A comunicação publicitária no ativismo político contemporâneo

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Transcrição:

UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA REGIONAL DE CHAPECÓ CENTRO DE CIÊNCIAS DE COMUNICAÇÃO E ARTES CÉLULA DE PESQUISA MOVIMENTOS SOCIAIS MIDIATIZADOS PROJETO DE PESQUISA ASSOCIADO A comunicação publicitária no ativismo político contemporâneo Lucas Francis Alves da Cruz Mônica Luiza Zanotto Chapecó, SC, novembro de 2008

1 Título do projeto A comunicação publicitária no ativismo político contemporâneo. 2 Período de execução O trabalho será desenvolvido de 01/02/ a 01/12/. 3 Área de Conhecimento Grande área: Ciências Sociais Aplicadas. Área: Comunicação. Sub-área: Publicidade e Propaganda.

4 Introdução A teoria da midiatização aponta como típico da organização social presente que o trânsito entre os campos sociais como o campo da política não-institucional e o corpo social se dá necessariamente por lógicas do campo midiático. Os meios de comunicação atingiram tal relevância para a sociedade contemporânea que não há como um setor da sociedade, tal como um grupo ativista, comunicar-se com esta mesma sociedade se não por meio dos métodos, lógicas e práticas que se sedimentaram em torno das grandes mídias. Faz - se importante nesse contexto contemporâneo que qualquer organização, independente de seu porte, estabeleça essas ligações com a sociedade através dos processos de comunicação, sendo os grupos ativistas ou pequenas corporações empresarias, ambas utilizam-se das mídias pra estabelecer e criar essas relações com a sociedade, ou seja, independente das táticas usadas ambas aproveitam dos recursos midiáticos, como a publicidade, para difundir suas ações. Os estudos em comunicação, nessa era de globalização, não podem mais ser desenvolvidos sem a integração da cultura popular e da cultura de mídia, já que representam opiniões ou realidades de um mesmo fato, em campos integrativos. É imprescindível compreender a influência dos meios de comunicação, entendendo no conjunto midiático o que a sociedade faz com os acontecimentos difundidos pelas mídias e o que as mídias fazem com a sociedade. O termo cultura popular, então concentra-se na matriz da mídia radical alternativa, que é realmente independente da pauta dos podes constituídos e, às vezes, se opõe a um ou mais elementos dessa pauta. Ao mesmo tempo, o termo serve para nos lembrar que toda essa mídia é parte da cultura popular e da malha social como um todo e não se encontra isolada, de modo ordeiro em um território político reservado e radical. (DOWNING, 2001, p.39) O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, os movimentos estudantis ou com demandas identitárias, os grupos contra os caminhos da globalização representantes, enfim, de diversas demandas sociais contemporâneas requerem representação midiática. É de interesse do grupo de pesquisa investigar como se dão os processos midiáticos, que criam aglomerações sociais em torno de produtos culturais tendo por pressuposto o entretenimento como fenômeno central das relações entre

mídia e sociedade, mas também como outras esferas da atividade social formatam-se para esta nova realidade midiática. Organizações que não conseguem tornar suas demandas ouvidas ou irradiadas, certamente não utilizam a publicidade com ferramenta e desconhecem as lógicas e práticas da comunicação. Os grupos ativistas atuais que trabalham com forte pressão psicológica e política, sobre governos e cidadãos comuns, entendem que, sem uma forte reverberação midiática não entram no contexto atual, que possibilita a formação de opiniões. No entanto, esses mesmos grupos que trabalham com a exposição maciça nas mídias, como forma de divulgar suas causas, planejam suas ações com cautela para certificarem-se que serão bem compreendidos na visão dos espectadores de seus protestos. O ativismo da mídia radical não é a única resposta necessária também são vitais campanhas de alfabetização pela mídia, a crescente democratização dos meios de comunicação, a popularização técnica e cientifica e o apoio aos profissionais da mídia que lutam para elevar o nível da prática tradicional. (DOWNING, 2001, p.22) Sendo a publicidade uma importante ferramenta para divulgar suas ações, notase também que essas organizações ativistas trabalham para construir e solidificar uma identidade visual, buscando sempre agregar valor a sua identidade. O que leva a mais uns dos objetivos do grupo de pesquisa, comparar estas táticas de comunicação ativistas às táticas de comunicação publicitárias utilizadas no mercado. O projeto de pesquisa associado A comunicação publicitária no ativismo político contemporâneo quer compreender de que forma as organizações ativistas utilizam a publicidade para fins sociais. Estudar como funciona na prática, o pensar, o criar e o agir dos grupos ativista no contexto atual, e mensurar quais estratégias de veiculação e quais as técnicas publicitárias usadas para criticar a publicidade e a sociedade atual.

5 Objetivos Objetivo Geral Investigar em que aspectos a comunicação publicitária do ativismo político difere da comunicação publicitária mercadológica. Objetivos Específicos Verificar quais as táticas publicitárias utilizadas pelos planejamentos de comunicação de grupos ativistas na divulgação de suas causas sociais. Comparar estas táticas de comunicação ativistas às táticas de comunicação publicitárias utilizadas no mercado. Determinar se existem processos de construção e manutenção de marcas de grupos ativistas, tal como na lógica empresarial de mercado. Acompanhar notícias e informações atualizadas sobre grupos ativistas e suas ações, de âmbito regional a internacional, para que a leitura dessas informações sirva como referência na busca para entender o ativismo da atualidade.

