Gerenciamento de Risco de Crédito Santander Brasil



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Transcrição:

Gerenciamento de Risco de Crédito Santander Brasil São Paulo, 28 de Abril de 2010 1

Índice 1. Objetivos, abrangência e atualização da política... 02 2. Estrutura organizacional de Gerenciamento de Risco de Crédito... 03 a. Organograma...03 b. Missão, Princípios e Objetivos de Riscos...04 c. Sumário das atividades das áreas...05 3. Gerenciamento do Risco de Crédito - modelo definido... 07 i. Definição de Risco de Crédito... 07 ii. Segmentação... 08 iii. Descrição do modelo de gerenciamento... 09 A. Pré Venda... 09 a. Fixação de metas... 10 b. Novos produtos... 10 c. Planejamento de limites de Risco... 10 d. Modelo de Governança...11 e. Análise de Risco... 12 f. Definição de limites... 13 B. Venda... 13 a. Tomada de decisões sobre operações... 13 C. Pós Venda... 14 a. Monitoramento de Riscos... 14 b. Controle de Risco... 15 c. Provisão de Crédito... 16 d. Patrimônio de Referência...16 e. Recuperação de Crédito... 16 iv. Validação dos sistemas, processos e modelos... 17 4. Capacitação dos funcionários... 17 5. Estrutura remuneratória... 18 6. Transparência...18 Notas explicativas... 18 2

1º) Objetivos, abrangência e atualização do documento Este documento estabelece os princípios e as normas básicas para o gerenciamento do risco de crédito do Banco Santander (Brasil) S.A. ( Banco ) e das demais instituições financeiras e assemelhadas autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil integrantes do Conglomerado Santander Brasil, sendo revisado e atualizado anualmente. 2º) Estrutura organizacional de Gerenciamento de Risco de Crédito Nos termos da Resolução 3.721, o Banco, na qualidade de instituição líder do conglomerado Santander no Brasil (1), possui um componente único responsável pelo gerenciamento de risco de crédito e mercado tanto no Banco quanto nas demais instituições financeiras e assemelhadas autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, integrantes do Conglomerado. Na estrutura organizacional do Banco, a função de Riscos é representada por uma vicepresidência independente da área de negócios, que se reporta diretamente à presidência do Banco, sendo fundamental para que se tenha uma visão e controle independentes de risco. De acordo com o conceito de gestão global das funções mais críticas adotado pelo Grupo Santander, a Vice Presidência Executiva de Riscos também tem reporte para a Área Global de Riscos Brasil em Madrid. a) VPE Riscos de Crédito e Mercado: primeiro e segundo nível 3

b) Missão, Princípios e Objetivos A missão da Função de Riscos consiste em aportar valor à gestão do negócio, através da análise e tomada de decisões sobre os riscos, desenvolvendo os processos e ferramentas necessárias para proteger os Recursos Próprios do Grupo e de cada um dos Bancos que o integram, e permitir à Alta Direção o adequado tratamento do risco como um dos vetores de criação de valor, junto com o crescimento e a rentabilidade. Princípios da Gestão de Riscos Envolvimento da Alta Direção: Se dá pela participação dos altos executivos nas decisões de crédito, inclusive com a participação do presidente do grupo, nos comitês de riscos; Independência da função de Riscos em relação ao negócio: Na estrutura organizacional, a Função de Riscos é representada por uma vice-presidência, independente da área de negócios, que se reporta diretamente a presidência do grupo, sendo isto fundamental para que se tenha autonomia na visão e controle de riscos. Decisões colegiadas: Riscos possui uma estrutura de governança/ comitês que garante que as decisões sejam colegiadas e não exclusivamente individuais. Consenso: É o alinhamento nas tomadas de decisão de crédito entre as áreas de Negócio e Riscos, visando atingir os objetivos do Grupo Santander. Definição de atribuições: O Mapa de Gestão de Riscos define os papéis e responsabilidades abrangendo todos os tipos de riscos. Mensuração do risco: Para que se possam tomar decisões que proporcionem o melhor risco x retorno, devem ser consideradas todas as posições de risco tomadas, utilizando as medidas baseadas em todo o ciclo do crédito. Limitação de exposição aos riscos: É o estabelecimento do apetite do Grupo Santander para os diversos tipos de risco (crédito, mercado, liquidez entre outros), de forma a proteger os ativos da organização, garantindo que não se incorra em tipos e níveis de risco não desejados. Estabelecimento de políticas e procedimentos de Riscos: Constituem o marco normativo básico, através do qual se regulam as atividades e processos de riscos, e devem estar devidamente documentados e divulgados, para que sejam seguidos no dia a dia pela organização. Definição e avaliação de Metodologias de Riscos: As metodologias de riscos definem os modelos internos de gestão aplicados pelo grupo, estabelecendo as medidas de risco, precificação de produtos, construção de curvas de taxas e séries de dados de mercado e consumo de capital em função do risco. 4

