Parecer Consultoria Tributária Segmentos Benefício INOVAR-AUTO



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Transcrição:

Segmentos Benefício INOVAR-AUTO 25/02/2014

Título do documento Sumário Sumário... 2 1. Questão... 4 2. Normas apresentadas pelo cliente... 4 3. Análise da Legislação... 4 3.1. Adesão... 5 3.2. Vigência... 5 3.3. Benefícios... 6 3.4. A partir de 2017... 6 3.5. Beneficiários... 6 3.6. Fornecedores das montadoras... 7 3.7. Layout... 7 3.8. Condições do INOVAR-AUTO.... 7 3.8.1. Empresas que Tenham Projeto de Instalação de Fábrica, Nova Planta ou Projeto Industrial.... 8 3.8.2. Das Empresas que não Produzam, mas Comercializem Veículos no País... 8 3.8.3. Empresas que Produzam Veículos no País... 10 3.9. Cancelamento do INOVAR-AUTO e Multas... 17 3.10. Cálculo do crédito presumido de IPI... 19 3.10.1. Crédito presumido de IPI sobre investimentos com Insumos e Ferramentaria... 20 3.10.2. Crédito presumido de IPI sobre investimentos com Pesquisa, Desenvolvimento tecnológico, Inovação tecnológica e Recolhimentos ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico FNDCT, na forma da legislação específica... 26 3.10.3. Crédito presumido de IPI sobre investimentos, Recolhimentos ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico FNDCT, na forma da legislação específica, Capacitação de fornecedores e Engenharia e Tecnologia industrial básica... 26 3.10.4. Crédito presumido de IPI e suspensão do IPI sobre importação de veículos.... 27 3.11. Utilização dos Créditos, lançamentos nos livros e documentos fiscais... 28 3.11.1. Crédito presumido relativo aos Insumos Estratégicos e Ferramentaria... 28 3.11.2. Crédito presumido relativo a Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico, Inovação Tecnológica, Recolhimentos ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico FNDCT, na forma da legislação específica, Capacitação de Fornecedores e Engenharia e Tecnologia Industrial Básica... 29 3.11.3. Crédito presumido de IPI sobre importação de veículos.... 30 3.11.4. Crédito Presumido apurado nos itens 3.10.1 e 3.10.4... 31 3.12. Obrigações Acessórias... 31 3.12.1. Montadoras... 33 3.12.2. Fornecedor... 36 2

4. Conclusão... 47 5. Informações Complementares... 48 6. Referencias... 48 7. Histórico de alterações... 49 3

1. Questão Título do documento Esse parecer trata o beneficio fiscal INOVAR-AUTO, direcionado ao setor automotivo. Esse benefício prevê crédito presumido de IPI e tem como objetivo criar condições de competitividade e incentivar as empresas a fabricar carros mais econômicos e mais seguros, investir na cadeia de fornecedores e em engenharia, tecnologia industrial básica, pesquisa e desenvolvimento e capacitação de fornecedores. 2. Normas apresentadas pelo cliente Os clientes que solicitaram o INOVAR-AUTO são Fornecedores de Montadora que aderiram ao INOVAR-AUTO. A solicitação é para que o sistema atenda a geração do XML previstos para os Fornecedores. O cliente nos indicou a legislação que criou e regulamentou e um layout XML, que segundo ele é o padrão para que ele forneça as informação as Montadoras. 3. Análise da Legislação O Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores - INOVAR-AUTO tem como objetivo apoiar o desenvolvimento tecnológico, a inovação, a segurança, a proteção ao meio ambiente, a eficiência energética e a qualidade dos veículos e das autopeças no Brasil. O INOVAR-AUTO estimula a concorrência porque tem como foco o aumento da competição e a busca de ganhos sistêmicos de eficiência e aumento de produtividade da cadeia produtiva, das etapas de fabricação até a rede de serviços tecnológicos e de vendas. Para as Montadoras habilitarem-se ao INOVAR-AUTO, as empresas terão de comprometer-se com uma série de metas, entre as quais: investimentos mínimos em P&D Pesquisa e Desenvolvimento (inovação), aumento do volume de gastos em engenharia, tecnologia industrial básica (TIB) e capacitação de fornecedores, produção de veículos mais econômicos e aumento da segurança dos veículos produzidos. Esse benefício foi instituído pela nr. Lei 12.715 de 2012 e regulamentado pelo Decreto nr. 7.819 de 2012. Abaixo o histórico das atualizações que ocorreram até o momento: Portaria nr. 106 de 11 de abril de 2013 Prorroga a vigência da habilitação excepcional ao INOVAR-AUTO até 31 de maio de 2013. Além disso, define as quotas referentes a cada empresa para o período de 1º de abril a 31 de maio de 2013. Portaria nr. 113 de 15 de abril de 2013 Regulamenta disposições referentes á capacitação de fornecedores, insumos estratégicos e ferramentaria, solicitação de habilitação e relatórios de acompanhamento; além de outras providências. Portaria nr. 280 de 04 de Setembro de 2013 Altera a Portaria nr. 113 e seus anexos, além de acrescentar disposições a esta. Institui o sistema de acompanhamento ao INOVAR-AUTO Portaria nr. 296 de 30 de setembro de 2013 Disciplina a gestão, o controle e a contabilidade referentes ao FNDCT - Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, no âmbito do INOVAR-AUTO. Cria o comitê gestor dos recursos do FNDCT e dispõe sobre sua composição e competência, entre outros. 4

Portaria nr. 297 de 30 de Setembro de 2013 Dispões sobre a habilitação ao INOVAR-AUTO na modalidade Projeto de Investimento. Define modelos de formulários a serem empregados nos relatórios de acompanhamento dos projetos, entre outras disposições. Portaria nr. 772 de 12 de agosto de 2013 Estabelece termos e condições para o cômputo dos dispêndios em Pesquisa e Desenvolvimento; e Engenharia, Tecnologia Industrial Básica e Capacitação de Fornecedores. Além de regulamentar a prestação de informações referentes a essas rubricas. Medida Provisória nr. 638 de 17 de Janeiro de 2014 Altera a Lei nr. 12.715 de 2012, e estende as obrigações aos fornecedores das montadoras habilitadas no INOVAR-AUTO, sendo passível de multa quem não cumprir a obrigação. Outra alteração é na questão dos investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação, gastos com engenharia, tecnologia industrial básica e de capacitação de fornecedores diretamente ou por terceiros e com relação ao destino dos recursos arrecadados por penalidades aplicadas as empresas que não cumprirem o que determina o acordo. Portaria 257, de 23 de Setembro de 2014 - No dia 24 de Setembro de 2014 foi publicada pelo MDIC, dispondo sobre procedimentos a serem observados nos dispêndios com insumos estratégicos e ferramentaria, e respectivo tratamento das informações que irão compor o campo valor da parcela dedutível no XML enviado pelo fornecedor da montadora credenciada no programa INOVAR-AUTO. 3.1. Adesão A adesão ao benefício é voluntária por partes das empresas Montadoras, que solicitam por ato específico ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, órgão que avalia e aprova as solicitações, caso atenda a todos os requisitos previstos para o INOVAR-AUTO. O programa é abrangente e prevê obrigações acessórias a serem cumpridas pelas Montadoras inscritas no programa e seus Fornecedores. Para as empresas participantes do INOVAR-AUTO, foi criado um site oficial (www.inovarauto.abdi.com.br), para que as mesmas imputem suas informações. Após a aprovação e inclusão da Montadora no INOVAR-AUTO, a mesma efetua o cadastro de seus Fornecedores no site oficial do programa. 3.2. Vigência As adesões concedidas no INOVAR-AUTO, terão validade de doze meses, contados da data da habilitação, e poderá, ao final de cada período, ser renovada por solicitação da empresa, pelo período de doze meses, com limite de validade em 31 de dezembro de 2017, quando está previsto o encerramento do programa. 5

3.3. Benefícios Título do documento Crédito presumido de IPI de até 30 pontos percentuais. Crédito presumido de IPI referente a gastos em pesquisa e desenvolvimento e a investimentos em tecnologia industrial básica, engenharia de produção e capacitação de fornecedores. 3.4. A partir de 2017 Carros que consumam 15,46% menos terão direito a abatimento de um ponto percentual de IPI. Carros que consumam 18,84% menos terão direito a abatimento de dois pontos percentuais de IPI. 3.5. Beneficiários Empresas que produzem veículos no país previstos na lista de NCM - Nomeclatura Comum do Mercosul descrita no Decreto nr. 7819 de 2012 que regulamentou o INOVAR-AUTO. Empresas que não produzem, mas comercializam veículos no país previstos na lista de NCM elegíveis ao beneficio. Empresas que apresentem projeto de investimento para produção de veículos no país. Abaixo a lista de NCM s elegíveis ao INOVAR-AUTO: Quadro 1 Código da TIPI Código da TIPI 8701.20.00 8704.21.90 Ex 02 8702.10.00 (exceto Ex 02) 8704.22.10 8702.90.90 (exceto Ex 02) 8704.22.20 8703.21.00 8704.22.30 8703.22.10 8704.22.90 8703.22.90 8704.23.10 8703.23.10 8704.23.20 8703.23.10 Ex 01 8704.23.30 8703.23.90 8704.23.90 (exceto Ex 01) 8703.23.90 Ex 01 8704.31.10 8703.24.10 8704.31.10 Ex 01 8703.24.90 8704.31.20 8703.31.10 8704.31.20 Ex 01 8703.31.90 8704.31.30 8703.32.10 8704.31.30 Ex 01 8703.32.90 8704.31.90 8703.33.10 8704.31.90 Ex 01 8703.33.90 8704.32.10 8704.21.10 8704.32.20 8704.21.10 Ex 01 8704.32.30 8704.21.20 8704.32.90 8704.21.20 Ex 01 8704.90.00 6

