Descrição da Estrutura de Gerenciamento Risco de Crédito -
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- Anderson Canela Bennert
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1 Descrição da Estrutura de Gerenciamento Risco de Crédito -
2 Sumário: 1. Introdução: Abrangência: Sistemas, Rotinas e Procedimentos: Estrutura de Gerenciamento do Risco de Crédito: Políticas: Exceções às Políticas: Modelos de Estimação de Perdas: Gestão de Carteira e Operações: Procedimentos para a Gestão da Carteira de Crédito: Operações: Prática de Gerenciamento de Risco de Crédito para Novos Produtos: Teste de Estresse: Validação: Descrição da Estrutura do Gerenciamento do Risco de Crédito
3 1. Introdução: O presente documento tem como finalidade definir diretrizes que norteiem as transações do Banco Semear no tocante à Gestão do Risco de Crédito, o mesmo está adequado à natureza das operações classificadas ou não na carteira de negociação, à complexidade dos produtos e serviços oferecidos pela instituição, bem como à sua exposição ao risco de crédito, conforme Resolução, 3721/2.009 do Conselho Monetário Nacional. O Risco de Crédito é definido como sendo a... possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação., artigo 2º, da já referida Resolução. O Risco de Crédito compreende ainda, também explicitado no documento supracitado, dentre outros: Risco de crédito da contraparte, entendido como a possibilidade de não cumprimento, por determinada contraparte de obrigações relativas à liquidação de operações que envolvam a negociação de ativos financeiros, incluindo aquelas relativas à liquidação de instrumentos financeiros derivativos; Risco país, entendido como a possibilidade de perdas associadas ao não cumprimento de obrigações financeiras nos termos pactuados por tomador ou contraparte localizada fora do País, em decorrência de ações realizadas pelo governo do país onde localizado o tomador ou contraparte, e o risco de transferência, entendido como, a possibilidade de ocorrência de entraves na conversão cambial dos valores recebidos; Possibilidade de ocorrência de desembolsos para honrar avais, fianças, coobrigações, compromissos de crédito ou outras operações de natureza semelhante; e Possibilidade de perdas associadas ao não cumprimento de obrigações financeiras nos termos pactuados por parte intermediadora ou convenente de operações de crédito. 2. Abrangência: Esta é uma política corporativa e abrange o Banco Semear S.A. bem como, suas correspondentes no país, sendo aplicada a todos os negócios que envolvam risco de crédito, inclusive, os que forem realizados por conta e risco de terceiros. 3 Descrição da Estrutura do Gerenciamento do Risco de Crédito
4 3. Sistemas, Rotinas e Procedimentos: O processo de Crédito do Banco Semear é constituído pelas etapas relacionadas a seguir: Concessão: porta de entrada no relacionamento de crédito com o Banco. Abrange a análise do cliente e da operação. Na primeira, o Banco utiliza métodos massificados e personalizados, definindo a probabilidade de inadimplência e o limite de exposição. Quanto à análise da operação, busca compatibilizar a oferta de produtos de crédito ao perfil e à capacidade de pagamento do cliente. Gerenciamento: caracteriza-se pela utilização de mecanismos que asseguram o retorno dos recursos emprestados, levando-se em consideração algumas variáveis como o relacionamento do cliente com o Banco. O gerenciamento das garantias, entre outras ações, o principal objetivo nesta fase é a prevenção contra a inadimplência dos ativos. Cobrança: trata-se da fase em que o Banco busca reduzir as perdas de crédito, minimizar os custos de recuperação e aumentar a taxa desta. Estão contemplados nesta etapa o processo de cobrança extrajudicial e a cobrança judicial. O monitoramento do Risco de Carteira de Crédito no Banco Semear é feito através de sistemas e processos de análise avaliados e homologados previamente, por unidade interna do negócio e autônoma de monitoração, tendo sua acurácia, permanentemente verificada por testes de aderência, com o objetivo de medir sua capacidade preditiva de projeção de riscos. 4. Estrutura de Gerenciamento do Risco de Crédito: Estão relacionadas a seguir as designações das unidades organizações no tocante à gestão de riscos de crédito: Conselho de Administração: Compete a esse aprovar a Política de Risco de Crédito e avaliála, no mínimo anualmente, verificando e revisando sua eficácia e propondo melhorias ou adequações para atingir o objetivo proposto; Diretoria: Executar e deliberar as ações e medidas propostas pelo Conselho de Administração; Implementar a área e a estrutura de gestão dos riscos de crédito e estabelecer procedimentos pertinentes aos mesmos. O Diretor responsável pelo risco de crédito está devidamente registrado no Cadastro Geral do Banco Central do Brasil, distintamente do responsável pela administração de recursos de terceiros e pela realização de operações sujeitas ao risco de crédito, conforme disposto no art. 12º, da Resolução 3.721/ Descrição da Estrutura do Gerenciamento do Risco de Crédito
