Plano Básico Ambiental - PBA. Estrada Parque Visconde de Mauá - RJ-163 / RJ-151. Novembro de 2009. 4.1 Programa de Gestão Ambiental



Documentos relacionados
Plano Básico Ambiental - PBA. Estrada Parque Visconde de Mauá - RJ-163 / RJ-151. Novembro de 2009

5.4 - Programa de Gestão Ambiental para a Operação... 1/ Objetivos... 1/ Justificativas... 1/ Metas...

5.3 - Plano de Gestão Ambiental - PGA... 1/ Objetivos... 1/ Justificativas... 1/ Metas... 1/9

Plano Básico Ambiental - PBA. Estrada Parque Visconde de Mauá - RJ-163 / RJ-151. Novembro de 2009

5.4. Programa de Comunicação Social. Revisão 00 NOV/2013. PCH Dores de Guanhães Plano de Controle Ambiental - PCA PROGRAMAS AMBIENTAIS

1. Esta Política Institucional de Gestão de Continuidade de Negócios:

5.1. Programa de Gerenciamento Ambiental. Revisão 00 NOV/2013. PCH Senhora do Porto Plano de Controle Ambiental - PCA PROGRAMAS AMBIENTAIS

5.1. Programa de Gerenciamento Ambiental. Revisão 00 NOV/2013. PCH Fortuna II Plano de Controle Ambiental - PCA PROGRAMAS AMBIENTAIS

II.10.3 PROJETO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

5.1. Programa de Gerenciamento Ambiental. Revisão 00 NOV/2013. PCH Jacaré Plano de Controle Ambiental - PCA PROGRAMAS AMBIENTAIS

Plano Básico Ambiental - PBA. Estrada Parque Visconde de Mauá - RJ-163 / RJ-151. Novembro de Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

RELATÓRIO SOBRE A GESTÃO DE RISCO OPERACIONAL NO BANCO BMG

Sistema de Gestão da Qualidade

Estrutura da Gestão de Risco Operacional

1. Esta Política institucional de gestão de continuidade de negócios:

Estabelece os requisitos mínimos e o termo de referência para realização de auditorias ambientais.

Estratégias para a implantação do T&V

SUMÁRIO. Este procedimento define a estrutura e a sistemática para a condução da Análise Crítica do Sistema de Gestão de SMS da OGX.

PROGRAMA EDUCAÇÃO AMBIENTAL DA SAMARCO. Programa de Educação Ambiental Interno

Níveis Qualificação Quantidade % N I Não qualificados (ajudantes, serventes e faxineiros) %

SISTEMA DA GESTÃO AMBIENTAL SGA MANUAL CESBE S.A. ENGENHARIA E EMPREENDIMENTOS

PLANO DE GERENCIAMENTO DE RISCO ESTUDO DE CASO: GASODUTO PILAR-IPOJUCA. IPOJUCA. Prof. Eduardo Lucena C. de Amorim

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

TERMO DE REFERENCIA Nº 04

CURSO: GESTÃO AMBIENTAL

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

Questões Ambientais e Licitações no DNIT

CARGOS E FUNÇÕES APEAM

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

AUDITORIA DE DIAGNÓSTICO

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD VAGA

ÍNDICE Programa de Segurança no Trânsito e Mobilidade Urbana... 1/ EIA-RL Março de 2014 Rev. nº 01

Descrição dos Cargos, Atribuições e Responsabilidades

Programa de Educação Ambiental e de Comunicação Social. Projeto de Implantação de Depósito de Celulose. Klabin S.A

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

SÍNTESE PROJETO PEDAGÓGICO. Missão

POLÍTICA DE SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE (SMS) Sustentabilidade

Anexo 10 Diretrizes de Governança

TERMO DE REFERÊNCIA PARA PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL NO PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

ICKBio MMA MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE

TERMO DE REFERÊNCIA Nº 1734 PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOA FÍSICA/JURÍDICA CONSULTOR POR PRODUTO

Programa de Educação Ambiental

INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 01, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2004.

