PROJETO SREI. Sistema de Registro Eletrônico Imobiliário. PA Alternativas para representação de. dados de georreferenciamento

Documentos relacionados
GeoDjango. Christiano Anderson

BANCO DE DADOS GEOGRÁFICOS E WEBMAPPING. Prof. Angelo Augusto Frozza, M.Sc.

Gerenciador de Ambiente Laboratorial - GAL Manual do Usuário Módulo Controle de Qualidade Analítico

Universidade Federal do Ma Pós-Graduação em Eng. Elétrica

PORTARIA N Nº 178 Rio de Janeiro, 25 de outubro de 2012.

Desafios da Implantação da IDE.Bahia. Iara Musse Felix Murilo Oliveira Diego Mendes Rodrigues

Engenharia de Software II

FACULDADE MULTIVIX CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 2º PERÍODO MARIANA DE OLIVEIRA BERGAMIN MONIQUE MATIELLO GOMES THANIELE ALMEIDA ALVES

VII SENABOM TEMA: O REGISTRO ELETRÔNICO DE EVENTOS (RE) Apresentado por: Ten Cel BM Flávio Rocha - CBMERJ

Anexo 2.8 Especificações do Sistema de Monitoramentoda Frota

Introdução de XML. Dados da Web. Gerência de Dados da Web. A Web representa, nos dias de hoje, um repositório universal de dados, onde:

OpenJUMP. Pontos fracos do OpenJUMP

AULA 1 INTRODUÇÃO A BANCO DE DADOS E VISÃO GERAL DO SQL CONCEITUANDO BANCO DE DADOS MODELO RELACIONAL

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Resposta aos questionamentos efetuados pela empresa TOTVS, temos a informar conforme segue:

Experiência 04: Comandos para testes e identificação do computador na rede.

DOCUMENTO DE REQUISITO DE SOFTWARE

Metodologias de PETI. Prof. Marlon Marcon

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Gabinete de Consultoria Legislativa

Sistemas Operacionais

Terminal de Operação Cimrex 69

Disseminação e Compartilhamento de Dados Geoespaciais na Web

Introdução. Modelo de um Sistema de Comunicação

Manual do Desenvolvedor Geração de Tokens

XML - Extensible Markup Language

T.I. para o DealerSuite: Servidores Versão: 1.1

Fundamentos de Bancos de Dados 3 a Prova Caderno de Questões

Desenvolvimento de Software

FORMAÇÃO WORDPRESS. Desenvolvimento de sites com a plataforma Wordpress. Abel Soares abelbarbosasoares@gmail.com

Lógica de Programação. Profas. Simone Campos Camargo e Janete Ferreira Biazotto

Programação para Internet I 4. XML. Nuno Miguel Gil Fonseca nuno.fonseca@estgoh.ipc.pt

Arquitecturas de Software Enunciado de Projecto

TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOA FÍSICA

5a. Aula - XML

Módulo e-rede Magento v1.0. Manual de. Instalação do Módulo. estamos todos ligados

Geoprocessamento e Internet

Os passos a seguir servirão de guia para utilização da funcionalidade Acordo Financeiro do TOTVS Gestão Financeira.

O que é um banco de dados? Banco de Dados. Banco de dados

Análise de Sistemas 3º Bimestre (material 2)

DF-e Manager Manual de uso Manifestação do destinatário Setembro de 2015

INCLUSÃO DIGITAL. instrumento de INCLUSÃO SOCIAL

Protocolo Integrado Evento Protocolo Integrado e Processo Eletrônico Nacional: Novos Paradigmas para a Administração Pública Federal

ENGENHARIA DE SOFTWARE

Modelagem De Sistemas

Georreferenciamento (registro) de imagens no QGIS *

A Web, o Design, o Software Livre e outras histórias... Eduardo Santos -

Série Rações Semanais Xpath e XSLT Rogério Araújo

CRIAÇÃO DE TABELAS NO ACCESS. Criação de Tabelas no Access

Os salários de 15 áreas de TI nas cinco regiões do Brasil

MANUAL e-sic GUIA DO SERVIDOR. Governo do Estado do Piauí

Geoprocessamento e Padrões OGC

CIRCULAR Nº 21/2016 PREGÃO Brasília, 17 de maio de 2016.

