A CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO

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Transcrição:

A CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO Thayná Nogueira Gomes 1 A construção do pensamento geográfico inicia-se com os impérios grego e romano, passando por períodos de subordinação ao Estado e recentemente chegando a uma geografia de caráter crítico, que se utiliza dessa ciência como forma de luta contra as injustiças sociais, visando uma transformação do mundo. O pensamento geográfico tem seu marco inicial com os impérios grego e romano, com o início da necessidade do conhecimento da superfície terrestre, em uma época de disputa entre impérios. Iniciam-se as navegações e investigações na tentativa de compreender a Terra. Nesse período destaca-se no campo da geografia Estrabão, que segundo Lencioni (2003), definiu a terminologia Geografia e chamou de geógrafo aquele que se dedicava a estudar a superfície da Terra, o espaço geográfico. Com isso lançam-se as bases para o estudo de recortes da superfície, gerando uma gama de estudos regionais, pautados na observação; porém estudos muitas vezes vinculados com os deuses e crenças da época. Com o renascimento e a crença da razão, o homem buscou compreender o mundo por meio da racionalidade, deixando de lado as explicações divinas. Foster e Kant marcaram esse período e as bases da ciência moderna, pois desenvolvem as ideias dos gregos e romanos e partem do estudo de recortes da superfície, por meio da observação, descrição, análise dos dados coletados e comparação, sendo então, passíveis de comparação. Foster irá desenvolver a parte teórico-metodólogico e Kant se dedicará a epistemologia (MOREIRA, 2012). 1 Licenciada em Geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Geografia/UFMS/CPTL- E-mail thayna_nog@hotmail.com 112 Revista Eletrônica da Associação dos Geógrafos Brasileiros Seção Três

Humboldt e Ritter em seus estudos deram continuidade às ideias de Foster e Kant. Eles se diferenciam na medida em que Ritter estuda o recorte para compreender o todo, acreditando em uma individualidade regional e sendo um estudo antropocêntrico; e Humboldt irá partir do estudo da superfície terrestre com uma visão globalizante, partindo do todo para se chegar à parte. Esses pensadores são holistas, seus estudos visam conhecer o método de observação e descrição, inventariando os elementos do planeta. A construção do pensamento geográfico segue acompanhando as novas necessidades de compreensão do espaço. Tendo uma forte corrente com Ratzel e La Blache, na Alemanha e França, respectivamente. Ratzel vivencia um momento de transição da Alemanha, para um Estado unificado, nesse período visava-se o expansionismo e a anexação de territórios à Alemanha, como forma de demonstração de poder. A geografia irá seguir as exigências que se impunham na época, ou seja, a Geografia de Ratzel será pautada nos interesses do Estado (MORAES, 1987). Ratzel trabalha com o conceito de espaço vital, em que o homem tira do espaço o suficiente para sua sobrevivência; o que esse espaço tem para lhe oferecer condiciona a vida do homem. Para Ratzel o desenvolvimento da sociedade se daria pela intermediação do Estado. Ele inaugura o determinismo e a Geografia Política. La Blache na França inicia seu estudo visando combater a Alemanha e seus ideais e consequentemente se opõe à Ratzel, devido à necessidade de fortalecimento interno. Ele tinha o apoio do Estado Francês, porém, por meio da neutralidade científica, esse caráter ideológico é mascarado, legitimando a dominação francesa. La Blache insere o conceito de gênero de vida (MORAES, 113 Revista Eletrônica da Associação dos Geógrafos Brasileiros Seção Três

1987), em que aponta a capacidade de uma sociedade transformar o meio para obter uma melhor forma de vida; isso ocorre com a sucessão de diferentes sociedades no tempo. La Blache desenvolve a Geografia Regional, porém centrada na observação e descrição do homem-natureza. Hettner e Hartshorne são grandes expoentes na construção do pensamento geográfico. Hettner retoma as ideias de Ritter de individualidade regional, porém seus estudos são deixados de lado e só são retomados por Hartshorne nos Estados Unidos a partir dos anos 30 (MORAES, 1987). Hartshorne não vê a necessidade de estabelecer um objeto de estudo próprio da Geografia, já que a mesma deveria estudar os elementos da superfície terrestre e suas inter-relações. Ele vivencia um período de afirmação americana. Funda a Geografia Idiográfica e Monotética, sendo esta última um esboço para a Geografia Quantitativa, pois inclui o uso de informações e tecnologias em suas análises. Esses pensadores fizeram parte da corrente da Geografia Tradicional, em que se usava o método positivista com base na observação, descrição e classificação, inventariando a Terra e seus elementos, gerando uma rica base de dados. A Geografia Quantitativa, neopositivista, tenta romper com Geografia Tradicional, mas não o faz, pois não se altera a base estrutural da ciência. A Geografia Neopositivista transformou o homem em estatística; tudo poderia ser calculado em números, porém pautada ainda no método descritivo. Nesse período a industrialização se destacava e havia a necessidade de um conhecimento pontual do território, possibilitando ações pontuais. 114 Revista Eletrônica da Associação dos Geógrafos Brasileiros Seção Três