Para cumprir com esta Missão, os Objetivos definidos são os seguintes: Definir e integrar na gestão as políticas e procedimentos de identificação, aprovação, medição, análise, controle, gestão de recuperação e informação dos riscos de acordo com a estratégia de negocio, a cultura de riscos e a tolerância ao mesmo do Grupo. Comunicar às áreas tomadoras de risco a cultura, as políticas e os procedimentos de gestão de riscos, e vigiar o cumprimento das mesmas; Servir de pilar a Alta Direção na definição da cultura e nível de tolerância ao risco em função da estratégia de negocio. Proporcionar à Alta Direção e aos responsáveis das áreas de negócio, os elementos que precisem para o entendimento dos perfis de risco/rentabilidade para as diferentes carteiras; Aportar à Direção Financeira do Grupo os elementos que precisem para a identificação da contribuição de cada uma das atividades e negócios na criação de valor para o acionista; Supervisionar que as políticas e procedimentos de riscos de âmbito local cumprem com a cultura e políticas de risco corporativas e com a regulamentação específica de cada país; Revisar de forma sistemática as exposições com os principais clientes, por setores econômicos de atividade, áreas geográficas e tipos de risco, para assegurar que os níveis de risco assumidos, tanto locais como globais, cumprem com os objetivos e limites fixados; Informar a Comissão Delegada de Riscos e a Alta Direção as exposições de riscos e sua comparação com os limites estabelecidos e propostas de modificação dos limites caso não estejam em consonância com a cultura de riscos. 5

c) Sumário das atribuições das áreas Gestão, Governança e Planejamento de Riscos: A área é responsável por garantir a existência de um Marco Normativo de Riscos adaptado aos requisitos regulatórios globais e locais, impulsionando a adequação dos procedimentos internos de Riscos frente às mudanças previstas ou publicadas pelos reguladores, dando suporte, quando for o caso, às auditorias de Riscos internas e externas. È responsável ainda por definir e implementar os Modelos de Governança e Organizacional de Riscos. Além da coordenação do orçamento de gastos de Riscos, faz a gestão e estimula a formação dos funcionários através da Escola de Riscos. Riscos Varejo: A área desenvolve, implementa, monitora e revisa as políticas, estratégias e processos de crédito do Varejo, aprovando anualmente os Programas de Gestão de Crédito dos produtos do Varejo, além de elaborar estudos para tomada de decisão. Centro Analítico: o É uma área global do Grupo que atua como provedor no desenvolvimento e acompanhamento de modelos estatísticos, dentro dos padrões de qualidade mundial do grupo Santander, que auxiliam na tomada de decisão massificada de crédito. Risco Atacado: Clientes Globais, Corporate e Empresas A área é responsável pela análise, admissão e acompanhamento de riscos dos clientes e carteiras dos segmentos Atacado (Clientes de relacionamento global; Clientes Corporate e Empresas). Também é responsável pela definição, implementação e manutenção das políticas de crédito, controle de riscos, análise de derivativos complexos e sistemática. Controle, Metodologia e Sistemática de Riscos de Mercado Aprovação de produtos, limites e operações estruturadas no que se refere a exposições de Risco de Mercado, seja negociação ou estrutural; Cálculo e controle de limites da carteira de negociação e risco/capital regulatório standard local e risco de taxa de Juros do balanço (RBAN); Cálculo e controle do risco econômico e regulatório de produtos estruturados, portfólios de volatilidade e operações/limites especiais assim como de limites da carteira estrutural/balanço ALM (Gerenciamento de ativos e passivos), Risco Soberano e Risco Cross Border. Metodologia Definição metodológica e processo de aprovação e validação de modelos de precificação; Desenvolvimento e aprovação de metodologia para os modelos ALM; Modelagem de Risco de Crédito para o segmento Atacado. 6