Banco de Dados I. Prof. Edson Thizon

Informática I. Aula Aula 19-20/06/06 1

MANUTENÇÃO SISTEMAS INFORMATIZADOS PARA O PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO. CCMS- Computer Maintenance Management System

Programação Orientada a Objectos - P. Prata, P. Fazendeiro

Configuração para Uso do Tablet no GigaChef e Outros Dispositivos

Introdução a Banco de Dados. INTRODUÇÃO

Capítulo 6. Projeto de arquitetura Pearson Pren0ce Hall. Todos os direitos reservados. 1. slide 1

Arquiteturas, Padrões e Serviços para Geoprocessamento. Lúbia Vinhas 13/05/2008

Governo Federal / Governo Estadual. Imagem suportando a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais INDE Carlos Toledo

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO DIRETORIA DE ASSISTÊNCIA A PROGRAMAS ESPECIAIS

5838 Maquinação Introdução ao CNC

Sefaz Virtual Ambiente Nacional Projeto Nota Fiscal Eletrônica

Fundamentos de Teste de Software

Prefeitura da Cidade de Nova Iguaçú. SEMED Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Municipal de Ciência e Tecnologia

Manual para utilização da funcionalidade de importar arquivo XML para prestação de contas

DISCIPLINA SIG EXERCÍCIO 1: MUDANÇA DE SISTEMA DE COORDENADAS (GEOGRÁFICAS LAT/LONG PARA UTM CÓRREGO ALEGRE)

mercado de cartões de crédito, envolvendo um histórico desde o surgimento do produto, os agentes envolvidos e a forma de operação do produto, a

RETIFICAÇÃO DE EDITAL DO PROCESSO LICITATÓRIO Nº. 045/2.016 DEPARTAMENTO DE COMPRAS E LICITAÇÕES

Introdução. Aula 02. Estrutura de Dados II. UFS - DComp Adaptados a partir do material da Profa. Kenia Kodel Cox

Utilização de XML no Desenvolvimento de Hiperdocumentos Educacionais

Inteligência Artificial

Mídias Discretas. Introdução à Ciência da Informação

Manual do Usuário Sistema de Acuidade Visual Digital

Clientes. Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Ministério das Cidades. Agência Nacional de Águas. Correios IMBEL

Drone2Map: o software que transforma imagens de drones em mapas 2D e 3D

Flávia Rodrigues. Silves, 26 de Abril de 2010

Gestão Documental. Gestão Documental

Insight for a better planet SOLUÇÕES EM PLANEJAMENTO, AGENDAMENTO E OTIMIZAÇÃO FLORESTAL

Ferramenta Nessus e suas funcionalidades

1 Introdução Motivação O Formato MPEG-4

Manual do Usuário (Firma Inspetora) Versão 1.8. CMCP - Controle da Marcação Compulsória de Produtos

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE - UNICENTRO CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO JULIANA LEME MOURÃO ORIENTADOR: PAULO GUILHERMETI

Prof. José Maurício S. Pinheiro - UGB

CVS Controle de Versões e Desenvolvimento Colaborativo de Software

Contrata Consultor na modalidade Produto

Anexação de tabelas, inserção de pontos, geração de polígonos e cálculo de áreas em ArcView

Programação para Web HTML - Parte 2

HEMOVIDA (CICLO DO SANGUE - Gerenciamento de estoque para grandes eventos)

Geografia. Aula 02. Projeções Cartográficas A arte na construção de mapas. 2. Projeções cartográficas

QGIS: Plataformaintegradaparadisponibilizaçãode GeoWebservices

Graduação Tecnológica em Redes de Computadores. Fundamentos de Redes II

Divisão de Processamento de Imagens. Desenvolvimento de Geotecnologias

Análise de Requisitos

SISTEMAS OPERACIONAIS. 3ª. Lista de Exercícios

PRINCIPAIS UNIDADES PARCEIRAS :

Transcrição:

m aan Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico PROJETO SREI Sistema de Registro Eletrônico Imobiliário P 1.5.7 - lternativas para representação de dados de georreferenciamento Título PROJETO SREI: P 1.5.7 - lternativas para Versão Versão 1.1 release 4 Data da liberação 16/12/2011 Classificação utores Propriedade Restrições de acesso LSI-TEC:Restrito Janaina Rangel, Bruno O. e Souza, Rafael Calábria LSI-TEC LSI-TEC e CNJ