A Geografia Crítica rompe com a Geografia Tradicional e Pragmática Neopositivista, se estabelecendo duas correntes: a Geografia Crítica e a Geografia Fenomenológica. A Geografia Crítica buscava explicar e compreender as causas do fenômeno e não somente descrever, pois por meio da compreensão do fenômeno pode-se chegar a transformações sociais. Altera-se o método de abordagem para o dialético, retomando as ideias marxistas e utilizando o materialismo histórico dialético. Os geógrafos críticos assumem seu papel político e social, quebrando a neutralidade científica. Eles utilizam a ciência geográfica para lutar contra as injustiças sociais (MORAES, 1987). Destaca-se nesta corrente Yves Lacoste, assim como o filósofo e sociólogo, Henri Lefebvre e o geógrafo David Harvey. A Geografia Fenomenológica pauta-se nas relações do espaço vivido, estando relecionada com aspectos culturais, sendo um de seus expoentes Yi-Fu Tuan, com sua contribuição com os conceitos de topofilia e topofobia (TUAN, 2005). No Brasil o geógrafo Milton Santos é destaque dessa corrente crítica, devido à forma ímpar de explicar as relações sociais por meio das técnicas. Ele reitera categorias de análise como espaço, que para autor, é um sistema de objetos e sistema de ações (SANTOS, 2012); e território, como sendo posterior ao espaço, porém dando ênfase ao território utilizado (SANTOS, 2011a). O autor cria o conceito de meio técnico-científico-informacional, fundamental para a compreensão da realidade atual frente ao processo de globalização e suas diversas faces (SANTOS, 2011a) (SANTOS, 2011b). Destacam-se também geógrafos como: Ariovaldo Umbelino de Oliveira, Carlos Walter Porto-Gonçalves, assim como Arlete Moysés 115 Revista Eletrônica da Associação dos Geógrafos Brasileiros Seção Três

Rodrigues, Ana Fani Alessandri Carlos, Eliseu Savério Sposito e Maria Encarnação Beltrão Sposito. A construção do pensamento geográfico acompanhou as alterações e necessidade do mundo, seja no império, visando o conhecimento do espaço, com o expansionismo europeu e mais recentemente com o processo de industrialização e globalização. Porém muda-se o método de análise, com o advento da Geografia Crítica, o que só se fez possível devido a já realizada inventarialização dos elementos da Terra, em outrora. Seguimos então, conscientes da Geografia que queremos uma Geografia mais justa que busque as raízes dos problemas, em vias de transformar a sociedade, visando à justiça social. Cabe a nós geógrafos assumirmos o papel político-social que nos cabe, a fim de fazermos uma ciência geográfica mais comprometida com a sociedade em si e não somente perpetuar um Estado dominador. REFERÊNCIAS LENCIONI, S. Região e Geografia. São Paulo: Edusp, 2003. MORAES, A. C. R. Geografia: Pequena história crítica. 4. ed. São Paulo: Hucitec, 1987. MOREIRA, R. Para onde vai o pensamento geográfico?: por uma epistemologia crítica. 2. ed., 1. reimpr. São Paulo: Contexto, 2012. SANTOS, M. A natureza do espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção. 4. ed., 7. reimpr. São Paulo: Edusp, 2012. (Coleção Milton Santos; 1), O Brasil: território e sociedade no início do século XXI Livro vira-vira 1/ Milton Santos [e Maria Laura Silveira]. Rio de Janeiro: Best bolso, 2011a. 116 Revista Eletrônica da Associação dos Geógrafos Brasileiros Seção Três

, Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal Livro vira-vira 2/ Milton Santos. Rio de Janeiro: Best bolso, 2011b. TUAN, Yi-Fu. Paisagens do medo. São Paulo: Ed. UNESP, 2005. 117 Revista Eletrônica da Associação dos Geógrafos Brasileiros Seção Três