A ATUAÇÃO E O PERFIL DO PEDAGOGO NO ESPAÇO NÃO ESCOLAR: FORMAÇÃO DE PROFESSORES

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Transcrição:

A ATUAÇÃO E O PERFIL DO PEDAGOGO NO ESPAÇO NÃO ESCOLAR: FORMAÇÃO DE PROFESSORES Filycia Azevedo da silva filyciaa@gmail.com Ismênia Tácita De Menezes, ismeniatacita@hotmail.com Maria Tatiana Da Silva, tatianamt16@hotmail.com Merabe Maele Dos Santos Oliveira merabemaele@hotmail.com INTRODUÇÃO Historicamente a formação do pedagogo esteve diretamente voltada para as questões da educação no ambiente escolar. Nos últimos anos a presença desse profissional em outros espaços tem ganhado visibilidade e consequentemente possibilidades de atuação profissional. Nesse sentido, o momento atual do campo de atuação do Pedagogo vem se ampliando e se re-significando. Essa perspectiva, ganha força com as constantes modificações que sociedade passa, tendo o pedagogo muito a contribuir para o funcionamento desses espaços. Essa atuação está diretamente ligado ás atividades que envolvem o trabalho em equipe, planejamento, orientação, formação pessoal, coordenação, tendo como objetivo principal fazer as transformações dos sujeitos envolvidos na prática pedagógica. Todo pedagogo que está inserido na escola, deve estar ciente de que haverá situações onde ele terá que colocar diferentes metodologias em pratica, para resolução de problemas de caráter interno da escola. Assim é necessário conhecer a realidade de cada aluno bem como entender por que aquele alunado ainda não está alfabetizado entre outros conflitos que cabe ao pedagogo resolver. Entende-se que para intervir nesses espaços e situações o profissional pedagogo deve ter em sua bagagem teórica e cultural bastante embasamento teórico para entender essas dificuldades. Consideramos que a formação continuada é um dos pressupostos necessários para que ocorra um bom desenvolvimento dessa profissão em todo seu contexto, seja ele na escola ou em ambientes não escolares. Nesse sentido, suas práticas são consideradas necessárias, e é por isso que o pedagogo tem atuação importante em ONGs, museus, brinquedotecas, bibliotecas, mídias educativas, setor de RH, entre outros setores que envolvem o processo ensino-aprendizagem, na pesquisa, nos projetos e consultorias

Percebe-se que toda profissão, principalmente a do pedagogo tem desafios consideráveis a serem superados, pois apesar de suas inúmeras funções, infelizmente ainda vemos muita desvalorização e rejeição por profissionais de outras áreas em aceitar o trabalho do pedagogo em outros espaços. Isso ocorre, pois a atuação do pedagogo está somente associada, de imediato, à prática pedagógica desenvolvida na escola. Por isso que vemos a necessidade de mudar a concepção de que lugar de pedagogo é na escola. É preciso abrir espaço e analisar as múltiplas competências que o pedagogo traz consigo, compreendendo que essa profissão pode somar e contribuir nos mais variados contextos. Nesse sentido, o presente trabalho apresenta algumas reflexões acerca da formação e papel do Pedagogo, particularmente pensando na sua atuação em espaços não escolas. Essas reflexões foram proporcionadas pela realização do Estagio Supervisionado I, onde vivenciamos a experiência de conhecer a atuação do Pedagogo no campo empresarial no município de Mamanguape/PB. Nessa perspectiva, o objetivo fundamental desse estágio era desenvolver um processo de vivência e reflexões acerca da atuação do Pedagogo para além da docência. Essa experiência possibilitou a reflexão acerca das teorias-práticas inerentes à formação do Pedagogo. O estagio foi desenvolvido no curso de licenciatura em Pedagogia pela Universidade Federal da Paraíba UFPB. Nesse contexto, Discutir situações educativas ao realizar pesquisas para a produção de conhecimentos teóricos e práticos; Identificar o pedagogo que atua na área empresarial e traçar seu perfil; Definir, o perfil do Pedagogo para atuar em ambientes não escolares. Percebemos nessa situação, a desvalorização deste profissional fora do espaço escolar, onde a função que seria exercida pelo Pedagogo estava sendo ocupada por outros profissionais em áreas diversificadas. Deste modo, ocorre à desvalorização do profissional e sua capacidade de estar diante de uma ação não escolar. Perante tudo isso é preciso repensar e dar oportunidades aos profissionais. A partir de uma contextualização podemos compreender a relação da unidade teoria-prática, que o Estagio Supervisionado nos mostra. O pedagogo tem um trabalho complexo, pois quando se trabalha diretamente com a formação humana. Destacamos que são muitos os desafios enfrentados no cotidiano do profissional, suas ações, planejamentos, dificuldades encontradas na criação de projetos pedagógicos. A experiência, também nos proporcionou uma análise sobre as possibilidades de atuação com novas idéias com propostas que venham a ajudar o trabalho do profissional. METODOLOGIA

