Energia GLOSSÁRIO. ABEER: Associação Brasileira de Energia Renovável e Eficiência Energética.



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Transcrição:

GLOSSÁRIO Energia ABCE: Associação Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica. A entidade reúne empresas de energia elétrica que atuam na transmissão, geração e distribuição e que possuem concessão para exploração de serviço público. Foi criada em 1936. ABEER: Associação Brasileira de Energia Renovável e Eficiência Energética. ABEN: Associação Brasileira de Energia Nuclear. Instituição que reúne técnicos e pesquisadores do setor nuclear brasileiro com o objetivo de difundir informações sobre as aplicações pacíficas da energia nuclear e promover maior integração entre a comunidade nuclear e a sociedade brasileira. ABRACE: Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia Elétrica. Entidade que congrega os grupos industriais de maior consumo de energia do país. Seus associados respondem por 20% da energia consumida ou por 33% da fatia de consumo industrial no Brasil. Representa os consumidores chamados eletrointensivos, como as indústrias de cimento, cobre, alumínio, química e petroquímica, ferro - ligas, aço, mineração, papel e celulose, gases do ar dentre outras. ABRACEEL: Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia Elétrica. Tem como objetivo promover a união dos agentes comercializadores autorizados pela Aneel e representá-los junto aos poderes públicos e organizações nacionais e internacionais. ABRADEE: Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica. Iniciada com o antigo Comitê de Distribuição, a Abradee transformou-se em associação em 1995. As empresas associadas respondem por mais de 95% do mercado brasileiro de energia elétrica. ABRAGE: Associação Brasileira das Grandes Empresas Geradoras de Energia Elétrica. Foi criada em 1998 e tem como objetivo alcançar o melhor desenvolvimento das atividades ligadas à geração de energia elétrica. A associação representa as grandes geradoras de energia elétrica, de origem predominantemente hidráulica. ABRATE: Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica. Instituição criada em 1999 para reunir e defender os interesses das empresas de transmissão de energia elétrica, agentes que surgiram com o processo de implantação do novo modelo do setor elétrico. Acessante: Concessionária ou permissionária de distribuição, concessionária ou autorizada de geração, autorizada de importação e/ou exportação de energia elétrica, bem como o consumidor livre.

ACL: Ambiente de Contratação Livre. Segmento de mercado que compreende a compra de energia elétrica por agentes não-regulados (como os Consumidores Livres e comercializadores de energia elétrica). Acordo de Mercado: Contrato firmado entre todos os agentes do setor (comercializadores, importadores, exportadores, consumidores livres, geradores) que define as condições para instituição e funcionamento do MAE. Acordo de Recompra: Acordo entre geradores e distribuidores de energia comprometidos com contratos iniciais que estabelece que as distribuidoras de energia acumulam créditos em energia para utilização futura quando a carga do sistema foi menor do que a energia contratada. Esses créditos, quando contraídos, contribuem para reduzir a exposição dos geradores no momento da transação e, uma vez acumulados para os meses seguintes, contribuem para reduzir também a exposição dos distribuidores em momentos futuros. Acordo Geral do Setor Elétrico: Acordo instituído em razão do racionamento de energia elétrica pela Medida Provisória nº 14, convertida na Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002. Firmado entre geradoras e distribuidoras com o objetivo de definir regras para compensação das perdas financeiras geradas pelo racionamento de energia 2001/2002. O acordo, fechado em dezembro de 2001, prevê financiamento de até R$ 7,5 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) às empresas e reajuste tarifário extraordinário de 2,9% para consumidores rurais e residenciais, com exceção dos consumidores de baixa renda, e de 7,9% para consumidores de outras classes, a título de recomposição das perdas. ACR: Ambiente de Contratação Regulado. Segmento de mercado que compreende a compra pelas distribuidoras, por meio de licitações. Agente de geração: Agente titular de concessão, permissão ou autorização, outorgada pelo Poder Concedente, para fins de geração e realização de transações de energia elétrica no MAE. Alta Tensão: Classe de tensão nominal do sistema igual ou superior a 2,3 kv. ANA: Agência Nacional de Águas. Instituída em junho de 2000, a agência é uma autarquia em regime especial, vinculada ao Ministério do Meio Ambiente. É responsável pela implantação da Política Nacional de Recursos Hídricos e por aplicar a Lei das Águas (1997), que disciplina o uso dos recursos hídricos no país. ANEEL: Agência Nacional de Energia Elétrica. Autarquia em regime especial, vinculada ao MME, criada em dezembro de 1996. A agência regula e fiscaliza as atividades de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia. Também media conflitos entre consumidores e agentes do mercado e entre os próprios agentes; concede, permite e autoriza instalações e serviços de energia; homologa reajustes tarifários; assegura a universalização e a qualidade adequada dos serviços prestados, e estimula investimentos e a competição entre os agentes do setor. Anexo V: Documento que integra os contratos iniciais assinados entre geradoras e distribuidoras de energia. Essa cláusula determina a compra compulsória, pelas geradoras, de

parte da energia economizada durante períodos de racionamento. O valor de compra dessa energia é maior que o estabelecido nos contratos iniciais. APA: Área de Proteção Ambiental. APINE: Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica. Criada em 1995, a associação tem como objetivo representar as empresas interessadas na produção independente de energia elétrica junto aos poderes públicos e instituições nacionais e internacionais. Área do reservatório: Área da planta à montante do barramento, delimitada pelo nível d água máximo normal de montante. Asmae: Administradora de Serviços do Mercado de Energia Elétrica. Extinta com a Medida Provisória 29 (07/02/2002). A MP foi resultado das alterações propostas pelo Comitê de Revitalização do Setor Elétrico, criado no âmbito da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE). Antes de extinta, funcionava como pessoa jurídica, de direito privado, que prestava serviços administrativos, técnicos e jurídicos ao Mercado Atacadista de Energia (MAE). Auto-Produtor: Consumidor de energia elétrica que detenha concessão, permissão ou autorização para produzir energia elétrica para seu consumo próprio. Essa energia pode substituir ou complementar o volume adquirido da distribuidora. Auto-restabelecimento (black start): É a capacidade que tem uma unidade geradora ou usina geradora de sair de uma condição de parada total para uma condição de operação, independentemente de fonte externa para alimentar seus serviços auxiliares para colocar em operação suas unidades geradoras. Baixa Tensão: tensão abaixo de 2,3 Kv. Balanço Energético Nacional (BEN): Documento produzido anualmente pela Secretaria de Energia do MME com o objetivo de apresentar os fluxos energéticos das fontes primárias e secundárias de energia, desde sua produção até o consumo final, nos principais setores da economia. Balanço de energia elétrica: Conjunto de informações da quantidade de energia elétrica, em MWh, detalhadas pelas disponibilidades e pelos requisitos do mercado de energia elétrica da concessionária. Barragem: Construção que retém água para controlar o nível e a vazão de rios. Biomassa: Matéria orgânica de origem vegetal ou animal que pode ser aproveitada para geração de calor ou eletricidade. Pode ser produzida pelo aproveitamento do lixo residencial, comercial ou industrial como serragem, arroz, cascas de árvores pelo bagaço da cana - de - açúcar, recurso abundante no país. BRR: Base de remuneração regulatória.