ÉÉ/20Z7 Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico Sumário 1 INTRODUÇÃO 3 2 FORMTOS PR REPRESENTÇÃO DE DDOS DEGEORREFERENCIMENTO 4 2.1 Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico 4 3 FORMTOS DE RQUIVO ELETRÔNICO 6 3.1 GeographyMarkupLanguage-GML 6 3.1.1 Vantagens 7 3.1.2 Desvantagens 7 3.2 Keyhole Markup Language - KML 8 3.3 ShapeFile 9 4 PROTOCOLOS PR TROC DDOS 11 4.1 Web Map Services - WMS 11 4.2 Web Feature Services - WFS 12 5 RECOMENDÇÕES 13 6 REFERÊNCIS 14 v1.1.r.4 LSI-TEC:Restrito 2/14

Processo: ) KX <? 'CL Folha: X^^ Func:.OlH i Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico v.v.v 1 Introdução Este documento tem por objetivo apresentar as alternativas para representação de dados de georreferenciamento e de protocolos de troca de dados georreferenciados. vi.1x4 LSI-TEC:Restrito 3/14

éésot Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico.l 2 Formatos para representação de dados de georreferenciamento Esta seção descreve os formatos para representação de dados georreferenciados analisados à luz dos padrões definidos pelo programa e-ping. 2.1 Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico De acordo com o website do Programa de Governo Eletrônico Brasileiro, "a arquitetura e-ping - Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico - define um conjunto mínimo de premissas, políticas e especificações técnicas que regulamentam a utilização da Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) no governo federal, estabelecendo as condições de interação com os demais Poderes e esferas de governo e com a sociedade em geral." interoperabilidade consiste no intercâmbio de informações de forma que diferentes sistemas tenham a capacidade de acessar e "entender" essas informações. O Documento de Referência da e-ping - Versão 2011 estabelece como políticas gerais a adoção preferencial de padrões abertos nas especificações técnicas, o alinhamento com a Internet e a adoção do XML como padrão primário de intercâmbio de dados para todos os sistemas do setor público. Diante desse cenário, procurou-se identificar formatos de arquivo digital para a manipulação de dados georreferenciados que se enquadrassem nas orientações da e-ping e que atendessem as necessidades de representação cartográfica de imóveis rurais no âmbito do SREI. O Documento de Referência da e-ping indica em suas especificações para meios de acesso a informações georreferenciadas dois formatos de arquivo: o GML e o ShapeFile. mbos formatos constam como "adotados" pela e-ping. v1.1.r.4 LSI-TEC:Restrito 4/14

linhas, ffi/mz7 Laboratório desistemas Integráveis Tecnológico mmmasssmmmmêsssmêacmswmsmmttssmsmmtaêmmm www.lsilec.ora.bf Componente Especificação SlT Observações = dotado R = Recomendado T = Em Transição E = Em Estudo F = Estudo Futuro Informações GML versão 2.0 ou superior29. Indicado para estruturas georreferencladas vetoriais complexas, - padrões de envolvendo primitivas arquivos para geográficas como polígonos, intercâmbio entre. pontos, estações de superfícies, coleções, trabalho e atributos nurtiéricos ou textuais sem limites de número de caracteres. ShapeFlle30. Indicado para estruturas vetoriais limitadas a linhas, pontos e polígonos, cujos atributos textuais não ultrapassem 256 caracteres. Pode armazenar também as dimensões MeZ. Para o tráfego de informações através de serviços web, a e-ping indica em suas especificações os formatos WMS e WFS. INFORMÇÕES GEORREFEREN- CIDS - Interoperabilidade entre sistemas de informação geográfica WMS versão 1.0 ou posterior htto:/v-«yw,npfínofflspatiril,nrg/?itflndards WFS versão 1.0 ou posterior httd.7vww.oderfgeospatial.orq/standards WCS versão 1.0 ou posterior http:/rwww.oder>qeqsdatialqrq/standards CSW versão 2.0 ou posterior htip:/vww.operrqeo8datial.ora/standard5/cat WFS-T versão 1.0 ou posterior httd://www.openaeosdatial.ora/standards/wfs R Observar padrões e políticas de segurança indicados pelo GT2, principalmente WS- Security. WKT http://www.openaeospatial.orq/standards/sfa R Para codificar coordenadas em serviços Web convencionais. s coordenadas devem estar em Lat/Long Título' v1.1.r.4 LSI-TEC:Restrito 5/14