6 Metodologia Todo e qualquer estudo, seja ele para mera observação, bem como para promover o estudo científico de um determinado assunto, precisa partir de um elemento, sendo a base para estratificação dos demais referenciais, ou seja, parte-se de um levantamento de dados. Os referenciais serão a materialização e fundamentação teórica científica que dará sustentação e credibilidade para a pesquisa. O ponto de partida é o levantamento bibliográfico sobre os processos de comunicação publicitária, sobre a comunicação no ativismo político, bem como sobre a metodologia do estudo de caso. Assim, com essas leituras iniciando o processo de entendimento do universo do trabalho, delimitar a pesquisa por referências especificamente para organizações de cunho social. Analisar documentos e notícias (campanhas publicitárias, canais de mídias próprios) produzidos pelos próprios movimentos, que nortearão a pesquisa e serão os principais objetos de estudo. No estudo de caso, serão analisadas organizações como Greenpeace, Akatu e ACT-BR. A escolha destes objetos explica-se exatamente por este motivo: são organizações com maior repercussão midiática, obtidas pela veiculação de suas campanhas e constante manutenção de suas marcas. Buscaremos contatos via e-mail e visitas às organizações para melhor mensurar e identificar as adaptações de como funciona a comunicação publicitária destes grupos, com ênfase nas adaptações do processo em relação ao tradicionalmente usado no mercado. A partir da análise dos documentos, e buscados os referenciais teóricos que possibilitarão essa análise primária, buscar-se-á saber quais as estratégias (tradicionalmente) mais utilizadas no mercado (comerciais) e se as mesmas adaptam-se à realidade de um grupo ativista, além de como funciona o processo e o planejamento de construção e manutenção de marcas de organizações de cunho social, e como se mantém suas relações com as mídias. Basicamente, a pesquisa passará por três grandes processos: a seleção (observação) e busca por movimentos organizados através da internet e de outras mídias (jornais, revistas atuais), finalizando com contato direto com Greenpeace e Akatu. Busca e leitura de notícias e demais informações acerca dessas duas organizações, e também do universo ativista midiático. E análise e interpretação dos casos selecionados e dos

resultados obtidos com esses dois primeiros processos, resultando na identificação de estratégias de comunicação publicitária.

7 Cronograma de Pesquisa fev mar abr mai jun jul ago set out nov Leitura de referenciais teóricos sobre comunicação e ativismo Contato a distância com grupos ativistas Pesquisa de campo: contato in loco com grupos ativistas Análise de resultados Redação de relatórios Entrega de relatórios finais

8 Resultados Esperados O projeto tem por intenção analisar, estabelecer e interpretar o funcionamento e suas variáveis da comunicação publicitária em grupos ativistas, com ênfase nas adaptações do processo em relação ao tradicionalmente usado no mercado, de que forma os grupos ativistas utilizam-se do meio midiático para sustentação de suas marcas e como a mídia interpreta suas causas sociais. A interpretação e teorização sobre os resultados podem servir a outros grupos ativistas interessados em organizar/planejar sua comunicação, bem como ao desenvolvimento de currículos específicos para cursos ou disciplinas ligadas à comunicação em movimentos sociais. É de interesse da célula completar este processo após o cumprimento das obrigações de relatórios e outras diante da Coordenadoria de Pesquisa. No mais, a célula de pesquisa é uma oportunidade de iniciar processos de pesquisa, onde espera-se criar o contato com os processos, os debates e as idéias por trás do universo de pesquisa em comunicação. Este é o principal resultado que, pessoalmente, este projeto pretende alcançar.

Referências Bibliográficas CHRISPINIANO, José. A Guerrilha Surreal. São Paulo: Conrad, 2002. FONTENELLE, Isleide Arruda. O Nome da Marca: McDonald s, Fetichismo e Cultura Descartável. São Paulo: Boitempo, 2002. GOHN, Maria da Glória. Teorias dos Movimentos Sociais. São Paulo: Loyola, 1997. GREFE, Christiane; GREFFATH, Mathias e SCHUMANN, Harald. ATTAC o que querem os críticos da globalização. Rio de Janeiro: Globo, 2005. JÚNIOR, Luiz Carlos Pinto da Costa. Ocupação do espaço público através do ativismo midiático. Disponível em http://rede.metareciclagem.org/midia/projeto-d-luiz-40.pdf. Acesso em 10 de outubro de 2008. KLEIN, Naomi. Sem Logo. Rio de Janeiro: Record, 2003. MAZETTI, Henrique Moreira. Ativismo midiático, redes sociais e novas tecnologias de informação e comunicação. Disponível em http://www.intercom.org.br/papers/regionais/sudeste2007/resumos/r0688-2.pdf. Acesso em 14 de outubro de 2008. MORAES, Dênis. O Ativismo Digital. 2001. Disponível em http://www.bocc.ubi.pt/pag/moraesdenis-ativismo-digital.html. Acesso em 10 de outubro de 2008. SEOANE, José e TADDEI, Emilio. Resistências Mundiais: De Seattle a Porto Alegre. Petrópolis: Vozes, 2001. DOWNING, John D. H. Mídia Radical: Rebeldia nas Comunicações e Movimentos Sociais. São Paulo: Senac, 2002.