POLÍTICA DE GESTÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO E SAÚDE OCUPACIONAL DA ELETROBRAS ELETRONORTE

Metodologia de Gerenciamento de Projetos da Justiça Federal

Gestão de Programas Estruturadores

Programa de Apoio a Infraestrutura Local... 1/7

Plano Básico Ambiental - PBA. Estrada Parque Visconde de Mauá - RJ-163 / RJ-151. Novembro de 2009

PLANEJAMENTO DA GESTÃO DE RSU

O sistema de gerenciamento de risco é composto pelas etapas de identificação e avaliação de controle dos riscos, descritas a seguir.

CARGO: PROFESSOR Síntese de Deveres: Exemplo de Atribuições: Condições de Trabalho: Requisitos para preenchimento do cargo: b.1) -

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE. Reserva Extrativista Chico Mendes

CRIAÇÃO DA DISCIPLINA SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades;

MMX - Controladas e Coligadas

PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAJUBÁ Av. Jerson Dias, Estiva CEP Itajubá Minas Gerais

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE

Programa de Capacitação em Gestão do PPA Curso PPA: Elaboração e Gestão Ciclo Básico. Elaboração de Planos Gerenciais dos Programas do PPA

Plano Básico Ambiental - PBA. Estrada Parque Visconde de Mauá - RJ-163 / RJ-151. Novembro de Programa de Compensação Ambiental

DESCRIÇÃO DAS REVISÕES

Câmara Municipal de Barueri. Conheça a Norma SA8000. Você faz parte!

TERMO DE REFERÊNCIA CG ICP-BRASIL COMITÊ GESTOR DA ICP-BRASIL

5.2. Programa de Mobilização e Desmobilização da Mão de Obra. Revisão 00 NOV/2013

UHE SANTO ANTÔNIO DE JARI

PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCOS DE GESTÃO, INCLUINDO OS DE CORRUPÇÃO E INFRACÇÕES CONEXAS

MANUAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS. Junho, 2006 Anglo American Brasil

Orientações e dicas para montar um projeto de extensão Ricardo T. Neder

b) supervisionar o cumprimento desta política pelas entidades integrantes do Sistema Sicoob;

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES

CAPITULO I DO OBJETIVO

PROCEDIMENTO GERENCIAL PARA PG 017/02 PREPARAÇÃO E ATENDIMENTO A EMERGÊNCIA Página 2 de 5

RELATÓRIO TÉCNICO GESOL Nº 19/2009

PROJETO IICA/BRA/09/005 TERMO DE REFERÊNCIA: MODALIDADE PRODUTO

TERMO DE REFERÊNCIA PARA A ELABORAÇÃO DE PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PGRS

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS DAS EMPRESAS ELETROBRAS

Projeto Básico Ambiental

Prefeitura Municipal de Catanduva Banco Interamericano de Desenvolvimento. Programa de Desenvolvimento Urbano Integrado de Catanduva

Missão. Objetivos Específicos

Fundo, Fórum e Projetos Sociais e Ambientais apoiados pelo Sapiens Parque

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE SES/GO

PORTARIA-TCU Nº 385, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2009 (Revogada) (Portaria - TCU nº 36, de 31/01/2011, BTCU nº 03, de 31/01/2011)

Política Ambiental das Empresas Eletrobras

5.9 - Programa de Comunicação Social... 1/ Objetivos... 1/ Justificativas... 2/ Metas... 2/ Metodologia...

CHECK - LIST - ISO 9001:2000

REGIMENTO INTERNO DA SECRETARIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO SETIC CAPÍTULO I CATEGORIA

IMPLANTAÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL

EDUCAÇÃO AMBIENTAL. Meta e Estratégias. Meta

Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇOS, ENSINO E PESQUISA LTDA.