^amn Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico www,lsilec.ofg.b( Componente Especificação SIT Observações = dotado R = Recomendado T = Em Transição E = Em Estudo F = Estudo Futuro Informações georreferenciadas - padrões de arquivos para intercâmbio entre, estações de trabalho GML versão 2.0 ou superior29. Indicado para estruturas vetoriais complexas, envolvendo primitivas geográficas como polígonos, pontos, linhas, superfícies, coleções, e atributos numéricos ou textuais sem limites de número de caracteres. ShapeFlle30. Indicado para estruturas vetoriais limitadas a linhas, pontos e polígonos, cujos atributos textuais não ultrapassem 256 caracteres. Pode armazenar também as dimensões M e Z. Para o tráfego de informações através de serviços web, a e-ping indica em suas especificações os formatos WMS e WFS. INFORMÇÕES GEORREFEREN CIDS - Interoperabilidade informação geográfica WMS versão 1.0 ou posterior http://v<^vw,qdmbmspfitial.oro/.titantlflrr s WFS versão 1.0 ou posterior httd.//www.opengeo6datial.ora/standards WCS versão 1.0 ou posterior hüp;//yf7w.qdaribgc^patialpjg/standard.fi CSW versão 2.0 ou posterior htlp;/ww-ppflnqeospam WFS-T versão 1.0 ou posterior httdv/wwv.odenneosdatial.orq/standarrjsvfç R Observar padrões e políticas de segurança indicados pelo GT2, principalmente WS- Security. WKT http://www.openqeosdatial.orq/standards/sfa R Para codificar coordenadas em serviços Web convencionais. s coordenadas devem estar em Lat/Long v1.1.r.4 LSI-TEC.Restrito 5/14

ÉÉ/20Z7 laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico IPcoeesso-.^iklMí Z^gg L1 ha:. runc: &r tec.org.bi 3.1.1 Vantagens s principais vantagens da GML são: É um padrão aberto e formal: num universo onde cada desenvolvedor e cada fabricante tem a liberdade de criar e impor seu próprio formato, a aceitação do XML tem sido vista como o seu maior trunfo; Tem sua origem em uma instituição de padronização das mais abertas e dinâmicas, o W3C; Simplicidade e legibilidade; Possibilidade de criar sua própria sintaxe de dados, ou seja, estruturar os dados da forma que achar melhor, através da criação ilimitada de tags {application schemas); Possui suporte a Unicode, permitindo que praticamente qualquer informação escrita em qualquer língua possa ser transmitida; s tags descrevem informações de conteúdo; É um dos formatos recomendados pela e-ping. 3.1.2 Desvantagens s principais desvantagens da GML são: O seu uso e implementação é complexa e requer investimento e tempo para o aprendizado; sintaxe do XML é redundante, ou seja, torna-se grande em relação a representações de dados semelhantes; redundância pode afetar a eficiência quando se utiliza o XML para armazenamento, afetando também transmissão e processamento, e os custos podem ficar mais elevados. vi.1.r.4 LSI-TEC:Restrito 7/14

SÉ/MU laboratóriode Sistemas Integráveis Tecnológico I 3.2 Keyhole Markup Language - KML pesar de não estar na lista de formatos aceitos pelo e-ping, a linguagem KML {Keyhole Markup Language) foi analisada por ter sido citada em algumas reuniões do projeto por conta a possibilidade de utilização de imagens de satélite fornecidas pelos serviços de informação geoespacial da Google. linguagem KML é o formato nativo dessas aplicações. KML é uma codificação baseada em XML desenvolvida pela empresa Keyhole, Inc. para a manipulação e armazenamento de dados espaciais no software Keyhole Earth Viewer. Keyhole, Inc. foi adquirida pela empresa Google, Inc. e o software foi relançado com o nome de Google Earth. Em sua versão 2.2, o KML tornou-se um formato de padrão aberto e mantido pelo Open Geospatial Consortium. O foco desse formato é a visualização de dados georreferenciados sobre um modelo em três dimensões do planeta Terra, sem perder, porém, a capacidade de manipular dados em duas dimensões. Inclui, também, a possibilidade de armazenar anotações feitas pelo usuário diretamente no mapa. principal vantagem do formato KML é a integração com os serviços geoespaciais da marca Google, como o Earth e o Maps, permitindo a utilização de suas imagens de satélite e bases cartográficas (ainda que a precisão cartográfica desses dados seja questionável). No entanto, do ponto de vista estrutural, é um formato menos flexível que o GML, uma vez que não aceita a criação de application schemas, permitindo a adição de representações de feições somente através de substituição de outras previamente definidas pelo KML Schema. Outra desvantagem do formato KML reside no fato de permitir somente a utilização do sistema de coordenadas geográficas (latitude e longitude) com o WGS84 como datum de referência. vi.1x4 LSI-TEC:Restrito 8/14

