Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará



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Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará Rua Edite Braga, 50 - Jardim América - 60.425-100 Fortaleza - Ceará Fone: (85) 494-3933 - Fax: (85) 494-7695 site: www.faec.org.br e-mail: detec@faec.ogr.br MANUAL DE ORIENTAÇÃO SOBRE AS LEIS N OS. 10.177, de 12 de janeiro de 2001 10.437, de 25 de abril de 2002 10.464, de 24 de maio de 2002 E A RESOLUÇÃO BACEN 2.963, de 28 de maio de 2002

Nota 1:Novamente as Leis que dispõem sobre o alongamento das dívidas originárias de crédito rural trazem, a equivocada frase, em alguns de seus artigos, "ficam autorizados" referente à obrigação que o agente financeiro teria em proceder à renegociação do alongamento e das dívidas. Essa frase "ficam autorizados" do ponto de vista legal não existe. Não se pode transferir ao banco a "opção", o "julgamento" da condição do mutuário que solicita a renegociação poder ou não receber o benefício. Este equívoco ocorreu na época da "securitização", os tribunais têm manifestado-se no sentido de que os agentes financeiros são obrigados a securitizar. Infelizmente há a possibilidade de essa situação voltar a ocorrer. Luiz Augusto Germoni, Diretor Jurídico da Sociedade Rural Brasileira e Professor de Direito Agrário da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Nota 2: Nesse momento da averiguação do valor a ser alongado, o produtor deve estar atento: É o melhor momento para fazer o recálculo, é o melhor momento para serem revistos os débitos lançados em sua conta corrente vinculada e, para tanto, é conveniente ser assistido por profissionais, principalmente no que diz respeito ao recálculo da base da renegociação. A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará, dispõe de técnicos capacitados para fazer este recálculo. APRESENTAÇÃO A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará FAEC apresenta este pequeno manual de orientação aos mutuários do Sistema de Crédito Rural amparados pelas Leis nº s 10.177, de 12 de janeiro de 2001; 10.437, de 25 de abril de 2002; 10.464, de 24 de maio de 2002 e Resolução Bacen 2.963, de 28 de maio de 2002. Este é um trabalho da Federação visando tornar bem mais fácil o entendimento sobre o assunto, por parte dos produtores rurais que se encontram em situação de inadimplência para com as instituições financeiras de Crédito Rural. Todos os esforços foram empreendidos pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil CNA, representada por sua Comissão de Crédito Rural junto ao Congresso Nacional e ao Poder Executivo. Sem o apoio da Frente Parlamentar da Agricultura estes avanços não teriam sido alcançados. A todos que direta ou indiretamente contribuíram para minorar o problema do endividamento rural, nossos agradecimentos. José Ramos Torres de Melo Filho Presidente 16

41. O produtor já renegociou a sua dívida com base no artigo 3º da lei 10.177 e gostaria de renegocia-la fundamentado no artigo 4º (PESA), isto é possível? Sim. O produtor poderá renegociar a sua dívida com base no PESA até 31 de outubro de 2002, desde que ele adquira 10,37% do saldo devedor em Certificados do Tesouro Nacional (CTN). 42. Um produtor renegociou a sua dívida optando pelo PESA com base na lei 10.177 e está inadimplente com o pagamento da parcela anual do PESA, quais são as condições de renegociação? Terá que regularizar a sua situação até 31 de outubro de 2002. 43. O produtor ainda não renegociou a sua dívida com base na lei 10.177, o que ele deve fazer? Neste caso o produtor terá até o dia 31 de outubro de 2002 para repactuar a sua dívida, inclusive com bônus da parcela que trata o item Nº 38. 