Manual de Elaboração do Plano Gerencial dos Programas do PPA


15/09/2015. Gestão e Governança de TI. Modelo de Governança em TI. A entrega de valor. A entrega de valor. A entrega de valor. A entrega de valor

TERMO DE REFERÊNCIA N.º 02/2010

Anexo II CARGOS DE DCA

Transcrição:

- PBA Estrada Parque Visconde de Mauá - RJ-163 / RJ-151 4.1 Programa de Gestão Ambiental Elaborado por: SEOBRAS Data: 18/11/2009 Revisão Emissão Inicial

INDÍCE 4. Detalhamento dos Planos e Programas 4.1 Programa de Gestão Ambiental 4.1.1 Apresentação 4.1.2 Justificativa 4.1.3 Objetivos 4.1.4 Metas 4.1.5 Indicadores Ambientais 4.1.6 Público - Alvo 4.1.7 Procedimentos Metodológicos 4.1.7.1 Sistemática de Implantação 4.1.7.2 Definição da Estrutura Organizacional 4.1.7.3 Equipe Técnica do Gerenciamento Ambiental 4.1.8 Inter-relação com Outros Planos e Programas 4.1.9 Requisitos Legais 4.1.10 Cronograma Físico 4.1.11 Responsáveis pela implementação do Programa 4.1.12 Bibliografia 3 3 3 4 4 5 5 6 6 6 6 9 11 11 11 12 12 2

4 - DETALHAMENTO DOS PLANOS E PROGRAMAS 4.1 - PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL 4.1.1 - Apresentação O Programa de Gestão Ambiental é, na realidade, uma estrutura que envolve a execução dos demais programas ambientais e se constitui em um conjunto de ações sistematizadas, na forma de medidas e procedimentos de gestão de processos técnicos associados às questões ambientais e sociais, tendo como conseqüência a minimização dos impactos ambientais e sociais, provocados pela implantação e operação do empreendimento. Essas ações têm por objetivo a manutenção da qualidade ambiental da região do empreendimento, cuidando da qualidade de vida das comunidades locais diretamente afetadas. Destaca-se, neste Programa o desenvolvimento de instrumentos de gestão que permitam uma integração cultural e tecnológica entre os diferentes atores envolvidos, face à interdependência de instituições públicas e privados com a sociedade civil organizada e considerando os diferentes interesses envolvidos. O empreendimento necessitará de uma estrutura gerencial projetada para programar técnicas de controle, proteção, manejo e recuperação ambiental, além da disposição de condições operacionais adequadas para a implantação e o acompanhamento dos Planos e Programas Ambientais previstas. As ações ambientais relacionadas à fase de construção do empreendimento terão a Coordenação da SEOBRAS e serão acompanhadas diretamente pela Supervisão Ambiental. As questões ambientais e sociais relevantes nesta fase serão devidamente tratadas pelo Programa de Comunicação e Responsabilidade Social; os demais programas ambientais serão implantados de forma integrada; e acompanhados e monitorados pelo grupo de Supervisão Ambiental e pela Coordenação Ambiental. Para o acompanhamento da implantação dos Programas propostos, foi definida uma estrutura de Gestão Ambiental, que deverá ser implantada quando da obtenção das Licenças de Instalação (LI) e de Operação (LO). Os programas que fazem parte da Gestão Ambiental do empreendimento foram agrupados em quatro conjuntos: Programas de Controle; Programas de Monitoramento; Programas de Apoio; Programas Compensatórios. 3