Fonte: Decreto 7.819 de 2012. 8704.21.30 8706.00.10 (exceto dos veículos do código 8702.90.10) 8704.21.30 Ex 01 8706.00.10 Ex 01 8704.21.90 8706.00.90 8704.21.90 Ex 01 8706.00.90 Ex 01 As Montadoras dos produtos classificados nos NCM s acima, podem solicitar o Benefício do INOVAR-AUTO. 3.6. Fornecedores das montadoras Os Fornecedores de insumos estratégicos e de ferramentaria para as empresas habilitadas ao INOVAR-AUTO e seus Fornecedores diretos ficam obrigados a informar aos adquirentes, nas operações de venda, os valores e as demais características dos produtos fornecidos, nos termos, limites e condições definidos pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O não cumprimento das obrigações acessórias pelas Montadoras ou por seus Fornecedores poderá gerar exclusão da montadora do INOVAR-AUTO e multas. 3.7. Layout Os layouts dos documentos de controles a serem gerados para atender ao INOVAR-AUTO está disponível nos anexos do Decreto nr. 7.819 de 2012 (item 3.12 desse parecer). Além das obrigações acessórias e controles há previsão de envio de informações via XML. Na legislação vigente e no site do INOVAR-AUTO na parte pública não está disponível o layout dos arquivos XML, porém recebemos um documento do projeto INOVAR-AUTO, enviado por um de nossos clientes, na qual consta o endereço do Layout do XML, juntamente com exemplos a serem gerados para atender ao INOVAR-AUTO. Os XML devem ser gerado pelas Montadoras e Fornecedores, conforme o layout que está disponível no link: www.inovarauto.abdi.com.br/static/modelos_xml.pdf Salientamos que há layout s de XML distintos para as Montadoras e Fornecedores. 3.8. Condições do INOVAR-AUTO. As empresas habilitadas no INOVAR-AUTO para permanecer no programa devem ter regularidade em relação aos tributos federais, e atingir níveis mínimos de eficiência energética em relação aos produtos comercializados no País, conforme determina a legislação que institui o programa. Os beneficiários do INOVAR-AUTO são divididos em 3 tipos de empresas, na qual a legislação prevê condições distintas para cada tipo: 7

Título do documento 3.8.1. Empresas que Tenham Projeto de Instalação de Fábrica, Nova Planta ou Projeto Industrial. Para fazer parte do INOVAR-AUTO, essas empresas devem apresentar projeto de investimento que atenda aos termos estabelecidos pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e aos critérios para a determinação da capacidade anual de produção. A habilitação da empresa solicitante fica condicionada à aprovação de projeto de investimento pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A empresa deverá solicitar habilitação específica para cada fábrica, planta ou projeto industrial que pretenda instalar, podendo cada habilitação ser renovada uma vez, e desde que cumprido o cronograma físico-financeiro do projeto de investimento. 3.8.2. Das Empresas que não Produzam, mas Comercializem Veículos no País Essas empresas devem elaborar uma programação dos gastos e investimentos que pretendam realizar no País e comprovar vínculo com o fabricante ou com seu respectivo distribuidor de veículos no exterior, demonstrando estar formalmente autorizada a realizar no território brasileiro as atividades de importação, comercialização, prestação de serviços de assistência técnica, organização de rede de distribuição, e a utilização das marcas do fabricante em relação aos veículos objeto de importação, mediante documento válido no Brasil. Abaixo os requisitos a serem cumprindos pelas empresas dessa classificação: A) Realizar, no País, investimentos em pesquisa e desenvolvimento correspondentes, no mínimo, aos percentuais a seguir indicados, incidentes sobre a receita bruta total de venda de bens e serviços, excluídos os impostos e contribuições incidentes sobre a venda: Quadro 2 Ano-Calendário Percentual 2013 0,15% 2014 0,30% 2015 0,50% 2016 0,50% 2017 0,50% Fonte: Decreto 7.819 de 2012. 8

Exemplo: Receita Bruta total de venda: R$ 200.000.000,00 Investimentos em 2013: R$ 300.000,00 (200.000.000 * 0,15%) Investimentos em 2014: R$ 600.000,00 (200.000.000 * 0,30%) Demais anos seguir o percentual estipulado na tabela até 2017 que termina o INOVAR-AUTO. B) Realizar, no País, investimentos em engenharia, tecnologia industrial básica e capacitação de fornecedores, correspondentes no mínimo, aos percentuais a seguir indicados, incidentes sobre a receita bruta total de venda de bens e serviços, excluídos os impostos e contribuições incidentes sobre a venda: Quadro 3 Ano-Calendário Percentual 2013 0,5% 2014 0,75% 2015 1,0% 2016 1,0% 2017 1,0% Fonte: Decreto 7.819 de 2012. Exemplo: Receita Bruta total de venda: R$ 200.000.000,00 Investimentos em 2013: R$ 1.000.000,00 (200.000.000 * 0,50%) Investimentos em 2014: R$ 1.500.000,00 (200.000.000 * 0,75%) Demais anos seguir o percentual estipulado na tabela até 2017 que termina o INOVAR-AUTO. C) Aderir ao Programa de Etiquetagem Veicular definido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e estabelecido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia-INMETRO, com eventual participação de outras entidades públicas, com os seguintes percentuais mínimos dos modelos, conforme definido no 9

Título do documento Programa de Etiquetagem Veicular do INMETRO, de produtos classificados nos códigos TIPI relacionados no Quadro 1, comercializados pela empresa, a serem etiquetados no âmbito do referido Programa, conforme Quadro abaixo: Quadro 4 Ano-Calendário Percentual 2013 36% 2014 49% 2015 64% 2016 81% 2017 100% Fonte: Decreto 7.819 de 2012. Exemplo: Dos produtos classificados para o INOVAR-AUTO deverá ter 36% do total classificado pelo Programa de Etiquetagem Veicular em 2013, 49% em 2014 e seguir os percentuais definidos na tabela acima até 2017, quando irá atingir 100% e encerra-se o INOVAR-AUTO. 3.8.3. Empresas que Produzam Veículos no País As empresas fabricantes dos produtos classificados no Quadro 1, habilitadas no INOVAR-AUTO ficam condicionadas a atender o requisito A e no mínimo a dois requisitos entre B, C e D, conforme abaixo. Já as empresas que fabricarem exclusivamente veículos classificados nos NCM s do Quadro 8, devem assumir o compromisso de atender ao requisito A e a pelo menos um dos requisitos B ou C, não sendo aplicando o requisito D nessa situação. A) Realizar no País, diretamente ou por intermédio de terceiros, a quantidade mínima de atividades fabris e de atividades de infraestrutura de engenharia relacionadas abaixo, em pelo menos 80% dos veículos fabricados, conforme cronograma a seguir: ATIVIDADES FABRIS E DE INFRAESTRUTURA DE ENGENHARIA, DESENVOLVIDAS PELA PRÓPRIA EMPRESA OU POR TERCEIROS, NO PAÍS. Para a produção de automóveis e comerciais leves: 1. Estampagem; 10

2. Soldagem; 3. Tratamento anticorrosivo e pintura; 4. Injeção de plástico; 5. Fabricação de motor; 6. Fabricação de caixa de câmbio e transmissão; 7. Montagem de sistemas de direção e suspensão; 8. Montagem de sistema elétrico; 9. Montagem de sistemas de freio e eixos; 10. Produção de monobloco ou montagem de chassis; 11. Montagem, revisão final e ensaios compatíveis; 12. Infraestrutura própria de laboratórios para desenvolvimento e teste de produtos. Para a produção de caminhões: 1. Estampagem; 2. Soldagem; 3. Tratamento anticorrosivo e pintura; 4. Injeção de plástico; 5. Fabricação de motor; 6. Fabricação de caixa de câmbio e transmissão; 7. Montagem de sistemas de direção e suspensão; 8. Montagem de sistema elétrico; 9. Montagem de sistemas de freio e eixos; 10. Montagem, revisão final e ensaios compatíveis; 11. Montagem de chassis e de carrocerias; 12. Montagem final de cabines ou de carrocerias, com instalação de itens, inclusive acústicos e térmicos, de forração e de acabamento; 13. Produção de carrocerias preponderantemente através de peças avulsas estampadas regionalmente; 11

