VISÃO E ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA NA AMAMENTAÇÃO EXCLUSIVA ATÉ O 6º MÊS DE VIDA DO BEBÊ. Costa ASC 1, Cardoso EAM 2

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Transcrição:

VISÃO E ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA NA AMAMENTAÇÃO EXCLUSIVA ATÉ O 6º MÊS DE VIDA DO BEBÊ Costa ASC 1, Cardoso EAM 2 1, 2 Universidade do Vale do Paraiba, Faculdade Ciências da Saúde, Avenida Shishima Hifumi, 2911, Urbanova, Sâo José dos Campos Sâo Paulo CEP: 12.244-000, anasabrina15@gmail.com, elianeamcardoso@gmail.com. Resumo: O aleitamento materno exclusivo nos seis primeiros meses traz muitos benefícios para o bebê, pois, contêm nutrientes e benefícios que nenhum leite industrializado traz. Com o auxilio da equipe Estratégia Saúde da Familia (ESF), a prática de aleitamento materno exclusivo até o 6º mês do bebê possa ser possivel. Está pesquisa objetivou conhecer a atuação da equipe ESF voltado ao auxílio da amamentação exclusiva. Trata-se de uma revisão literária, descritiva exploratória através de levantamento de dados nas bases de dados: LILACS, SCIELO, BIREME e Google Academico no período de 2007 a 2016. Foram encontrados no total de 36 artigos. A amostra foi reduzida para 12 publicações, pois as demais não responderam ao objetivo proposto com os critérios de inclusão estabelecido. Conclui-se que o aleitamento materno exclusivo é importante, e tanto as mães, quantos os profissionais de saúde compreendem, entretanto ainda há um déficit no conhecimento de alguns profissionais para poder colocar em prática na ESF. Palavras-chave: Aleitamento materno exclusivo, Estratégia de saúde da Família, Enfermagem. Área do Conhecimento: Enfermagem Introdução O aleitamento materno oferece incontáveis proveitos para a saúde da criança e é a melhor maneira de possibilitar seu crescimento integral. Nenhum outro alimento ou leite industrializado alterado é capaz de oferecer ao lactente o que há no leite materno. Somente esse alimento apresenta composição específica que se ajusta às necessidades nutricionais e limitações metabólicas e fisiológicas dos lactentes (PASSANHA et al., 2013). Exercer a prática do aleitamento materno promove vínculo, afeto, proteção e nutrição para a bebê, com impacto significativo no seu desenvolvimento e na redução da morbimortalidade infantil (PASSANHA et al., 2013). A OMS definiu também como indicador: aleitamento materno exclusivo (criança recebeu apenas leite materno, diretamente do peito ou ordenhado, podendo também estar recebendo medicamentos, vitaminas ou minerais), aleitamento materno predominante (criança recebeu predominantemente o leite materno e, também, outros líquidos, como água, chá ou suco), aleitamento materno complementado (criança recebeu leite materno e outros alimentos) e aleitamento materno (criança recebeu leite materno engloba todas as possibilidades anteriores) (PEREIRA et al., 2010). A "Estratégia Nacional para Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável no SUS - Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil", lançada em 2012, tem como objetivo qualificar o processo de trabalho dos profissionais da atenção básica com o intuito de reforçar e incentivar a promoção do aleitamento materno e da alimentação saudável para crianças menores de dois anos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), que tem como compromisso a formação de recursos humanos na atenção básica (Ministério da Saúde, 2012). A assistência primária à saúde tem como responsabilidade o acompanhamento do binômio mãe-filho nos primeiros anos de vida. Ações estratégicas de organização e qualificação dos serviços, bem como de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, têm se mostrado importantes para a melhoria da saúde da criança, por meio da ESF (VARGAS et al., 2016). Os profissionais de saúde precisam se apoderar com conhecimentos e habilidades, tanto na prática clínica da lactação como nas habilidades clínicas no aconselhamento (BARBIERE et al., 2015). O trabalho das equipes de ESF, geralmente formadas por um médico generalista, um enfermeiro, um auxiliar ou técnico de enfermagem e até 12 agentes comunitários de saúde (ACS), prioriza a assistência a alguns grupos populacionais biologicamente mais vulneráveis a agravos como, por 1

