Vinhaça como aditivo na alimentação de suínos

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Transcrição:

Vinhaça como aditivo na alimentação de suínos Estefânia Ferreira Dias¹, Silvana Lúcia dos Santos Medeiros², Sandra Regina Faria³, Maria Eduarda Medeiros Oliveira Cunha 4 ¹ Graduanda em Zootecnia pelo IFMG Campus Bambuí; Bolsista de Iniciação Científica (PIBIC) - FAPEMIG ² Professora orientadora - IFMG Campus Bambuí. ³ Professora colaboradora - IFMG Campus Bambuí. 4 Aluna do Técnico em Agropecuária pelo IFMG Campus Bambuí; Bolsista de Iniciação Científica (PIBIC Jr.) RESUMO - O projeto foi realizado com o objetivo de avaliar a inclusão de vinhaça na ração de suínos na fase creche. Foi realizado no setor de Suinocultura do IFMG Campus Bambuí. Contou com 24 animais da linhagem Agroceres, com 45 dias de idade, pesando em média 10,50 Kg. Foram utilizados três tratamentos e duas repetições com quatro animais em cada parcela, em um delineamento experimental inteiramente casualizado. O tratamento 1 (T1) sendo o controle no qual foi utilizado uma ração referência formulada de acordo com a ração utilizada pela instituição, sem adição de vinhaça, o segundo tratamento (T2) utilizou o método de substituição onde o alimento teste, vinhaça, substituiu em 5% da ração controle e o terceiro tratamento (T3) substituiu em 10% do total da ração. O experimento foi realizado em 26 dias, sendo que os animais foram mantidos em baias suspensas separadas e receberam o manejo rotineiro do setor. A alimentação dos leitões foi à vontade, realizada duas vezes ao dia, em comedouros tipo cocho dispostos ao longo das baias, tentando sempre manter o horário de alimentação com o utilizado pelo setor. A água fornecida ficava a disposição em bebedouros tipo chupeta. As variáveis estudadas foram o ganho de peso, consumo de ração e conversão alimentar dos animais. Palavras-chave: aditivo agroindustrial, nutrição, suinocultura, vinhaça, INTRODUÇÃO Na suinocultura uma das fases mais críticas para o produtor é a fase de desmama, pois, os leitões são submetidos a mudanças físicas e ambientais além de alterações fisiológicas ocasionadas pelo processo de desmame. O desmame é considerado preocupante, pois os leitões são expostos a uma série de problemas ambientais, fisiológicos e nutricionais como a perda do contato com a mãe, mudança de ambiente (bebedouros, comedouros, temperatura ambiental, tensão social), adaptação a dietas sólidas, entre outros. Consequentemente, a alimentação adequada de leitões na fase pós-desmame é