PtocessoJálMÂr- Mamn laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico Func:. Essa característica impede a utilização desse formato para a representação cartográfica de imóveis rurais georreferenciados uma vez que a Lei 10.267/01 exige, de acordo com parágrafo terceiro do artigo número 3, que as coordenadas dos vértices definidores dos limites do imóveis rurais devem estar georreferenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro, que atualmente está baseado na projeção UTM e utiliza o SD69 como datum de referência. Somente a partir do ano de 2014, o datum de referência do Sistema Geodésico Brasileiro passará a ser o SIRGS2000, sendo este compatível com o datum WGS84. 3.3 ShapeFile ShapeFile é um formato de arquivo para armazenamento e transporte de dados espaciais desenvolvido e mantido pela empresa Environmental Systems Research Institute, Inc. (ESRI). Um arquivo shapefile é capaz de armazenar somente dados espaciais de feições (objetos) geográficas. No formato shapefile, os atributos de uma feição geográfica são armazenados em um arquivo de formato DBF (dbase), com os dados organizados em uma tabela. integração entre o arquivo shapefile e o arquivo DBF se dá através de um terceiro arquivo, o shapefile index. Cada feição geográfica gravada no arquivo shapefile tem um único registro correspondente na tabela de atributos armazenado no arquivo DBF. ssim, um conjunto de dados espaciais no formato shapefile é constituído de três arquivos: *.shp - shapefile propriamente dito, contém dados espaciais; *.dbf - arquivo DBF, contém os atributos dos dados espaciais; *.shx - shapefile index, contém o vínculo entre SHP e DBF. maior vantagem do shapefile se dá por ser um formato largamente utilizado. Diversos softwares, livres ou proprietários, dão suporte a leitura e escrita de dados espaciais nesse formato. v1.1.r.4 LSI-TEC:Restrito 9/14

È&ZMZ7 Laboratório d" Sistemas Integráveis Tecnológico inda que seja adotado pela e-ping, a maior desvantagem reside no fato de ser um formato proprietário. Outra característica desabonadora do shapefile reside no fato desse formato permitir somente um tipo de representação de feições por arquivo, ou seja, em um shapefile contendo feições geográficas do tipo ponto não é possível armazenar feições do tipo linha ou polígono. v1.1.r.4 LSI-TEC:Restrito 10/14

Mamn laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico Processo: òhxx l L Folha: Func: j^jj fyf.. 4 Protocolos para troca dados Em diversas situações existe a necessidade de transmissão de dados georreferenciados. Para possibilitar a troca de dados georreferenciados foram definidos alguns protocolos, alguns deles baseados em webservices. Esta seção apresenta dois destes protocolos: Web Map Services (WMS); Web Feature Services (WFS). 4.1 Web Map Services - WMS WMS é um protocolo que prove uma interface HTTP para o fornecimento de mapas georreferenciados gerados por um ou mais servidores de mapas a partir de dados de um banco de dados geográficos. Um pedido WMS define uma camada de informação geográfica e uma área de interesse. resposta a essa solicitação é um ou mais mapas georreferenciados no formato de imagem (geralmente JPEG ou PNG) que podem ser exibidos em qualquer software para navegação na Internet. O acesso aos mapas se dá tanto através de uma interface do servidor de mapas, que geralmente disponibiliza funções para navegação no mapa (zoom, pan, etc) e consultas simples aos atributos das feições representadas, quanto através de SIGs instalados no computador do usuário. principal vantagem do WMS é a sua característica multiplataforma, uma vez que não exige nada além de um browser para acessar os dados georreferenciados. principal desvantagem reside no fato dos mapas serem adequados somente para a visualização na tela do computador, uma vez que são exibidos em formato de imagem, ainda que exista a possibilidade de exportação de feições vetoriais, dependendo das funcionalidades do servidor de mapas. vi.1x4 LSI-TEC:Restrito 11 /14