Câmara Brasileira de Investidores em Energia Elétrica (CBIEE): Formada por empresas nacionais e estrangeiras que possuem investimentos no setor elétrico do país. Entidade sem fins lucrativos que atua como um fórum para discussão dos aspectos relacionados ao modelo do setor elétrico brasileiro. Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE): Pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, que atua sob autorização do Poder Concedente e regulação e fiscalização da ANEEL, segundo esta Convenção, com a finalidade de viabilizar as operações de compra e venda de energia elétrica entre os Agentes da CCEE, restritas ao Sistema Interligado Nacional SIN, cuja criação foi autorizada nos termos do art. 4o da Lei no 10.848, de 15 de março de 2004, e do Decreto no 5.177, de 12 de agosto de 2004. Câmara de Gestão da Crise do Setor Elétrico (GCE): Criada e instalada pela Medida Provisória 2.198-3, de 29 de maio de 2001, teve como objetivos administrar programas de ajuste da demanda energética, coordenar os esforços para o aumento da oferta de energia elétrica, além de propor e implementar medidas de caráter emergencial para solucionar a crise do setor elétrico em 2001. Câmara de Gestão do Setor Elétrico (CGSE): Criada em 6 de junho de 2002, essa câmara substitui a Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE), instituída em maio de 2001 para gerir o racionamento de energia e os problemas do setor elétrico. A CGSE faz parte do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) do MME e é presidida pelo ministro da pasta. Dentre suas atribuições está a continuidade aos trabalhos e estudos até então coordenados pela GCE. Capacidade Instalada: Quantidade máxima de eletricidade que pode ser entregue por uma unidade geradora em particular em bases de carga total contínua nos termos de condições específicas conforme designado pelo fabricante. Capacidade instalada dos sistemas interligados: É o somatório das potências nominais das centrais geradoras e instalações de importação de energia em cada um dos sistemas interligados das regiões Norte/Nordeste e Sul/Sudeste/Centro-Oeste. Neste último caso não será considerada a potência nominal relativa à Itaipu Binacional. Capacidade instalada nacional: É a soma das capacidades instaladas dos sistemas interligados, acrescida das capacidades instaladas dos sistemas isolados. Categoria produção: Composta pela classe dos Agentes de Geração e pela classe dos Agentes de Importação e dos de Autoprodução. CBEE: Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial. Empresa pública federal criada em 29 de agosto de 2001 (Medida Provisória 2.209), conforme diretrizes da GCE, e vinculada ao MME. Tem como objetivo tornar viável o aumento da capacidade de geração e da oferta de energia elétrica de qualquer fonte em curto prazo, dentro do Programa de Energia Emergencial. A empresa vai administrar a contratação de 58 usinas com capacidade instalada para gerar 2.154 MW de 2002 a 2005. A CBEE será extinta em 30 de junho de 2006.

CCC: Conta de Consumo de Combustível. É um fundo cobrado de todos os consumidores e embutido na tarifa de energia elétrica. Seus recursos são destinados à geração termelétrica do sistema isolado (Região Norte), cuja fonte de calor é o óleo diesel ou outros derivados do petróleo. A CCC é gerida pela Eletrobrás. A necessidade do uso de combustíveis fósseis para geração termelétrica é determinada com base num planejamento feito pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). CCEAR: Contrato de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado. CCL: Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis. CCPE: Comitê Coordenador do Planejamento da Expansão do Setor Elétrico. Entidade responsável pelo planejamento da expansão dos sistemas elétricos brasileiros. Foi criado em 1999 (Portarias 150 e 485 do MME). Tem como objetivo orientar as ações de governo para assegurar o fornecimento de energia nos níveis de qualidade e quantidade demandados pela sociedade, oferecer um quadro de referência para os planos de investimento dos agentes do mercado e, finalmente, definir a expansão adequada da rede elétrica de transmissão. CDE: Conta de Desenvolvimento Energético, instituída pela Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, e alterações posteriores. Fonte de subsídio criado para tornar competitivas fontes alternativas de energia, como eólica e biomassa, e promover a universalização dos serviços de energia elétrica. Além de fontes alternativas, a CDE cobre os custos de termelétricas a carvão que já haviam entrado em operação em 1998 e da instalação de transporte para gás natural. Os recursos virão de pagamentos anuais realizados a título de uso de bem público, multas aplicadas pela Aneel e a partir de 2003, das cotas anuais pagas por agentes que vendam energia para o consumidor final. Terá duração de 25 anos e é considerada sucessora da CCC. CUST: Contrato do uso do Sistema de Transmissão, a ser assinado pela Unidade Suprida com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Contratação do acesso aos sistemas de transmissão não vinculados aos Contratos Iniciais CNPE: Conselho Nacional de Política Energética. Co geração: Processo que permite a produção simultânea de energia elétrica, térmica e de vapor, a partir de uma única fonte de combustível, como gás natural, lixo industrial, biomassa dentre outros. O processo de queima desse combustível produz energia térmica (calor) e, ao mesmo tempo, movimenta os geradores para produção de energia elétrica. Comercializador: Pessoa jurídica especialmente constituída para comprar e vender energia elétrica para concessionárias, autorizadas ou para consumidores livres. Comitê de Revitalização do Modelo do Setor Elétrico: Instalado no âmbito da GCE em 22 de junho de 2001, o comitê tem como missão encaminhar propostas para corrigir desfuncionalidades correntes e propor aperfeiçoamentos para o modelo do setor elétrico. Em janeiro de 2002, o comitê sugeriu a implementação de 33 medidas para reorganizar o setor. Esse comitê está, atualmente, subordinado a CGSE.

Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos (CFURH): Valor pago pelas concessionárias e empresas autorizadas a produzir energia elétrica, a título de compensação pelo uso dos recursos hídricos com esta finalidade. A cobrança equivale a 6,75% do valor da energia gerada e o valor arrecadado é gerenciado pela Aneel. Municípios atingidos por barragens (com a construção de usinas) ficam com 45% do total arrecadado. Igual montante é destinado aos estados onde se localizam as represas. Os 10% restantes são encaminhados à União. Concessionária de serviço público: Agente titular de serviço público federal delegado pelo poder concedente mediante licitação (concorrência). As concessionárias podem ser geradoras, distribuidoras ou transmissoras de energia. Conselho de Consumidores de Energia Elétrica: Representação de consumidores criada por cada uma das distribuidoras de energia elétrica. Com caráter consultivo, cabe ao conselho orientar, analisar e avaliar questões ligadas ao fornecimento, tarifas e adequação dos serviços prestados pela empresa. Instituído em 1993, teve suas condições alteradas em 2000 (Resolução 138 da Aneel). Pelas novas determinações, deve ser composto por um representante de cada classe de consumo e de um representante de alguma entidade de defesa do consumidor. Conselho Nacional de Política Energética (CNPE): Órgão de assessoramento do Presidente da República, tem como finalidade formular políticas e diretrizes para o setor de energia. Criado em agosto de 1997, o CNPE é presidido pelo ministro de Minas e Energia e conta com a participação dos ministros da Ciência e Tecnologia, Planejamento, Orçamento e Gestão, Meio Ambiente, Fazenda, Casa Civil e Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Além disso, é composto por um cidadão especialista em energia, um integrante de uma universidade e um representante dos Estados. Em junho de 2002, o CNPE passou a abrigar a CGSE, substituta da GCE. Consumidor Cativo: Consumidor autorizado a comprar energia somente da concessionária que atua na rede a qual está conectado. Consumidor de Baixa Renda: Consumidor residencial atendido por circuito monofásico que, nos últimos 12 meses, tenha tido consumo mensal médio inferior a 80 kwh/mês. Os consumidores que gastam entre 80 e 220 kwh/mês também serão considerados de baixa renda, mas os critérios ainda serão definidos pela Aneel. A definição consta da Lei 10.438 (2002). Consumidor do Grupo A: Conjunto de unidades consumidoras com fornecimento de energia em tensão igual ou superior a 2,3 kv ou atendidas em tensão inferior a 2,3 kv a partir de sistema subterrâneo de distribuição, caracterizado pela estruturação tarifária binômia. Consumidor do Grupo B: Unidade consumidora com fornecimento em tensão inferior a 2,3 kv ou atendida em tensão superior à mencionada e caracterizada pela estruturação tarifária monômia. Consumidor do subgrupo A1: Conjunto de unidades consumidoras com fornecimento de energia em tensão igual ou superior a 230 kv.

Consumidor do subgrupo A2: Conjunto de unidades consumidoras com fornecimento de energia em tensão de 88 a 138 kv. Consumidor do subgrupo A3: Conjunto de unidades consumidoras com fornecimento de energia em tensão de 69 kv. Consumidor do subgrupo A3a: Conjunto de unidades consumidoras com fornecimento de energia em tensão de 30 a 44 kv. Consumidor do subgrupo A4: Conjunto de unidades consumidoras com fornecimento de energia em tensão de 2,3 a 25 kv. Consumidor do subgrupo B1: Unidade consumidora residencial e unidade consumidora residencial caracterizada como baixa renda. Consumidor do subgrupo B2: Unidade consumidora rural, unidade consumidora caracterizada como cooperativa de eletrificação rural e como serviço público de irrigação. Consumidor do subgrupo B3: Unidades consumidoras das demais classes. Consumidor do subgrupo B4: Unidade consumidora caracterizada como iluminação pública. Consumidor Potencialmente Livre: Consumidor que possui as características previstas em lei para se tornar Consumidor Livre, mas que permanece atendido como Consumidor Cativo. Consumidores do subgrupo AS: Conjunto de unidades consumidores com fornecimento de energia em tensão inferior a 2,3 kv, atendido a partir de sistema subterrâneo de distribuição e faturado neste grupo em caráter opcional. Consumidores Livres: Consumidores atendidos por fornecedores não necessariamente conectados à distribuidora local, por meio de contratos bilaterais firmados no Ambiente de Contratação Livre ACL. De acordo com a legislação vigente, são considerados Consumidores Livres (a) aqueles em cuja unidade consumidora a demanda contratada mínima seja de 3 MW, atendidos em tensão igual ou superior a 69 kv; (b) os que tenham uma demanda contratada mínima de 3 MW em qualquer segmento horosazonal, atendidos em qualquer tensão, porém, que tenham sido ligados após 08 de julho de 1995. Podem optar por comprar energia de qualquer distribuidor/ comercializador, negociando livremente o preço e duração do fornecimento de energia elétrica, conforme legislação e regulamentos específicos. Contrato de Compra e Venda de Energia Elétrica ou CCVEE: Instrumento jurídico que formaliza a compra e venda de energia elétrica, no Ambiente de Contratação Regulada e no Ambiente de Contratação Livre. Contratos Iniciais: Contratos de fornecimento de energia elétrica com preços e quantidades aprovados pela ANEEL, celebrados entre as geradoras e distribuidoras nos termos da Lei do Setor Elétrico. Contrato com Obrigação de Aquisição (take or pay): Modalidade de contrato usada para a compra de gás natural para as usinas termelétricas. Prevê a obrigação de compra de uma quantidade mínima do combustível. Nesse tipo de contrato, mesmo que o combustível não

