Formatos de Programa de TV. Monyca Canella Mo5a

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Transcrição:

Formatos de Programa de TV Monyca Canella Mo5a contato@monycamo5a.com.br

O que é formato de programa de TV? Obra literária Obra arbscca Obra audiovisual Banco de dados Franquia

Formato de Programa de TV Um formato pode ser considerado como composto dos elementos fixos e repecdos que formam a estrutura dramácca do programa, e permitem o movimento através daquela estrutura. (Lane, S & Bridge, R: The ProtecCon of Formats under English Law Part I & Part II, [1990] Ent. LR 96 & 131)

Michel Rodrigues CEO da DistracCon Formats Um formato de programa de TV é uma receita que permite que conceitos e idéias serem transportadas sem serem impedidas por barreiras geográficas ou linguísccas. Para alcançar este objecvo, a receita vem com vários ingredientes que possibilitam que produtores nos mais diversos locais do mundo façam um novo programa baseado num programa estrangeiro de sucesso, e apresentá- lo como um programa local, perfeitamente adaptado ao seu pais e à cultura local.'

Cláudio Lins de Vasconcelos Talvez não seja possível enquadrar o formato televisivo propriamente como uma obra intelectual, mas seria certamente possível considerá- lo entre as informações passíveis de proteção na disciplina internacional do segredo industrial, cuja violação consctuiria a hipótese de concorrência desleal Lins de Vasconcelos, Cláudio, (2010). Mídia e Propriedade Intelectual A crônica de um modelo em transformação, 1 edição. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris.

Big Brother Decisão 2a. instância

Universidade de Bournemouth

Casos no Brasil O Povo é o Juiz x Você Decide Olimpíadas do Faustão x SBT Gente Inocente x Pequenos Brilhantes Big Brother x Casa dos ArCstas

Casos Internacionais

Green v Broadcas@ng Corpora@on of New Zealand [1989] Hughie Green sued BCN in High Court of New Zealand in 1979, claiming that the NZ programme contained certain features of his original programme, including the name, various catchphrases used by Green, the use of "sponsors to introduce contestants and a "clapometer" to measure studio reaction. The highest NZ court dismissed the case in 1983. Green then took it to the Privy Council in UK which also dismissed it in 1989. Green was unable to provide tangible scipts of his 'format' and the courts did not see his programme concept as a 'dramatic' work capable of copyright protection. In the words of the Privy Council, "a dramatic work must have sufficient unity to be capable of performance". Secondly, Green failed to show that his format, broadcast on British TV, had any reputation in New Zeland or that the defendant had caused any financial harm to Green while the show was broadcast in New Zealand. An action in passing off failed.

Castaway Television Produc@ons Ltd & Planet 24 Produc@ons Limited v Endemol [2004] Castaway asserted that Survive was a copyright work because of its unique combination of 12 elements and that 'Big Brother' was an infringing copy. In June 2000 the claims were dismissed at trial. In June 2002 the Dutch Court of Appeal upheld that judgment. The Dutch Court of Appeal took a pragmatic view of the issue basing its judgment on the similarities between the relevantprogrammes. The Court concluded: "A format consists of a combination of unprotected elements... an infringement can only be involved if a similar selection of several of these elements have been copied in an identifiable way. If all the elements have been copied, there is no doubt that copyright infringement is involved. If only one (unprotected) element has been copied, the situation is also clear: in that case no infringement is involved". Castaway and Planet 24 then appealed to the Dutch Supreme Court which agreed with the Court of Appeal in deciding that the Survive format was a copyright work, but that the Big Brother format was not an infringing copy.

19TV v Syco & Fremantlemedia ( Pop Idol v X Factor ) [2004] Fremantle was co- producer of 19TV's Pop Idol; and thereater was co- producera nd co- owner of The X Factor. Various accusacons included: 1. Fremantle used the 300 page produccon bible of 'Pop Idol' for 'The X Factor' 2. Half of 59 staff, including senior producers were same people on both shows 3. Thirty technical aspects which were copied included music, lighcng, structure 4. Fremantle s own past legal le5ers to producers worldwide were evidence that it had knowledge of format copyca{ng 5. Presenters on Pop Idol used to use the phrase 'We're looking for the X Factor". Fremantle refuted all allegacons saying there were differences in both the shows.