5 Comitê de Gestão de Risco de Crédito: Avaliar e propor as normas internas em todos os temas relacionados ao risco de crédito; Sugerir procedimentos operacionais e ações mitigadoras referentes ao Risco de Crédito à Diretoria; Disseminar, juntamente ao Diretor, a política de gerenciamento de risco de crédito instituída, nos níveis da organização, definindo papéis e responsabilidades para todos os colaboradores envolvidos nos processos pertinentes; Implementar, manter e divulgar processo estruturado de comunicação e informação de gerenciamento de risco de crédito; Analisar, juntamente à Diretoria no mínimo, anualmente, os relatórios que permitam analisar e corrigir as deficiências de gerenciamento do risco de crédito varejo; Manifestar-se expressamente a respeito das ações a serem tomadas para a correção das deficiências apontadas nos relatórios de risco de crédito; Aprovar e implementar planos de contingência contendo as estratégias a serem adotadas para assegurar condições de continuidade das atividades e limitar graves perdas decorrentes do gerenciamento do risco de crédito varejo. Gerência de Gestão de Riscos: Responsável direto pela estruturação e implementação da área de riscos, criação e revisão periódica de políticas de risco de crédito, estruturação de modelos de projeção e gestão das carteiras. Definir modelo de Alocação de Capital para o risco de crédito, aderente às determinações contidas nas resoluções 3360/07, 3444/07 e do comunicado /07 do Banco Central do Brasil; Departamento de Gestão de Riscos: Equipe responsável pela implantação e disseminação da cultura de controle do risco de crédito. Acompanhamento de indicadores, geração de relatórios gerenciais e informações legais. Suporte operacional da estrutura. 5. Políticas: As Políticas de Risco de Crédito visam assegurar padronização nas decisões institucionais, aperfeiçoar a administração do risco de crédito, garantir integridade dos ativos de crédito, e os níveis adequados de riscos e perdas e elevar os padrões de qualidade e o resultado do Banco Semear S.A.. Estas tratam do retorno ajustado ao risco, dos percentuais máximos de comprometimento do Patrimônio de Referência PR, dos limites máximos de concentração, do processo de análise de risco de crédito, do deferimento de operações e das auditorias dessas práticas. 5 Descrição da Estrutura do Gerenciamento do Risco de Crédito
6 O Banco Semear faz a gestão do risco de crédito através da implementação de políticas de crédito específicas a cada segmento em que o Banco opera, nas quais são explicitados, alçadas de aprovação, sistemas operacionais, rotinas, limites operacionais, vedações, revisão e aprovação, dentre outras questões relevantes. 6. Exceções às Políticas: Qualquer exceção às políticas internas será tratada, exclusivamente, pelo Conselho de Administração, o qual, se lhe interessar, poderá emitir parecer concessivo outorgando a responsabilidade à Diretoria. 7. Modelos de Estimação de Perdas: Objetivando atender às exigências da Resolução 3.721/2009 e simultaneamente, adotar as melhores práticas de gestão de risco, o Banco Semear adotou a metodologia RAROC para estimação de perda e exposição ao risco de crédito. É uma ferramenta com enorme potencial para a administração de portfólios de crédito. Ele combina retorno e risco de crédito em um único indicador de desempenho e, quando calculado para um portfólio, traz a vantagem de incorporar os efeitos da diversificação de riscos. A utilização do RAROC tem por finalidade ainda, subsidiar importantes processos decisórios no Banco Semear. Seu acompanhamento na perspectiva histórica para os portfólios analisados tem permitido que a avaliação de riscos e retorno esteja presente em todas as decisões institucionais. 8. Gestão de Carteira e Operações: 8.1. Procedimentos para a Gestão da Carteira de Crédito: Definição de sistemas, rotinas e procedimentos para identificar, mensurar, controlar e mitigar a exposição ao risco de crédito, tanto em nível individual quanto em nível agregado; Utilização do RAROC; Avaliação das operações sujeitas a risco de crédito, considerando as condições de mercado, as perspectivas macroeconômicas entre outros; Estabelecimento de limites para realização de operações sujeitas ao risco de crédito; 6 Descrição da Estrutura do Gerenciamento do Risco de Crédito