44. Qual o prazo para encerramento das renegociações, prorrogações e composições de dívidas amparadas com recursos dos Fundos Constitucionais? Até 31 de outubro de 2002. 45. Como se calcula o saldo devedor das operações inadimplentes do F.N.E? Para quem não renegociou usufruindo dos juros fixos, calcula-se até a data de 14 de janeiro de 2001 de acordo com as cláusulas do contrato original sem nenhum encargo de inadimplemento, juros de mora, multa, honorários advocatícios e a partir desta data aplica-se sobre o saldo devedor juros fixos de: Mini produtores, suas cooperativas e associações: taxa de juro efetiva 6% ao ano. SECURITIZAÇÃO 1. O que trata a lei 10.437, de 25 de Abril de 2002? Dispõe sobre o alongamento de dívidas de crédito rural, que trata das operações SECURITIZADAS, Lei nº 9.138, Plano PESA (RESOLUÇÃO 2.471), FUNCAFÉ, PRODECER, RECOOP e altera o prazo de renegociação das dívidas dos Fundos Constitucionais. 2. O que é dívida SECURITIZADA? (Lei 9.138 de 29/11/95) É o alongamento das dívidas originárias do crédito rural, contratadas até 20/06/1995, transformando-as em novas operações de refinanciamento, com valores limitados a R$ 200 mil. O pagamento poderia ser feito em até 10 anos, com 3% de juros ao ano mais a equivalência produto. 3. Quais são as novas condições de alongamento das dívidas já SECURITIZADAS? O mutuário terá direito de alongar e pagar o saldo devedor em 24 anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, com vencimento livremente pactuado, entre o mutuário e o credor, contanto que o pagamento da primeira parcela seja até 31/10/2002 e o da última até 31/10/2025. 4. Qual a nova taxa de juros, para quem fizer o alongamento das dívidas já SECURITIZADAS? Os juros serão fixos, de 3% ao ano, mais equivalência produto. OBS 1: A equivalência em produto será dispensada quando o pagamento for efetuado até a data do vencimento (com bônus de adimplência). OBS 2: O produtor poderá optar em pagar as prestações em produto, mediante depósito da mercadoria em armazéns credenciados pelo governo. 14 3

5. O produtor terá direito a algum bônus de adimplência sobre a parcela de pagamento? Sim. Será mantido o bônus de adimplência sobre a parcela do pagamento de: 30% para saldo devedor até R$ 50 mil em 08/1998; 15% para saldo devedor acima de R$ 50 mil em 08/1998. 6. O mutuário querendo liquidar a operação antecipadamente, terá direito a algum desconto adicional? Sim. Se o mutuário quiser liquidar antecipadamente a sua dívida, até 31/12/2006, terá mais o seguinte bônus: 20 % para operações de valor até R$ 10 mil; 10 % para operações de valor superior a R$ 10 mil. 7. Quem terá direito de se enquadrar nas novas regras das dívidas SECURITIZADAS? Os mutuários adimplentes com as suas dívidas securitizadas, ou então, que as regularizem até 29/06/2002. OBS 1: As parcelas de 1999 e 2000 vencidas e não pagas, o mutuário deverá reguralizá-las, integralmente, até 29/06/2002 (sem direito ao bônus de adimplência). OBS 2: Foi prorrogada para 29/06/2002 a data de vencimento do pagamento da parcela que venceu em 31/10/2001, com pagamento de 32,5% do valor da parcela vencida (com direito ao bônus de adimplência). 8. Como se calcula o valor de cada uma das 24 parcelas anuais? É só multiplicar o valor do saldo devedor por 0,059. OBS: O saldo devedor será obtido pela soma dos 67,5% remanescentes da parcela de 2001, acrescidos de juros de 3% ao ano, calculados pro rata die, até a data da recaptuação e a soma das parcelas vincendas, excluindo-se os 3% de juros nelas embutidos. 