Indicadores no desempenho das políticas de Ambiente em Portugal Pedro Miguel Faria Mota Mestre em Engenharia do Ambiente, Especialização em Engenharia de Sistemas Ambientais Ação de Formação ABAE ECO XXI APA - Amadora 24 de Fevereiro de 2017
Agenda Introdução Objetivos e âmbito da avaliação Enquadramento dos indicadores Abordagem Metodologia da avaliação Fontes de Informação Casos práticos Desafios e dificuldades Informação e interpretação Síntese da avaliação Reflexões finais Água Agricultura e Florestas Resíduos Biodiversidade e serviços dos ecossistemas Energia e Clima Indústria transformadora e extrativa Cidades e território Mobilidade e Transportes Mar Turismo
Introdução
Objetivos e âmbito Objetivo principal : Avaliar o desempenho das políticas de Ambiente em Portugal Estrutura do Compromisso para o Crescimento Verde (2015) Políticas implementadas desde anos 90 até 2016.
Destaques União Europeia e Nações Unidas como principais impulsionadores Portugal como seguidor, raramente como pioneiro Vários obstáculos à criação de políticas eficazes
Utilização de indicadores Enquadramento Informação (factos) Interpretação Indicadores Interpretação -Onde? Como? -Quando? Porquê? -O quê? Principal dificuldade: Atribuir responsabilidades
Enquadramento
Enquadramento
Avaliação das políticas de Ambiente em Portugal Enquadramento
Enquadramento
Abordagem
Informação de base: Política nacional e internacional de Ambiente Métodos de avaliação de políticas Abordagem Recolha e tratamento de dados Instrumentos estratégicos Evolução dos indicadores face às metas Metas e objetivos Estudo aprofundado a sectores críticos Seleção de indicadores
Informação de base: Política nacional e internacional de Ambiente Métodos de avaliação de políticas Abordagem Recolha e tratamento de dados Instrumentos estratégicos Evolução dos indicadores face às metas Metas e objetivos Estudo aprofundado a sectores críticos Seleção de indicadores
Fontes de informação Abordagem REA 1999-2015 Relatórios sectoriais Nacionais e Europeus (RARU, DGEG, National Summary for article 17 UE, Anuário turismo ) Estatísticas INE 98-2014 (online e relatórios) Eurostat (online e relatórios) Planos e Programas sectoriais Relatórios e pareceres das entidades reguladoras, agências, ONGA s, Artigos Informação pública
Em 2016: https://rea.apambiente.pt/ Abordagem
Abordagem
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Dificuldades Abordagem Recolha Acesso à informação Consistência da informação ao longo do tempo Falhas monitorização Falhas reporte Alterações nas designações Alteração prioridades Tratamento Quantidade e seleção de informação Comparabilidade entre indicadores e com metas Falsas redundâncias Unidades Adaptação e uniformização dos indicadores e metas
Abordagem Resultado 54 Figuras 49 gráficos 7 Tabelas Múltiplas interpretações possíveis.
Casos práticos
Síntese da avaliação Síntese Mar Cidades e território Turismo 5 Água Resíduos 4 3 2 1 Agricultura e florestas Energia e clima 1. Evolução contrária ao estabelecido; 2. Evolução nula ou fraca; 3. Evolução mista; Biodiversidade e serviços de Indústria extrativa e transformadora Mobilidade e transportes 4. Evolução positiva; 5. Evolução muito positiva.
Síntese da avaliação Síntese Mar Cidades e território Turismo 5 Água Resíduos 4 3 2 1 Agricultura e florestas Energia e clima 1. Evolução contrária ao estabelecido; 2. Evolução nula ou fraca; 3. Evolução mista; Biodiversidade e serviços de Indústria extrativa e transformadora Mobilidade e transportes 4. Evolução positiva; 5. Evolução muito positiva.
