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Transcrição:

Assessoria ao Cirurgião Dentista Publicação mensal interna a Papaiz edição X julho de 2015 Escrito por: Dr. André Simões, radiologista da Papaiz Diagnósticos Odontológicos por Imagem 11 3894 3030 papaizassociados.com.br 1

Calcificações dos tecidos moles do Complexo Maxilo Facial Nesta edição do boletim informativo da Papaiz, continuaremos a abordar as calcificações mais frequentes que acometem os tecidos moles maxilo faciais Alongamento do processo estilóide do osso temporal O osso temporal - osso pertencente ao neurocrânio e que compõe, externamente parte da superfície lateral do crânio e internamente forma parte das fossas média e posterior da cavidade craniana - possui uma projeção no sentido ínfero-anterior, o processo estiloide, cujo comprimento normal mede de 2 a 3 cm e que pode alongar-se atingindo até 8 cm. Imagem mostrando no detalhe em verde, a superfície externa do osso temporal. Observar o seu processo estilóide. Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/temporal_bone O processo estiloide do osso temporal dá origem, dentre outras estruturas, ao ligamento estilo-hioide que por sua vez conecta-se ao osso hioide. Este ligamento também pode mineralizar-se. Por meio das radiografias panorâmicas, vemos uma projeção óssea insinuando-se aos tecidos moles do espaço aéreo, em direção ao osso hioide. O alongamento do processo estiloide ocorre, na maioria das vezes, bilateralmente. 2

Caso I Radiografia Panorâmica: Notar imagem radiopaca projetada à porção cartilagínea da orelha e ao espaço aéreo faríngeo bilateralmente; imagem compatível com alongamento do processo estiloide do osso temporal Caso I Tele Radiografia em norma lateral: notar projeções radiopacas (entre ângulo da mandíbula e a coluna cervical) direcionadas ínferoanteriormente, estendendo-se ao osso hióide: alongamento do processo estiloide do osso temporal 3

Caso II Cortes Tomográficos evidenciando projeção hiperdensa bilateral, de orientação oblíqua (corte coronal), em espaço carotídeo (corte axial), com direcionamento anterior inferior (corte sagital e reconstrução 3D) Alongamento do processo estiloide do osso temporal, letra A. O processo estiloide, dada sua trajetória ínfero-anterior, situa-se entre as artérias carótidas externa e interna (espaço carotídeo). A maioria dos casos de alongamento do processo estiloide costuma ser assintomática, entretanto um número reduzido de pacientes apresenta os sintomas da síndrome de Eagle. Nesta síndrome, há a compressão dos vasos sanguíneos ou nervos adjacentes (as artérias carótidas, como já citadas, além dos nervos trigêmeo, facial, glossofaríngeo e vago), o que causa sintomas como: dor facial (especialmente na deglutição), disfagia, disfonia (alteração na voz), otalgia, cefaleia e até sincopes. 4

Mineralização das Cartilagens Laríngeas A laringe é o órgão que estabelece a comunicação entre a faringe e a traqueia de modo a constituir a passagem do ar para os pulmões, além de exercer função na fonação da voz. A laringe possui um esqueleto com nove cartilagens, algumas constituídas por cartilagem fi broelástica e outras formadas por cartilagem hialina; sabe-se que as cartilagens hialinas podem mineralizar-se ao longo do seu desenvolvimento, o que constitui um processo fi siológico. A cartilagem tireoide (de maior volume), assim como a cartilagem tritícea, são compostas por cartilagem hialina e quando mineralizadas podem ser observadas por meio dos exames de imagem. Fonte: http://www.portaleducacao.com.br/medicina/ artigos/8115/anatomia-da-laringe 5

Ateroma de Artéria Carótida Sem dúvida, o ateroma de artéria carótida é a calcificação distrófica mais relevante entre as demais calcificações heterotópicas do complexo maxilo facial e cervical. Sua alta incidência, relação com um comprometimento sistemico grave, o Acidente Vascular Cerebral e o fato de serem observados através das radiografias panorâmicas e da Tomografia Computadorizada Cone Beam, tornaram o Ateroma de Artéria Carótida objeto de estudo de muitos trabalhos da literatura odontológica. Confira a edição Odontologia na prevenção do AVC: Ateroma de Artéria Carótida Obviamente, os exames de radiologia odontológica não proporcionam a mesma acuidade da ultrassonografia Doppler ou da angiografia (exames padrão ouro para o diagnóstico da ateromatose). No entanto, a observação de calcificações distróficas no espaço carotídeo e a correlação das mesmas com dados clínicos (senilidade, histórico familiar de AVC, tabagismo, etilismo, sedentarismo) implicam justificativa suficiente para o Cirurgião Dentista solicitar acompanhamento médico para a prevenção de um AVC. 6

Os cortes tomográficos axial e coronal mostram imagem hiperdensa de aspecto tubular em espaço carotídeo, lado direito, em proximidade com a cartilagem tireoide (mineralizada); imagem sugestiva de ateroma de artéria carótida, letra A. 7

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CRUZ, Walter P. et al. Estudo histológico da ossificação da cartilagem tireóidea. Rev. Bras. Otorrinolaringol., São Paulo, v. 69, n. 6, Dec. 2003. Rizzolo RJC; Madeira MC. Anatomia Facial com fundamentos de anatomia sistêmica geral. São Paulo, Sarvier, 2004. Capítulo 2 (Sistema Esquelético). Pag. 11-52 Neville BW; Damm DD; Allen AM; Bouquot JE. Patologia Oral e Maxilofacial. 3 ED. Rio de Janeiro, Elsevier,2009. Capítulo 11 (Patologia das Glândulas Salivares). Pag. 455-472 SANTANA JUNIOR, Pedro José de et al. Qual o seu diagnóstico?. Radiol Bras, São Paulo, v. 42, n. 4, Aug. 2009. JACOME, Alessandra Mara Soares Coelho; ABDO, Evandro Neves. Aspectos radiográficos das calcificações em tecidos moles da região bucomaxilofacial. Odontol. Clín.-Cient. (Online), Recife, v. 9, n. 1, marzo 2010. MONSIGNORE, Lucas Moretti et al. Achados de imagem e alternativas terapêuticas das malformações vasculares periféricas. Radiol Bras, São Paulo, v. 43, n. 3, June 2010 Ellis H; Logan BM; Dixon AK. Anatomia Humana Seccional: atlas de secções do corpo humano, imagens por TC e RM. 3. Ed. São Paulo: Santos, 2010. Capítulo 2. Pag. 10-80 Papaiz EG; Capella LRC, Oliveira RJ. Atlas de Tomografia Computadorizada por Feixe Conico para o Cirurgiãodentista. São Paulo: Editora Santos, 2011 Capítulo 1 (Anatomia Craniofacial) p 2-3. White SC; Pharoah MJ. Oral Radiology; principles and interpretation. 7Ed. Missouri: Elsevier, 2014. Part III Interpretation (Soft Tissue Calcification and Ossifications) p-524-541. 8

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