4 FUNDOS CONSTITUCIONAIS 38. Após a renegociação das dívidas do Fundo Constitucional qual o benefício? Taxa de juro fixa a partir de 14 de janeiro de 2001 de 6% para mini produtores, suas cooperativas e associações; 8,75% para pequenos e médios produtores, suas cooperativas e associações e 10,75% para os grandes produtores com direito a um bônus de adimplência sobre os juros de 25% para financiamentos no semi-árido e 15% para as demais regiões, além disso a lei 10.464 no seu artigo 11, concede bônus de adimplência,incidente sobre o valor de cada prestação na seguinte escala em função da data do contrato: A) Anterior a 31 de dezembro de 1994: bônus de 35%. B) Ano de 1995: bônus de 25%. C) Ano de 1996: bônus de 19%. D) Ano de 1997: bônus de 17%. E) Ano de 1998: bônus de 14%. Os percentuais de desconto sobre o valor da parcela incidem apenas para a fração da dívida cujo crédito original foi de até R$ 200 mil. Para a parte da dívida excedente a R$ 200 mil, não há aplicação dos redutores. 39. As dívidas do F.N.E podem ser renegociadas com base na resolução do Banco Central 2.471 (PESA)? Sim. Desde que tenham sido contraídas até 31 de dezembro de 1998. 40. O produtor já renegociou totalmente sua dívida com base no artigo terceiro da lei 10.177, ou seja, prorrogou a dívida por mais 10 anos após vencimento da operação e fixou a taxa de juros. Neste caso ele terá direito ao Bônus de adimplência sobre o valor das parcelas? Sim. O beneficiário terá direito ao bônus aplicado sobre o valor da parcela, variável em função da data de contratação da operação, desde que esteja adimplente, ou então regularize as parcelas em atraso até 31 de outubro de 2002. 13

35. Os mutuários que contraíram financiamento de até R$ 15.000,00 por intermédio de cooperativas e ou associações de produtores, poderão renegociar sua dívida isoladamente? Sim. Desde que a operação tenha sido de crédito rural de investimento contratada por agricultores familiares, mini e pequenos produtores rurais, com recursos dos Fundos Constitucionais de Financiamento e ou recursos equalizados pelo Tesouro Nacional e que estejam dentro do seguinte prazo: A) As operações de investimento concedidos até 31 de dezembro 1997 e que ainda não tenha sido renegociadas no ano 2000 e 2001. B) As operações de investimento concedidos no período de 2 de janeiro de 1998 a 30 de junho de 2000 (somente operações do PRONAF). 36. Caso o mutuário queira liquidar, antecipadamente, seu financiamento de até R$ 15.000,00 terá algum desconto no valor do saldo devedor? Sim. Um bônus adicional de 10% sobre o montante devido, desde que a liquide até 31 de dezembro de 2006. 37. Qual o prazo para encerramento das renegociações, prorrogações e composições de dívidas amparadas com recursos do F.N.E com valores contratados superiores a R$ 15.000,00? Ficou estabelecido na lei o prazo de até 31 de outubro de 2002. 9. O que significa a sigla PESA? PESA - RESOLUÇÃO 2.471/98 Programa Especial de Saneamento de Ativos, através da Resolução do Banco Central nº 2.471, ou seja, ela trata mais especificamente das dívidas rurais excedentes a R$ 200 mil em 20/06/1995 e as que não foram securitizadas. 10. O mutuário optando em renegociar a sua dívida pelo PESA, como seria a renegociação? A renegociação está condicionada à aquisição, pelo mutuário, por intermédio do banco credor, de Certificados do Tesouro Nacional, no valor de 10,37% do saldo devedor da dívida a ser renegociada. Os títulos ficarão como garantia do principal da dívida. O cliente ficará pagando somente os juros do saldo devedor da dívida atualizada pelo IGP-M, onde esse não pode ultrapassar a 9,5% ao ano em situação de adimplência. 11. Quais os encargos financeiros que incidirão sobre o saldo devedor da operação, renegociada com base da resolução do Banco Central 2.471 (PESA)? Em condições de adimplêmcia as taxas de juros são de: 3 % ao ano para valores até R$ 500 mil; 4 % ao ano para valores maiores que R$ 500 mil até R$ 1milhão; 5 % ao ano para valores superiores a R$ 1milhão. 12. Qual o prazo de pagamento da dívida renegociada pelo PESA? 20 anos, com o pagamento somente dos juros do saldo devedor, atualizado pelo IGPM com variação limitada até 9,5%, no caso de adimplência. 12 5

