VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ

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Palavras-chave: promoção da saúde. doenças sexualmente transmissíveis. tecnologias educativas. adolescência.

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Transcrição:

VI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ Atuação de discentes e docentes do curso de Enfermagem no controle e detecção de Doenças sexualmente Transmissíveis Resumo Rachel Monteiro dos Santos (Coordenadora) Docente do Curso de Enfermagem Unaerp Campus Guarujá E-mail: chel_ra@uol.com.br Rosângela Aparecida Bezerra dos Santos Marques Discente do Curso de Enfermagem Unaerp Campus Guarujá E-mail: rosangelamariana@hotmail.com Yurgue dos Remédios Dias Discente do Curso de Enfermagem Unaerp Campus Guarujá E-mail: yurguedias@hotmail.com Juliana Zeronian Mendes Discente do Curso de Enfermagem Unaerp Campus Guarujá E-mail: juliana_zeronian@hotmail.com Francisca Araújo Lavor Discente do Curso de Enfermagem Unaerp Campus Guarujá E-mail: fran.lavor@hotmail.com Este simpósio tem o apoio da Fundação Fernando Eduardo Lee A Secretaria Estadual de Saúde coloca o município de Guarujá entre os que apresentam alta incidência de infecções pelos vírus HIV\AIDS; hepatites virais (B e C), e sífilis (VDRL). Com a finalidade de promover ações preventivas e educativas; diagnóstico e tratamento precoce, o Centro de Testagem Aconselhamento, Prevenção e Treinamento (CTAPT) em parceria com a Universidade de Ribeirão Preto-campus Guarujá (UNAERP) e demais instituições de saúde, realizou no período de 21 a 25 de Maio de 2009, 1

Campanha Sorológica, a fim de promover ações preventivas, educativas e de diagnóstico precoce das doenças sexualmente transmissíveis representadas pelo vírus HIV, hepatites virais e sífilis. A pesquisa realizada foi quantitativa; amostral e aleatória e utilizou como instrumento para coleta de dados, impressos oficias de pré e pós-teste do Programa Nacional de Controle das DSTs/AIDS. A elaboração do estudo permitiu-nos verificar que 94,7% da população alvo teve sorologia não reagente às doenças infecciosas pesquisadas, enquanto 5,9 % apresentou infecções. Mediante o exposto, verificamos ser necessária a manutenção permanente de ações educativas e que promovam detecção precoce no município e campus da universidade. Palavras-chave: Doenças Sexualmente Transmissíveis. Sorologia. Atuação de Enfermagem. Seção 1 - Curso de Enfermagem Apresentação: oral 1. Introdução A Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), conceituada instituição brasileira pela qualidade de ensino pelos programas de extensão e de prestação de serviços à comunidade, realizou parceria com o Centro de Testagem, Aconselhamento, Prevenção e Treinamento (CTAPT), com a finalidade de participar ativamente das ações em saúde direcionadas ao controle das doenças sexualmente preveníveis no município de Guarujá, S.P. Com isso a universidade, contribui para viabilizar o processo de descentralização das testagens sorológicas realizadas pelo CTAPT, que está previsto no Plano de Ações e Metas (2009) e aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde de Guarujá, pela GVE-25 (Grupo de Vigilância Epidemiológica), pelo Programa Estadual de DST/AIDS de São Paulo e pelo Programa Nacional de DST/AIDS. Segundo dados obtidos pelo Centro de Vigilância Epidemiológica, o município possui alta incidência de portadores do vírus da Hepatite B 2