seja usado, é preciso efetuar o pagamento referente à quantidade mínima pelo preço previamente determinado. Contrato de Adesão: Instrumento contratual firmado entre consumidores e fornecedores de energia elétrica com cláusulas estritamente vinculadas às normas e regulamentos aprovados pela Aneel. O contrato não pode ser aceito parcialmente pelas partes. Contrato de Concessão: Contrato firmado entre a Aneel e geradoras, transmissoras e distribuidoras de energia, definindo direitos e obrigações para prestação de serviço público de energia elétrica ao consumidor. Para geradoras o prazo do contrato é de 35 anos, para distribuidoras e transmissoras, a duração é de 30 anos. Todos os contratos podem ser renovados por igual período. Contrato de Fornecimento: Instrumento contratual firmado entre a concessionária e o consumidor do Grupo A para ajustar as características técnicas e as condições comerciais do fornecimento de energia elétrica. Contrato de uso e de conexão: Instrumento legal em que o consumidor livre e a concessionária estabelecem condições de utilização do sistema elétrico local, de acordo com regulamentação específica. Contratos bilaterais: São contratos de compra e venda de energia em volumes livremente acertados entre duas partes (agentes do mercado), sem a participação da Aneel ou do MAE. Nesses contratos é definida a quantidade de energia contratada. Os preços da energia não constam desses contratos. Contratos Iniciais: São contratos de compra de compra e venda de energia de longo prazo, firmados entre geradoras e distribuidoras, entre distribuidoras e distribuidoras ou entre geradoras e geradoras. Os preços da energia comercializada por esses contratos são fixados pela Aneel. Curva de Segurança: Indicador do nível mínimo de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas necessário para assegurar a geração de energia elétrica suficiente para o atendimento do consumo. Curva-Guia: Indicador de acompanhamento do nível de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas. Custo do Déficit: Preço da energia no mercado de curto prazo (spot) em uma situação de racionamento. Sinaliza o custo de oportunidade de se produzir energia elétrica quando há escassez. Reflete as perdas econômicas para a sociedade provocadas pela redução forçada da oferta de energia. Custo Marginal da Operação: Custo por unidade de energia produzida para atender a um acréscimo de carga no sistema. Custos Gerenciáveis: Custos que dependem essencialmente da eficácia da gestão empresarial, como os gastos com pessoal, compra de materiais, pagamento de serviços de terceiros, outras despesas e remuneração. Também chamados de custos controláveis, são indexados a variação

do Índice Geral de Preços de Mercado (IGPM) da Fundação Getúlio Vargas para cálculo do reajuste tarifário anual previsto nos contratos de concessão. Custos Não Gerenciáveis: Também chamados de Parcela A ou custos não controláveis, são custos que independem de decisões das concessionárias, como a Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis (CCC); cota da Reserva Global de Reversão (RGR); Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica (TFSEE); Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos (CFURH); energia adquirida de Itaipu para revenda convencional; Encargos pelo Uso da Rede Básica; Transporte da energia gerada por Itaipu, e Encargos de Conexão do Sistema. CVA: Conta gráfica a qual se atribuem as variações entre os valores realizados e os valores considerados nos repasses de custos aos consumidores finais nas revisões e reajustes tarifários das distribuidoras. As despesas consideradas na CVA são: Contrato de Itaipu, CCC, contrato de Rede Básica, Conexão, transporte de Itaipu e Encargo de serviços do sistema. Na data do reajuste anual, se a CVA estiver negativa, há repasse para tarifa. Se a conta estiver positiva, o saldo é usado para abater o reajuste anual das tarifas. DEC: Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora. Indica o número de horas em média que um consumidor fica sem energia elétrica durante um período, geralmente mensal. Demanda: Média das potências elétricas ativas ou reativas, solicitadas ao sistema elétrico pela parcela da carga instalada em operação na unidade consumidora, durante um intervalo de tempo especificado. Demanda assegurada: Demanda que deve ser obrigatoriamente colocada à disposição do consumidor por parte do concessionário, no ponto de entrega, de acordo com o valor e o período de vigência do contrato. Demanda contratada: Demanda estipulada em contrato, posta continuamente à disposição do consumidor ou concessionário e que será integralmente paga, independentemente de ser ou não utilizada durante o período de faturamento. Demanda de ultrapassagem: Parcela da demanda medida, expressa em quilowatts (kw), que excede o valor da demanda contratada. Demanda faturável: Valor da demanda de potência ativa, expressa em quilowatts (kw), identificado de acordo com os critérios estabelecidos e considerada para fins de faturamento, com aplicação da respectiva tarifa. Demanda medida: Maior demanda de potência ativa, expressa em quilowatts (kw), verificada por medição, integralizada no intervalo de 15 (quinze) minutos durante o período de faturamento. Despacho: Definição, pelo ONS, da quantidade de energia que uma usina irá gerar em um determinado momento.

Desverticalização: Separação das atividades de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica dentro de uma mesma empresa. Pelo modelo proposto pelo governo para o setor elétrico, uma mesma empresa só pode exercer uma dessas atividades. Distribuição: O sistema de rede de energia elétrica que distribui energia elétrica para consumidores finais dentro de uma área de concessão. Duração Máxima de Interrupção Contínua por Unidade Consumidora (DMIC): Tempo máximo de interrupção contínua da distribuição de energia elétrica para uma unidade consumidora qualquer. Duração de Interrupção Individual por Unidade Consumidora (DIC): Intervalo de tempo que em um período observado, em cada unidade consumidora, ocorreu interrupção na distribuição de energia elétrica. Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC): Intervalo de tempo que, em média, em um período observado, em cada unidade consumidora de um conjunto considerado ocorreu interrupção da distribuição de energia elétrica. EAEE: Encargo de aquisição de energia emergencial. ECE: Encargo de Energia Emergencial - Encargo pago pelos consumidores e repassado pelas distribuidoras para a CBEE para custear locação de plantas térmicas para serem utilizadas quando de eventual redução dos reservatórios hídricos. Eletrointensivos: Consumidores industriais para os quais os gastos com energia elétrica representam parcela significativa dos custos de produção. São exemplos as indústrias de papel, ferro - ligas, soda - cloro e gases industriais. Energia Armazenada: Energia potencialmente disponível nos reservatórios das hidrelétricas, cujo cálculo considera o volume de água armazenado e a capacidade de geração da usina. Energia Assegurada: A Energia Assegurada é determinada pela ANEEL como o montante, em MW Médio, de energia elétrica que uma usina pode produzir e comercializar em base sustentável 365 dias por ano, 24 horas por dia, com fator de risco de 5%. Energia Livre: Energia elétrica gerada e não alocada a contratos iniciais ou contratos equivalentes, incluindo o excedente financeiro alocado às respectivas empresas relativamente ao transporte desta energia entre diferentes submercados. Energia Nova: Energia Elétrica de novas usinas, ainda sem concessão ou autorização, e também dos projetos concedidos e autorizados até 16 de março de 2004, que entraram em operação comercial a partir de 1º de janeiro de 2000 e cuja energia estava descontratada até 16 de março de 2004. Energia Velha: Energia elétrica produzida pelos empreendimentos de geração cujos investimentos já foram amortizados, no todo ou em parte. EPC: Engineering, Procurement and Construction ou Contrato de Empreitada Global.