13. Qual o prazo de renegociação pelo PESA? Até 29 de junho de 2002 (outras fontes) Até 31 de outubro de 2002 (Fundos Constitucionais) 14. Quais as operações que podem ser renegociadas pelo PESA? As operações contratadas até 31 de dezembro de 1998, desde que com encargos pós-fixados. 15. Como calcular o saldo devedor para o alongamento pelo PESA? O banco deverá apresentar ao produtor extrato consolidado do saldo devedor apurado, para fins de alongamento, calculando o saldo devedor, desde o início do contrato até a data da renegociação, respeitando as cláusulas estabelecidas no contrato. As prestações vencidas e/ou os contratos vencidos, serão atualizados até a data da repactuação, corrigidas pelo índice de remuneração básica da poupança, mais juros efetivos de até 12% ao ano. 16. O que deve ser eliminado do saldo devedor para o alongamento? Multas, moras, taxas de inadimplemento, honorários advocatícios, outros débitos não previstos no contrato original. 17. Quais são os tipos de garantias exigidas para o alongamento pelo PESA? Do principal serão os próprios Certificados emitidos pelo Tesouro Nacional, os quais devem permanecer bloqueados enquanto constituírem garantia da operação. Dos Juros, as usuais do crédito rural, na proporção de 50% do valor do principal renegociado. 6 A.2) A um bônus de adimplência de 30% sobre cada parcela da divida paga até a data do respectivo vencimento; A.3) A uma taxa efetiva de juros de 3% ao ano a partir da data da renegociação; A.4) A manutenção do cronograma de pagamentos. B) Se for dívidas contratadas no período de 02 de janeiro de 1998 a 30 de junho de 2000 terá direito aos seguintes benefícios (somente operações do PRONAF): B.1) Prazo de adesão até 31 de outubro de 2002; B.2) Rebate de 8,8 % no saldo devedor existente em 1º de janeiro de 2002. 32. Os financiamentos de investimento de até R$ 15.000,00 que já foram renegociados nos anos 2000 e 2001 terão direito de se enquadrar nesta lei? Todos os financiamentos que já foram renegociados com base na Resolução do Conselho Monetário Nacional 2.765, de 10 de agosto de 2000, não terão direito de ser repactuados com o benefício desta lei. 33. Os mutuários que obtiveram financiamento com recursos do Fundo Constitucional de até R$ 15.000,00, poderão enquadrar-se nesta lei? Sim. Desde que pague as parcelas atrasadas, porém com o benefício de pagar somente 10% do somatório das prestações integrais, sem encargos de inadimplemento, repactuando-se o restante do saldo devedor de forma proporcional entre as parcelas restantes. OBS.: As parcelas vencidas com recursos de outras fontes terão que ser pagas integralmente. 34. O mutuário que contraíu empréstimos de até R$ 15.000,00 com recursos do FAT, poderá enquadrar-se nesta lei? Não. As dívidas contraídas com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT e outras administradas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, continuam sem alternativa de renegociação. 11