(HBV); hepatite C (HCV), sífilis (VDRL) e da AIDS (HIV ) e parte significativa dessa população não tem conhecimento de seu estado sorológico e das ações preventivas disponibilizadas para promoção de saúde e prevenção das patologias. As ações propostas pelo Ministério da Saúde, direcionadas ao controle das doenças sexualmente transmissíveis mencionadas anteriormente, incluem as educativas, de detecção precoce; notificação compulsória dos casos diagnosticados e encaminhamentos aos centros de referencia municipal, para seqüência de procedimentos clínicos, terapêuticos e laboratoriais especializados. No período de 21/05/09 a 25/05/ 09, o CTAPT em conjunto com os parceiros municipais, destacando-se as Unidades Básicas de Saúde; UBS Vila Alice, UBS Vila Râ, USAFA Balneário Cidade Atlântica, USAFA Vila Zilda, USAFA Perequê, USAFA Santa Cruz dos Navegantes, Unidade de Especialidade Jardim dos Pássaros, UBS Morrinhos e UNAERP, realizaram campanha sorológica, com o objetivo de estabelecer o perfil sorológico da população, em relação às hepatites virais, sífilis e HIV e assim promover ações educativas, com a finalidade de divulgar as ações preventivas específicas, além de aproximar o usuário desse recurso de saúde. As atividades na UNAERP foram desenvolvidas por docentes e discentes do curso de Enfermagem e teve como população alvo a interna, representada por colaboradores e professores e a externa por usuários da Clinica de Enfermagem e residente no entorno da instituição. 2. Objetivo Geral Apresentar parcialmente os resultados obtidos na campanha sorológica para detecção de hepatites virais (B e C); HIV/AIDS; sífilis (VDRL). 3

3. Objetivo Específico Interferir para diminuir a realização tardia do diagnóstico de HIV/AIDS, VDRL e Hepatites Virais; Oferecer à população, em especial às mais vulneráveis, diagnósticos e tratamento precoce da infecção pelo HIV/AIDS, VDRL e Hepatites Virais; Ampliar o acesso a informações de prevenção às DST, AIDS e Hepatites Virais; Melhorar o sistema de vigilância epidemiológica do município; Desenvolver estratégias preventivas mais eficientes, levando em consideração os dados epidemiológicos resultantes das testagens. 4. Metodologia e Instrumento Pesquisa quantitativa, do tipo amostral e aleatório, que utilizou como instrumento para coleta de dados, as fichas oficiais do pré-teste e pós- teste, normatizadas pelo Programa Nacional de DST/AIDS (anexo 01). 5. População Alvo A população alvo atendida é a interna representada por docentes, funcionários e alunos e a residente no município, principalmente, ao entorno da instituição. Critérios para inclusão: Assinatura do termo de Consentimento Livre e Esclarecido (anexo 02); Exigência de apresentação de documento de identidade, com foto (Registro Geral de Identificação ) e ser maior de 14 anos de idade. 4

6. Local A pesquisa foi realizada na Clínica de Enfermagem da UNAERP Campus Guarujá SP. 7. Desenvolvimento: As Hepatites virais são doenças infecciosas de evolução aguda ou crônica, que pela alta morbidade universal constituem importante problema de saúde pública (SOUZA, 2002). Dentre os tipos existentes foram testados, pela analise sorológica de Hbs-Ag e Anti-Hbc (hepatite B), Anti-HCV (hepatite C) A Hepatite B, classificada como DST, pode ocasionar a hepatite aguda (duração inferior a seis meses), hepatite não progressiva crônica (duração superior a seis meses), doença crônica progressiva (duração superior a seis meses com manifestações clínicas), cirrose, hepatite fulminante, estado de portador assintomático e surgimento de carcinoma hepatocelular (AGUIAR e RIBEIRO, 2004). O período de incubação é de 30 a 180 dias, com média de 75 dias inicia-se o período prodrômico (pré-ictérico), que dura por vários dias e caracteriza-se pelo aparecimento de fraqueza, anorexia mal estar geral, após este período ocorre a icterícia, dores abdominais difusas, náuseas, intolerância vários alimentos e distúrbios gustativos e vômitos, artrite, mialgias, exantemas cutâneos rubeoliformes, hepatomegalia dolorosa, colúria e hipocolia fecal. A hepatite C, a infecção geralmente é assintomática, lentamente progressiva, produzindo cirrose em 20% dos pacientes que albergaram o vírus, por períodos variáveis de dois a 40 anos. Certo percentual destes desenvolve o câncer primário de fígado. O período de incubação é de seis a oito semanas (variando de duas a vinte e seis semanas) dependendo da carga viral adquirida. Na fase aguda ocorre icterícia, colúria, acolia fecal, astenia e febre, sinais e sintomas relacionados a disfunção hepática, como icterícia evidente, ascite, varizes de esôfago e 5