Sistemática Desenvolvimento e suporte metodológico a ferramentas de Risco de Mercado. Resultados Econômicos Cálculo de resultado econômico do livro de negociação e P&L reserve. Riscos de Solvência Forte papel no controle e acompanhamento de orçamento de Riscos, metas e carteira, bem como ser o provedor das informações gerenciais e contábeis de Riscos. Garantir o processo de definição e cumprimento do orçamento de Risco de Crédito, provendo painéis de controle, relatórios, medidas de eficiência dos processos de risco, análise de negócios de crédito e bases de dados de risco. Complementarmente, é responsável pela implementação de reportes regulatórios (Brasil, Espanha e IFRS), coordenando as atividades de Basiléia 2 na área de Riscos além da formação e desenvolvimento de métricas avançadas de risco. Risco Sócio-ambiental Responsável por avaliar o risco proveniente de aspectos sócio-ambientais, que podem prejudicar a capacidade de pagamento do cliente e sua imagem. Para isso define, monitora e revisa a Política de obrigatoriedade de aplicação do questionário de risco sócioambiental a partir do ramo de atuação e segmento do cliente. Recuperação de Crédito Estabelecimento, monitoramento e gestão das políticas e estratégias dos distintos canais de recuperação visando garantir a retenção dos clientes (PF e PJ), quando identificada oportunidade de manutenção do relacionamento, maximizando a relação custo x recuperação. Gestão dos agentes externos de cobrança assim como da carteira de ações de cobrança judicial. Participação ativa no processo de aprovação dos Programas de Gestão de Crédito do Varejo (PGC). Risco Cartões A área desenvolve, implementa, monitora e revisa as políticas, estratégias e processos de crédito para o produto Cartões, revisando e aprovando anualmente, o Programa de Gestão de Crédito de Cartões Risco Aymoré A área desenvolve, implementa, monitora e revisa as políticas, estratégias e processos de crédito e de prevenção contra fraudes, dos seus clientes e carteira. Anualmente, revisa e aprova o Programa de Gestão de Crédito da Aymoré. 7

3º) Gerenciamento do Risco de Crédito - modelo definido i. Definição de Risco de Crédito O Risco de Crédito no Conglomerado deve ser entendido e gerenciado como sendo a possibilidade de perdas associadas a: -não cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados; - desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador; - redução de ganhos ou remunerações; - vantagens concedidas na renegociação; e - custos de recuperação. A definição de risco de crédito compreende, entre outros: - o risco de crédito da contraparte, entendido como a possibilidade de não cumprimento, por determinada contraparte, de obrigações relativas à liquidação de operações que envolvam a negociação de ativos financeiros, incluindo aquelas relativas à liquidação de instrumentos financeiros derivativos; - o risco país, entendido como a possibilidade de perdas associadas ao não cumprimento de obrigações financeiras nos termos pactuados por tomador ou contraparte localizada fora do país, em decorrência de ações realizadas pelo governo do país em que está o tomador ou contraparte; - o risco de transferência entendido como a possibilidade de ocorrência de entraves na conversão cambial dos valores recebidos; - a possibilidade de ocorrência de desembolsos para honrar avais, fianças, coobrigações, compromissos de crédito ou outras operações de natureza semelhante; e - a possibilidade de perdas associadas ao não cumprimento de obrigações financeiras nos termos pactuados por parte intermediadora ou convenente de operações de crédito. As políticas vigentes para os segmentos Varejo, Aymoré e Atacado demonstram a adequação de todo o Conglomerado a estes conceitos. ii. Segmentação O tratamento de Riscos no Conglomerado é segmentado da seguinte forma: Estandarizado: Baseado em modelos de pontuação, é o mais automatizado possível. 8