A ferramenta principal utilizada neste trabalho foi uma pesquisa qualitativa, cujos instrumentos utilizados foram uma coleta de dados com observação e entrevista estruturadas. O questionamento e interesse que motivaram esta pesquisa foi primeiramente, investigar uma empresa do setor privado, se havia pedagogos que estavam atuando neste segmento, e quais seriam as atividades exercidas por este profissional. Assim, obter uma definição de trabalho do Pedagogo, traçando um perfil da atuação desse profissional em espaços não escolares. Este contato foi realizado através de um questionário semi-estruturado, seguido de uma entrevista com o gerente de uma determinada empresa do vale do Mamanguape. RESULTADOS Conforme anunciamos anteriormente, Essa pesquisa teve origem nas diversas atividades de estágio, do curso de Pedagogia da UFPB, campus IV, o qual teve como foco a atuação e formação do pedagogo em espaços não escolares. A experiência trouxe como resultado uma importante reflexão, nesse processo de estudantes do curso de Pedagogia, futuras pedagogas. O curso de Pedagogia, em se tratando da graduação, possibilita uma visão ampla do processo educacional e um entendimento aprofundado do fenômeno educativo. É necessário que os pedagogos se unam na concepção de propostas de intervenção pedagógica empresarial, preparando para o desenvolvimento do conhecimento, ensinar e aprender, observando saberes profissionais específicos. O ramo de serviço/atividade da empresa pesquisada é trabalhar com o sistema bancário, que engloba três áreas: comercial, prestação de serviço e apoio ao governo. Através de uma Coleta de Dados foi montado um questionário para a empresa pesquisada, questões essas que foram todas respondidas. Nesse sentido apresentamos algumas das questões norteadoras da entrevista: 1) A empresa possui pedagogo no quadro de funcionários? Não possui pedagogo em nenhuma função da empresa, existem instrutores e consultores, não é especificamente o pedagogo, mas tem a mesma função. 2) Necessita de pedagogo (a) trabalhando nessa empresa/instituição? Esta empresa esta sempre trabalhando em questões comportamentais e em treinamento. 3) Quais atividades o pedagogo pode desenvolver nessa empresa? Na área do RH, trabalha com a parte de recursos humanos, com funções analista de RH, analista de treinamento, no departamento de recursos humanos, e na educação corporativa.

