José Carlos Lima Dretor da Fundação Verde Herbert Daniel e Presidente da Comissão de Meio Ambiente da OAB-Pará "Cidades sustentáveis"
202 milhões de pessoas vivendo no Brasil. 170 milhões ou 85% dos brasileiros vivem em cidades.
11.425.644 pessoas vivem em favelas.
Cidades diferentes, problemas semelhantes e soluções inadequadas.
Tecnologia para cidades sustentáveis é possível?
Belo Horizonte, São Paulo, Curitiba, Cuiabá e Belém. Sudeste, Sul, Nordeste, Centro-oeste, Norte: Mata Atlântica, Cerrado, Araucárias, Pantanal e Amazônia. Povo guarani e tupi, imigrantes europeus e asiáticos. Biomas, clima, cultura. Biodiversidade é a palavra que resume nossas diferenças.
CAPÍTULO II DA POLÍTICA URBANA Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.
Art. 2o A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais: I - garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações; II - gestão democrática por meio da participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;
Cidades sustentáveis buscam soluções para os limites urbanos com a participação popular. Para se poder falar de cidades sustentáveis, será preciso verificar que se produza uma melhoria global na qualidade de vida humana; isto implica analisar o espaço onde as pessoas transcorrem a sua existência.
Cidades violentas, sujas, pouco amigáveis. Lixo, esgoto, trânsito, poluição, pouco espaço de lazer e cultura.
Moradia: os espaços melhores são habitados por quem tem posses, ficando as áreas baixas com a população pobre, dando origem a favelas e danos ambientais irreversíveis.
Transporte: a grande mobilidade, o grande número de veículos em circulação e a ausência de sistemas de transporte público, aumenta o tempo de deslocamento, a poluição e o stress dos condutores e passageiros.
Abastecimento de água, energia, alimentos: a infraestrutura e as redes de abastecimento são precárias ou inexistentes.
Esgoto, poluição e lixo: o gases, os esgotos e o lixo produzido continuamente sobrecarregam a atmosfera, o solo e s águas.
Solidão, insegurança e criminalidade: a desumanização, a coabitação na cidade, no bairro, na rua, no prédio de pessoas que não se conhecem; a falta de emprego; a falta de companhia
Cidades enquanto comunidades de vidas: pessoas, bichos, árvores, rios, solo, ar...
Os ambientes onde vivemos influem sobre a nossa maneira de ver a vida, sentir e agir. Ao mesmo tempo, no nosso quarto, na nossa casa, no nosso lugar de trabalho e no nosso bairro, usamos o ambiente para exprimir a nossa identidade..
Esforçamo-nos por nos adaptar ao ambiente e, quando este aparece desordenado, caótico ou cheio de poluição visiva e acústica, o excesso de estímulos põe à prova as nossas tentativas de desenvolver uma identidade integrada e feliz..
Não é suficiente a busca da beleza no projecto, porque tem ainda mais valor servir outro tipo de beleza: a qualidade de vida das pessoas, a sua harmonia com o ambiente, o encontro e ajuda mútua.
É preciso cuidar dos espaços comuns, dos marcos visuais e das estruturas urbanas que melhoram o nosso sentido de pertença, a nossa sensação de enraizamento, o nosso sentimento de «estar em casa» dentro da cidade que nos envolve e une.
Obrigado" José Carlos Lima Dretor da Fundação Verde Herbert Daniel e Presidente da Comissão de Meio Ambiente da OAB-Pará Contato: zecarlosdopv@gmail.com