exemplo, gestantes e crianças menores de dois anos, destacando-se entre as ações desenvolvidas pelas equipes de saúde a assistência maternoinfantil, que envolve a promoção e o manejo do AM (VASQUEZ; DUMITH; SUZIN, 2015). Diante do exposto, o presente estudo tem como objetivo conhecer mais a atuação e a visão da equipe de ESF na amamentação exclusiva até o sexto mês do bebê, analisar as orientações oferecida as nutrizes pelos profissionais ESF, saber o conhecimento tanto do profissional de saúde, quanto da puérpera e parturiente, sobre a amamentação exclusiva até o sexto mês de vida do bebê, tendo como propósito, focar no papel da equipe ESF, o quão importante é no aleitamento materno exclusivo. Material e Métodos Trata-se de uma revisão de literatura, descritivo-exploratória, baseado em artigos científicos, com enfoque em aleitamento materno exclusivo na Estratégia Saúde da Família, través do levantamento nas seguintes bases de dados: LILACS, SCIELO, BIREME e Google Academico. Teve como critério de inclusão: artigos e dissertações relativos ao tema aleitamento materno exclusivo na Estratégia de Saúde da Família, publicações cientificas na língua portuguesa e inglesa abrangendo período entre 2007 a 2016. E como critérios de exclusão: estar fora do período selecionado, os artigos que não abordavam a temática aleitamento materno exclusivo na ESF e o papel da equipe ESF. Os descritores utilizados foram: aleitamento materno exclusivo, Estratégia de Saúde da Família, Enfermagem. Resultados Para o presente estudo foram encontrados no total 36 artigos. A amostra foi reduzida para 12 artigos, pois os demais não responderam ao objetivo proposto com os critérios de inclusão estabelecido na Figura1. Dos doze artigos encontrados, onze são pesquisa de campo e três revisão bibliografica. Figura 1 No gráfico mostra a distribuição de artigos por ano de publicação, São José dos campos, 2016. (n=12). Discussão Afirmam Vargas (2016) e Souza (2007) que a participação dos profissionais de saúde junto às nutrizes no processo do aleitamento materno é fundamental, pois os mesmo tem o contato prévio 2

com a gestante na assistência ao pré-natal, podendo desde esse momento iniciar as orientações quanto as vantagens da amamentação e possibilita a identificação precoce de práticas que podem afetar o processo de amamentação. Afirma também, a participação da equipe multidisciplinar representa um importante elo para a tomada de decisões, capacitando os obstáculos que aumentam a questão biológica, questão social, psicológica e emocional. Cita Caldeira (2007) que falta as mães o suporte adequado para correção da técnica e manejo adequado dos principais problemas, o que representaria uma atitude mais ativa e eficaz dos profissionais de saúde na promoção da amamentação. Com relação a seu estudo, Vargas (2016) observou que as nutrizes apontam para uma realidade do aleitamento materno: a carência do saber e de auxilio para a lactação. Isto tem consequência em práticas inadequadas que podem influenciar diretamente na interrupção da amamentação, e que acontece quando muitas não conseguem garantir um boa eficácia no aleitamento materno. Souza (2007) identificou em seu estudo, que as principais causas do desmame precoce, são: problema de saúde falta de tempo devido à necessidade de trabalhar, preguiça, falta de paciência, ausência de protusão mamilar, presença de rachaduras na pele, desconforto que continua durante a amamentação, influência do parceiro e de outras pessoas, principalmente os mais velhos e forte influência dos mitos e tabus gerados ao longo do tempo. Segundo Fonseca (2011), o desmame precoce, também, pode ser interrompido pelo retorno da mulher ao trabalho antes do sexto mês de vida do bebê. Souza (2007) acredita, que não é apenas o trabalho das mulheres fora de casa, mas sim a situação real em que acontece essa prática. Pereira (2010) identificou em seu estudo que o aleitamento materno exclusivo tem baixa porcentagem entre mulheres não brancas, escolaridade materna até o ensino fundamental representa o dobro do risco em relação ao nível superior para introdução de outros alimentos antes dos seis meses, aquelas que não têm companheiro e mulheres que ainda não amamentaram ou que amamentaram por pouco tempo seus filhos anteriormente. Observa Wernet (2014) que os principais problemas observado em seu estudo foram: a introdução de mamadeiras de forma precoce. Caldeira (2007) identificou em relação à técnica correta da amamentação, conhecimentos gerais sobre o leite materno, cuidados com a mama e manejo dos principais problemas, o melhor desempenho observado foi do grupo de enfermeiros, já os médicos e dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) apresentou desempenho médio abaixo de 50% para a área temática de técnica de amamentação e manejo dos principais problemas. Observa-se que menos da metade dos profissionais entrevistados relataram fazer orientações sobre manejo clínico do aleitamento materno às mães e, dos que referiram fazê-las, houve uma parcela pequena de orientações consideradas satisfatórias e entre os de nível superior, o enfermeiro realiza mais ações de promoção a saúde do que o médico. Caldeira (2007) relata em seu estudo que a promoção do aleitamento materno não é desenvolvida igualmente. A orientação precoce para o aleitamento materno, a observação das mamadas e a realização de visitas puerperais precoces são ações mais comuns realizadas pelos auxiliares e agentes comunitários de saúde. Já a participação em grupos de gestantes ou nutrizes e a observação da mamada são atividades mais observadas entre os enfermeiros do que entre os médicos. Com relação a conhecimento e quanto ao manejo do AM, Vasquez (2015) mostra em sua pesquisa, que os profissionais da ESF alcançaram médias de acerto mais elevadas, tanto no conhecimento quanto no manejo do AM, no modelo tradicional, entretando, essa superioridade não mostra conformidade durante a prática, pois apenas (11,2%) e (4,3%) dos quais exerciam suas atividades na ESF tiveram desempenho suficiente na pontuação de conhecimento e manejo, respectivamente, o que nos mostra que os profissionais na maior parte obtiveram desempenho regular para ambos os escores. A porcentagem baixa de profissionais com baixo conhecimento e habilidades de auxiliar o AM tem demostrado um dos principais motivos de falha no início e na manutenção dessa prática. Isso nos mostra e confirma, com os resultados do estudo de Caldeira (2007) que com relação à experiência pessoal com aleitamento materno, em uma equipe de Estratégia Saúde da Família, mais da metade dos profissionais de saúde presenciou uma interrupção precoce da amamentação exclusiva dos seus próprios filhos. Fonseca (2011) em seu estudo, notou que do total de profissionais que vivenciaram aleitamento materno dos filhos, a maior parte (57,1%) declarou interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo. Vasquez (2015) afirma também, que os profissionais terem filhos ou terem experiência prévia com a 3