sangramento digestivo alto, somente aparecem em fases avançadas da doença. (SOUZA, 2002) Anteriormente era conhecida como hepatite não-a, não-b, passando a ser chamada de hepatite C após a descoberta de seu agente etiológico em 1988. Antes de 1990, a principal via de transmissão eram as transfusões de sangue, com a implementação do exame de HCV nos bancos de sangue o risco de infecção diminuiu em 0,03%. (PORTH e KUNERT, 2004) O modo de transmissão das hepatites B e C são parenteral (uso de drogas endovenosas compartilhando seringas e agulhas contaminadas, transfusão de sangue e hemoderivados), procedimentos cirúrgicos/odontológicos, tatuagens, uso de lâminas de barbear e outros perfuro-cortantes contaminadas, solução de continuidade (mucosa e pele), aleitamento materno, sexual e vertical (sendo na hepatite C menos freqüentes) O HIV, denominado vírus da imunodeficiência humana, retrovírus do grupo lentivírus causa a mais importante e freqüente imunodeficiência adquirida pelo homem na atualidade, infecção conhecida como SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), também classificada como DST, do qual se conhecem duas variáveis de HIV: o HIV-1, prevalente em nosso meio, e o HIV-2 encontrado na África Ocidental e algumas regiões da Índia. O método de detecção de anticorpos anti-hiv é denominado ELISA. A infecção se faz pela penetração do HIV no organismo através de mucosas não integra ou diretamente pela introdução do sangue. O contato de material contaminado com a pele ou mucosa integra não produzem a infecção. Sangue e esperma são produtores mais freqüentes e infectantes, contato sexual, transfusões de sangue contaminados e seus derivados, uso de drogas injetáveis são as formas mais comuns de transmissão. O vírus ganha a circulação linfática ou sanguínea e se instala nos tecido linfático e parasita preferencialmente os linfócitos T, envolvidos na defesa do organismo. (BOGLIOLO, 2000) Reconhecem-se três fases da evolução da doença separadas em grupos e subgrupos: 6

Fase aguda inicial: Grupo I Infecção aguda (sinais e sintomas transitórios, rash cutâneo, linfadenopatia, mialgia, febre e mal estar. Fase crônica intermediária: Grupo II Infecção assintomática. Grupo III Linfadenopatia generalizada persistente (aumento dos gânglios linfáticos) Crise inicial: Grupo IV: Subgrupo A Doença constitucional (linfadenopatia, astenia, diarréia, febre, sudorese noturna emagrecimento superior a 10%) Subgrupo B Doença neurológica (demência, mielopatia, neuropatia periférica) Subgrupo C Infecção secundária (pneumonias, toxoplasmose, tuberculose, candidíase) Subgrupo D Neoplasia secundária (sarcoma de Kaposi) Subgrupo E Outros distúrbios (COTRAN, KUMAR e COLLINS, 2000) A Sífilis é uma doença infecciosa causada pelo Treponema pallidum, que determina lesões cutâneas polimorfas e pode comprometer o sistema circulatório e nervoso, bem como outros tecidos. A transmissão pode ser de mãe para o feto (sífilis congênita), ou pode ocorrer depois do nascimento, de regra pelo adulto é por contagio direto (sífilis adquirida), de natureza sexual, considerada DST. (BOGLIOLO, 2000) Descrição da classificação das formas clínicas da doença: Sífilis Adquirida: Estágio primário: Cancro (uma única lesão eritematosa, firme, indolor e elevada, localizada no local da invasão do treponema no pênis, colo uterino, parede vaginal ou ânus Estágio secundário: Ocorre de 2 a 10 semanas após o cancro primário, caracterizado por exantema palmar e 7