Título do documento 14. Infraestrutura própria de laboratórios para desenvolvimento e teste de produtos. Para a produção de Chassis com motor: 1. Soldagem; 2. Tratamento anticorrosivo e pintura; 3. Injeção de plástico; 4. Fabricação de motor; 5. Fabricação de caixa de câmbio e transmissão; 6. Montagem de sistemas de direção e suspensão; 7. Montagem de sistema elétrico; 8. Montagem de sistemas de freio e eixos; 9. Montagem, revisão final e ensaios compatíveis; 10. Montagem de chassis; 11. Infraestrutura própria de laboratórios para desenvolvimento e teste de produtos. I) Produção de automóveis e comerciais leves: Quadro 5 Ano-Calendário Número de atividades 2013 8 2014 9 2015 9 2016 10 2017 10 Fonte: Decreto 7.819 de 2012. 12

II) Produção de caminhões: Quadro 6 Ano-Calendário Número de atividades 2013 9 2014 10 2015 10 2016 11 2017 11 Fonte: Decreto 7.819 de 2012. III) Produção de chassis com motor: Quadro 7 Ano-Calendário Número de atividades 2013 7 2014 8 2015 8 2016 9 2017 9 Fonte: Decreto 7.819 de 2012. IV) Produção de automóveis por empresas que tenham se instalado no País, com projeto de investimento relativo à instalação de uma única fábrica de veículos classificados nos códigos constantes na lista de NCM s abaixo, com capacidade produtiva anual de até trinta e cinco mil unidades e com investimento específico de, no mínimo, R$ 17.000,00 (dezessete mil reais), e que passem a estar habilitadas ao INOVAR-AUTO. 13

Quadro 8 Título do documento Fonte: Decreto 7.819 de 2012. Código da TIPI Código da TIPI 8701.20.00 8704.21.90 8702.10.00 (exceto Ex 02) 8704.21.90 Ex 01 8702.90.90 (exceto Ex 02) 8704.21.90 Ex 02 8703.31.10 8704.22.10 8703.31.90 8704.22.20 8703.32.10 8704.22.30 8703.32.90 8704.22.90 8703.33.10 8704.23.10 8703.33.90 8704.23.20 8704.21.10 8704.23.30 8704.21.10 Ex 01 8704.23.90 (exceto Ex 01) 8704.21.20 8706.00.10 (exceto dos veículos do código 8702.90.10) 8704.21.20 Ex 01 8706.00.10 Ex 01 8704.21.30 8706.00.90 8704.21.30 Ex 01 8706.00.90 Ex 01 As empresas enquadradas devem realizar a cada ano no mínimo o número de tarefas conforme tabela abaixo: Quadro 9 Ano-Calendário Número de atividades 2013 6 2014 6 2015 7 2016 7 2017 8 Fonte: Decreto 7.819 de 2012. B) Realizar, no País, investimentos em pesquisa e desenvolvimento correspondentes, no mínimo, aos percentuais a seguir indicados, incidentes sobre a receita bruta total de venda de bens e serviços, excluídos os impostos e contribuições incidentes sobre a venda: 14

Quadro 10 Ano-Calendário Percentual 2013 0,15% 2014 0,30% 2015 0,50% 2016 0,50% 2017 0,50% Fonte: Decreto 7.819 de 2012. Exemplo: Receita Bruta total de venda: R$ 200.000.000,00 Investimentos em 2013: R$ 300.000,00 (0,15%)) Investimentos em 2014: R$ 600.000,00 (0,30%)) Demais anos seguir o percentual estipulado na tabela até 2017, quando termina o INOVAR-AUTO. C) Realizar, no País, investimentos em engenharia, tecnologia industrial básica e capacitação de fornecedores, correspondentes no mínimo, aos percentuais a seguir indicados, incidentes sobre a receita bruta total de venda de bens e serviços, excluídos os impostos e contribuições incidentes sobre a venda: Quadro 11 Ano-Calendário Percentual 2013 0,5% 2014 0,75% 2015 1,0% 2016 1,0% 2017 1,0% Fonte: Decreto 7.819 de 2012. 15

Exemplo: Título do documento Receita Bruta total de venda: R$ 200.000.000,00 Investimentos em 2013: R$ 1.000.000,00 (0,50%)) Investimentos em 2014: R$ 1.500.000,00 (0,75%)) Demais anos seguir o percentual estipulado na tabela até 2017, quando termina o INOVAR-AUTO. D) Aderir a Programa de Etiquetagem Veicular definido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e estabelecido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia-INMETRO, com eventual participação de outras entidades públicas, com os seguintes percentuais mínimos dos modelos, conforme definido no Programa de Etiquetagem Veicular do INMETRO, de produtos classificados nos códigos TIPI relacionados no Quadro 1, comercializados pela empresa, a serem etiquetados no âmbito do referido Programa: Quadro 12 Ano-Calendário Percentual 2013 36% 2014 49% 2015 64% 2016 81% 2017 100% Fonte: Decreto 7.819 de 2012. Exemplo: Dos produtos classificados para o INOVAR-AUTO deverá ter 36% do total classificados pelo Programa de Etiquetagem Veicular em 2013, 49% em 2014, etc. Seguir os percentuais definidos na tabela acima até chegar a 100% dos veículos em 2017, quando se encerra o INOVAR-AUTO. Importante salientar, que as empresas que tenham se instalado no País depois do ano de 2013 e passem ser habilitadas no INOVAR-AUTO na modalidade dos fabricantes do produtos classificados no Quadro 1, ficam deslocados no tempo conforme abaixo para os requisitos A e B (acima), respeitando a data limite para o INOVAR-AUTO, que é 2017. Requisitos previstos para 2013 ficam postergados para o ano-calendário de habilitação; Requisitos previstos para 2014 ficam postergados para o ano-calendário seguinte ao da habilitação; Requisitos previstos para 2015 ficam postergados para o segundo ano-calendário seguinte ao da habilitação; Requisitos previstos para 2016 ficam postergados para o terceiro ano-calendário seguinte ao da habilitação; e Requisitos previstos para 2017 ficam postergados para o quarto ano-calendário seguinte ao da habilitação. 16

No itens acima quando se referir a receita bruta total de venda de bens e serviços, considerar o valor acumulado no ano calendário, exluindo os impostos e contribuições incidentes sobre as vendas. Decreto 7819 de 2012: (...) Art. 8º Os dispêndios em pesquisa, desenvolvimento tecnológico, engenharia, tecnologia industrial básica e capacitação de fornecedores de que tratam os incisos II e III do caput do art. 7º: I - deverão ser realizados, no País, pela pessoa jurídica beneficiária do INOVAR-AUTO: a) diretamente; b) por intermédio de fornecedor contratado; ou c) por intermédio de contratação de universidade, instituição de pesquisa, empresa especializada ou inventor independente de que trata o inciso IX do caput do art. 2º da Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004; II - não poderão abranger a doação de bens e serviços; III - poderão abranger a destinação de recursos ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FNDCT; IV - tomarão por base a receita bruta total de venda de bens e serviços, excluídos os impostos e contribuições incidentes sobre a venda, apurada no ano-calendário; e V - observarão os procedimentos estabelecidos em portaria conjunta dos Ministros de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. 1º O Ministério da Fazenda adotará as providências necessárias para que sejam repassados ao FNDCT os recursos de que trata o inciso III do caput. 2º O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação disciplinará a gestão, o controle e a contabilidade especifica da posição financeira e orçamentária dos recursos destinados ao FNDCT, criado pelo Decreto-Lei no 719, de 31 de julho de 1969. 3o Para efeito da comprovação dos dispêndios de que tratam os incisos II e III do caput do art. 7º, poderão ser considerados os dispêndios realizados em de acordo com a Lei no 11.196, de 21 de novembro de 2005, com alei nº 9.440, de 14 de março de 1997, e com a Lei nº 9.826, de 23 de agosto de 1999, observando-se as atividades descritas nos 4º e 5º do art. 7º. 3º Para efeito da comprovação dos dispêndios de que tratam os incisos II e III do caput do art. 7º, poderão ser considerados aqueles realizados em acordo com a Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005, com a Lei nº9.440, de 14 de março de 1997, e com a Lei nº 9.826, de 23 de agosto de 1999, observando-se as atividades descritas nos 4º, 5º e 6º do art. 7º. (Redação dada pelo Decreto nº 8.015, de 2013) (...) 3.9. Cancelamento do INOVAR-AUTO e Multas A. Montadoras: As empresas habilitadas que descumprirem os requisitos estabelecimentos para o INOVAR-AUTO, acarretará no cancelamento da habilitação do Programa, exceto com relação ao compromisso da empresa solicitante de atingir níveis mínimos de eficiência energética em relação aos produtos comercializados no País. 17