EPE: Empresa de Pesquisa Energética - Empresa pública federal, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, criada pelo Decreto no 5.184, de 16 de agosto de 2004, com base no disposto na Lei no 10.847, de 15 de março de 2004. Excedente financeiro: Diferença positiva entre o total de pagamentos e o total de recebimentos no MAE, que surge devido às transações de energia entre submercados e à diferença de preços. Fator de ponderação - É a razão entre a quantidade de ações ordinárias que o agente possui na empresa de geração ou de distribuição e a quantidade de ações ordinárias em posse de todos os membros que formam o grupo de controle. Para um agente que não integre o grupo de controle, o fator de ponderação é considerado nulo. Para a empresa em si, o fator de ponderação é considerado 100%. Quando não houver identificação de grupo de controle em uma empresa de geração ou distribuição, o fator de ponderação corresponderá ao dobro da razão entre o número de ações ordinárias que o agente possui na empresa e o número total de ações ordinárias da mesma. Em se tratando de sociedade limitada, o fator de ponderação corresponderá à participação do agente no capital social da empresa. Fator de potência: Razão entre a energia elétrica ativa e a raiz quadrada da soma dos quadrados das energias elétricas ativa e reativa, consumidas num mesmo período especificado. Fator X: Mecanismo que permite repassar aos consumidores, por meio das tarifas, projeções de ganhos de produtividade das distribuidoras de energia elétrica. FEC: Freqüência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora. Indica quantas vezes, em média, houve interrupção na unidade consumidora. FINAME: Agência Especial de Financiamento Industrial. Freqüência de Interrupção Individual por Unidade Consumidora (FIC): Número de interrupções na distribuição de energia elétrica ocorridas em um período observado em cada unidade consumidora. Freqüência Equivalente de Interrupção de Energia (FEC): Número de interrupções na distribuição de energia elétrica ocorridas, em média, no período observado, em cada unidade consumidora de um determinado conjunto. GCE: Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica, instituída por meio da Medida Provisória n 2.198-5/2001. GCOI: Grupo Coordenador para Operação Interligada. Órgão colegiado da operação dos Sistemas Elétricos, criado pela Lei nº 5.899, de 5 de julho de 1973. Geradoras: Empresas concessionárias, permissionárias ou autorizadas a gerar energia elétrica, seja em razão da utilização de bem público ou prestação de serviços públicos de geração de energia. Geração de Reserva: Contratação de longo prazo de energia termelétrica, inclusive por parte do governo, de uma capacidade de geração com custos rateados entre os consumidores. O

objetivo é reduzir a dependência da geração de energia das chuvas que abastecem os reservatórios das hidrelétricas. É diferente do seguro anti-apagão (encargo de capacidade emergencial) porque a geração de reserva ficaria indefinidamente disponível no sistema, enquanto a energia emergencial é temporária. Horário de Ponta: Período de três horas consecutivas compreendido entre o intervalo de 17h às 22h, a ser definido por cada distribuidora de energia, de acordo com o registro do maior consumo. O horário de ponta é verificado apenas nos dias úteis. IASC: Índice ANEEL de Satisfação do Consumidor. IEE: Índice de Energia Elétrica - foi lançado em agosto de 1996 com o objetivo de medir o desempenho do setor de energia elétrica. Dessa forma, constitui-se em um instrumento que permite a avaliação da performance de carteiras especializadas nesse setor. Índice de Reajuste Tarifário: Corresponde ao reajuste tarifário que deve ser aplicado anualmente. É calculado a partir da seguinte fórmula: VPA1 + VPB0 (IGPM +/- X) Onde: Receita VPA = Custos Não-Gerenciáveis do ano tarifário seguinte VPB = Custos Gerenciáveis do ano tarifário passado INPI: Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Instalações de Transmissão: Instalações para prestação do serviço público de transmissão de energia elétrica, abrangidas pelas Resoluções n 166 e 167, de 2000, acrescidas das instalações de transmissão autorizadas por resolução específica da Aneel, aquelas integrantes de concessões de serviço público de transmissão outorgadas desde 31 de maio de 2000 e, ainda, as instalações de transmissão que tenham sido cedidas, doadas ou transferidas a concessionária de transmissão. Inventário hidrelétrico de bacias hidrográficas: É conceituado como inventário hidrelétrico a etapa de estudos de engenharia em que se defina o potencial hidrelétrico de uma bacia hidrográfica, mediante o estudo de divisão de quedas e a definição prévia do aproveitamento ótimo dos recursos hídricos. Itaipu: Itaipu Binacional, uma Usina Hidroelétrica detida em partes iguais pelo Brasil e pelo Paraguai. Kilovolt (kv) Unidade equivalente a mil volts. Lei de Concessões: Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995 e alterações posteriores. Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico: Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004, regulamentada pelos Decretos nº 5.163, de 30 de julho de 2004, nº 5.175, de 9 de agosto de 2004, e nº 5.184, de 16 de agosto de 2004. Lei do Setor Elétrico: Lei nº 9.648, de 27 de maio de 1998 e alterações posteriores.

