POLÍTICA DE RISCO DE CRÉDITO, DE CONCENTRAÇÃO E DE CONTRAPARTE DOS FUNDOS E CARTEIRAS GERIDOS PELO SICREDI

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Transcrição:

POLÍTICA DE RISCO DE CRÉDITO, DE CONCENTRAÇÃO E DE CONTRAPARTE DOS FUNDOS E CARTEIRAS GERIDOS PELO SICREDI Versão: outubro/2016

1. OBJETIVO Em conformidade com a Política de Gerenciamento de Riscos dos Fundos e Carteiras Geridos pelo Sicredi, esta Política tem como objetivo estabelecer as regras para as metodologias destinadas à identificação e ao acompanhamento da exposição ao risco de crédito, de concentração e de contraparte dos fundos e carteiras geridos pela conforme o disposto nos termos do artigo 23, 1º, da Instrução CVM nº558/2015. 2. DEFINIÇÕES O risco de crédito pode ser entendido como a possibilidade do credor incorrer em perdas, em razão das obrigações assumidas pelo tomador ou pela contraparte não serem liquidadas nas condições pactuadas, cabendo à instituição a realização de uma eficiente gestão com intuito de mitigar estes riscos, adequando as exposições aos níveis aceitáveis pela administração. Os itens a seguir estabelecem as regras para as ações realizadas para mitigação, mensuração e monitoramento da exposição ao risco de crédito, concentração e contraparte dos fundos e carteiras geridos pelo Sicredi. 2.1 Variáveis de avaliação de risco Para a gestão do risco de crédito, concentração e contraparte tanto no acompanhamento da carteira, como na aprovação de novos limites de exposição a contrapartes, devem ser analisados os seguintes fatores: Tamanho da exposição; Prazo da exposição; Probabilidade de default; Concentração em relação a um dado fator ou segmento; Diversificação do portfólio. 2.2 Análises de Risco O levantamento acompanhamento de informações pertinentes à análise dos riscos tratados pelo presente manual é feito pela equipe do Banco Cooperativo Sicredi. A análise de instituições financeiras é realizada a partir de modelo de indicadores econômico-financeiros, que e alimentado por informações extraídas do Banco Central e a análise de emissores não financeiros é realizada a partir de modelo de avaliação da capacidade econômico-financeira das companhias. O acompanhamento dos inputs da análise é periódico. Os balancetes das instituições financeiras são acompanhados trimestralmente, bem como os principais indicadores de crédito das companhias com debêntures aprovadas. No caso de novas informações relevantes disponíveis, relacionadas ao cenário macro ou a eventos corporativos, um novo parecer de crédito é submetido à apreciação do Comitê de Crédito Privado, quando julgada pertinente à alteração dos limites ou por solicitação dos membros deste Comitê de Credito Privado. 2

2.3 Disponibilização da Informação O Banco Cooperativo Sicredi é responsável por disponibilizar os dados relevantes para análise aos membros do Comitê de Crédito Privado e aos demais colaboradores que atuem diretamente com a gestão de recursos de fundos e carteiras. A informação deve ser disponibilizada com a mesma periodicidade com que são revisadas, através de relatório enviado por meio eletrônico. 2.4 Limites de Exposição Todas as operações efetuadas pelos fundos deverão ter previamente aprovados limites de crédito e concentração para o emissor do título e valor mobiliário e limites de contraparte aprovados para contraparte da operação. Os limites operacionais e de concentração, estipulados pela legislação, regulamentação de fundo, ou por normatização interna, podem restringir os limites aprovados; O limite aprovado por emissor, no caso de instituição financeira, considerará todos tipos de operações que por ela possa ser emitido; Como exceção, títulos emitidos com garantia especial do FGC, por exemplo DPGEs, terão critério de avaliação e deliberação específico; Os limites para as operações de crédito privado de instituições não financeiras serão avaliados e deliberados individualmente por emissão. Os limites operacionais visando controlar a exposição dos recursos de terceiros em determinada instituição financeira são os seguintes: I. As instituições financeiras deverão se enquadrar nas faixas de limite em percentual do patrimônio líquido por fundo, conforme tabela abaixo: Ranking Limite Percentual do Patrimônio Líquido do Fundo (% PL) S1 S2 S3 Até 20% do PL Até 10% do PL Até 5% do PL II. Além das faixas de limites em percentual do patrimônio líquido estipuladas no item (a), Parágrafo Primeiro do Art. 10º, as alocações em instituições financeiras deverão respeitar o seguinte limite de alocação em percentual do patrimônio de referência, conforme tabela abaixo: 3