% de concretização Indicadores no desempenho das políticas de Ambiente 100% Abastecimento de água Água 95% 90% 85% O mais fácil 80% 75% 70% 65% 60% 55% 50% 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016 Nivel de cobertura de abastecimento Ano Meta nivel de cobertura do abastecimento de água p/2006 e p/ 2013 (PEASAAR I 2000 e PEASAAR II 2007) % de água de abastecimento controlada e de boa qualidade (água segura) Meta % água segura p/2013 ( PEASAAR II 2007) Muita informação sistematizada Evolução visível Cumprimento de metas e objetivos Adaptado de: (APA, 2015c; ERSAR, 2015; MAOTDR, 2007a)
% de peso Avaliação das políticas de Ambiente em Portugal Evolução do destino dos resíduos urbanos Resíduos 100% 80% 60% 40% 20% 0% 25% 37% 50% 31% 31% Valorização multimaterial Valorização orgânica Valorização energética Aterro Lixeira Meta deposiçao aterro RU totais p/2005 (PERSU I 1997); p/ 2009 e 2016 (PERSU II 2007) e p/2020 (PERSU2020 2014) Metas total preparação para reciclagem p/2020 (DQR 2007 -Lei nº 73/2011) Progresso, mas lento Disparidade dos dados reportados e metas estabelecidas Adaptado de: (APA, 2014a; INE, 2014b; MAOTDR, 2007b)
Nº de habitats avaliados Nº de espécies avaliadas Indicadores no desempenho das políticas de Ambiente Biodiversidade 180 160 140 120 100 80 60 40 20 Estado de conservação dos habitats 0 15 13 82 91 14 6 47 46 2007 2013 Data final da avaliação 500 450 400 350 300 250 200 150 100 Estado de conservação das espécies 50 0 50 41 99 131 70 155 55 171 83 2007 2013 Data final da avaliação Muito pouca informação disponível Inércia Difícil monitorização e medição Adaptado de:(ce, 2013)
PIB (2010) / kg consumo interno de materiais Indicadores no desempenho das políticas de Ambiente Indústria Produtividade dos recursos 2,5 2 1,5 1,48 1,98 1,17 1,72 Novas prioridades 1 0,5 0,95 0,83 1,14 4 indicadores, 2 rácios, várias unidades 0 UE-28 Portugal Metas produtividade PT p/ 2020 e 2030 (CCV 2015) Adaptado de: (Eurostat, 2016d, 2016f) Nota: PIB a preços constantes de 2010
Intensidade energética( ( MJ/ PIB (preços constantes 2010)) 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2020 2030 ntensidade carbónica ( kg CO2/ PIB (preços constantes 2010)) Avaliação das políticas de Ambiente em Portugal 8,00 7,00 6,00 5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 0,00 0,52 0,49 Intensidade energética e carbónica 7,37 6,06 6,26 0,49 0,51 6,59 Adaptado de:(eurostat, 2016c, 2016d, 2016e; MAOTE, 2015a) Nota: PIB a preços constantes de 2010 5,11 0,33 0,32 5,47 Ano UE 28 - Intensidade Energética PT - Intensidade Energética Metas Intensidade energética p/ 2020 e 2030 (CCV 2015) 5,00 4,14 1,00 0,90 0,80 0,70 0,60 0,50 0,40 0,30 0,20 0,10 0,00 Dificuldade de desagregação dos dados Adaptação das unidades para SI Paradigma do petróleo Energia e clima
Consumo de energia (PJ) 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 Avaliação das políticas de Ambiente em Portugal 1500 Consumo de energia primária Energia e clima 1000 500 810,95 Meta de redução de 8,2% em relação à média de consumo de 2001-2005 0 Comparabilidade Saldo Importador de Eletricidade Resíduos não renováveis Renováveis e Grande Hídrica Gás natural Petróleo e produtos de petróleo Carvão Meta p/ 2016 (PNAEE 2013) Adaptado de:(dgeg, 2015b; PCM, 2013) Mudança de paradigma em 2005
Emissões de GEE (Mt de CO2e) 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2020 2030 Indicadores no desempenho das políticas de Ambiente 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0 71,4 Emissões de GEE 85,2 87,9 88,2 78,3 76,4 69,2 65,3 Data Emissões totais dos setores não energéticos Emissões Totais do setor energético Meta p/2012 (Quioto 2008) Metas p/ 2020 e 2030 (CCV 2015 e PNAC 2015) Emissões Totais 67,9 52,9 Adaptado de: (APA, 2013, 2015e; DGEG, 2015b) Nota: sem LULUCF Metas atingidas, mas pouco ambiciosas (-18% em 2020 e -30% em 2030) face a 2005 Contributo da eletricidade renovável Energia e clima
