Risco de Mercado ESTRUTURA
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- Luna Guimarães Aquino
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1 Risco de Mercado Em atendimento a Resolução 3.464/2007 do Conselho Monetário Nacional, o Banco Fidis ponderou a natureza das operações e a complexidade dos produtos associados aos seus negócios e implementou uma Estrutura de Gerenciamento do Risco de Mercado compatível com suas atividades. No Banco Fidis, a Estrutura de Gerenciamento de Risco de Mercado envolve um conjunto de práticas e princípios que tem por objetivo identificar, mensurar, acompanhar e controlar as exposições sujeitas às oscilações dos preços de mercado e que, conseqüentemente, podem originar perdas financeiras. Neste sentido, conforme Resolução do Conselho Monetário, a Instituição estabeleceu e estruturou uma Política de Gerenciamento de Risco de Mercado, na qual foram determinados limites, parâmetros e diretrizes que balizam a Instituição no controle e gestão de todas as suas operações expostas ao risco de mercado. Para efeito deste documento, define-se como Risco de Mercado a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado das posições detidas por uma instituição financeira. Sendo estas flutuações provenientes do risco de taxa de juros, da taxa de câmbio, do preço de ações ou do preço de mercadorias (commodities). ESTRUTURA No Banco Fidis, o risco de mercado é gerenciado por meio de metodologias e modelos consistentes com as práticas de mercado e compatíveis com as atividades da Instituição. A estrutura de Tesouraria e de gerenciamento do risco de mercado são centralizadas em uma unidade de negócio independente do Banco Fidis, alocada na empresa Fiat Finanças Brasil.
2 Adicionalmente à estrutura acima, o Banco Fidis optou pela concepção de um Comitê de Risco de Mercado. O Comitê de Risco de Mercado, que é composto pela Fiat Finanças Brasil, pelo diretor de risco de mercado e pelo diretor de Tesouraria, se integra ao Comitê de Funding e ao Comitê de Risco de Liquidez para deliberações sobre os assuntos pertinentes ao: (i) Risco de Mercado; (ii) captação e (iii) Risco de Liquidez. A Política de Gestão de Risco de Mercado adotada pelo Banco Fidis, em conjunto com a Estrutura de Gerenciamento de Risco de Mercado estabelecem, entre outras coisas: (i) As atribuições e responsabilidades de cada um dos envolvidos no processo; (ii) Os instrumentos e métricas utilizados para gerenciar o Risco de Mercado; (iii) Os limites de exposição a Risco de Mercado; (iv) As ações a serem tomadas em caso de extrapolação destes limites; (v) O processo, propriamente dito, de gestão do Risco de Mercado. Dado o perfil de negócios do Banco (instituição que atua, preferencialmente, na concessão de crédito aos concessionários das marcas Fiat, e Chrysler e financiamento ao varejo da marca Chrysler, existe um baixo apetite à Risco de Mercado por parte do Banco Fidis.
3 Os limites de exposição ao Risco de Mercado definidos na Política de Gestão de Risco de Mercado do Banco Fidis são monitorados diariamente e foram aprovados pelo Comitê de Gestão de Risco de Mercado. Periodicamente, estes limites são revistos com o objetivo de avaliá-los quanto a sua aderência ao momento do mercado (volatilidade das taxas) e a estratégia do Banco. Modelo e Sistema Tanto o portfólio alocado na carteira de negociação (trading book) quanto o portfólio não alocado na carteira de negociação (banking book) utilizam o sistema Risk Performa (FHS) no processo de apuração do risco de mercado. Para as operações classificadas no banking book, o modelo de VaR (Value-at- Risk) paramétrico é a ferramenta utilizada. O VaR é uma ferramenta estatística que mede a perda potencial máxima da Instituição para um dado nível de confiança e horizonte de tempo. Neste sentido, o modelo considera como premissas: - Intervalo de confiança de 99% - Horizonte de tempo equivalente a 10 dias - Volatilidade estimada através do modelo de alisamento exponencial A aderência do modelo de risco é testada periodicamente através de backtesting, que consiste em comparar as estimativas de VaR com os resultados efetivamente verificados. Para as operações classificadas no trading book, a apuração do risco de mercado segue o modelo padrão determinado pelo Banco Central (Circulares 3.634, 3.635, 3.636, 3.637, 3.638, e 3.641) e os parâmetros de cálculo (volatilidades, decaimento, correlação e multiplicadores) divulgados diariamente, também, pelo Banco Central. Adicionalmente, o Banco Fidis realiza tanto para o trading book quanto para o banking book, análise de descasamentos de ativos / passivos.
4 Classificação das operações Trading e Banking Book O Banco Fidis, em atendimento à Resolução do Conselho Monetário Nacional, formalizou os procedimentos, processos e política para classificação de operações na carteira de negociação (trading book). O trading book consiste em todas as operações com instrumentos financeiros, inclusive, derivativos, detidas com a intenção de negociação ou destinadas a hedge de outros elementos da carteira de negociação, e que não estejam sujeitas à limitação da sua negociabilidade. As operações detidas com intenção de negociação são aquelas destinadas à revenda, obtenção de benefício dos movimentos de preços, efetivos ou esperados, ou realização de arbitragem. O banking book consiste em todas as operações não classificadas no trading book. Análise de Cenários Conforme requerido pela Circular do Banco Central, são realizados periodicamente para o banking book testes de estresses com o objetivo de complementar as estimativas de risco de mercado obtidas pelo VaR. Os resultados dos testes de estresses geram informações da perda potencial da carteira da Instituição em cenários atípicos e que, portanto, não capturados e demonstrados nos modelos usuais de VaR. Estes testes de estresses consistem em: (i) estimar percentual da variação do valor de mercado das operações em relação ao Patrimônio de Referência (capital regulamentar), com utilização de choque compatível com o 1º e o 99º percentis de uma distribuição histórica de variações nas taxas de juros, considerando um holding period de um ano e o período de observação de cinco anos; (ii) estimar a quantidade de pontos-base de choques paralelos de taxas de juros necessários para acarretar reduções do valor de mercado das operações correspondentes a 5%, 10% e 20% do Patrimônio de Referência (capital regulamentar). Especificamente para as operações classificadas na carteira trading, o Banco Central, através da circular 3.634, inseriu o conceito de estresse (svar - VaR estressado) dentro do modelo padrão de cálculo do risco de mercado. O VaR estressado é apurado de forma a replicar o cálculo do VaR que seria feito em um
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