Mam Laboratório do Sistemas Integráveis Tecnológica Por conta dos mapas serem exibidos somente em uma representação visual, eles não contem nenhum tipo de informação geométrica e topológica associada, não sendo possível a realizar de qualquer tipo de análise espacial. 4.2 Web Feature Services - WFS O WFS prove uma interface que permite o transporte de feições geográficas em formato vetorial através da Internet a partir de pedidos de plataformas independentes. O WFS representa uma mudança na maneira em que as informações geográficas são criadas, modificadas e compartilhadas pela Internet. O WFS oferece acesso direto à feições geográficas e seus atributos, permitindo que o usuário recupere somente os dados que lhe interessem, ao invés de acessar uma base de dados completa. Um serviço WFS básico permite somente a busca e recuperação de feições vetoriais, enquanto um serviço Transactional Web Feature Service (WFS-T) permite a criação, remoção e atualização de feições diretamente no banco de dados geográfico (dependendo das diretivas de acesso ao banco de dados). Por padrão, a linguagem GML é utilizada como formato de arquivo para o tráfego do dados georreferenciados entre o computador do usuário e o servidor WFS. O WFS ainda permite que usuário acesse dados geográficos vetoriais e os sobreponha a mapas georreferenciados no formato de imagens oriundos de servidores WMS. principal vantagem do WFS é o acesso aos dados geográficos em formato vetorial, o que permite a realização de análises espaciais. maior desvantagem reside na necessidade do usuário ter acesso a um SIG instalado no computador cliente para acessar os dados ou ter acesso uma interface web capaz de acessar e interagir com dados oriundos de um serviço WFS. vi.1.r.4 LSI-TEC:Restrito 12/14

^nmn laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico Processo: 3^2 SrtL Folha: Func: èjãá fçf www.lsitec.ofg.b 5 Recomendações Dentre as alternativas para formato de representação de dados georreferenciados estão o GML e o ShapeFile. O formato GML, que herda as vantagens do formato XML, como a flexibilidade a interoperabilidade e a extensibilidade. Esta última característica se materializa através da possibilidade de se desenvolver um application schema para o SREI, padronizado a partir das normas de georreferenciamento definidas pelo INCR, de forma a manter a integridade e a interoperabilidade dos dados espaciais. pesar do formato GML se mostrar o mais adequado, a INDE utiliza o formato ShapeFile. Não há uma justificativa formal no "Plano de ção para Implantação da INDE" para a adoção do shapefile, mas, assim como o GML, esse formato de arquivo é adotado pelo e-ping. Pode-se supor que por ser largamente utilizado o shapefile tenha sido o formato escolhido. Com relação ao protocolo para troca de dados georrefenciados via web services, ambos podem ser utilizados desde que sejam respeitadas suas limitações. Se houver a necessidade de se estabelecer um canal de acesso aos dados dos imóveis rurais georreferenciados somente para consulta simples e visual, o serviço WMS é o mais indicado. No entanto, para o tráfego de dados georreferenciados entre os cartórios de registro de imóveis e o órgão centralizador de gestão do SIG, o WFS oferece as funcionalidades necessárias. vi.1x4 LSI-TEC:Restrito 13/14

... _Sfí077 Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico 6 Referências SVOY, DNIEL. Projeto SREI: lternativas para formato de documento nato digital. LSITEC. 2011. BRSIL. Comitê Executivo de Governo Eletrônico. e-ping - Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico. Documento de Referência. Versão 2011. Disponível em: http://www.governoeletronico.gov.br/biblioteca/arquivos/documento-da-e-pingversao-2011/ BRSIL. Lei n 10.267, de 28 de agosto de 2001. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/leis_2001/l10267.htm. Website do Open Geospatial Consortium, http://www.opengeospatial.org Website da Open Source Geospatial Foundation, http://www.osgeo.org vi.1x4 LSI-TEC:Restrito 14/14