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 60,0% Indicadores no desempenho das políticas de Ambiente Energias renováveis e grande hídrica (FER) no consumo final de energia 55,3% Energia e clima 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% 52,1% 34,0% 27,0% 3,4% 31,0% 30,6% 10,0% Importância da eólica e hídrica (outro indicador) Facilidade na interpretação do sucesso FER-Global FER-E FER-T FER-A&A Meta FER-Global Meta FER-E Meta FER-T Meta FER-A&A Adaptado de:(dgeg, 2015b; PCM, 2013)
1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 100% Indicadores no desempenho das políticas de Ambiente Distribuição modal do transporte de passageiros Mobilidade e transportes 50% O caso contrário 0% Transporte individual (UE 28) Autocarros e outros TC (UE 28) Ferrovia (UE 28) Transporte individual (PT) Autocarros e outros Transportes coletivos (PT) Ferrovia (PT) Metas Ferrovia p/2020 (PET 2008) Metas Autocarro e outros TC (acumulado com ferrovia) p/2020 (PET 2008) Progresso inverso aos objetivos e metas Adaptado de:(eurostat, 2015b; MOPTC, 2009)
Endividamento do sector público dos transportes:2000-2010 Mobilidade e transportes Facilidade (relativa) de interpretação do fracasso Várias opções políticas com falta de justificação técnica Fonte: (ME, 2014)
Consumo de energia (GJ/hab) Indicadores no desempenho das políticas de Ambiente 35 30 25 20 15 10 5 0 Consumo de energia nos transportes por habitante 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Ano PT rodoviario UE-28 rodoviario PT total UE-28 total Adaptado de:(eurostat, 2016b, 2016g) Veículos mais eficientes num sistema de transportes muito ineficiente Oposição com a intensidade energética do sector Indicadores que surpreendem e isolam culpas Mobilidade e transportes
Nº de visitantes Indicadores no desempenho das políticas de Ambiente Turismo 400000 350000 300000 250000 200000 150000 Visitantes nas Áreas Protegidas Outros indicadores que dizem muito pouco 100000 50000 0 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 PNPG PNAlvão PNAr PNM PNRF PNSE PNSSM PNSAC PNSC PNSACV PNVG PNDI PNTI PNLN RNB RNDSJ RNET RNES RNPA RNPB RNSCM RNSM RNLSAS PPAFCC PPSA Fonte: (ICNF, 2016)
Avaliação das políticas de Ambiente em Portugal Síntese Sector evolução passada estado actual tendência esperada Água 4 3 3 Resíduos 4 3 4 Agricultura e florestas 3 3 3 Energia e clima 3 3 4 Mobilidade e transportes 1 2 2 Indústria extrativa e transformadora 3 3 3 Biodiversidade e serviços de ecossistemas 2 2 2 Cidades e território 2 2 3 Mar 3 3 4 Turismo 3 3 3
Recolha e tratamento Reflexões finais Âmbito local ECOXXI Rede monitorização robusta Delegar responsabilidades de recolha Excesso de informação Reporte Divulgação pública forte Não se limitem a reportar, interpretem e melhorem Adaptação e melhoria contínua
Recolha e tratamento Reflexões finais Âmbito local ECOXXI Rede monitorização robusta Delegar responsabilidades de recolha Excesso de informação Reporte Divulgação pública forte Não se limitem a reportar, interpretem e melhorem Adaptação e melhoria contínua
Ação de Formação ECO XXI Obrigado pela atenção! Mais informação: https://run.unl.pt/handle/10362/18561 Dissertação: Avaliação do desempenho das políticas de Ambiente em Portugal Pedro Miguel Faria Mota Mestre em Engenharia do Ambiente, Especialização em Engenharia de Sistemas Ambientais Contactos: pm.mota@campus.fct.unl.pt pedro.mota@pt.ey.com Fevereiro de 2017