O Programa de Gestão Ambiental atinge suas metas quando as ações previstas no conjunto de Programas Ambientais são plenamente executadas, alcançando resultados socioambientais positivos e eficientes, mediante um tratamento ético e responsável. 4.1.2 - Justificativas O pleno cumprimento das licenças ambientais envolve o acompanhamento da execução das medidas mitigadoras, dos atendimentos às condicionantes de licença e dos planos e programas propostos nos estudos ambientais a serem implantados durante a fase de construção dos empreendimentos, estendendo-se também durante sua operação. Dessa forma, para a construção e a operação do empreendimento, justifica-se a implantação do Programa de Gestão Ambiental, por meio da criação de uma estrutura destinada a garantir a aplicação das medidas de reabilitação e proteção previstas nos programas associados ao controle e monitoramento ambientais. Esta estrutura que integra todas as partes interessadas (agentes internos e externos sócios, trabalhadores, empresas contratadas, consultoras e instituições públicas e privadas), irá garantir ao empreendedor a segurança necessária para a não-transgressão às normas e à legislação ambiental pertinentes. Durante a fase de construção, as diferentes ações de obras passarão a ser associadas aos procedimentos ambientais, verificando-se, regularmente, a execução de ações incorretas (Não-Conformidades), tanto no aspecto ambiental (por exemplo, desmatamentos exagerados, indução de processos erosivos, carreamento de sedimentos) quanto no social (por exemplo, interferências no cotidiano da população). Nesses casos, adotam-se ferramentas de gestão integrada, objetivando a inter-relação das diferentes ações ambientais e técnicas previstas durante a obra. 4.1.3 - Objetivos O objetivo geral do Programa de Gestão Ambiental (PGA) é dotar o empreendimento de estrutura eficiente que garanta a execução e o controle das ações planejadas nos vários programas e a adequada condução ambiental das obras, controlar informações e manter um elevado padrão de qualidade na implantação e operação do empreendimento. São objetivos específicos deste PGA: Definir diretrizes ambientais gerais, visando à contratação de serviços; Estabelecer mecanismos de controle e supervisão ambiental das obras, integrados aos procedimentos técnicos de engenharia, objetivando minimizar os impactos socioambientais; 4

Estabelecer procedimentos técnico-gerenciais e mecanismos de acompanhamento para garantir a implementação dos programas ambientais; Estabelecer e controlar o fluxo de informações para os públicos internos e externos. 4.1.4 - Metas As metas a serem alcançadas, associadas aos objetivos específicos do PGA, são: Implantar os procedimentos ambientais para as atividades técnicas relativas às obras e para os serviços relativos aos programas; Atender a todas as demandas em termos de elaboração de procedimentos e mecanismos para a coordenação e articulação adequadas das ações ambientais durante as obras; Obter baixo nível de reclamações da população local; Obter baixos níveis de acidentes de trabalho; Obter baixos níveis de Não-Conformidades e danos ao meio ambiente durante as obras; Obter baixos níveis de casos de violência, crimes e indisciplina nos canteiros e frentes de obra. 4.1.5 - Indicadores Ambientais Para o estabelecimento do PGA, foram identificados indicadores ambientais representativos que demonstram sensibilidade a possíveis mudanças, determinando as condições locais (trabalhadores x ecossistemas x populações afetadas) e a eficiência do Programa. Os principais indicadores a serem monitorados ao longo do processo de avaliação dos resultados almejados do Programa são os seguintes: Número de procedimentos elaborados; Número de reclamações das populações locais; Número de acidentes de trabalho; Número de Não-Conformidades e danos ao meio ambiente; Número de infrações do Código de Conduta; Número de auditorias realizadas. 5