plantar, linfadenopatia, condiloma plano, febre, artrite, cefaléia e lesões orais brancas Estágio terciário: Ocorrem anos após a lesão primária, lesões inflamatórias ativas da aorta, coração e sistema nervoso central ou por lesões quiescentes (gomas) envolvendo o fígado, ossos e pele. Sífilis Congênita: Aborto tardio ou parto prematuro No lactente: exantemas, osteocondrite, periostite, fibrose hepática e pulmonar Na criança: ceratite intersticial, dentes de Hutchinson, surdez do oitavo nervo. (COTRAN, KUMAR e COLLINS, 2000) O teste sorológico realizados no estudo foi pelo VDRL, que identifica os anticorpos que agem contra os antígenos que exibem reação cruzada com as moléculas do hospedeiro, reação de microaglutinação (VERONESI e FOCACCIA, 2002) 8. Análise de Resultados e Discussões: Foram realizadas 517 coletas sorológicas durante a campanha que ocorreu no período de 21 de maio de 2009 a 25 de maio de 2009 na UNAERP. Desse total, 231 (44,6%) pessoas, não retornaram até o dia 21/10/2009 para a realização do pós-teste, ou seja, recebimento dos resultados/orientações. Nesse caso os exames foram encaminhados ao CTAPT para proceder à convocação dos clientes para a retirada. 259 (50,9%) clientes realizaram o pré e pós-teste e 22 (9,52 %) exames, permanecem na clinica de enfermagem da UNAERP, para retirada por pertencerem à população interna da universidade. 8

COLETAS SOROLÓGICAS 44,6 50,9 Das coletas realizadas 50,9% retornaram para o pós-teste e 44,6% não retornaram PREENCHIMENTO DAS FICHAS 40,3 59,7 Dos 259 clientes que realizaram o pré e pós-teste, separamos aleatoriamente 153 (59,7 %) fichas com preenchimento completo e 106 (40,3%) faltavam algumas informações 9

1. Quanto a sexo: COLETAS POR SEXO 44,5 54,5 Das 153 pessoas selecionadas na amostragem, 85 (54,5 %) eram do sexo feminino e 68 (44,5 %) do masculino 2. Amostra por idade MOSTRA POR IDADE Homens Mulheres 14 a19 20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 ou + 10

3. Quanto a encaminhamentos: a. Encaminhamento no momento do Pré teste: Não houve registro de encaminhamentos aos serviços de referencia na realização do pré teste. b. Encaminhamento aos serviços de referencia no momento do Pós teste: Do total das mulheres que realizaram sorologia, 09 (10,5%) foram encaminhadas aos serviços de referência no pós teste, enquanto que do total masculino, 09 (13,3 %) também necessitaram. Convém salientar que 76 (89,4%) clientes da população feminina e 59 (86,7%) clientes da masculina, não necessitaram de encaminhamentos. ENCAMINHAMENTO PÓS TESTE 89,4 86,7 Não encaminhados Encaminhados 10,5 13,3 Homens Mulheres 11

ENCAMINHAMENTOS PÓS TESTE 66,6 55,5 44,4 33,3 Mulheres Homens Vacina Hepatite B Wilian Rocha Da população feminina 3 (33,3%) foram encaminhadas a vacinação para Hepatite B e 6 (66,6%) foram encaminhadas para avaliação no Willian Rocha, da população masculina 4 (44,4%) foram encaminhados a vacinação para Hepatite B e 5 (55,5%) para avaliação no Willian Rocha 4. Quanto ao tipo de exposição TIPO DE EXPOSIÇÃO 1,4 5,9 2,9 1,4 1 2 3 4 5 88 Homens: 1- Outros 2- Não relata risco biológico 3- Transfusão de sangue 4- Relação sexual 12

5- Risco biológico Relacionado ao tipo de exposição das mulheres, 85 (100%), relataram apenas exposição sexual. 5. Quanto ao uso de preservativo com parceiro fixo USO DE PRESERVATIVO COM PARCEIRO FIXO (ATUAL) NOS ÚLTIMOS 12 MESES Todas as vezes Mais da metade das vezes Menos da metade das vezes Não usou Homens Mulheres Não se aplica fixo 6. Quanto ao motivo do não uso de preservativo com parceiro MOTIVO DE NÃO USAR PRESERVATIVO COM PARCEIRO FIXO 58,8 49,2 23,5 2,9 11,7 7,4 2,95,8 1,5 2,9 34,3 Homens Mulheres 1 2 3 4 5 6 7 1- Confia no parceiro 2- Não dispunha no momento 3- Não gosta 4- Outros 13