Título do documento Empresas que possuir mais de uma habilitação, o cancelamente será somente para a habilitadação que descumprir os requisitos, demais habilitação continuarão válidas. O cancelamento produzirá efeitos apenas a partir do início do período da habilitação em que tenha ocorrido descumprimento de compromisso assumido, não afetará os demais. As habilitações canceladas não poderão serem renovadas. Além do cancelamento da habilitação ao INOVAR-AUTO, implicará na exigência do IPI que deixou de ser pago em função da utilização do crédito presumido, com os acréscimos previstos na legislação tributária, desde a primeira habilitação. Caso a primeira habilitação tenha ocorrido em 2013 e o cancelamento ocorra em 2015, será exigido o IPI de todo o período, inciando no ano de 2013. Salientamos que o cancelamento do INOVAR-AUTO será efetuado por ato do Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que dependendo da decisão, poderá abranger apenas o imposto que deixou de ser pago desde o início do período de vigência da habilitação atual que descumpriu os requisitos, com os acréscimos previstos na legislação tributária, ou seja, se inciou em 2013 e o cancelamento ocorrer no final do ano de 2014, nesse caso será exigido o Tributo somente de 2014 que foi o ano do cancelamento. Lembrando que essa decisão caberá ao Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior no momento de emitir o Ato de cancelamento. O descumprimento do compromisso da empresa solicitante em atingir níveis mínimos de eficiência energética em relação aos produtos comercializados no País, não acarretará no cancelamento do INOVAR-AUTO, porém haverá as multas conforme abaixo: R$ 50,00 (cinquenta reais) para até o primeiro centésimo, inclusive, maior que o consumo energético correspondente à meta de eficiência energética, expressa em megajoules por quilômetro, estabelecida para a empresa habilitada; R$ 90,00 (noventa reais) a partir do primeiro centésimo, exclusive, até o segundo centésimo, inclusive, maior que o consumo energético correspondente à meta de eficiência energética, expressa em megajoules por quilômetro, estabelecida para a empresa habilitada; R$ 270,00 (duzentos e setenta reais) a partir do segundo centésimo, exclusive, até o terceiro centésimo, inclusive, maior que o consumo energético correspondente à meta de eficiência energética, expressa em megajoules por quilômetro, estabelecida para a empresa habilitada; R$ 360,00 (trezentos e sessenta reais) a partir do terceiro centésimo, exclusive, para cada centésimo maior que o consumo energético correspondente à meta de eficiência energética, expressa em megajoules por quilômetro, estabelecida para a empresa habilitada. Para as empresas (Montadoras) que descomprirem obrigações acessória previstas no INOVAR-AUTO, haverá multa de dez por cento do valor do crédito presumido apurado. B. Fornecedor: Com a publicação da Medida Provisória nr. 638 em 2014, as obrigações do INOVAR-AUTO se estenderam até o Fornecedor que será obrigado a enviar informações sobre os produtos vendidos as montadoras participantes do INOVAR-AUTO. Caso os fornecedores não enviar essas informações, há previsão de muilta no valor de 2% sobre o valor das operações de venda. Já para o envio de informações incorretas, a previsão é multa de 1% sobre a diferença entre o valor informado e o valor real ou devido. 18

Abaixo o embasamento: (...) Art. 41-A. Com vistas à promoção do desenvolvimento sustentável da indústria, os fornecedores de insumos estratégicos e de ferramentaria para as empresas habilitadas ao Inovar-Auto e seus fornecedores diretos ficam obrigados a informar aos adquirentes, nas operações de venda, os valores e as demais características dos produtos fornecidos, nos termos, limites e condições definidos pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. 1º O desenvolvimento sustentável da indústria referido no caput refere-se ao aumento do padrão tecnológico dos veículos, especialmente, quanto à segurança veicular e a emissões veiculares. 2º A omissão na prestação das informações de que trata o caput ensejará a aplicação de multa no valor de dois por cento sobre o valor das operações de venda referidas no caput. 3º A prestação de informações incorretas no cumprimento da obrigação a que se refere o caput ensejará a aplicação de multa de um por cento sobre a diferença entre o valor informado e o valor devido. 4º Regulamento poderá dispor sobre os procedimentos para correção das informações incorretas de que trata o 3º. 5º O disposto nos 2º e 3º será aplicado nas operações de venda realizadas a partir do sétimo mês subsequente à definição dos termos, limites e condições referidos no caput. (NR) (...) 3.10. Cálculo do crédito presumido de IPI As empresas habilitadas no INOVAR-AUTO (Montadoras), gozarão de crédito presumido de IPI no período em que estiverem habilitadas, que poderão apurar a partir da habilitação. Apesar das obrigações se estenderem até os fornecedores, os créditos de IPI serão concedidos somente para as montadoras, não há previsão de nenhum benefício para o fornecedor dentro do INOVAR-AUTO. O crédito presumido do IPI poderá ser apurado com base nos investimentos/gastos realizados em cada mês-calendário relativos a: Insumos estratégicos; Ferramentaria; Pesquisa; Desenvolvimento tecnológico; Inovação tecnológica; Recolhimentos ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico FNDCT, na forma da legislação específica; Capacitação de fornecedores; e Engenharia e tecnologia industrial básica. 19

Título do documento Para fins de cálculo, serão considerados os valores investidos/gastos realizados no segundo mês-calendário, anterior ao mês de apuração do crédito. Como o INOVAR-AUTO encerra-se em 2017, os investimentos realizados nos meses de novembro e dezembro de 2017 não darão direito ao crédito presumido do IPI. Outra situação que não lhe dará direito ao crédito presumido de IPI, são os gastos em aquisições efetuadas a outras empresas também habilitadas no INOVAR-AUTO. 3.10.1. Crédito presumido de IPI sobre investimentos com Insumos e Ferramentaria O crédito presumido relativo ao IPI será apurado com base na multiplicação dos valores dos investimentos/gastos realizados, para aquisição de Insumos e Ferramentaria, inclusive na hipótese de produção pela própria da empresa habilitada pelo fator abaixo: Para efetuar os cálculos do Quadro 14 e Quadro 16 (Abaixo) considerar as informações abaixo: RPS - Receita Líquida de Vendas da empresa nos segmentos de caminhões pesados e semipesados e chassis com motor; RLM - Receita Líquida de Vendas da empresa nos segmentos de caminhões semileves, leves e médios; RT - somatório de RPS e RLM; Caminhões semileves, leves e médios - os que possuem peso bruto total - PBT superior a três toneladas e meia e inferior a quinze toneladas; Caminhões semipesados - os caminhões-chassis que possuem PBT igual ou superior a quinze toneladas e capacidade máxima de tração - CMT inferior ou igual a quarenta e cinco toneladas; e os caminhões-trator que possuem PBT igual ou superior a quinze toneladas e peso bruto total combinado - PBTC inferior a quarenta toneladas. Caminhões pesados - os caminhões-chassis que possuem PBT igual ou superior a quinze toneladas e CMT superior a quarenta e cinco toneladas e os caminhões-trator que possuem PBT igual ou superior a quinze toneladas e PBTC igual ou superior a quarenta toneladas. A. Empresas que produzam, no País, os produtos classificados no Quadro 1, inclusive na hipótese de instalação de novas plantas ou projetos industriais para produção de novos modelos desses produtos, fica estabelecido em: 20

Quadro 13 Automóveis e Comerciais Leves Fator Ano-Calendário 1,30 2013 1,25 2014 1,15 2015 1,10 2016 1,00 2017 Fonte: Decreto 7.819 de 2012. Exemplo: Mês da apuração Março/2014 Gastos em Janeiro/2014 de R$ 500.000,00 Valor do Crédito Presumido de IPI: 500.000 x 1,25 = 625.000,00 21

Quadro 14 Título do documento Caminhões e Chassis com Motor Fator Ano-Calendário Período de Apuração da Receita Líquida de Vendas (1,30 x RPS) + (1,0 x RLM) RT 2013 jul/2011 a jun/2012 (1,25 x RPS) + (0,95 x RLM) RT 2014 jul/2012 a jun/2013 (1,15 x RPS) + (0,90 x RLM) RT 2015 jul/2013 a jun/2014 (1,10 x RPS) + (0,85 x RLM) RT 2016 jul/2014 a jun/2015 (1,00 x RPS) + (0,85 x RLM) RT 2017 jul/2015 a jun/2016 Fonte: Decreto 7.819 de 2012. Exemplo: Mês da apuração Março/2014 Investimentos/Gastos em Janeiro/2014 de R$ 300.000,00. Dados: I. RPS = 1.500.000,00 (Receita do período de Jul/2012 a Jun/2013) II. RLM = 1.400.000,00 (Receita do período de Jul/2012 a Jun/2013) III. RT = 2.900.000,00 (1.500.000 + 1.400.000) Cálculo do Fator: IV. (1,25 x 1.500.000) + (0,95 x 1.400.000) 2.900.000 22