4.1.6 - Público-Alvo O Programa deverá ser executado abrangendo: O empreendedor; O contingente de trabalhadores envolvidos com a construção e montagem do empreendimento; As populações afetadas diretamente pelas obras, representações sociais e ONG s; Os órgãos públicos diretamente ligados à implantação do empreendimento; Os meios de comunicação (jornais, revistas, rádios e televisão) municipais, estaduais e nacionais. 4.1.7 - Procedimentos Metodológicos 4.1.7.1 - Sistemática de Implantação O Programa de Gestão Ambiental será conduzido pelo empreendedor DER-RJ com o apoio da SEOBRAS, responsável pelas interfaces com o órgão ambiental licenciador, pelos demais órgãos ambientais envolvidos e pelas comunidades locais. A estrutura fica composta com dois grupos: um responsável pela supervisão das obras vinculada diretamente ao DER-RJ; outro responsável pela supervisão e implantação dos programas ambientais vinculado à SEOBRAS. O gerenciamento e coordenação se farão apoiados por um sistema de fluxo de informações. O empreendedor contará com apoio da SEOBRAS através de uma gerência e coordenações responsáveis pelo acompanhamento e supervisão ambiental das obras; pelas ações preventivas e pelo controle de eventuais Não-Conformidades; pela manutenção da qualidade ambiental das atividades de campo; e pela implantação dos Programas Ambientais e Sociais. 4.1.7.2 - Definição da Estrutura Organizacional O PGA visa a definir a estrutura organizacional que será responsável pela Gestão Ambiental das obras considerando as duas fases do empreendimento. Essa estrutura visa a apoiar o empreendedor e os gestores públicos: Na montagem e operação de um Sistema de Informações, permanente, cuja função básica será informar, através de relatórios gerenciais, a evolução dos serviços e as 6

questões ambientais nas frentes de obra e os resultados da implementação dos Planos e Programas Ambientais; No apoio em relação à interface com os órgãos ambientais e demais órgãos gestores de políticas públicas envolvidos diretamente com o empreendimento e seus impactos; No apoio às respostas dos questionamentos da sociedade civil e órgãos governamentais, incluindo-se ONGs e outras partes interessadas nas obras e nos Planos e Programas Ambientais do empreendimento, com o apoio da Comunicação Social e da Gestão Institucional; No desenvolvimento das atividades de acompanhamento, validação técnica e controle dos prazos (em relação ao andamento das obras) dos Planos e Programas Ambientais contemplados no EIA, detalhados e consolidados nesse PBA; Na implementação, acompanhamento e controle dos Programas de Monitoramento Socioambiental e Educação Ambiental e Saúde para as Populações Vinculadas à Obra; No acompanhamento e controle ambiental da execução das obras civis, utilizando principalmente o Plano Ambiental da Construção como ferramenta básica, verificando e exigindo (quando for o caso) a mobilização dos recursos necessários e indicados nas programações executivas, definidas pelas empreiteiras; No acompanhamento e controle dos relatórios ambientais das empreiteiras, avaliando e emitindo pareceres, além de sugerir correções e adequações. Os elementos que farão parte da Estrutura Organizacional proposta, no sentido de melhor ordenar a ações a serem implantadas durante a Gestão Ambiental das Obras são: Gerenciamento Ambiental - atuará segundo as diretrizes 1, 2 e 3, a serem implementadas durante a Gestão Ambiental das Obras; Coordenação Ambiental - atuará segundo as diretrizes 4 e 5, a serem implementadas durante a Gestão Ambiental das Obras; Supervisão Ambiental atuará segundo as diretrizes 6 e 7, a serem implementadas durante a Gestão Ambiental das Obras. O Programa de Gestão Ambiental contará com o apoio do Programa de Comunicação e Responsabilidade Social, que atuará: 7

No apoio, quando da articulação com as entidades e atores diretamente envolvidos nos Planos e Programas Ambientais, como os diversos níveis de governo (Federal, Estadual e Municipal), ONG s e representantes de comunidades diretamente afetadas pelo empreendimento; Na divulgação adequada do empreendimento para os públicos leigo e técnico; Na montagem e operação de um sistema de comunicação com as comunidades envolvidas e interessadas no empreendimento; Na promoção e divulgação de informações sobre o empreendimento, em nível nacional, visando a atingir a maioria dos segmentos da sociedade civil através do uso dos meios de comunicação de grande cobertura, por exemplo, jornais e revistas de grande circulação, emissoras de TV, páginas eletrônicas na Internet, dentre outros. O Organograma detalhado da Gestão Ambiental para o empreendimento, com a disposição e o inter-relacionamento dos diversos elementos que compõem a Estrutura Organizacional proposta é apresentado a seguir. Sociedade civil, mídia e demais representantes. EMPREENDEDOR Órgão Licenciador e demais órgãos públicos Sistema de Gestão e Controle Ambiental Gerencia Ambiental Programa de Comunicação Social Coordenação Ambiental Gestão Institucional Supervisão Ambiental das obras Supervisão dos Programas Ambientais Figura 4.1-A Estrutura Organizacional 8