amamentação não indicou associação significativa, pois esperava-se que ao vivênciar a pratica da amamentação, seria mais satisfatório o auxilio na orientação dessa práticas. Em relação ao tempo de atuação da ESF, Fonseca (2011) observou, que os profissionais que trabalhavam há mais de seis meses no programa apresentaram maior número de respostas satisfatórias quando comparados aos profissionais com menos de seis meses. Afirmou também, que o número de profissionais que referiram ter recebido antecipadamente capacitação/treinamento específico em aleitamento materno no presente estudo foi pequeno. O conhecimento do aleitamento materno e a certeza do quão é importante para a nutriz é muito útil para que o enfermeiro e sua equipe possam instruir o preparo no pré-natal e puerpério. Em seu estudo Fonseca (2011) identifica que se a ESF não está capacitada para tal demanda, inicia-se um processo de sofrimento mãe bebê baseado nas fissuras, no ingurgitamento mamário e percepção da fome pelo comportamento do recém-nascido. Observaram Amorim (2009) e Battaus (2014) que a reabilitação e qualificação do profissional da equipe, com cursos de aperfeiçoamento ou de especialização na área de saúde da mulher, dentre eles aleitamento materno e outros, contribuirá para a melhoria do atendimento de forma humanizada e acolhedora, visando formar equipes qualificadas e comprometidas com a promoção, proteção e apoio da amamentação, para a melhoria nos índices do AM, afirma Vasquez (2015). Mostra Battaus (2014) que apenas informações sobre AM não são suficientes, é preciso melhorar e conduzir as atividades com base na concepção de promoção da saúde da mulher, das condições de vida, da família para melhorar a autoconstrução do sujeito e melhorar a qualidade de vida. Cita Vargas (2016) que no período puerperal, quando se inicia o aleitamento materno, aparecem inúmeras dúvidas acerca do processo de amamentação, que podem resultar no desmame precoce, as dificuldades que envolvem a prática da amamentação relacionam-se às questões fisiológicas, culturais e mercadológicas. Confirma Pereira (2010) que para ser feito uma boa promoção a saúde, proteção e apoio à amamentação que se mostraram associadas ao aleitamento materno exclusivo, é necessário: ter sido falado sobre amamentação em grupo e ter sido mostrado como colocar o bebê para mamar. Afirma Pereira (2010) que as orientações sobre o manejo da amamentação e os grupos de apoio à amamentação, conduzidos nas UBS, mostraram-se associados positivamente à prevalência do aleitamento materno exclusivo. Mesmo se observando que muitos profissionais ainda não tem tanto conhecimento prático. Conclusão Conclui-se com a presente pesquisa, o quão importante é o aleitamento materno exclusivo nos seis primeiros meses, porém para se ter uma eficácia é necessária a reabilitação desses profissionais. Nota-se que o profissional enfermeiro tem a maior destreza, tanto prático quanto teórico, para o aleitamento materno exclusivo, entretanto, a ESF tem uma equipe constituída por ACS, auxiliar de enfermagem, enfermeiro, médicos, entre outros, nos quais, os membros citados, têm o maior contato com a nutriz, com relação à orientação sobre amamentação. Se desses profissionais que fazem parte da ESF, menos da metade tem sucesso na orientação, nunca chegaremos ao mínimo recomendado pela OMS em aleitamento materno exclusivo até o sexto mês do bebê, sendo assim, o índice de doenças propícias e desnutrição ainda irão ser corriqueiras. Cabe ao profissional enfermeiro, identificar esse déficit, não só com relação a mãe, mas também, com relação a equipe estratégia saúde da família, proporcionando um treinamento adequado e reciclagem. Referências AMORIM M.M; ANDRADE E.R; Atuação do enfermeiro no PSF sobre aleitamento materno. PerspectivaOnLine, Vol. 3, n.9, 2009. BARBIERE M.C; BERCINI L.O; BRONDANI K.J.M; et al. Aleitamento materno: orientações recebidas no pré-natal, parto e puerpério. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v.36, n.1, p.17-24, ago. 2015 4

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