10 DÍVIDAS DO PRONAF E OUTRAS FONTES ATÉ R$ 15.000,00 28. O produtor rural que fez um custeio agrícola no valor menor que R$ 15.000,00 terá direito de renegociar a sua dívida de acordo com a lei 10.464, de 24 de maio de 2002? Não. A lei só trata de renegociação de dívidas oriundas de Crédito Rural de Investimento, com exceção para os financiamentos que tenham tido frustração de safra por fenômenos climáticos em municípios decretados em situação de emergência ou em estado de calamidade pública, com reconhecimento pelo Governo Federal. 29. Quem terá direito de renegociar as dívidas de Crédito Rural com o valor originalmente contratado de até R$ 15.000,00? A) As operações de crédito rural de investimento contratadas por agricultores familiares, mini e pequenos produtores rurais e suas cooperativas e associações, com recursos dos Fundos Constitucionais de Financiamento e ou recursos equalizados pelo Tesouro Nacional. B) As operações de investimento concedidas até 31 de dezembro 1997 e que ainda não tenha sido renegociadas nos anos 2000 e 2001. C) As operações de investimento concedidas no período de 02 de janeiro de 1998 a 30 de junho de 2000 (somente operações do PRONAF). 30. Qual o prazo que o produtor terá para renegociar sua dívida, com contratos originalmente de até R$ 15.000,00? O mutuário terá um prazo de até 31 de outubro de 2002, desde que fique adimplente com suas obrigações, ou seja, pagar as prestações vencidas até esta data, sem encargos de inadimplemento. 31. Ao renegociar a dívida com base nesta lei, quais as vantagens adivindas? A) Se for uma divida contratada até 31 de dezembro de 1997 terá direito aos seguintes benefícios: A.1) A um rebate no saldo devedor de 8,8% na data da renegociação; PROCERA 18.O que trata a Lei 10.464, de 24 de Maio de 2002? Esta lei dispõe sobre a repactuação e o alongamento de dívidas oriundas de operações de crédito rural contratadas sob o amparo do Programa Especial de Crédito para Reforma Agrária - PROCERA, do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF, ou de outras fontes de recursos, por agricultores familiares, mini e pequenos agricultores, suas associações e cooperativas. 19.Qual é o prazo que têm os agricultores com operações de crédito rural contratadas ao amparo do PROCERA? Os mutuários terão o direito de renegociar as suas dívidas até o dia 31 de outubro de 2002, desde que estejam adimplentes com suas obrigações. OBS: Os agentes financeiros terão prazo até 30 de novembro de 2002 para formalização do instrumento de repactuação. 20.Qual é o novo prazo de pagamento que o produtor com operações contratadas ao amparo do PROCERA terá após a repactuação de sua dívida? Os mutuários terão um prazo de até 15 anos, com prestações anuais e sucessivas, vencendo a primeira em 30 de junho de 2003. 21.Qual será a taxa de juros a que ficarão sujeitas as operações contratadas junto ao PROCERA, após a renegociação? As operações repactuadas ficarão sujeitas a uma taxa de juros de 1,15% ao ano. 22.O mutuário com operação do PROCERA terá direito a algum bônus de adimplência, após realizar a sua renegociação? Sim. Os mutuários farão jus, nas operações renegociadas,a bônus de adimplência de 70%, sobre cada uma das parcelas, desde que o pagamento ocorra até a data do vencimento. 7

23. Como será calculado o saldo devedor das operações do PROCERA, dos produtores que estejam inadimplentes? O saldo devedor será atualizado até a data da renegociação, pelos encargos pactuados para a situação de normalidade, sem incorporação de multas, encargos de inadimplemento, honorários advocatícios e outros. 24.Se o mutuário com operações contratadas ao PROCERA e esteja com prestações vencidas a partir de 2001, poderá renegociar a sua dívida com base nesta lei, sem ter que pagar as prestações vencidas? Sim. Os mutuários com prestações vencidas a partir do ano 2001, terão direito de renegociar as suas dívidas mesmo estando inadimplentes, com os benefícios da lei, ou seja: Juros após a repactuação de 1,15% ao ano; Bônus de adimplência de 70% sobre o valor da parcela paga até a data do vencimento; Prazo de até 15 anos, com prestações anuais, iguais e sucessivas, vencendo-se a primeira em 30 de junho de 2002. O saldo devedor será calculado pelos encargos pactuados para a situação de normalidade até a data da renegociação. 