V. (1.875.000) + (1.330.000) 2.900.000 VI. 3.205.000 2.900.000 VII. Fator: 1,10 Cálculo do crédito Presumido: VIII. 300.000 * 1,10 = 330.000,00 IX. Valor do créidto presumido de IPI: 330.000,00 B. As empresas que tenham se instalado no País depois do ano de 2013, passando a ser habilitadas ao INOVAR- AUTO que produzam veículos classificados nas NCM s do Quadro 1, o fator fica estabelecido em: Quadro 15 Automóveis e Comerciais Leves Fator Ano de habilitação 1,30 1º 1,25 2º 1,15 3º 1,10 4º 1,00 5º Fonte: Decreto 7.819 de 2012. Exemplo: Empresa habilitada no INOVAR-AUTO: 2013 Mês da apuração Março/2014 Gastos em Janeiro/2014 de R$ 500.000,00 Valor do Crédito Presumido de IPI: 500.000 x 1,25 = 625.000,00 23

Quadro 16 Título do documento Caminhões e Chassis com Motor Fator Ano de habilitação Período de Apuração da Receita Líquida de Vendas (1,30 x RPS) + (1,0 x RLM) RT 1º Período de 12 meses iniciado em julho do segundo ano anterior ao de habilitação. (1,25 x RPS) + (0,95 x RLM) RT 2º Período de 12 meses iniciado em julho do segundo ano anterior ao da primeira renovação de habilitação. (1,15 x RPS) + (0,90 x RLM) RT 3º Período de 12 meses iniciado em julho do segundo ano anterior ao da segunda renovação de habilitação. (1,10 x RPS) + (0,85 x RLM) RT 4º Período de 12 meses iniciado em julho do segundo ano anterior ao da terceira renovação da habilitação. (1,00 x RPS) + (0,85 x RLM) RT 5º Período de 12 meses iniciado em julho do segundo ano anterior ao da quarta renovação de habilitação. Fonte: Decreto 7.819 de 2012. Exemplo: Habilitado no INOVAR-AUTO em: 2013 Mês da apuração Março/2014 Investimentos/Gastos em Janeiro/2014 de R$ 300.000,00. Dados: I. RPS = 1.500.000,00 (Receita do período de Jul/2012 a Jun/2013) II. RLM = 1.400.000,00 (Receita do período de Jul/2012 a Jun/2013) III. RT = 2.900.000,00 (1.500.000 + 1.400.000) Cálculo do Fator: IV. (1,25 x 1.500.000) + (0,95 x 1.400.000) 2.900.000 24

V. (1.875.000) + (1.330.000) 2.900.000 VI. 3.205.000 2.900.000 VII. Fator: 1,10 Cálculo do crédito Presumido: VIII. 300.000 * 1,10 = 330.000,00 IX. Valor do créidto presumido de IPI: 330.000,00 Quadro 17 C. Empresas que tenham se instalado no País, com projeto de investimento relativo à instalação de uma única fábrica de veículos classificados nos códigos constantes no Quadro 17 (abaixo), com capacidade produtiva anual de até trinta e cinco mil unidades e, com investimento específico de, no mínimo, R$ 17.000,00 (dezessete mil reais), e passem a estar habilitadas ao INOVAR-AUTO, fica estabelecido o fator fixo em 1,30 para todo o período de vigência do referido Programa. Caso essas empresas aumentem a produção de veículos acima do limite de trinta e cinco mil veículos anuais, deverá utilizar o multiplicador estabelecido no Item B (acima). CÓDIGO DA TIPI 8703.21.00 8703.22.10 8703.22.90 8703.23.10 8703.23.10 EX 01 8703.24.10 8703.32.10 8703.33.10 Fonte: Decreto 7.819 de 2012. Exemplo: Mês da apuração Março/2014 Gastos em Janeiro/2014 de R$ 500.000,00 Valor do Crédito Presumido de IPI: 500.000 x 1,30 = 650.000,00 25

Título do documento 3.10.2. Crédito presumido de IPI sobre investimentos com Pesquisa, Desenvolvimento tecnológico, Inovação tecnológica e Recolhimentos ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico FNDCT, na forma da legislação específica O crédito presumido dos investimentos/gastos com Pesquisa, Desenvolvimento tecnológico, Inovação tecnológica e Recolhimentos ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico FNDCT, na forma da legislação específica corresponderá a cinquenta por cento dos investimentos/gastos, limitados ao valor que corresponder a aplicação de dois por cento da receita bruta total de venda de bens e serviços, excluídos os impostos e contribuições incidentes sobre a venda. Exemplo: Dados: I. Receita Bruta do Período: 500.000,00 II. Investimentos: 100.000,00 Cálculo: III. Fórmula: 50% x Investimentos limitado a 2% sobre a Receita. IV. (100.000 * 50%) = 50.000,0 V. (500.000 * 2%) = 10.000,00 VI. Crédito presumido de IPI para o Período: 10.000,00 OBS: O valor calculado para o crédito presumido foi 50.000,00, porém como é limitado a 2% da receita liquida do período, ficou limitado a 10.000,00, que são 2% da Receita Liquida. 3.10.3. Crédito presumido de IPI sobre investimentos, Recolhimentos ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico FNDCT, na forma da legislação específica, Capacitação de fornecedores e Engenharia e Tecnologia industrial básica Apesar do item Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico FNDCT, na forma da legislação específica estar incluso no item 3.10.2, a legislação também prevê a inclusão do mesmo nesse tópico. O crédito presumido dessas atividades, corresponderá a cinquenta por cento do valor dos investimentos/gastos que excederem a setenta e cinco centésimos por cento, até o limite de dois inteiros e setenta e cinco centésimos por cento, da receita bruta total de venda de bens e serviços, excluídos os impostos e contribuições incidentes sobre a venda. 26

Exemplo: Dados: I. Receita Bruta do Período: 900.000,00 II. Investimentos: 700.000,00 Cálculo: III. Fórmula: 50% do valor dos investimentos que exceder a 75% da receita Bruta, limitado a 2,75 % sobre a Receita bruta total de venda de bens e serviços. IV. (900.000 * 75%) = 675.000,00 V. (700.000-675.000,00) = 25.000,00 VI. (25.000.000 * 50%) = 12.500,00 VII. (900.000 * 2,75%) = 24.750,00 VIII. Crédito presumido de IPI para o Período: 12.500,00 OBS: O valor calculado para o crédito presumido IPI é de 12.500,00, pois é menor que 2,75% sobre a Receita bruta total de venda de bens e serviços que no exemplo é 24.750,00. 3.10.4. Crédito presumido de IPI e suspensão do IPI sobre importação de veículos. As empresas habilitadas ao INOVAR-AUTO, que tenham projeto de investimento aprovado para instalação, no País, de fábrica dos produtos classificados nos códigos de NCM s do Quadro 1 ou, em relação as empresas já instaladas, de novas plantas ou projetos industriais para produção de novos modelos desses produtos, poderão, ainda, apurar crédito presumido do IPI correspondente ao resultado da aplicação da alíquota de 30% sobre a base de cálculo do imposto na saída dos produtos do estabelecimento importador. Lembrando que devem ser importados por estabelecimento importador da empresa habilitada. Exemplo: I. Base de Calculo do IPI para o perído: 80.000,00 II. Crédito presumido do IPI: 24.000,00 (80.000 * 30%) A apuração do crédito presumido do IPI deverá ser feita pelo estabelecimento matriz da empresa habilitada no INOVAR-AUTO, subsistirá até vinte e quatro meses a partir da habilitação e será relativa aos veículos constantes do projeto de investimento aprovado. A quantidade de veículos importados no ano-calendário, que dará direito à apuração de crédito presumido, ficará limitada a vinte e quatro avos da capacidade de produção anual, prevista no projeto de investimento aprovado, multiplicado pelo número de meses restantes no ano-calendário, incluindo-se o mês da habilitação. A importação mencionada deverá ser efetuada diretamente pela empresa, ou encomenda por sua conta e ordem. 27