Carterizado: Clientes individuais ou grupos econômicos que, dada sua exposição ou o potencial de Riscos, possuem um consultor/analista de Riscos dedicado Industrializado: Além da utilização de modelos automáticos, possuem um acompanhamento/ tratamento diferenciado, devido a sua exposição de risco. Segmentação: Atacado e Varejo Os clientes do segmento Atacado (PJ) dividem-se em 3 segmentos de negócios, de acordo com seu faturamento anual: Segmento Empresas; Segmento Corporate Segmento GB&M (cliente de relacionamento global, independente do faturamento). Esta é a segmentação comercial e também está espelhada na estrutura da área de Riscos. Em relação ao tratamento de risco, todos os clientes do segmento Atacado são carterizados, ou seja, possuem analista de riscos dedicado. Os clientes do segmento Varejo dividem-se nos seguintes segmentos de negócio: Pessoa Física, de acordo com a renda: - Clássico: Tratamento estandarizado - Especial: Tratamento estandarizado ou industrializado - Van Gogh e Private: Tratamento industrializado Pessoa Jurídica, de acordo com o faturamento: - Business I: Tratamento industrializado - Business II: Tratamento industrializado ou carterizado - Governos e Instituições: Tratamento carterizado A segmentação da carteira da Aymoré ocorre por objeto financiado e divide-se em: - Leves Financiamento de Veículos Novos e Usados; - Pesados Financiamentos de Caminhões, ônibus, equipamentos agrícolas etc; - Motos Financiamento de Motos; e - CDC Outros Bens Financiamentos de móveis, turismo, informática, dentre outros. iii. Descrição do modelo de gerenciamento O processo de gerenciamento do risco de crédito consiste na identificação, mensuração, análise, controle, negociação, mitigação e decisão sobre os riscos incorridos nas operações do Banco e sociedades do Conglomerado. O ciclo de crédito prevê três fases distintas: 9

Pré-venda Venda Pós-venda Processos de planejamento, fixação de metas, apuração do interesse e definição de limites. Tomada de decisão para operações pré-classificadas e específicas. Processos de gestão do cliente/carteira com monitoramento, mensuração e controle, além da gestão do processo de recuperação. A. Pré - venda a. Fixação de Metas A fixação de metas ocorre com base nas estimativas de crescimento do Banco e/ou sociedades do Conglomerado, feitas pela área comercial e leva em consideração segmento, área de negócio e produto. A área de riscos avalia essas metas e os demais indicadores do portfólio para traduzir o crescimento para a carteira e projetar inadimplência e provisionamento, com base numa metodologia própria. Essas metas são acompanhadas mensalmente pela área através de relatórios específicos. No caso do segmento Aymoré, há, adicionalmente, o Painel de Gestão de Riscos, que monitora os principais indicadores derivados das metas quantitativas pré-definidas. b. Novos produtos A política de aprovação de novos produtos é definida por áreas, externas à área de Riscos de Crédito e Mercado. Essas áreas conduzem o processo de revisão e aprovação dos produtos, verificando quais departamentos e alçadas será necessário acionar. A aprovação de riscos de crédito é condição básica, sempre que aplicável, para o lançamento do produto. Há 3 níveis de alçada de aprovação: Nível 1: Comitê Operacional de Produtos e Comitê de Instrumentos Financeiros Nível 2: Comitê de Produtos Nível 3: Comitê Executivo de Produtos 10