25. Caso um mutuário do PROCERA esteja com todas as suas obrigações em dia, e não quiser optar pela repactuação terá algum outro benefício? Sim. Poderá liquidar a dívida total até o dia 31 de outubro de 2002, com o pagamento de apenas 30% do valor do saldo devedor. 26. O mutuário do PROCERA com obrigações vencidas em anos anteriores a 2001 poderá renegociar as suas dívidas de acordo com os benefícios que trata esta lei? Sim. Para isso o mutuário terá duas alternativas que são: pagamento de 10%, no mínimo, do somatório das prestações integrais vencidas, calculadas sem bônus e sem encargos adicionais de inadimplemento, repactuando-se o restante do saldo devedor em até 15 anos 8 vencendo-se a primeira prestação em 30 de junho de 2003. pagamento das prestações integrais vencidas, tomando-se sem encargos adicionais de inadimplemento, pagando-se 30% sobre 90% das prestações em atraso. Ex: Um produtor deve R$ 5.000,00 ao banco pela linha de credito do PROCERA e destes R$ 5.000,00 ele possui R$ 1.000,00 em prestações vencidas e atualizadas em anos anteriores a 2001, qual o valor da parcela que terá de pagar para ficar adimplente e qual o valor do saldo devedor a ser alongado, calculando-se pelas duas opções? I- Primeiro caso: R$ 1.000,00 paga-se 10% e prorroga o restante, ou seja: R$ 1.000,00 x 10% = R$ 100,00 e prorroga por mais 15 anos o saldo de R$ 4.900,00 em suma, paga-se R$ 100,00 e prorroga R$ 4.900,00. II- Segundo Caso: R$ 1.000,00 bônus 70% sobre 90% da parcela vencida e prorroga-se o restante. 30 % x R$ 900,00 = R$ 270,00, paga-se: R$ 270,00 e prorroga-se R$ 4.000,00. 27- Os mutuários do PROCERA integrantes de contratos coletivos ou grupais realizados por cooperativas e associações poderão renegociar a sua dívida isoladamente? Sim. Os mutuários integrantes de contratos coletivos ou grupais, podem optar pela operação individualizada desde que: A) Estejam adimplentes com suas obrigações vencidas em anos anteriores a 2001. B) Usar de uma das duas alternativas do que foi respondido na pergunta Nº 26 para operações com as prestações vencidas em anos anteriores a 2001. 9

Pequenos e médio produtores, suas cooperativas e associações: 8,75% ao ano. Grandes produtores: 10,75% ao ano. 46. Qual o novo prazo de alongamento, das dívidas contraídas ao amparo dos Fundos Constitucionais? Até no máximo 10 anos após o vencimento do contrato original, assim, se no seu contrato original a última parcela vence em dezembro de 2005, na repactuação o vencimento da última parcela poderá chegar ao máximo de dezembro de 2015. 47. Com relação aos encargos do RECOOP o que aconteceu? Foram reduzido os juros, que antes eram de 12% ao ano + TJLP para 9,75% ao ano sem nenhum indexador. 48. Se o mutuário ficar inadimplente após renegociar sua dívida pelo PESA ou pela SECURITIZAÇÃO, qual será a sua penalidade? A dívida será transferida para o Tesouro Nacional; Trabalho elaborado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará, sob a responsabilidade dos Engenheiros Agronômos Edvaldo Santos Brito e Gerardo Angelim de Albuquerque, com a orientação técnica do seu Presidente, José Ramos Torres de Melo Filho. Substituição dos encargos de inadimplemento originais pelos estabelecidos na MP Nº 2.196-3 (SELIC + 1% ao ano); Após 180 dias de atraso de uma parcela o débito é considerado vencido integralmente e cobrado como crédito da União (inscrição na Dívida Ativa da União). Junho/2002 15