Proteção Legal

LDA Art. 7º São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais com I - os textos de obras literárias, arbsccas ou cienbficas; II - as conferências, alocuções, sermões e outras obras da mesma natureza; III - as obras dramáccas e dramácco- musicais; IV - as obras coreográficas e pantomímicas, cuja execução cênica se fixe por escrito ou por outra qualquer forma; V - as composições musicais, tenham ou não letra; VI - as obras audiovisuais, sonorizadas ou não, inclusive as cinematográficas; VII - as obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo análogo ao da fotografia; VIII - as obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e arte cinécca; IX - as ilustrações, cartas geográficas e outras obras da mesma natureza; X - os projetos, esboços e obras plásccas concernentes à geografia, engenharia, topografia, arquitetura, paisagismo, cenografia e ciência; XI - as adaptações, traduções e outras transformações de obras originais, apresentadas como criação intelectual nova; XII - os programas de computador; XIII - as coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias, dicionários, bases de dados e outras obras, que, por sua seleção, organização ou disposição de seu conteúdo, consctuam uma criação intelectual.

LDA Art. 8º Não são objeto de proteção como direitos autorais de que trata esta Lei: I - as idéias, procedimentos normacvos, sistemas, métodos, projetos ou conceitos matemáccos como tais; II - os esquemas, planos ou regras para realizar atos mentais, jogos ou negócios; III - os formulários em branco para serem preenchidos por qualquer Cpo de informação, cienbfica ou não, e suas instruções; IV - os textos de tratados ou convenções, leis, decretos, regulamentos, decisões judiciais e demais atos oficiais; V - as informações de uso comum tais como calendários, agendas, cadastros ou legendas; VI - os nomes e Btulos isolados; VII - o aproveitamento industrial ou comercial das idéias concdas nas obras.

LPI Art. 195. Comete crime de concorrência desleal quem: I - publica, por qualquer meio, falsa afirmação, em detrimento de concorrente, com o fim de obter vantagem; II - presta ou divulga, acerca de concorrente, falsa informação, com o fim de obter vantagem; III - emprega meio fraudulento, para desviar, em proveito próprio ou alheio, clientela de outrem; IV - usa expressão ou sinal de propaganda alheios, ou os imita, de modo a criar confusão entre os produtos ou estabelecimentos; V - usa, indevidamente, nome comercial, título de estabelecimento ou insígnia alheios ou vende, expõe ou oferece à venda ou tem em estoque produto com essas referências; VI - substitui, pelo seu próprio nome ou razão social, em produto de outrem, o nome ou razão social deste, sem o seu consentimento; VII - atribui-se, como meio de propaganda, recompensa ou distinção que não obteve; VIII - vende ou expõe ou oferece à venda, em recipiente ou invólucro de outrem, produto adulterado ou falsificado, ou dele se utiliza para negociar com produto da mesma espécie, embora não adulterado ou falsificado, se o fato não constitui crime mais grave; IX - dá ou promete dinheiro ou outra utilidade a empregado de concorrente, para que o empregado, faltando ao dever do emprego, lhe proporcione vantagem; X - recebe dinheiro ou outra utilidade, ou aceita promessa de paga ou recompensa, para, faltando ao dever de empregado, proporcionar vantagem a concorrente do empregador; XI - divulga, explora ou utiliza-se, sem autorização, de conhecimentos, informações ou dados confidenciais, utilizáveis na indústria, comércio ou prestação de serviços, excluídos aqueles que sejam de conhecimento público ou que sejam evidentes para um técnico no assunto, a que teve acesso mediante relação contratual ou empregatícia, mesmo após o término do contrato; XII - divulga, explora ou utiliza-se, sem autorização, de conhecimentos ou informações a que se refere o inciso anterior, obtidos por meios ilícitos ou a que teve acesso mediante fraude; ou XIII - vende, expõe ou oferece à venda produto, declarando ser objeto de patente depositada, ou concedida, ou de desenho industrial registrado, que não o seja, ou menciona-o, em anúncio ou papel comercial, como depositado ou patenteado, ou registrado, sem o ser; XIV - divulga, explora ou utiliza-se, sem autorização, de resultados de testes ou outros dados não divulgados, cuja elaboração envolva esforço considerável e que tenham sido apresentados a entidades governamentais como condição para aprovar a comercialização de produtos.

Outras formas de proteção Registro de marcas e outros elementos Registro de roteiro e qualquer obra literária Cláusulas de confidencialidade e não- concorrência

Vídeos Challenges to Legal ProtecCon and Format Rights h5p://www.youtube.com/watch?v=x38 _tef5y InternaConal Trade of Formats and the Relevance of Format Rights h5p://www.youtube.com/watch?v=ayo- u78hmn4

Sites FRAPA IFLA