Título do documento Decorridos vinte e quatro meses da primeira habilitação, a empresa deixará de apurar o crédito presumido dessa forma, restandolhe a possibilidade de apuração dos créditos presumido disponibilizada no item 3.10 (acima). Suspensão do IPI Fica suspenso o IPI incidente no desembaraço aduaneiro dos produtos classificados nos códigos da NCM s do Quadro 1, importados com direito à apuração do crédito presumido do IPI por empresas habilitadas no INOVAR-AUTO, dentro do período de vigência. Também fica suspenso o IPI no desembaraço aduaneiro e na saída do estabelecimento importador que realizar importação por encomenda ou por conta e ordem da empresa habilitada ao INOVAR-AUTO. A suspensão do IPI aqui tratada, será aplicada na hipótese em que os veículos forem destinados à comercialização. 3.11. Utilização dos Créditos, lançamentos nos livros e documentos fiscais Os créditos presumidos do IPI não estão sujeitos à incidência da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social COFINS, não devem ser computados para fins de apuração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Para utilização dos créditos presumidos de IPI deverá ser observados as orientações e retrições abaixo: 3.11.1. Crédito presumido relativo aos Insumos Estratégicos e Ferramentaria O Crédito poderá ser utilizado, em cada operação realizada a partir de 1º de janeiro de 2013, para pagamento do IPI devido na saída dos produtos classificados nos códigos NCM s relacionados no Quadro 1. O valor do crédito presumido do IPI a ser utilizado para o pagamento, fica limitado ao valor correspondente ao que resultaria da aplicação de trinta por cento sobre a base de cálculo prevista na legislação do IPI. Ao final de cada apuração, o valor do crédito presumido do IPI que restar, poderá ser utilizado para pagamento do IPI referente aos veículos importados pela empresa, desde que observado o seguinte: Não se aplica aos veículos importados classificados nos códigos constantes no Quadro 18 (abaixo); Não se aplica às aquisições de insumos estratégicos e de ferramentaria destinados à fabricação de veículos classificados no Quadro 18 (abaixo); O valor do crédito presumido a ser utilizado fica limitado ao valor correspondente ao que resultaria da aplicação de trinta por cento sobre a base de cálculo prevista na legislação do IPI; A utilização estará limitada a quatro mil e oitocentos veículos por ano-calendário. O valor do crédito presumido que não puder ser utilizado em função dos limites estabelecidos acima, poderá ser utilizado nos meses subsequentes, observada a data-limite que é 31 de dezembro de 2017. 28

Quadro 18 Fonte: Decreto 7.819 de 2012. Código da TIPI Código da TIPI 8701.20.00 8704.23.90 (exceto Ex 01) 8704.21.10 (exceto Ex 01) 8704.31.10 Ex 01 8704.21.20 (exceto Ex 01) 8704.31.20 Ex 01 8704.21.30 (exceto Ex 01) 8704.31.30 Ex 01 8704.21.90 (exceto Ex 01) 8704.31.90 Ex 01 8704.22.10 8704.32.10 8704.22.20 8704.32.20 8704.22.30 8704.32.30 8704.22.90 8704.32.90 8704.23.10 8704.90.00 8706.00.10 Ex 01 (exceto chassis com motor dos 8704.23.20 veículos do Ex 01 do código 8702.10.00 e do Ex 01 do código 8702.9090) 8704.23.30 8706.00.90 Ex 01 O crédito presumido nesse item não poder ser escriturado no Livro Registro de Apuração do IPI. O valor do crédito presumido do IPI que restar após a utilização prevista na legislação, não poderá ser utilizado para compensar em relação à importação de automóveis e comerciais leves pela empresa que tenha novo projeto de investimento para a produção, no País, de veículos classificados nos códigos NCM s do Quadro 1. 3.11.2. Crédito presumido relativo a Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico, Inovação Tecnológica, Recolhimentos ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico FNDCT, na forma da legislação específica, Capacitação de Fornecedores e Engenharia e Tecnologia Industrial Básica Esse crédito presumido poderá ser usufruído a partir de 1º de janeiro de 2013, sendo escriturado no Livro Registro de Apuração do IPI do estabelecimento matriz, no campo Outros Créditos. O crédito presumido poderá ser utilizado da seguinte forma: primeiramente, pela dedução do valor do IPI devido pelas operações no mercado interno do estabelecimento matriz da pessoa jurídica; a critério do estabelecimento matriz, o saldo resultante da dedução poderá ser transferido, no todo ou em partes, para outros estabelecimentos industriais, ou equiparados a industrial, desde que seja da mesma pessoa jurídica; 29

Título do documento não existindo os débitos de IPI ou remanescendo saldo credor após o aproveitamento na forma exposta na legislação, é permitida a utilização de conformidade com as normas sobre ressarcimento em espécie e compensação previstas em ato específico da Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda. Optando pela transferência de crédito, a mesma deverá ser documentada através de emissão de Nota Fiscal pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica, exclusivamente para essa finalidade, e deverão constar: o valor do crédito transferido; e a declaração crédito transferido de acordo com o Decreto nr. 7.819, de 2012. A. Estabelcimento Emissor: A Nota Fiscal de transferência deverá ser escriturada, pelo Estabelecimento emissor no livro Registro de Apuração do IPI, a título de "Estornos de Créditos", com a observação crédito transferido para o estabelecimento inscrito no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) sob o nº [indicar o número completo do CNPJ], de acordo com o Decreto nº 7.819, de 2012. Caso o estabelecimento não seja contribuinte do IPI, a escrituração da transferência será registrada no Livro Diário. B. Estabelecimento que Receber a Nota Fiscal de Transfêrencia de Crédito: O estabelecimento que receber o crédito por transferência, deverá escriturá-lo no livro Registro de Apuração do IPI, a título de "Outros Créditos", com a observação: crédito transferido do estabelecimento inscrito no CNPJ sob o nº [indicar o número completo do CNPJ], de acordo com o Decreto nº 7.819, de 2012", indicando o número da nota fiscal que documentar a transferência. O estabelecimento que receber crédito por transferência do estabelecimento matriz, só poderá utilizá-lo para dedução de débitos do IPI, não sendo permitida o ressarcimento em espécie (Dinheiro). Caso o estabelecimento matriz não seja contribuinte do IPI, a transferência será documentada pela emissão de uma nota fiscal de entrada pelo estabelecimento que estiver recebendo o crédito. 3.11.3. Crédito presumido de IPI sobre importação de veículos. As empresas habilitadas ao INOVAR-AUTO, que tenham projeto de investimento aprovado para instalação, no País, de fábrica dos produtos classificados nos códigos de NCM s do Quadro 1 ou em relação as empresas já instaladas, de novas plantas ou projetos industriais para produção de novos modelos desses produtos, poderá utilizar o crédito presumido para pagamento do IPI devido na saída do estabelecimento importador de pessoa jurídica habilitada, observados: O limite de um quarenta e oito avos da capacidade de produção anual prevista no projeto de investimento aprovado, multiplicado pelo número de meses restantes no ano-calendário, incluindo-se o mês da habilitação; e Ao cumprimento do cronograma físico-financeiro constante do projeto aprovado no INOVAR-AUTO. O saldo do crédito presumido do IPI apurado e não utilizado, somente poderá ser aproveitado na saída dos veículos fabricados pela empresa habilitada, a partir do início da comercialização dos veículos objeto do projeto, até o montante correspondente a 35% do saldo devedor apurado a cada período de apuração do IPI. 30

O valor do crédito presumido que não puder ser utilizado em função dos limites estabelecidos na legislação poderá ser utilizado nos meses subsequentes, observada a data limite de 31 de dezembro de 2017, quando se encerrar o INOVAR- AUTO. 3.11.4. Crédito Presumido apurado nos itens 3.10.1 e 3.10.4 Conforme descrito no item 3.11.1, os créditos apurados nos itens 3.10.1 e 3.10.4 não serão escriturados no Livro Resgistro de Apuração de IPI. Dessa forma, o valor será apropriado nas notas fiscais de saídas dos produtos, conforme abaixo: O crédito presumido do IPI, apurado em conformidade com as regras específicas, deverá ser utilizado para pagamento do valor do IPI devido na saída dos produtos classificados nos códigos NCM s do Quadro 1, do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial da empresa habilitada. O valor do IPI constante no campo de destaque na Nota Fiscal de venda, deverá ser o resultado da diferença entre o valor do imposto calculado com base na legislação geral do IPI e o valor do crédito presumido do IPI apurados nos itens 3.10.1 e 3.10.4. Deverá constar no campo Informações Complementares da Nota Fiscal de venda a expressão: Crédito Presumido utilizado nos termos do Decreto nº 7.819 de Outubro de 2012. 3.12. Obrigações Acessórias As obrigações serão cumpridas pelas Motadoras e Fornecedores das Montadoras. Uma das obrigações é o XML que deverá ser importador diferetamente no site do INOVAR-AUTO (www.inovarauto.abdi.com.br). Um dos arquivos a ser disponibilizado via XML é o Autodeclaração de Vendas, com isso, devem autodeclarar vendas todas as empresas (Fornecedores ou Montadoras) que efetuaram vendas diretamente as Montadoras habilitadas. Esta é uma autodeclaração de fornecimento, ou seja, onde irá demonstrar as vendas efetuadas as Montadoras habilitadas no INOVAR-AUTO. Abaixo a agenda para envio, consulta e ajuste nas informações enviadas via XML para o Sistema INOVAR-AUTO: 31