Tipo de Instituição Financeira Pequeno Porte 1 Médio 2 e Grande Porte 3 Pequeno e Médio Porte controladas pelo governo federal Limite percentual do patrimônio de referência da Instituição Financeira (% PR) Até 10% do PR do banco tomador Até 5% do PR do banco tomador Até 20% do PR do banco tomador III. As instituições financeiras deverão se enquadrar nas faixas de limite de prazo conforme tabela abaixo: anking de Prazo Prazo máximo contado da operação S1 S2 S3 Até 5 anos Até 2 anos Até 1 ano limites: Os depósitos a prazo com garantia especial (DPGE), deverão respeitar os seguintes I. Em relação à volume, 5% do patrimônio líquido do emissor, com limite mínimo de R$10 milhões e limite máximo de R$50 milhões. II. Em relação a prazo, os limites são definidos de acordo com a Classificação RiskBank, conforme tabela abaixo: Classificação RiskBank Prazo Risco Federal, Baixo risco para Longo, Médio, ou curto Prazo Risco Aceitável para operações até 90 ou 60 dias Demais classificações e bancos relacionados no RiskBank Até 3 anos Até 2 anos Até 1 ano Para instituições financeiras que não possuírem Classificação RiskBank, fica estabelecido o prazo máximo de 1 ano, com volume máximo de R$5 milhões para instituições 1 Ativo total inferior a R$ 3 bilhões. 2 Ativo total entre R$ 3 bilhões e R$ 30 bilhões. 3 Ativo total superior a R$ 30 bilhões. 4

financeiras com patrimônio líquido superior a R$50 milhões e volume máximo de R$10 milhões para os bancos com patrimônio líquido superior a R$100 milhões. 2.5 Aprovação Cabe ao Comitê de Crédito Privado a aprovação da classificação dos emissores conforme o disposto item 2.4, e consequentemente a aprovação de seus limites para operações com os fundos e carteiras geridas pelo. Ainda, cabe ao Comitê a aprovação das contrapartes aptas a realizar intermediação de operações com os fundos e carteiras, de acordo com requisitos mínimos estabelecidos. O Comitê tem seu rito definido no Regulamento do Comitê de Crédito Privado e as deliberações seguirão o protocolo desse regulamento. 2.6 Descumprimento de Limites O acompanhamento da exposição e enquadramento dos fundos e carteiras geridos aos limites de crédito, exposição e contraparte deverá ser feito diariamente com base em relatórios disponibilizados eletronicamente. Nos casos onde a deterioração da qualidade de crédito das contrapartes ou demais eventos correlacionados gerem uma elevação na probabilidade de perdas a níveis superiores ao apetite, ou materializa-se em perdas via precificação para os fundos, são adotados os seguintes procedimentos: Elaboração de plano de ação para tratamento das exposições, incluindo a possibilidade de venda dos ativos e a adoção de mecanismos para garantir a equidade entre os cotistas, entre outros; e, Acompanhamento do plano de ação pelo Comitê de Crédito. 3. PAPÉIS E RESPONSABILIDADES O Banco Cooperativo Sicredi S.A, subsidia de informações a Confederação Sicredi, e a ele compete: Propor o conjunto de metodologias para identificar, mensurar, monitorar e reportar a exposição do risco de crédito dos fundos e carteiras geridos pelo Sicredi; Garantir a correta aplicação das metodologias, assim como propor revisões e adequações, quando necessário; Ao Comitê de Crédito Privado, compete: Definir o conjunto de metodologias para identificar, mensurar e monitorar a exposição ao risco de crédito dos fundos e carteiras geridos pelo Sicredi; Proporcionar a adoção das melhores práticas de mercado de gerenciamento do risco de crédito e garantir a implementação de mudanças normativas aplicáveis à gestão do risco de crédito dos fundos e carteiras geridos pelo Sicredi; 5

Ao Diretor e à equipe de riscos da Confederação, compete: Monitorar e controlar a exposição ao risco de crédito e, em caso de descumprimento dos limites estabelecidos, solicitar apresentação tempestiva da justificativa e plano para ajuste das posições excessivas. 4. BASE REGULATÓRIA / LEGISLAÇÃO APLICÁVEL Instrução CVM nº 555, de 17 de dezembro de 2014; Instrução CVM nº 558, de 26 de março de 2015. 5. DISPOSIÇÕES FINAIS As disposições da presente Política contemplam todos os fundos de investimento geridos pelo Sicredi. A equipe de riscos da Confederação é responsável pelos normativos referentes ao assunto tratado neste documento. A presente Polítca deverá ser revisão com periodicidade mínima anual e aprovada no Comitê de Riscos de Crédito. 6