c. Planejamento de limites de Risco Planejamento de limites de risco é o processo que identifica o interesse do Banco e/ou sociedades do Conglomerado pelos tipos de riscos. Para os riscos de clientes com características similares (segmentos Varejo e Aymoré), os limites são planejados mediante programas de gestão de crédito-pgc (2) o qual é previamente acordado pelas áreas de negócio e riscos, e aprovado pelo Comitê Executivo de Riscos e contém todos os resultados esperados dentro do processo de gestão do negócio considerando, inclusive, perspectivas macroeconômicas, concentração de carteira e mudanças previstas em mercados. Modelo de Comitês de Crédito da Alta Direção: Comitê de Riscos- Negócio Brasil Comissão Executiva Comitê Executivo de Riscos Brasil/ CCRB Principais atribuições dos Comitês da Alta Direção Comitê de Riscos-Negócio Brasil: Acompanhamento e análise de resultados Análise de desvios em relação às expectativas previstas e planos de ação propostos. Comissão Executiva de Riscos Brasil: Aprova os marcos de atuação máximos para cada carteira de crédito por segmento e produto relevante. Comitê Executivo de Riscos Brasil: Recomendar à aprovação do Comitê Corporativo de Riscos Brasil, operações de crédito de clientes Pessoa Física e Jurídica e limites/ produtos para riscos da Tesouraria além de propostas de reestruturações e acordos de pagamento que excedam as alçadas dos Comitês inferiores. 11

d. Análise de risco A análise de risco é um pré-requisito de aprovação de empréstimo a clientes e consiste em examinar a capacidade da contraparte em fazer frente aos seus compromissos contratuais com o Banco e/ou sociedades do Conglomerado. Ao final, é atribuída uma nota de crédito (pontuação interna), que reflete a probabilidade de que ocorra inadimplência. O modelo utilizado no Varejo Santander, se baseia em modelos estatísticos de iniciação e de manutenção cruzados com pós-filtros. No segmento Aymoré (Leves, Motos, CDC Outros Bens) são utilizados modelos estatísticos em conjunto com políticas que atribuem nota de risco aos clientes ocasionando decisão automática e/ou julgamental. No segmento Atacado, a análise de risco do cliente é apoiada por modelo híbrido, com um módulo estatístico e outro qualitativo, que atribui uma pontuação automática para cada contraparte. Esta pontuação é avaliada pelo analista sempre levando uma recomendação para aprovação em comitê. Durante o processo, são considerados aspectos diversos de crédito, entre ele a sustentabilidade de seus negócios. A avaliação do cliente é realizada periodicamente. Além disso, também é reavaliada a pontuação sempre que o sistema de alerta é acionado ou ocorre um evento que pode afetar a capacidade de pagamento da contraparte/operação. Riscos socioambientais Na nossa prática de risco socioambiental buscamos influenciar nossos clientes corporativos e também de private banking para a utilização de práticas sustentáveis. Adotamos uma postura inclusiva que, acima de tudo, aponta soluções para a mudança de atitudes. Analisamos questões sociais e ambientais de clientes com limites relevantes de crédito e na aceitação de novos correntistas e investimentos. Realizamos análises de empresas e negócios de project finance. Nossa experiência mostra que há uma freqüente coincidência entre problemas socioambientais e questões financeiras. A empresa que cuida do bem-estar de seus funcionários e do ambiente em que atua costuma ter uma gestão mais eficiente e, portanto, mais chances de honrar seus compromissos e gerar bons negócios para o banco e para a sociedade. Em Riscos, uma equipe especializada de biólogos e geólogos monitora as práticas ambientais dos clientes, e uma equipe de analistas financeiros estuda a probabilidade de danos relacionados a tais práticas afetarem as garantias e a condição financeira de nossos clientes. Nossa atividade de monitoramento foca na preservação de nossa reputação no mercado. 12