4.1.7.3 - Equipe Técnica do Gerenciamento Ambiental A seguir, é definida a equipe que atuará na Gestão Ambiental das obras do empreendimento e será responsável pela implantação e operação do sistema de informações na forma de relatórios gerenciais para o empreendedor e órgãos ambientais. Esta equipe acompanhará, exigindo da Supervisão de Obras, quando for o caso, a mobilização de recursos para o cumprimento adequado das programações ambientais. 4.1.7.3.1 - Coordenação Ambiental A Coordenação Ambiental abrange os Programas de Controle, os de Monitoramento e os de Apoio da fase de construção do empreendimento. Para tanto, destacam-se as seguintes ações: Controlar as equipes de supervisão ambiental; Analisar cronogramas; Acompanhar o tratamento das Não-Conformidades ambientais; Contratar e implementar os programas ambientais sob sua responsabilidade; Emitir relatórios periódicos que serão encaminhados ao gerente; Criar mecanismos de interação entre as equipes de Supervisão Ambiental e as das empresas de construção e montagem. O empreendedor contará com um coordenador, devidamente capacitado, com experiência em implantação de obras, coordenação e em questões ambientais. 4.1.7.3.2 - Supervisão Ambiental A Supervisão Ambiental é a parte da estrutura da Gestão Ambiental que tem a responsabilidade de garantir a implementação das medidas previstas no Plano Ambiental de Construção PAC, para evitar ou minimizar a ocorrência de impactos diretos previstos e ao mesmo tempo impedir que ocorram novos impactos não previstos. 9

A Supervisão Ambiental define no dia a dia as funções e responsabilidades das empresas de construção e montagem e supervisiona as diretrizes ambientais, definidas através do PAC, a serem seguidas durante as obras. Deverá ter as seguintes responsabilidades: Supervisionar a implementação do Plano Ambiental de Construção (PAC) e das ações para implementação do Programa de Treinamento Ambiental dos Trabalhadores, a serem executadas pelas empreiteiras, bem como acompanhar os Programas Ambientais prioritários para início das obras, incluindo os Programas de Controle, Monitoramento e Apoio; Acompanhar a implementação dos Treinamentos e Capacitação do pessoal da obra, participando, também, como instrutores, do treinamento das equipes de meio ambiente das empresas a fim de uniformizar os procedimentos ambientais contidos no PAC; Criar procedimentos para o tratamento das Não-Conformidades ambientais; Fazer cumprir os cronogramas ambientais e analisar as rotinas ambientais das obras; Estabelecer rotinas e procedimentos necessárias ao cumprimento das exigências ambientais. A Supervisão Ambiental será assim composta: Supervisor Ambiental um profissional com experiência em Gestão Ambiental, incluindo acompanhamento ambiental de obras lineares; facilidade de comunicação e habilidade para negociação e resolução de conflitos. Inspetor Ambiental - 1 (um) inspetor, profissionais que poderá ser técnico ambiental com experiência em trabalho de campo e, preferencialmente, em acompanhamento de obras civis e aspectos ambientais correlatos. Deverá ser previsto também um Comitê Ambiental de obras, composto pelo Inspetor Ambiental e de Segurança da Construtora, tendo como responsável o Coordenador Ambiental e, também, o gerente de frente de obras, pessoal de planejamento e técnicos de Saúde, Meio Ambiente e Segurança (SMS). A função básica desse Comitê será a de discutir todos os assuntos socioambientais do dia-a-dia das obras e buscar soluções para as Não-Conformidades ocorridas. 10