Homens Mulheres 5- Parceiro não aceita 6- Não deu tempo 7- Não se aplica 7. Quanto a Uso de preservativos com parceiro eventual USO DE PRESERVATIVO COM PARCEIRO EVENTUAL NOS ÚLTIMOS 12 MESES 69,171,7 19,1 14,1 5,8 5,8 5,8 8,2 Homens Mulheres 1 2 3 4 1- Usou todas às vezes 2- Usou mais da metade das vezes 3- Não usou 4- Não se aplica 8. Resultados das sorologias RESULTADOS DAS SOROLOGIAS 2 1 Não reagente VDRL Hepatite B Hepatite C 0 50 100 14

Da população de mulheres, 79 (92,9%) deram resultados não reagentes, 3 (3,5%) VDRL, 2 (2,3%) hepatite B e 1 (1,1%) hepatite C reagentes. Da população de homens, 65 (95,5%) deram não reagentes, 1 (1,4%) VDRL, 1 (1,4%) hepatite B e 1 (1,4%) hepatite C reagentes Observação: Como resultado das sorologias, tivemos um caso HIV reagente em duas amostras sorológicas coletas, porem o cliente não houve concordância do cliente para incluir seus dados na pesquisa. Conclusão : Os resultados obtidos na pesquisa realizada, permitiu-nos constatar que embora a sorologia da população alvo tenha sido minimamente expressiva em relação à resultados reagentes ou positivos, as ações educativas e de detecção precoce deverão ser ininterruptas no âmbito interno da universidade. A realização da atividade possibilitou colocar o acadêmico diante de ações que estarão em um futuro próximo,sob responsabilidade de uma equipe constituída por profissionais de saúde,em que ele estará incluído. Este fato contribuiu para que o acadêmico incorpore nesse condição, responsabilidade no enfrentamento futuro ao combate às doenças sexualmente transmissiveis Convém ainda ressaltar que ações de prevenção e detecção precoce de sorologias reagentes, devem estar disponibilizadas de forma rotineira nas unidades básicas de saúde do município, por meio da descentralização permanente que facilitará o acesso do usuário, que demonstra pelos dados da pesquisa, estar interessado para cuidar de sua saúde, se o recurso estiver acessível. 15

10. Referências Bibliográficas 1. COTRAN, Ramzi S.; KUMAR, Vinay; COLINS, Tucker. Robbins Patologia Estrutural e Funcional. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000 2. SOUZA, Márcia de. Assistência de Enfermagem em Infectologia. 6ª Ed. São Paulo: Atheneu, 2000 3. PORTH, Carol Mattson; KUNERT, Mary Pat. Fisiopatologia. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004 4. NETO, Vicente Amato; BALDY, José Luiz da Silveira. Doenças Transmissíveis. 3ª Ed. São Paulo: Sarvier, 1989 5. GATES, Roberto H. Segredos em Infectologia: respostas necessárias ao dia-a-dia em rounds, na clínica, em exames orais e escritos. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000 6. BOGLIOLO, Luigi. Bogliolo Patologia. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000 7. AGUIAR, Zenaide Neto; RIBEIRO, Maria Celeste Soares. Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis. São Paulo: Martinari, 2004 8. VERONESE, Ricardo; FOCACCIA, Roberto. Tratado de Infectologia. 2ª Ed. São Paulo: Atheneu, 2002 9. PEREIRA, Maurício Gomes. Epidemiologia Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005 10. ROUQUAYROL, Maria Zélia; ALMEIDA FILHO, Naomar. 5ª Ed. Epidemiologia e Saúde. Rio de Janeiro: Madsi, 1999 11. VAUGHAN, J.P.; MORROW, R.H. Epidemiologia para Municípios, manual para gerenciamento dos distritos sanitários. São Paulo: Hucitec, 2002 12. VIEIRA, Sonia. Elementos da Estatística. 3ª Ed. São Paulo: Atlas, 1999 16