e. Definição de limites No segmento Varejo/Estandarizado, os limites são definidos através de ferramentas automáticas (aprovação massiva), que aplicam regras distintas de acordo com o produto, perfil de crédito e pontuação de risco do cliente. Exceções são tratadas manualmente, definidas em políticas, periodicamente revisadas. Para o segmento Varejo/Industrializado são utilizadas regras massivas em conjunto com elementos julgamentais na decisão. As decisões manuais obedecem a alçadas delegadas e são controladas de maneira centralizada. Ainda no segmento Varejo, os limites para o tratamento Carterizado são analisados por um consultor de riscos dedicado, por grupo/lista de clientes e decididos em conjunto por Riscos e área Comercial. No segmento Aymoré, os limites são definidos a cada operação, através de ferramentas automáticas e/ou de forma julgamental, levando em conta o valor da garantia, o perfil de crédito e a pontuação de crédito do cliente. Os procedimentos que orientam as áreas envolvidas no processo de concessão de crédito são definidos em políticas específicas, revisadas periodicamente. O fluxo macro é: 1) cliente está na concessionária e se interessa por um produto e deseja financiá-lo; 2) O parceiro registra os dados cadastrais e da operação no sistema 3) O sistema (modelos e políticas) analisa a operação e fornece um resultado: 4) Se proposta for aprovada e o cliente desejar o financiamento, a operação é formalizada/ finalizada. No segmento Atacado, o nível mais básico é o cliente, para o qual são estabelecidos limites individuais, através dos comitês. Para os clientes Globais é utilizado um modelo baseado em um sistema de mensuração e monitoramento do capital econômico. Em relação aos segmentos Corporate e Empresas, utiliza-se um modelo de préclassificação simplificado para clientes que cumprem determinados requisitos (conhecimento elevado, pontuação, entre outros). B. Venda a. Tomada de decisão sobre operações O processo de tomada de decisão sobre operações tem o objetivo de analisá-las e adotar resoluções, levando em consideração o interesse por risco e quaisquer elementos da operação importantes para contrabalançar risco e retorno. As operações de produtos do segmento Varejo são liberadas a partir dos limites aprovados via política massificada ou através de procedimentos de exceção, conforme esclarecido no item Pré-venda. 13

A tomada da decisão das operações do segmento Aymoré ocorre conforme fluxo descrito no item anterior uma vez que não há limites pré-aprovados e sim análise de risco e definição de limites a cada operação No segmento Atacado, a avaliação das operações sujeitas a risco de crédito não aprovadas previamente (pré-classificação) ou para clientes sem limites vigentes é feita de forma individual conforme carta de alçadas e políticas e procedimentos estabelecidos nos manuais de políticas de crédito (sem exceções à política). C. Pós- venda a. Monitoramento de risco - Atacado A detecção preventiva de deterioração da qualidade de crédito da operação é responsabilidade do gerente comercial em conjunto com o analista de riscos. Adicionalmente, há o monitoramento (por área específica) dos riscos, através de um processo de observação permanente, para identificação antecipada de incidentes que possam decorrer durante a evolução, das operações, dos clientes e de seu ambiente. É um acompanhamento segmentado por tipo de cliente e pode atuar também nas empresas de maior faturamento dos segmentos Varejo e Governos e Instituições. Os Comitês de Carteira revisam os relatórios de créditos irregulares. O monitoramento feito pelo binômio comercial riscos e pela área de Acompanhamento pode resultar na classificação do cliente em FEVE- firmas sob vigilância especial, um sistema que diferencia níveis de preocupação. A inclusão de uma empresa no Sistema FEVE significa que é aconselhável um acompanhamento mais próximo com o intuito de tomar medidas oportunas de prevenção ou correção, alocando um responsável e definindo o prazo de implementação da ação. Os clientes classificados no FEVE são revisados com maior freqüência. - Varejo A reavaliação do risco no nível cliente ocorre a partir do cálculo mensal da pontuação de risco através de modelos comportamentais, que podem considerar, por exemplo, variáveis referentes a atraso no pagamento e restrições externas. No segmento Varejo, para as exposições mais elevadas de Risco a área de Acompanhamento Clientes controla mensalmente as evoluções da pontuação de risco, créditos vencidos e cobertura de garantias e emite sinais de alerta. Nos clientes marcados, a área gerencia alçadas, limites e garantias, além de reestruturar exposições. Para acompanhamento da carteira, relatórios com indicadores-chave são monitorados e trazem visões de concentração, perdas de crédito e orçamento. 14