4.1.8 - Inter-relação com Outros Planos e Programas A gestão e o controle ambiental da obra estão relacionados com todos os planos e programas, uma vez que tem como objetivo fundamental coordenar e gerenciar a execução e implantação deles. Este Programa tem uma inter-relação direta com o Programa de Comunicação e Responsabilidade Social (PCRS), o qual se constitui como uma ferramenta importante do processo de gestão. Além disso, espera-se que sejam utilizados os materiais informativos e didáticos do PCRS, notadamente aqueles que se relacionam diretamente com as questões abordadas no Código de Conduta e com o Programa de Ambiental dos Trabalhadores. As questões de conservação e preservação ambiental no dia-a-dia da obra estão diretamente relacionadas à implantação do Plano Ambiental de Construção PAC, de responsabilidade da Construtora, que aborda de forma direta, através dos procedimentos técnicos das obras, os aspectos ambientais e os cuidados e ações ambientais previstos para cada aspecto de construção e montagem. 4.1.9 - Requisitos Legais Não foram identificados requisitos legais diretamente relacionados a este Programa. Sua elaboração é iniciativa do empreendedor, por entender ser esta a forma adequada de organização e estruturação gerencial para garantir a qualidade de implementação das ações ambientais, e as suas formas de controle, durante as obras do empreendimento. Este programa atende também aos questionamentos efetuados pelo Ministério Público Estadual e pelo Ministério Público Federal em conjunto e os da APA da Mantiqueira e do PARNA de Itatiaia também em conjunto. Tais questionamentos foram efetuados na fase de análise do EIA/RIMA. 4.1.10 - Cronograma Físico A implantação do Programa de Gestão Ambiental está diretamente relacionada com a duração dos programas ambientais e da gestão operacional do empreendimento, podendo variar sua estrutura de acordo com a demanda ambiental. O Programa de Gestão Ambiental será desenvolvido ao longo de todo o período de obras e, posteriormente, na fase de pré-operação. 11

Tal Programa será norteado pelos seguintes passos principais: a) Detalhamento dos programas ambientais propostos, quando necessário; b) Estabelecimento e cumprimento das normas de operação de canteiros; c) Implementação e acompanhamento dos programas ambientais; d) Acompanhamento das ações ambientais durante o desenvolvimento das obras; e) Transferência do sistema para a unidade gestora local após a fase de pré-operação. Pretende-se que na fase de pós-obras, este sistema gerencial estruturado e em funcionamento seja transferido para a unidade gestora local da APA da Mantiqueira. 4.1.11 - Responsáveis pela Implementação do Programa O DER-RJ/SEOBRAS é o responsável pela gestão e controle ambiental da obra, podendo ser auxiliado por empresas contratadas e fiscalizado pelo órgão licenciador e demais órgãos governamentais envolvidos. Este programa será desenvolvido por: Profissional Formação Registro Vicente de Paula Loureiro Arquiteto CREA-RJ 42.833 D IBAMA 4808139 Carmen Lúcia Petraglia Engenheiro Civil, Sanitarista e Ambiental CREA-RJ 20.472 - D Roberto Guerra Engenheiro Civil CREA RJ 30.875-D Paulo Gustavo Pereira Bastos Arquiteto CREA_RJ 35.242 - D Gertrudes Silva Nogueira Geóloga CREA-RJ 36.510 - D Evaldo Louredo Engenheiro Químico CRQ - 3 a Reg. 03312311 Júlia Borja Bióloga CRBio 42.319/02 4.1.12 - Bibliografia Anexos 2 e 3 da Instrução Técnica Vice-Presidência - IT N o. 02/2008. FEEMA. Maio de 2008. Licença Prévia INEA n o IN000968. INEA. Novembro 2009. Plano Básico Ambiental do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro. Consórcio Tecnosolo/Concremat. Janeiro de 2008. 12