Título do documento Agenda mensal de atividades no sistema a serm cumpridas pelos Fornecedores e Montadoras: DATA DO MÊS USUÁRIO ATIVIDADE De 01 a 15 De 01 a 15 De 01 a 15 A partir de 16 A partir de 16 A partir de 16 De 16 a 20 A partir de 21 Enviam autodeclaração de vendas para Montadoras Enviam autodeclaração de produção própria Enviam autodeclaração de aquisições de Fornecedores Consultam autodeclarações de vendas para o seu CNPJ Consultam a não informação de venda de Fornecedores para seu CNPJ Consultam a não informação de venda dos eu CNPJ para Montadoras Respondem sobre a não informação de venda para Montadoras Consultam respostas da não informação de venda de Fornecedores para seu CNPJ O acesso ao Sistema do INOVAR-AUTO será restrito as matrizes das empresas (Fornecedores e Montadoras). Dessa forma, as matrizes são as responsáveis por gerenciar as informações de todos os CNPJs de sua empresa, ou seja, da matriz e de todas as suas filiais. As filiais não terão usuários com acesso ao sistema. Lembrando que o envio das informações será efetuada sempre pelo estabelecimento matriz, que englobará todas as filiais. Possibilidade de retificações No caso de informações com erros, será possível retificar as informações, enviando o arquivo correto no mês seguinte ao envio. A retificação é permitida somente no primeiro dia do mês seguinte ao envio do arquivo com erro, e tem prazo de 90 dias. Podem ser retificadas: autodeclarações de vendas de fornecedores; autodeclarações de aquisições de montadoras; autodeclarações de produção própria de montadoras. respostas aos avisos de não informação; envio de retificações de vendas não informadas. Abaixo as obrigações a serem cumpridas pelas Montadoras e Fornecedeores: 32

3.12.1. Montadoras Para efeito de apuração e de aproveitamento do crédito presumido do IPI, a empresa beneficiária deverá manter registro mensal que permita a verificação detalhada da apuração, do cálculo e da utilização do crédito presumido, conforme abaixo: ANEXO VII (Redação dada pelo Decreto nº 7.819, de 2012) MEMÓRIA DE CÁLCULO DO CRÉDITO PRESUMIDO DO IPI VALOR DOS INSUMOS ESTRATÉGICOS E FERRAMENTARIA Mês/ano: Tipo da Operação 1 Descrição da Operação 2 Valor da Operação 3 Valor dos insumos estratégicos e ferramentaria 4 Fator Aplicado Crédito Presumido 5 Total do Crédito Presumido Aquisições de insumos estratégicos e ferramentaria MEMÓRIA DE CÁLCULO DO CRÉDITO PRESUMIDO DO IPI DISPÊNDIOS EM P&D E ENGENHARIA, TIB E CAPACITAÇÃO DE FORNECEDORES Mês/ano: Tipo da Operação 5 Descrição da Operação 7 Valor da Operação Valor dos Dispêndios 8 Fator Aplicado Crédito Presumido 9 Total do Crédito Presumido Dispêndios em P&D Total do Crédito Presumido Dispêndios em engenharia e TIB. Total do Crédito Presumido - Capacitação de fornecedores. 33

Total do Crédito Presumido no Mês Título do documento MEMÓRIA DE CÁLCULO DO CRÉDITO PRESUMIDO DO IPI - IMPORTAÇÃO Mês/ano: Descrição da Operação 10 Valor da Operação Crédito Presumido 11 Total do Crédito Presumido no Mês MEMÓRIA DE UTILIZAÇÃO DO CRÉDITO PRESUMIDO DO IPI AQUISIÇÕES DE INSUMOS ESTRATÉGICOS E FERRAMENTARIA Mês/ano: Descrição de utilização 12 Crédito presumido utilizado na operação 13 Redução do IPI (em pontos percentuais) 14 Saldo inicial do mês 15 : Total do credito presumido apurado no mês: Total crédito presumido utilizado mês: Saldo final do mês: MEMÓRIA DE UTILIZAÇÃO DO CRÉDITO PRESUMIDO DO IPI DISPÊNDIOS EM P&D E ENGENHARIA, TIB E CAPACITAÇÃO DE FORNECEDORES Mês/ano: Descrição de utilização 16 Crédito presumido utilizado na operação 17 34

Saldo inicial do mês 18 : Total do credito presumido apurado no mês: Total crédito presumido utilizado mês: Saldo final do mês: MEMÓRIA DE UTILIZAÇÃO DO CRÉDITO PRESUMIDO DO IPI IMPORTAÇÃO Mês/ano: Descrição de utilização 19 Crédito presumido utilizado na operação 20 Redução do IPI (em pontos percentuais) 21 Saldo inicial do mês 22 : Total do credito presumido apurado no mês: Total crédito presumido utilizado mês: Saldo final do mês: [1] Tipo da operação (aquisição de insumos estratégicos, aquisição de ferramentaria, produção própria). 2 Descrição resumida da operação que gerou o crédito (Número da Nota Fiscal, data da realização, dentre outras). 3 Valores das Notas Fiscais, expressos em reais, relativas a insumos estratégicos e ferramentaria. 4 Valores dos insumos estratégicos e ferramentaria, nos termos estabelecidos pelo ato de que trata o 3º do art. 12. 5 Valores expressos em reais. 6 Tipo da operação (dispêndios em P&D, dispêndios em engenharia e TIB ou capacitação de fornecedores). 7 Descrição resumida da operação que gerou o crédito (Número da Nota Fiscal, data da realização, dentre outras). 8 Valores dos dispêndios em conformidade com os 4º, 5º e 6º do art. 7º. 9 Valores expressos em reais. 10 Descrição resumida da operação que gerou o crédito (Número da Nota Fiscal, data da realização, dentre outras). 11 Valores expressos em reais. 12 Descrição resumida da operação em que foi utilizado o crédito presumido (Número, data e valor da Nota Fiscal, ou utilizado com produtos importados). 13 Em reais, conforme dedução constante do campo IPI destacado. 14 Informar a redução, em pontos percentuais, da alíquota do IPI proporcionada pela utilização do crédito presumido (máximo de trinta pontos percentuais). 35

15 Saldo final do mês anterior. Título do documento 16 Descrição resumida da operação em que foi utilizado o crédito presumido (Número, data e valor da Nota Fiscal, valor escriturado no Livro de Apuração do IPI na hipótese de que trata o art. 15 do Decreto 7.819 de 03 de outubro de 2012, ou utilizado com produtos importados). 17 Em reais, conforme dedução constante do campo IPI destacado. 18 Saldo final do mês anterior. 19 Descrição resumida da operação em que foi utilizado o crédito presumido (Número, data e valor da Nota Fiscal). 20 Em reais, conforme dedução constante do campo IPI destacado. 21 Informar a redução, em pontos percentuais, da alíquota do IPI proporcionada pela utilização do crédito presumido (máximo de trinta pontos percentuais). 22 Saldo final do mês anterior. Fonte: Anexo VII do Decreto 7.819 de 2012 As informações citadas acima, poderão ser solicitadas, em qualquer tempo pela Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda e pelos demais responsáveis pela fiscalização da apuração e da utilização do crédito presumido. A empresa habilitada, quando solicitado, deverá apresentar relatórios para comprovar os Investimentos/Gastos e o atendimento dos requisitos de que trata a legislação do INOVAR-AUTO, conforme modelo estabelecido pelos Ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e de Ciência, Tecnologia e Inovação. A verificação do atendimento dos requisitos previstos na legislação do INOVAR-AUTO será efetuada diretamente pelos Ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e de Ciência, Tecnologia e Inovação ou por intermédio de auditorias realizadas por entidades credenciadas pela União, contratadas pelas empresas beneficiárias do INOVAR-AUTO. Alem das informações acima, as montadoras deverão enviar um arquivo XML conforme leyout disponibilizado pelo INOVAR-AUTO (definição do layout verificar item: 3.7), contendo o seguinte: Convite para fornecedores; Auto declaração de aquisições; Consulta de auto declarações de vendas para o CNPJ de Montadora; Consulta de não informação de venda para montadora. 3.12.2. Fornecedor Com a publicação da Medida provisória 638 de 17 de Janeiro de 2014, as obrigações se estedenram aos fornecedores, que serão obrigados a enviar via XML as informações das vendas efetuadas as montadoras. O layout do XML foi disponibilizado pelo INOVAR-AUTO (definição do layout verificar item: 3.7), O XML do fornecedor conterá somente a: Auto declaração de vendas. A principais informações a serem enviadas pelo fornecedor de montadora no XML, são o valor das vendas efetuadas as montadoras e o Valor da parcela dedutível, que até o momento não havia uma definicação clara na legislação do INOVAR-AUTO. Recentemente com a ajuda de um de nosso clientes, recebemos as informações da reunião realizada 11 de setembo no Sindipeças em São Paulo. Participaram dessa reunião representantes das montadoras, fornecedores das montadoras, 36