um desafio para o nutricionista e um problema ao suinocultor, em decorrência dos distúrbios que ocorrem nesta fase de criação (Santos, 2002). A diarreia após o desmame, o baixo índice de crescimento, a granulometria das rações e consumo de ração seca as vezes de baixa palatabilidade são os problemas básicos e frequentes decorrentes da desmama. Na desmama o leitão ainda não está apto para consumir uma dieta farelada, uma vez que seu sistema enzimático, bem como as estruturas do intestino delgado, não está bem desenvolvido. Como consequência o consumo de alimento nos primeiros dias é reduzido, o que resulta em atraso no ganho de peso e saúde intestinal destes; é muito comum o desenvolvimento de bactérias patogênicas no trato gastrintestinal dos leitões, ocasionando assim diarreias que podem aumentar o índice de mortalidade. Desta forma torna-se importante a pesquisa de alimentos ou aditivos que suplementem a dieta de suínos na fase de creche, que possibilitem uma melhor conversão alimentar, maior ganho de peso e aumento do consumo por parte dos animais. Tendo isto com embasamento e observado as oportunidades oferecidas diante o município de Bambuí, a presença da Usina Bambuí Bioenergia S/A, como também as questões ambientais enfrentadas pelo destino do subproduto da cana-deaçúcar, trabalhamos com a vinhaça na incorporação da ração ofertada aos leitões desmamados. A vinhaça é o principal subproduto do processamento da cana-de-açúcar na fabricação do etanol e também da cachaça, e apresenta um alto valor poluente que gira em torno de cem vezes maior que o do esgoto doméstico. Valores estes, decorrente da grande quantidade produzida, alto teor de água, baixo ph e alta demanda bioquímica de oxigênio (DBO), alta corrosividade e temperaturas elevadas a que o produto é submetido. (Bard e Paiva, 1981). A vinhaça apresenta geralmente uma substância de baixo custo, ph ácido, possui alta quantidade de matéria orgânica, cálcio, potássio e níveis moderados de nitrogênio e fósforo (Gómez & Rodríguez, 2000). O que permite que seja usada para suprir diferentes nutrientes minerais e pode ser utilizada como aditivo em diferentes espécies animais. Além disso apresenta propriedades probióticas, melhorando a palatabilidade da ração e age como promotor da maturidade sexual e da reprodução. Seu uso como aditivo ajuda a manter a flora intestinal em equilíbrio, evitando assim propagação de patógenos. Desta forma tornam-se necessários estudos para aprimoramento do uso da vinhaça como aditivo na alimentação de suínos na fase de creche, pois trabalhos são escassos nesta área. Além de

permitir aliar um ingrediente alternativo com grande capacidade poluidora ao ambiente a um concentrado, visando minimização dos custos com aditivo de preço baixo. O objetivo deste trabalho foi utilizar a vinhaça proveniente da usina Bambuí Bioenergia S/A na alimentação dos suínos fase creche a fim de avaliar a melhor inclusão de vinhaça a ração destes animais, observando sua predisposição a doenças e avaliando o desempenho dos mesmos. MATERIAL E MÉTODOS Foram utilizados os animais do setor de Suinocultura do Instituto Federal de Minas Gerais - Campus Bambuí para realização do experimento, juntamente com a vinhaça proveniente da Usina Bambuí Bioenergia S/A. O experimento contou com 24 animais, divididos em três tratamentos, sendo realizada 2 repetições, contando com 4 animais em cada uma delas, como ilustrado na tabela 1 a seguir: Tabela 1 Divisão dos lotes de suínos para realização do experimento. Tratamentos T1 T2 T3 Repetição 1 4 4 4 Repetição 2 4 4 4 Foi utilizado o delineamento experimental inteiramente casualizado, dividido da seguinte maneira, T1 como tratamento controle, T2 com inclusão de vinhaça a 5% e T3 com inclusão de 10%. Os animais utilizados tinham 45 dias de idade, sendo estes devidamente pesados na entrada e saída do experimento com 70 dias de idade. Contou com lotes misto (machos castrados e fêmeas) em cada tratamento, sendo os leitões selecionados pelo peso e sexo semelhantes, para se obter uma maior confiabilidade no resultado. A distribuição dos animais selecionados e dos tratamentos foi realizada aleatoriamente nas baias experimentais. Foram utilizadas duas salas da creche, com baias suspensas. O manejo realizado foi a limpeza diária com retirada das fezes e lavagem das baias com água de dois em dois dias. Sendo o fornecimento de ração realizado duas vezes ao dia, já com as devidas inclusões e as sobras coletadas e pesadas, para posterior análise do consumo obtido com base no consumo médio dos animais por repetição. A conversão alimentar será obtida com base no peso e consumo médio dos animais por repetição, avaliando também o ganho de peso diário por animal.