O Informe Mensal de Riscos mostra especificamente os indicadores aprovados no Programa de Gestão de Crédito e serve para o acompanhamento do orçamento aprovado, projeção anual e comparação da projeção do mês anterior com o realizado (controle de previsibilidade). - Aymoré A Aymoré acompanha diariamente os principais indicadores de iniciação de crédito e inadimplência, enviando mensalmente para consolidação, informações de realizado x orçado. - Comitê de Solvência São objeto de discussão e tomada de decisões no Comitê de Solvências: perspectivas macroeconômicas, comportamento das carteiras e mudanças importantes no mercado. Apresentam-se simulações dos impactos causados pelo mercado e mudanças na economia, bem como alternativas de ações para fazer frente a elas. Estas simulações são discutidas com as outras áreas da diretoria de Riscos. b. Controle de risco A aderência às políticas de crédito no segmento Varejo é garantida, para as decisões automáticas, através de parametrização no sistema. As aprovações manuais obedecem a políticas e normativos específicos e o sistema registra o código do funcionário aprovador junto à aprovação. Indicadores periódicos são analisados e através deles há o controle da aderência das aprovações às regras definidas nos normativos. No nível individual, para controle do risco de crédito no segmento Atacado, são utilizadas rotinas diárias extraídas dos sistemas locais e globais com o objetivo de controlar a devida utilização dos limites concedidos. Neste mesmo nível, é realizado o controle do patamar de suficiência de garantias, por área centralizada de gestão. A mensuração do risco de derivativos é feita diariamente através do cálculo do risco potencial mais a variação de mercado, segundo a metodologia especificada na matriz, em que também são originados os relatórios e cargas de dados. A aderência às políticas de crédito no segmento Aymoré é garantida através de parametrizações no sistema de políticas, os quais não permitem a aprovação de propostas fora das regras definidas. A análise julgamental está apoiada em políticas em normativos internos. Mensalmente ocorrem estudos para avaliar a qualidade do crédito, que pode ocasionar plano de ação rápido e ajuste em políticas. 15

c. Provisão de crédito A área de Solvência é responsável, dentre outras atribuições, por garantir que as perdas associadas ao risco de crédito sejam devidamente apuradas ou estimadas e adequadamente provisionadas conforme a Resolução nº 2.682, do Conselho Monetário Nacional, e a IAS 39, para publicações IFRS. Esta função também cuida do provisionamento para atender ao Banco Santander S.A. (Espanha), de acordo com as normas do Banco de Espanha. d. Patrimônio de referência O processo de gerenciamento, acompanhamento e controle de capital é realizado tanto para o capital regulatório quanto econômico. A gestão de capital regulatório é baseada na análise da adequação dos níveis de capital através do índice de Basiléia utilizando os critérios definidos pelo Banco Central do Brasil. O objetivo é atingir uma estrutura de capital eficiente considerando os custos de capital, requerimentos regulatórios, objetivos de rating e retorno aos investidores. e. Recuperação de crédito O Departamento de Recuperação atua na cobrança e recuperação de créditos do Banco nos segmentos Atacado e Varejo e reporta diretamente à Vice-Presidência Executiva de Riscos. As estratégias e os canais de atuação são definidos de acordo com os dias de atraso no pagamento e com os montantes em atraso, que resultam em um Mapa de Responsabilidades. Nos primeiros dias da inadimplência, é adotado um modelo mais intensificado de cobrança, com estratégias específicas, com monitoramento interno mais próximo. Centrais de atendimento, inclusão nos órgãos de proteção ao crédito, cobrança por cartas e pela rede de agências são utilizadas durante esta fase, com o intuito de recuperar os clientes. Em faixas maiores de atraso e valores mais expressivos, inclusive segmento Atacado, entram em ação equipes internas especializadas em reestruturação e recuperação de créditos com atuação direta junto aos clientes inadimplentes. Modelos procuram medir a probabilidade de pagamento dos clientes ajustando desta forma os esforços de cobrança. Nos casos de maior probabilidade de pagamento, o foco é dado na manutenção de um saudável relacionamento com os clientes Os sistemas contábeis e gerenciais realizam o tratamento, contrato a contrato, de provisionamento, perdas e eventuais recuperações de créditos. Vendas de carteira de créditos inadimplidos, com foco em operações em situação de prejuízo, também são realizadas periodicamente. A área de Cobrança de Crédito da Aymoré adota estratégias de recuperação de crédito conforme os dias de atraso no pagamento. 16