Luz no Campo: Programa Nacional de Eletrificação Rural, criado pelo Governo federal em dezembro de 1999. Tem como objetivo levar energia elétrica para um milhão de propriedades e domicílios rurais de todo o país. Coordenado pelo MME, é desenvolvido pela Eletrobrás com recursos obtidos pela Reserva Global de Reversão (RGR). Manual de procedimentos da operação do Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS - revisão I: É parte integrante dos Procedimentos de Rede no que se refere às funções de operação. Contempla a macrofunção Operação do Sistema, envolvendo as funções de Pré- Operação, Operação em Tempo Real e Pós-Operação. Dispõe, ainda, sobre conceitos, procedimentos e metodologias necessárias à execução das atribuições do ONS. Mecanismo de Aversão ao Risco de Raciona mento: Instrumento criado para sinalizar a possibilidade de falta de energia em um horizonte de dois anos. O mecanismo altera a formação de preço da energia em função do risco de racionamento. Quanto maior o risco, maior o preço. O risco de racionamento é calculado com base no nível de água dos reservatórios em relação ao previsto na curva de segurança. Mecanismo de Realocação de Energia: Mecanismo de compartilhamento dos riscos hidrológicos associados à otimização eletro-energética do Sistema Interligado Nacional SIN, no que concerne ao despacho centralizado das unidades de geração de energia elétrica. Média de Longo Termo (MLT): Média de energia natural afluente calculada a partir de uma série histórica. A MLT está ligada a quantidade de chuvas que alimenta a vazão dos rios que alimentam os reservatórios das hidrelétricas. Há uma MLT para cada subsistema (Norte, Sul, Nordeste e Sudeste/Centro - Oeste). Medida Provisória do Setor Elétrico (MP 14): Medida Provisória publicada em dezembro de 2001 que tratava da contratação de energia emergencial, da criação do Proinfra, da recomposição tarifária extraordinária e do repasse dos custos não - gerenciáveis (parcela A) para as tarifas. A MP oficializou o Acordo Geral do Setor Elétrico. Depois de votada no Congresso Nacional, se transformou na lei 10.438, sancionada em abril de 2002. Mercado Atacadista de Energia (MAE): Empresa de direito privado, sem fins lucrativos, submetida à regulamentação da Aneel, recriada em fevereiro de 2002 (por meio da Medida Provisória 29), em substituição à extinta Asmae. No MAE se processam as atividades comerciais de compra e venda de energia elétrica por meio de contratos bilaterais ou em um mercado de curto prazo (spot), restrito aos sistemas interligados Sul/Sudeste/Centro - Oeste e Norte/Nordeste. O MAE apenas viabiliza as transações de compra e venda de energia elétrica entre os agentes do mercado. Mercado de curto prazo (Spot): Segmento do MAE em que são transacionadas a energia elétrica não contratada bilateralmente, as eventuais sobras de contratos bilaterais de compra de energia elétrica firmados pelos agentes da categoria consumo e as insuficiências em relação aos contratos bilaterais de venda de energia elétrica de responsabilidade dos agentes da Categoria Produção. Mercado de referência: Compreende o mercado de energia e demanda de potência referente aos 12 meses imediatamente anteriores à data do reajuste tarifário em processamento.

Mercado de referência de demanda: Compreende o mercado de demanda de potência ativa compatível com o período utilizado no processo de revisão tarifária periódica de concessionária ou permissionária de distribuição de energia elétrica, considerando, onde couber, as tipologias e as diversidades de carga. Mercado de referência de energia: Compreende o mercado referente ao consumo de energia elétrica compatível com o período utilizado no processo de revisão periódica de concessionária ou permissionária de distribuição de energia elétrica. Nível d água mínimo normal de montante: Nível de água mínimo do reservatório para fins de operação normal da usina, definido através dos estudos energéticos, correspondendo ao nível que limita a parte inferior do volume útil. Nível d água normal de jusante: Nível d água a jusante da casa de força para a vazão correspondente ao somatório dos engolimentos máximos de todas as turbinas, sem considerar a influência da vazão vertida. ONS: Operador Nacional de Sistemas Elétricos. Agente de direito privado criado para coordenar e controlar a operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica nos sistemas interligados brasileiros. O ONS responde pelo acompanhamento do consumo de energia e do nível de água dos reservatórios das principais usinas do país. Instituído pela lei 9.468/98 e pelo decreto 2.655/98, teve seu funcionamento autorizado pela Aneel por meio da resolução 351/98. O controle da operação do Sistema Interligado Nacional começou em 1º de março de 1999. Objeto de autorização: 1. A implantação de Usinas Termelétricas, de potência superior a 5.000 kw, destinada a uso exclusivo do autoprodutor; 2. O aproveitamento de potências hidráulicas, de potência superior a 1.000 kw e igual ou inferior a 10.000 kw, destinado a uso exclusivo do autoprodutor. Estão dispensados de concessão, permissão ou autorização, devendo apenas ser comunicados ao Poder Concedente, para fim de registro e estatística, o aproveitamento de potenciais hidráulicos, iguais ou inferiores a 1.000 kw e a implantação de Usina Termelétrica de potência igual ou inferior a 5.000 kw. Outorga de concessão a título oneroso: É o ato da concessão outorgada, a partir da edição da Lei n.º 9.074,95, para exploração dos serviços de energia elétrica bem como a prorrogação de seus prazos sujeitas à cobrança pela União do valor a ser por ela estabelecido, pelo direito de exploração dos serviços e de potenciais de energia hidráulica. Parcela A: Custos das distribuidoras que incluem, dentre outros: (i) custos de aquisição de energia elétrica para revenda de acordo com Contratos Iniciais; (ii) custos de aquisição de energia elétrica de Itaipu; (iii) custos de aquisição de energia elétrica conforme contratos bilaterais negociados livremente entre as partes; e (iv) custos regulatórios, incluindo custos referentes aos encargos de acesso uso dos sistemas de transmissão e conexão. Parecer de acesso conclusivo: Documento elaborado pela concessionária ou permissionária de distribuição ou pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), com a participação da respectiva concessionária de transmissão, em que é definida a forma de conexão de cada central geradora participante do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia

Elétrica (Proinfa), bem como as ampliações e/ou reforços necessários nas redes de transmissão e distribuição. Participação do agente de geração na capacidade instalada do sistema interligado: É o percentual da capacidade instalada do agente em relação à capacidade instalada do respectivo sistema interligado. Participação do agente de geração na capacidade instalada nacional: É o percentual da capacidade instalada do agente em relação à capacidade instalada nacional. Pequenas Centrais Hidrelétricas ou PCH: Usinas hidrelétricas com capacidade instalada entre 1 MW e 30 MW que atendam aos requisitos estabelecidos pela resolução ANEEL 652, de 9 de dezembro de 2003. Período seco (S): Formado por sete meses consecutivos, compreendendo os fornecimentos abrangidos pelas leituras de maio a novembro. Período úmido (U): Formado por cinco meses consecutivos, compreendendo os fornecimentos abrangidos pelas leituras de dezembro de um ano a abril do ano seguinte. Permissionário de serviço público: Pessoa física ou jurídica detentora de autorização federal para execução de obras de transmissão ou distribuição de energia destinada a seu consumo privativo ou de associados. Plano B: Programa de Redução do Consumo por Corte de Carga, criado em julho de 2001 pela GCE, durante o período de racionamento. Também chamado de Plano B, o programa foi apresentado como um plano de ações preventivas, caso o racionamento adotado não fosse suficiente para reduzir o consumo nas margens esperadas. O plano prevê medidas emergenciais como a decretação de feriados e até cortes diários de energia. Plano Decenal: Documento que traça o planejamento indicativo da expansão do setor elétrico com objetivo de fornecer uma referência ao mercado para que os agentes possam elaborar com menos incertezas o seu planejamento estratégico, buscando vantagens competitivas. É elaborado pelo CCPE. PMAE: Preço do Mercado de Curto Prazo (spot). É estabelecido pelo MAE, para cada período de apuração e para cada submercado de energia, pelo qual é valorada a energia não abrangida pelos contratos bilaterais e transacionada no mercado de curto prazo. Potência elétrica ativa nominal: A potência elétrica ativa nominal de uma unidade geradora (em kw) é definida pelo produto da potência elétrica aparente nominal (em kva) pelo fator de potência nominal do gerador elétrico, considerado o regime de operação contínuo e as condições nominais de operação. Potência Instalada: Soma das potências nominais dos transformadores de uma instalação. PPA: Contrato de Fornecimento de Energia Elétrica (Power Purchase Agreement) Preços de energia elétrica: Preços referentes aos contratos de compra de energia celebrados entre consumidores do Grupo A e concessionário de serviço público de geração.

Produtor Independente de Energia Elétrica: A pessoa jurídica ou empresas reunidas em consórcio que recebam concessão ou autorização para produzir energia elétrica destinada ao comércio de toda ou parte da energia produzida por sua conta e risco. Programa anual de extensão do atendimento: Programa contemplando as metas anuais de expansão do atendimento, para cada município da área de concessão ou permissão, apresentando a evolução anual até o alcance de universalização. Programa de Desenvolvimento Energético de Estados e Municípios: Energia das Pequenas Comunidades (Prodeem) - O Programa tem como objetivo atender comunidades carentes isoladas, não supridas de energia elétrica pela rede convencional. O atendimento dessas comunidades é feito pela utilização de fontes renováveis locais em base auto - sustentável, para permitir o desenvolvimento econômico e social dessas comunidades. O programa, coordenado pelo MME, foi criado em 1994. Programa de Energia Emergencial: Criado pela GCE em 2001, o programa tem como objetivo proporcionar um "seguro" contra eventuais desequilíbrios entre oferta e demanda de energia até 2005. O programa funciona como uma garantia de oferta de energia até que sejam restauradas as condições normais de atendimento energético ao sistema interligado nacional. Por seu caráter emergencial, o programa contratou, por meio da CBEE, a geração de 2.155 MW até o ano de 2005. Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel): O objetivo deste programa é promover a racionalização da produção e do consumo de energia elétrica no país para eliminar os desperdícios e, conseqüentemente, reduzir custos e a necessidade de investimentos setoriais. Foi instituído em 1985 pelos ministérios de Minas e Energia e da Indústria e Comércio, mas em 1991 foi transformado em programa de governo. O Procel utiliza recursos da Eletrobrás, da Reserva Global de Reversão (RGR) e de entidades internacionais. Programa Prioritário de Termoeletricidade (PPT): Programa para estimular a geração de energia por usinas térmicas no país. Coordenado pelo MME, o PPT estabelece como incentivo às empresas participantes a garantia de suprimento de gás natural por 20 anos, a aplicação do valor normativo de energia à distribuidora e, por fim, a garantia, pelo BNDES, de acesso ao Programa de Apoio Financeiro e Investimentos Prioritários do Setor Elétrico. Criado em 24 de fevereiro de 2000, o programa ganhou impulso durante a crise de energia de 2001, no âmbito da GCE. Proinfa: Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica. Tem como objetivo a diversificação da matriz energética brasileira e a busca por soluções de cunho regional com a utilização de fontes renováveis de energia, mediante o aproveitamento econômico dos insumos disponíveis e das tecnologias aplicáveis, a partir do aumento da participação da energia elétrica produzida com base naquelas fontes, no Sistema Elétrico Interligado Nacional (SIN). Racionamento: Redução compulsória no consumo de energia elétrica de consumidores finais, estabelecida por decreto presidencial. O mais recente aconteceu de 1º de junho de 2001 a 28 de fevereiro de 2002 nas regiões Sudeste, Centro - Oeste e Nordeste, com redução média