A ração inicial foi fornecida a partir dos 45 dias de vida dos animais na fase de creche. Os ingredientes que compõem a ração inicial são milho, farelo de soja, açúcar cristal e um núcleo inicial (suplemento vitamínico mineral) com inclusão de 5% conforme a tabela 2. Tabela 2 Composição percentual da ração inicial com base na matéria seca. Ingrediente Quantidade (%) Milho 61,7 Farelo de Soja 28,5 Açúcar 5,0 Núcleo inicial* 5,0 Total 100 * Níveis de garantia por Kg: Ácido Fólico (min.) 12,5 mg/kg; Ácido Pantotenico (min.) 375 mg/kg; Alfa Galactosidade (mín.) 1,36 u/g; Beta Glucanase (mín.) 387,6 u/g; BHT (mín.) 100 mg/kg; Biotina (mín.) 10 mg/kg; Cálcio (mín.) 160 g/kg; Cálcio (máx.) 185 g/kg; Cobalto (mín.) 5 mg/kg; Cobre (mín.) 3.750 mg/kg; Colina (mín.) 2.500 mg/kg; Ferro (mín.) 2.500 mg.kg; Fitase (mín.) 12,5 FTU/kg; Fósforo (mín.) 73 g/kg; Halquinol (mín.) 3.000 mg/kg; Iodo (mín.) 25 mg/kg; Manganês (mín.) 1.750 mg/kg; Niacina (mín.) 750 mg/kg; Selênio (mín.) 7,5 mg/kg; Sódio (mín.) 39 g/kg, Vitamina A (mín.) 250.000 UI/kg; Vitamina B1 (mín.) 37,5 mg/kg; Vitamina B12 (mín.) 500 mcg/kg; Vitamina B2 (mín.) 150 mg/kg; Vitamina B6 (mín.) 25 mg/kg; Vitamina D3 (mín.) 50.000 UI/kg; Vitamina E (mín.) 2.000 UI/kg; Vitamina K3 (mín.) 50 mg/kg; Xilanase (mín.) 248 u/g; Zinco (mín.) 2.500 mg/kg. Para o tratamento controle (T1) foi fornecida a ração básica sem a inclusão de vinhaça. As duas rações-teste são correspondentes aos tratamentos T2 e T3, adotando o método de substituição proposto por Sibbald e Slinger (1963), sendo que o alimento teste, vinhaça, substituiu 5% (T2) e 10% (T3) da dieta básica, como mostra na tabela 3. Tabela 3 - Níveis de inclusão de vinhaça na ração inicial Tratamentos T1 T2 T3 Ração Inicial 100% 95% 90% Vinhaça ---- 5% 10%

Para tabulação das médias desejadas que serão submetidas ao programa Sistema de Análise de Variância (SISVAR) com o teste Tukey a 5% de probabilidade sobre os níveis quantitativos da inclusão de vinhaça na dieta (0; 5 e 10% de vinhaça líquida adicionada). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Como o experimento encontra-se em andamento ainda não há resultados. Sendo realizado até o momento apenas a parte experimental, faltando assim a tabulação dos dados resgatados na atividade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Com a realização deste projeto espera-se a obtenção de informações sobre os níveis de inclusão da vinhaça como aditivo na suplementação de dieta para suínos em fase de creche. Para assim avaliar os benefícios adquiridos com a adição da vinhaça em dietas e o desempenho dos leitões pós-desmama, favorecendo o consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar. AGRADECIMENTOS Ao IFMG- Campus Bambuí e a FAPEMIG pela bolsa de estudo e apoio no presente trabalho. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BARD, J.; PAIVA, M.P. Aproveitamento da vinhaça em psicultura. Saccharum. v.4, p.39-40, 1981. GÓMEZ, J.; RODRÍGUEZ, O. Efecto de lavinasaenlaproductividad de lacaña de azúcar (Saccharumofficinarum). Revista de lafacultad de Agronomía - LUZ, v.17, p.318-326, 2000 SANTOS, W. G. Manose na alimentação de leitões na fase de creche (Desempenho, parâmetros fisiológicos e microbiológicos). 2002. 66 p. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG. SIBBALD, I.R.; SLINGER, S.J. A biological assay for metabolizable energy in feed ingredients together with finding wich demonstrate some of the problems associated with the evaluation of fats. Poultry. Science. v.42, p.313-325, 1963.