais habitual Pessoal não treinado pode confundir síncope com anafilaxia ou vice-versa A administração de adrenalina em síncope pode ser perigosa. A manipulação rápida de anafilaxia é vital! Contraindica doses subsequentes. OPS/OMS Vacinação Segura
HIPERSENSIBILIDADE TIPO III (REAÇÃO DE ARTHUS) DEFINIÇÃO DE CASO: ocorre quando o antígeno forma complexos imunes com anticorpos pré existentes e são depositados próximos ao local da aplicação. Surgem eritema, edema, enduração e petéquias que podem aparecer cerca de duas horas após a injeção, alcançam máxima intensidade entre 4 e 6 horas e em geral diminuem progressivamente. Pode ocorrer febre, lesões urticariformes com discreto prurido, artrite.
SÍNDROME DE GUILLAIN BARRÉ (SGB) Reação Hipersensibilidade tipo III DEFINIÇÃO DE CASO: raramente algumas vacinas de vírus vivos atenuados ou mortos podem anteceder a SGB que se manifesta clinicamente como polirradiculoneurite inflamatória com lesão de desmielinização dos nervos periféricos, parestesias e déficit motor ascendente de intensidade variável. Geralmente os sintomas aparecem entre 7 a 21 dias, no máximo 42 dias (7 semanas) após a exposição do possível agente desencadeante. Inicialmente o paciente apresenta febre, formigamento e parestesia que evoluem para déficit motor de intensidade variável. Este déficit é simétrico, homogêneo e normalmente transitório. Frequência dt extremamente rara 0,4 / 1.000.000 doses
RECORDANDO DEFINIÇÃO MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS Ataxia falta de coordenação de movimentos musculares voluntários e o equilíbrio Paresia é a diminuição da força muscular, Parestesia sensações cutâneas subjetivas ( frio, calor, formigamento etc) vividas na ausência de estimulação. Paralisia ou plegia é a ausência ou a abolição da força muscular.
RECORDANDO DEFINIÇÃO MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS Paralisia facial (paralisia de Bell) ocorre paralisia de um lado do rosto fazendo com que fique assimétrico.
INVAGINAÇÃO INTESTINAL DEFINIÇÃO DE CASO: A invaginação intestinal é uma forma de obstrução intestinal em que um segmento do intestino penetra em outro segmento causando compressão vascular. A sintomatologia é conhecida há séculos e foi descrita detalhadamente em 1793. Pode manifestar-se em qualquer idade. É a causa mais comum de emergência abdominal na faixa etária de menor de dois anos e a grande maioria dos casos (60 a 90%) ocorre no primeiro ano de vida. QUADRO CLÍNICO dor abdominal intensa e intermitente, evoluindo para obstrução intestinal com naúseas, vômitos e distensão abdominal. Pode ocorrer presença de sangue nas fezes e não tratada pode haver necrose com perfuração intestinal
INVAGINAÇÃO INTESTINAL A possível associação da vacina oral de rotavírus humano e a invaginação intestinal é proveniente da situação decorrida com outro tipo de VORH, chamada Rotashield, licenciada nos EUA em 1998 e retirada de uso devido ao aumento do número de casos desta patologia. Foram necessários estudos com grande número de indivíduos para demonstrar a segurança de uma nova VORH. Para a vacina usada no Brasil (tecnologia da GlaxoSmithKline), foram acompanhados 63.225 lactentes sadios em 11 países da América Latina e na Finlândia, dos quais 31.673 receberam as duas doses da vacina e 31.552 receberam placebo. Nos 30 dias subseqüentes à vacinação ocorreram 13 casos de invaginação: seis no grupo que recebeu a vacina e sete no grupo placebo (RR=0,85; IC 95%: 0,30-2,42). Não se encontrou risco aumentado de invaginação intestinal no grupo vacinado.
Foto:Dra Soraja SBCP
Foto:Dra Soraja SBCP
POLIOMIELITE PÓS VACINAL (VOP SABIN) DEFINIÇÃO DE CASO: caracteriza-se por quadro febril, que cursa com défict motor de intensidade variável, com predileção pelo comprometimento dos membros inferiores. Ocorre: 4-40 dias depois de ter recebido a vacina Pólio oral OU 4-85 dias depois de estar em contato com um vacinado Frequência Geral 1/ 3 milhões de doses 1ª- 1/ 2,4 milhões de doses
ENCEFALOPATIA OU ENCEFALITE DEFINIÇÃO DE CASO: A presença de pelo menos dois dos seguintes sintomas: Convulsões Alteração da consciência por um dia ou mais. Mudanças de comportamento por um dia ou mais Provavelmente relacionada à vacina de febre amarela (risco de 0,5/1.000.000 de doses); pertússis (< 10/1.000.000 de doses) sarampo (1/1.000.000 de doses). Relação temporal Dentro dos primeiros 7 dias com DTP; Dentro de 7-21 dias com a de febre amarela; Dentro de 15-30 dias depois de Sarampo ou SRP.
DOENÇA VISEROTRÓPICA PÓS VACINA FA DEFINIÇÃO DE CASO A doença viscerotrópica aguda é um quadro severo, similar à febre amarela. Inicia-se com febre, mal-estar e mialgias, 3 a 5 dias após a vacinação, para depois apresentar: icterícia, oligúria, complicação cardíaca, hemorragias e necrose hepática médio zonal, terminando em morte em mais ou menos 50% dos casos. Foi descrita tanto em adultos quanto em crianças. Inicialmente se considerou um risco de 0.3 x 100,000 doses; coletas posteriores permitiram reunir 36 casos de 1976 a 2006, sendo apenas 12 descritos detalhadamente. Ambas as subcepas da vacina foram implicadas.
DOENÇA VISEROTRÓPICA PÓS VACINA FA Nos casos descritos foram encontradas grandes quantidades de vírus no fígado, rim, coração e outros órgãos. Possíveis mecanismos implicados: - Mutações no vírus vacinal - Fatores do hospedeiro: doença do timo, idade, imunodeficiências. - Fatores genéticos ou imunológicos de maior susceptibilidade (processos intercorrentes) É um evento raro e provavelmente novo, que requer ser melhor estudado para determinar a segurança desta vacina.
PÚPURA TROBCITOPÊNICA DEFINIÇÃO DE CASO: A púrpura trombocitopência é um evento raro, de provável etiologia auto-imune, que ocorre em adultos e crianças. Manifesta-se por sangramento mucoso e dérmico (presença de petéquias e equimoses), sendo que hemorragias graves ocorrem em apenas 0,5 a 1% dos casos. Em cerca de 85% dos casos a evolução é benigna e auto limitada com recuperação espontânea. A relação causal com a vacina é difícil de ser comprovada e o diagnóstico é realizado por exclusão de outras possíveis causas.
petéquias equimoses
Equimose é uma infiltração de sangue na malha de tecidos do organismo, devido à ruptura de capilares. Geralmente relacionada a traumas, a distúrbios de coagulação ou a efeitos colaterais de alguns medicamentos.
TÉCNICA ADEQUADA E VIGILÂNCIA DOS EVENTOS ADVERSOS AUMENTA A CONFIABILIDADE DAS VACINAS
Grupo Técnico Evento Adverso Pós Vacinal Obrigado! Marta Pinilos Marilda Fahel GT EAPV / CEI