7 Estabelecimento de critérios e procedimentos acessíveis aos envolvidos no processo de gestão de risco de crédito, tais como: Análise prévia, realização e repactuação de operações sujeitas ao risco de crédito; Coleta de informações e documentação necessária para operações de crédito; Avaliação periódica do grau de suficiência das garantias; Controle dos riscos para que não haja deterioração na qualidade das operações; Tratamento de exceções aos limites estabelecidos para a realização de operações sujeitas ao risco de crédito. Classificação das operações de risco de crédito em categorias segundo os seguintes aspectos: Situação econômico-financeira; Utilização de instrumentos que mitiguem o risco de crédito associado à operação; Período de atraso no cumprimento das obrigações financeiras nos termos pactuados; Realização de testes de stress; Documentação e armazenamento de informações referentes às perdas associadas ao risco de crédito, inclusive aquelas relacionadas à recuperação deste Operações: concentração. O Banco deve observar na análise de crédito os possíveis riscos de cliente, da operação e de Verificar qual a melhor operação para o banco e para o cliente, observando motivo do crédito, valor da operação, prazo, fonte de pagamento, garantia, taxa, etc. O Controle de Risco é exercido, tendo como métodos, Políticas de Gerenciamento de Risco Crédito, processo de aprovação, Comitê de Risco de Crédito, revisão de crédito, ferramentas de administração de carteira, etc. A qualidade da carteira e sua capacidade de geração de resultados frente aos riscos de crédito incorridos, também são avaliadas, rotineiramente pelos resultados do indicador Retorno Ajustado ao Risco de Crédito - RAROC, servindo de referencial para a otimização dos resultados Prática de Gerenciamento de Risco de Crédito para Novos Produtos: O Comitê de Gestão de Risco de Crédito deve reunir-se, em caráter ordinário, mensalmente e extraordinário, sempre que necessário, objetivando a definição de cenários críticos, os quais serão utilizados para determinar o nível de exposição ao Risco de Crédito que a instituição terá. Tais cenários podem ser definidos de forma determinística ou probabilística e tem como finalidade 7 Descrição da Estrutura do Gerenciamento do Risco de Crédito
8 quantificar os impactos sobre a carteira de crédito, partindo de cenários macroeconômicos propostos. Os resultados gerados pelo teste são avaliados pelas áreas, assim como a necessidade de acionamento de planos de contingência. Se for o caso, o Banco pode revisar sua política de concessão de crédito ou contingenciar linhas de negócios. 9. Teste de Estresse: O Comitê de Gestão de Risco de Crédito deve reunir-se, em caráter ordinário, mensalmente e extraordinário, sempre que necessário, objetivando a definição de cenários críticos, os quais serão utilizados para determinar o nível de exposição ao Risco de Crédito que a instituição terá. Tais cenários podem ser definidos de forma determinística ou probabilística e tem como finalidade quantificar os impactos sobre a carteira de crédito, partindo de cenários macroeconômicos propostos. Os resultados gerados pelo teste são avaliados pelas áreas, assim como a necessidade de acionamento de planos de contingência. Se for o caso, o Banco pode revisar sua política de concessão de crédito ou contingenciar linhas de negócios. 10. Validação: Todas as informações e deliberações foram devidamente aprovadas pelo Conselho de Administração, o qual se responsabiliza por estas em sua íntegra, conforme disposição contida na Resolução CMN 3.721/2009. O presente Relatório foi aprovado nos termos da Reunião do Conselho de Administração do Banco Semear, S. A., realizada no dia 29 de maio de Belo Horizonte, 29 de maio de BANCO SEMEAR, S. A. Artur Geraldo de Azevedo Diretor-Presidente Henrique Fernando Lucas Diretor Vice-Presidente 8 Descrição da Estrutura do Gerenciamento do Risco de Crédito
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