SINDPEÇAS - Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e ANFAVEA - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores entre outros participantes do setor. O principal assunto discutido nessa reunião foi a informação a ser enviada no campo valor da parcela dedutível pelo fornecedor da montadora, além do comunicado que nos próximos dias seria publicada pelo MIC a Portaria regularizando e contendo toda a orientação para geração dessas informações, entre outras providências. No dia 24 de Setembro de 2014 foi publicada pelo MDIC a PORTARIA 257, DE 23 DE SETEMBRO DE 2014, dispondo sobre procedimentos a serem observados nos dispêndios com insumos estratégicos e ferramentaria, e respectivo tratamento das informações que irão compor o campo valor da parcela dedutível no XML enviado pelo fornecedor da montadora credenciada no programa INOVAR-AUTO. O principal ponto que foi esclarecido na reunião e regulamentado pela a PORTARIA 257, DE 23 DE SETEMBRO DE 2014 é o valor da parcela dedutível, sendo essa uma das principais informações enviadas no XML do fornecedor, pois influencia diretamente no valor do crédito presumido de IPI a ser apropriado pela Montadora. Abaixo o Anexo III da PORTARIA 257, DE 23 DE SETEMBRO DE 2014 que trata a Parcelar Dedutível: ANEXO III DA PARCELA DEDUTÍVEL 1. Para efeitos de acompanhamento do alcance dos objetivos do Programa, a Parcela Dedutível, referida no 2º do art. 3º desta Portaria, levará em conta cumulativamente, nos termos do Anexo I: a) O valor das Notas Fiscais com Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP), conforme previsto no Convênio SINIEF s/n de 15 de dezembro de 1970, 3101, 3102, 3126 e 3127. b) A parcela das aquisições com os Códigos de Situação Tributária (CST) 1, 2, 3, 4, 6, 7 e 8, observados os percentuais de dedução estabelecidos no 3º da Cláusula Quarta do Convênio CONFAZ nº 38, de 2013, relativamente aos produtos fornecidos na condição de insumos estratégicos e ferramentaria. 2. Para fins da Parcela Dedutível, a Nota Fiscal emitida por fornecedor da empresa que: a) Não apresentar o Código de Situação Tributária (CST) referido na alínea b do item 1, será considerado código CST 2. b) Apresentar Código de Situação Tributária (CST) 4, equivalerá ao código CST 3. c) Apresentar Código de Situação Tributária (CST) 6, equivalerá ao código CST 1. d) Apresentar Código de Situação Tributária (CST) 7, equivalerá ao código CST 2. 3. Para efeitos do disposto nos itens 1 e 2, a Nota Fiscal de produto identificado com os códigos TIPI 40012100, 40012200, 40012920, e 40012990 será considerada código CST 5. 4. No caso de fornecedores das empresas de que trata o inciso III, 5º, art. 12 do Decreto nº 7.819, de 2012, a Parcela Dedutível, referida no 2º do art. 3º desta Portaria, considerará as Notas Fiscais com Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP), conforme previsto no Convênio SINIEF s/n de 15 de dezembro de 1970, 3101, 3102, 3126 e 3127, nos termos do Anexo I. 5. Para fins da Parcela Dedutível será utilizado o critério de média aritmética ponderada, com base no último período mensal anterior ao do fornecimento, considerando: a) No caso da alínea a do item 1 e do item 4, os valores expressos em reais do valor CIF (Cost, Insurance and Freight) da mercadoria acrescido do montante do Imposto de Importação. 37

Título do documento b) No caso da alínea b do item 1, os valores expressos em reais da Nota Fiscal do fornecedor, excluído o montante do IPI, se houver. 1º Na hipótese de não ter ocorrido operação de aquisição no último período mensal anterior ao do fornecimento, para fins do disposto neste item, deverá ser considerado o último período anterior de ocorrência de operação de aquisição. 2º Na hipótese de se esgotar as possibilidades previstas no 1º será considerado, para fins do disposto neste item o valor da operação ocorrida no próprio mês do fornecimento. 3º Na hipótese de mercadorias de fornecedores diferentes que sejam controladas sob um único código de estoque, para fins do disposto no item 1, poderá ser utilizado alternativamente o método PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai), ou outro método de proporcionalização, desde que haja consistência no método utilizado ao longo dos períodos subsequentes. Um dos objetivos do INOVAR-AUTO é premiar as empresas que investem no Brasil, com isso, foi alterado o INOVAR-AUTO que estendeu uma das obrigações até o fornecedor da montadora. Essa informação será utilizada pela montadora para diminuir da base de cálculo do crédito presumido de IPI, a parcela dos insumos que foi importada, considerando para o crédito somente o valor dos insumos nacionais. Antes de entramos na questão, vamos conceituar algumas siglas que serão utilizadas abaixo: Tier 1 Esse é o fornecedor direto da montadora (que irá enviar o XML); Tier 2 - Fornecedor do fornecedor da montadora (dispensado de enviar XML). Insumos Estratégicos: entende-se por insumos estratégicos toda matéria prima, partes, peças e componentes utilizados na fabricação e incorporados fisicamente aos veículos. Ferramentaria: entende-se por ferramentaria o ferramental, específico por tipo de peça e acoplado a uma máquina, usado para estampar ou injetar autopeças destinadas ao processo de fabricação dos veículos. Abaixo o quadro comparativo, mostrando o antes e o depois referente a apropriação do crédido do INOVAR-AUTO pela montadora: 38

Fonte: Apresentação da reunião da Sindpeças no dia 11 de Setembro/2014 Até Outubro/2014 as montadoras utilizavam como base para calcular o crédito presumido do IPI, o valor das notas fiscais recebidas dos fornecedores, descontando o valor do IPI e aplicando o percentual de crédito presumido previsto. Com a alteração, as montadores que utilizar insumos importados terão redução no crédito. A base de calculo do crédito terá o desconto do valor da parcela dedutível que será o valor dos insumos importados utilizados na fabricação. Essa informação é de responsabilidade do fornecedor da montadora enviá-la via XML. Com isso, o crédito presumido do IPI ficou da seguinte forma: valor das notas fiscais recebidas, subtraído o valor do IPI (quando houver incidência) e a parecela dedutível, sobre o valor resultante, será aplicado o percentual de crédito presumido do IPI. Abaixo vamos detalhar como os fornecedores irão compor o valor informado no campo Parcela Debutível : 39

Tabela de CST Código da Situação Tributária Título do documento CST Descrição 0 Nacional, exceto as indicadas nos códigos 3, 4, 5 e 8; 1 Estrangeira - Importação direta, exceto a indicada no código 6; 2 Estrangeira - Adquirida no mercado interno, exceto a indicada no código 7; Nacional, mercadoria ou bem com Conteúdo de Importação superior a 40% 3 (quarenta por cento) e inferior ou igual a 70% (setenta por cento); Nacional, cuja produção tenha sido feita em conformidade com os 4 processos produtivos básicos de que tratam o Decreto-Lei nº 288/67, e as Leis nº 8.248/91, 8.387/91, 10.176/01 e 11.484/07; Nacional, mercadoria ou bem com Conteúdo de Importação inferior ou igual 5 a 40% (quarenta por cento); Estrangeira - Importação direta, sem similar nacional, constante em lista de 6 Resolução CAMEX e gás natural; Estrangeira - Adquirida no mercado interno, sem similar nacional, constante 7 em lista de Resolução CAMEX e gás natural. Nacional, mercadoria ou bem com Conteúdo de Importação superior a 70% 8 (setenta por cento). O responsávelo pelo envio das informações via XML será o fornecedor direto da montadora (Tier 1), entretando para compor o valor da parcela debutivel, terá que buscar as informações de seus fornecedores (Tier 2). O valor informado no campo valor da parcela dedutível será o valor dos insumos do Tier 1 somado ao valor das entradas de insumos dotier 2. O Tier 1 irá apurar as informações conforme abaixo: 40

Tabela resumo de como será composto o valor da parcela dedutível no XML enviado pelo fornecedor da montadora: Fonte: Apresentação da reunião da Sindpeças no dia 11 de Setembro/2014 Compras efetuadas do Tier 2, pelo Tier 1. Como o objetivo é apurar o CI conteúdo importado contido nos insumos adquiridos do Tier 2, o Tier 1 deverá buscar os valores das notas fiscais de entrada de insumos, utilizando como base o CST Código da Situação Tributária, conforme tabela resumo citado acima. É importante fisar que a busca utiliza como base os CST s previstos na Resolução 13 do Senado Federal, entretanto as regras do INOVAR-AUTO não são as mesmas previstas na Resolução do Senado Federal 13. Na Resolução do Senado Federal 13, o objetivo é definir a alíquota de ICMS nas operações interestaduais, já no INOVAR-AUTO é identificar o valor do conteúdo importado. Na compras na qual o fornecedor (Tier 2) não informar o CST, deverá ser considerado para fins cálculo da parcela dedutível como CST 2. Em resumo para apurar o valor do conteúdo importado nas compras efetuadas do Tier 2, será avaliada a CST utilizada na operação (nota fiscal de entrada do insumo). CST s: 1, 2, 6, 7 e 8 Será considerado 100% do valor como contéudo importado; CST s: 3 e 4 Coniserar 50% do valor como conteúdo importado; CST s 0 e 5 Será considerado como nacional, ou seja, 0% de conteúdo importado. Importações direta pelo Tier 1. Conforme tabela resumo citada acima, o Tier 1 irá considerar o valor CIF mais o valor do II Imposto de Importação, sem limite mínimo para compor o valor da parcela dedutível. 41