Percebemos que existem pontos em comum no que se refere ao perfil do pedagogo exigido para atuar em espaços não escolares, como descreve o participante entrevistado em suas respostas: O profissional deve ser flexível; Conhecer a área de RH; Bom relacionamento interpessoal; Boa comunicação; Saber administra conflitos; Criativo; Gostar de trabalhar com pessoas; Eficiência; Organização; Da pesquisa aplicada e estudada, identificamos o perfil do pedagogo para: atuação em espaço não escolar, flexibilidade em suas ações, competência e habilidade na busca de envolvimento com o trabalho, ter preparo para administrar conflitos, zelar pelo bom relacionamento interpessoal, gostar de trabalhar com pessoas, comunicação eficaz, conhecimento de princípios de educação popular, ter competência e habilidade para planejar, organizar, liderar, monitorar, empreender. E é justamente isso que a própria formação de pedagogos faz, move e prepara os alunos para que este trabalhe de forma educativa com materiais e pessoas, desenvolvendo assim suas habilidades educacionais em prol do outro. A formação do professor se fundamenta em estabelecer estratégias de pensamento, de percepção, de estímulos; estará centrada na tomada de decisões para processar, sistematizar e comunicar a informação. Desse modo, assume importância a reflexão sobre a prática em um contexto determinado, estabelecendo um novo conceito de investigação. É importante que o professor tenha uma formação pratico-reflexiva em sua pratica, como forma de imergir discussões teóricas e novos conceitos acerca de sua formação, como uma análise, compreensão, interpretação e observação sobre a realidade, visto que o pedagogo tem a capacidade de gerar conhecimentos pedagógicos por meio da prática educativa. A formação do professor no ensino superior é fundamental no campo teórico, epistemológico e metodológico da educação e do ensino. Construindo assim um conjunto de competências e capacidades necessárias para a profissão. Sabemos que a sociedade atual exige uma formação cada vez mais estável, capaz de lidar com as mais variadas atribuições conferidas ao profissional, capaz de refletir e reagir da melhor forma para a realização de um processo educativo de qualidade. A formação é constituída de conhecimentos na área da educação e da cidadania, um conjunto de saberes e fazeres de seu trabalho. É importante ressaltar durante a formação do pedagogo a distinção entre o trabalho pedagógico e o trabalho docente, pois, o trabalho pedagógico possui uma grande área de atuação em outros espaços, e o trabalho docente é designado para a sala de aula. Portanto, a formação deve ter caraterísticas do pedagogo stricto sensu.

CONCLUÇÃO Nesta experiência de estágio nos empenhamos em desenvolver uma pesquisa de forma que pudéssemos investigar o campo pedagógico no espaço não escolar. Observamos que o ambiente empresarial/industrial é pouco explorado. É um espaço a ser conquistado também pelos profissionais da pedagogia. O pedagogo por ser um educador é o profissional adequado para atuar nos projetos educacionais desenvolvidos na empresa no critério de solidariedade e identificação de interesses comuns e é parte do processo de construção da cidadania coletiva do grupo. Assim, os conhecimentos são produzidos considerando os modos de agir em grupo, o resgate de sentimento de autovalorização, a percepção da vida e suas adversidades, o aprendizado e a compreensão do mundo no contexto em que vivem. A experiência adquirida durante os questionários no estágio supervisionado I foi de extrema importância para a nossa formação enquanto futuros pedagogos. Experiências essa que nos possibilitou enxergar a real situação da educação, e conseqüentemente, do espaço não escolar. De frente com a realidade, podemos perceber a carência no ensino e na sociedade, o que nos instiga a querer transformação através de um trabalho crítico-reflexivo. Em virtude dos fatos que foram mencionados, concluímos que a pesquisa realizada no espaço não escolar nos possibilitou meios significativos para a nossa formação por meio de questionários, observações e avaliando as construções que o pedagogo pode adquirir através desses conhecimentos, articulando teoria e prática em sociedade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: CIELLO/PROCEEDINGS. Disponível em: <hhtp://hdl.handle.net/10123/2739> Acesso: 11/02/2016. LIBÂNEO, J.C. Pedagogia e pedagogos, para quê?.-2.ed. São Paulo: Cortez, 1999. DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA O CURSO DE PEDAGOGIA. Parecer 5/2005. Projeto de Resolução. Ministério de Educação; Conselho Nacional da Educação. Aprovada em 13 de dezembro de 2005.