iv. Validação dos sistemas, processos e modelos O ciclo de crédito se utiliza de sistemas de informação e modelos estatísticos desenvolvidos para dar o suporte ferramental ao seu adequado funcionamento. Todo sistema passa pela especificação funcional, acompanhamento pós-implantação e homologação, que sempre é feita por área independente seguindo script pré-definido. Em relação aos modelos de classificação de riscos, sua aprovação para desenvolvimento e implantação, bem como monitoramento, é feita em conjunto pelas áreas provedoras (Centro Analítico e Metodologia) e usuárias (Risco Varejo, Atacado, Aymoré e Cartões), com o acompanhamento de Solvência como área de controle e fornecedora de relatórios. Há o envolvimento também da Área de Validação Interna de Modelos de Riscos, área externa e independente da Vice Presidência de Riscos de Crédito e Mercado. O acompanhamento da qualidade do modelo é realizado pelas áreas desenvolvedoras do modelo (Varejo e Atacado) a partir de relatórios apresentado às demais áreas de Risco e à Validação Interna de Modelos de Riscos, no comitê de Modelos. O Comitê de Modelos garante que as decisões ocorram de forma consensual e envolvendo a Alta Administração. A certificação dos sistemas que dão suporte aos modelos é executada por área externa da mesma forma descrita acima. A validação estatística é função da área de Validação Interna de Modelos de Riscos. Esta área tem o papel de validar todos os processos, sistemas e modelos de Risco que ficarão vigentes após a implementação de Basiléia 2. Há, adicionalmente, outras áreas de controle e validação externas e independentes da Vice-Presidência de Riscos Crédito e Mercado. São elas: Compliance, Auditoria Interna e Controles Internos (inclui SOX). Riscos é responsável por enviar as evidências dos controles de processos, segundo periodicidade definida para cada controle, para a área SOX. Este processo também é válido para o segmento Aymoré. 4º) Capacitação dos funcionários A Escola de Riscos é um modelo de Universidade Corporativa que apresenta currículos de formação, com ênfase em Riscos, para todas as áreas, funções e cargos das áreas de Riscos e Comercial. A Governança da Escola é realizada pelo comitê diretor, representado pelos executivos das áreas envolvidas, sendo responsável pelo direcionamento, validação e acompanhamento das ações educativas. Os treinamentos podem ser presenciais ou à distância, sendo ministrados por multiplicadores internos, consultorias ou universidades de 1ª linha. 17

5º) Estrutura remuneratória A política de remuneração do Conglomerado busca apoiar a estratégia de negócios, visando garantir o alinhamento dos interesses dos acionistas e promover o bom desempenho da empresa, de forma a garantir o crescimento e a lucratividade sustentável dos negócios. A remuneração é composta por parte fixa que visa a reconhecer a contribuição individual na obtenção dos resultados estabelecidos pelo Banco e sociedades do Conglomerado, mais parte variável baseada em indicadores de resultado. 6º) Transparência Um resumo da descrição da estrutura de gerenciamento de Risco de Crédito estabelecida neste documento é evidenciado trimestralmente em relatório, divulgado conjuntamente com as demonstrações financeiras. O conselho de administração do Banco é responsável pelas informações divulgadas no relatório. Notas explicativas (1) A lista de integrantes do conglomerado Santander no Brasil pode ser consultada em www.bcb.gov.br-> Sistema Financeiro Nacional -> Informações cadastrais e contábeis -> Informações cadastrais -> Cadastro de instituições. Para fins da Resolução 3.721, devem ser consideradas somente as sociedades com ativos de crédito registrados em seu balanço. (2) PGC é a sigla para Planos de Gestão de Crédito. Estes documentos consolidam as principais normas e definem os limites operacionais de carteira por família de produto. São elaborados para os produtos dos segmentos Varejo, Cartões e Aymoré. Apresentam visões detalhadas da estratégia de vendas, principais características da linha, participação no mercado, resumo dos impactos financeiros e estratégias de admissão, manutenção e cobrança de crédito. Seu propósito é definir e acordar um plano para a linha alinhado tanto com as metas de crescimento de negócios quanto o orçamento de provisão em Riscos. São aprovados no Comitê Executivo de Riscos Brasil, que é a alçada máxima para assuntos de Crédito. 18