determinada de 20% no consumo. Na região Norte, o racionamento durou de 15 de julho a dezembro de 2001, com redução média de 15% imposta ao consumo. A região Sul não foi obrigada a reduzir o consumo. Reajuste Anual: Previsto nos contratos de concessão, o reajuste anual é calculado com base em uma fórmula que leva em conta a variação dos Custos Não-gerenciáveis (Parcela A). Os custos gerenciáveis são corrigidos pelo IGP - M. Além disso, nas concessionárias que já passaram por Revisão Periódica, é aplicado o Fator X para redução do IGP - M. O reajuste anual é homologado pela Aneel na data de aniversário da assinatura do Contrato de Concessão. Reajuste Tarifário: Atualização dos preços da energia elétrica prevista nos contratos de concessão, com objetivo de preservar o equilíbrio econômico e financeiro das empresas. Pelos contratos, existem três modalidades de reajuste tarifário: reajuste anual, revisão periódica e revisão extraordinária. Recao: Plano de Redução do Consumo e Aumento da Oferta de Energia Elétrica, elaborado pela Aneel e MME em abril de 2001 como alternativa ao racionamento de energia elétrica, decretado em junho de 2001. O plano continha 33 medidas para racionalização do uso da energia e aumento de oferta. Receita de uso no transporte de energia elétrica: Conjunto de informações das quantidades físicas e monetárias referentes à receita de uso dos sistemas de transmissão e/ou distribuição, detalhado por empresa acessada. Receita requerida de distribuição: Receita a ser recuperada pela aplicação das TUSD (Tarifas de uso dos sistemas de distribuição de energia elétrica) ao mercado de referência de energia e demanda. Recomposição Tarifária Extraordinária: Reajuste de tarifa concedido em dezembro de 2001 às distribuidoras e geradoras das regiões que estiveram sob racionamento. Previsto no Acordo Geral do Setor Elétrico, resultou em um aumento de 2,9% na tarifa dos consumidores residenciais (com exceção dos Consumidores de Baixa Renda) e rurais e de 7,9% para os demais consumidores. O objetivo do reajuste foi repor as perdas que distribuidoras e geradoras de energia tiveram com a redução do consumo imposta pelo governo. A duração do reajuste varia de acordo com o tempo necessário à recuperação das perdas de cada concessionária. Rede Básica: Conjunto de linhas de transmissão, barramentos, transformadores de potência e equipamentos com tensão igual ou superior a 230 kv, ou instalações em tensão inferior definidas pela ANEEL. Rede de distribuição: Conjunto de instalações de distribuição de energia elétrica com tensão inferior a 230 KV ou instalações em tensão igual ou superior, quando especificamente definidas pela Aneel. Rede destinada à distribuição de energia elétrica em uma zona de consumo delimitada. Rede de Transmissão: Rede ou sistema para transmissão de energia elétrica entre regiões ou entre países para alimentação de redes subsidiarias.

Reforço da rede de distribuição primária: Mudança das características físicas da rede existente visando aumentar a sua capacidade. Regime permanente: Intervalo de tempo da leitura de tensão, onde não ocorrem distúrbios elétricos capazes de invalidar a leitura, definido como sendo de 10 (dez) minutos. Regras do mercado: Conjunto de regras comerciais e suas formulações algébricas definidas pela Aneel e de cumprimento obrigatório pelos agentes participantes do mercado. Religação: Procedimento efetuado pela concessionária para restabelecer o fornecimento de energia elétrica à unidade consumidora, a pedido do mesmo consumidor responsável pelo fato que motivou a suspensão. Reluz: Programa que tem como objetivo promover e implantar sistemas eficientes de iluminação pública nos municípios para melhorar a qualidade da segurança pública e reduzir as despesas das administrações municipais com eletricidade. Ligado ao MME, é coordenado Eletrobrás. O programa é implementado pelas concessionárias, por meio de contratos com os municípios. Reseb: Projeto de Reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro, desenvolvido de agosto de 1996 a novembro de 1998, pela consultoria internacional Coopers & Lybrand. O estudo sugeria a desverticalização das atividades das empresas do setor, com as atividades de geração e distribuição privatizadas e manutenção dos serviços de transmissão como monopólio estatal. O projeto não chegou a ser concluído. O estudo vem sendo complementado pelo MME, por meio do Reseb - Com. Reserva de potência para controle primário: É a provisão de reserva de potência ativa efetuada pelas unidades geradoras para realizar o controle primário de freqüência. Reserva de potência para controle secundário: É a provisão de reserva de potência ativa efetuada pelas unidades geradoras participantes do CAG, para realizar o controle secundário de freqüência e/ou de intercâmbios líquidos de potência ativa entre áreas de controle. Reserva de prontidão: É a disponibilidade de unidades geradoras com o objetivo de recompor as reservas de potência primária ou secundária do sistema, em caso de indisponibilidade ou redeclaração de geração, se atingido o limite de provisão de reserva de potência ativa do sistema. Reserva Global de Reversão (RGR): Cota anual embutida nos custos das concessionárias para geração de recursos para expansão e melhoria dos serviços públicos de energia elétrica. Foi criada em 1971 (lei 5.655). Os valores são recolhidos mensalmente em favor da Eletrobrás, responsável pela administração dos recursos, e devem empregados também no Procel. Revisão Extraordinária: Parte dos contratos de concessão pode ser solicitada na época do Reajuste Anual, sempre que a concessionária julgar que algum evento causou desequilíbrio econômico - financeiro. A decisão de conceder ou não o reajuste pedido na revisão extraordinária é da Aneel.

Revisão Periódica: Incluída nos contratos entre Aneel e concessionárias, é realizada a cada cinco anos de vigência do contrato de concessão e serve para restabelecer o equilíbrio econômico - financeiro. Nessa revisão é estabelecido o valor do Fator X que vai vigorar nos Reajustes Anuais até a próxima revisão. SDT: Sistema de Distribuição de Títulos administrado pela ANDIMA e operacionalizado pela CETIP. Seguro Anti - apagão (Encargo de Capacidade Emergencial): Valor pago pelos consumidores de energia para custear o aluguel de 58 usinas termelétricas com capacidade de geração de até 2.154 MW em caso de risco de falta de energia. Os consumidores de baixa renda não pagam o encargo, que começou a ser cobrado em março de 2002, com valor de R$ 0,0049 por kwh. O valor, que pode ser revisto a cada três meses, aumentou para R$ 0,0057 por kwh em junho de 2002. As distribuidoras repassam o valor arrecadado dos consumidores para a CBEE, responsável pelo Programa de Energia Emergencial. Será cobrado até junho de 2006. Sistema Interligado Nacional (SIN): Instalações responsáveis pelo suprimento de energia elétrica a todas as regiões eletricamente interligadas. É formado pelas empresas geradoras do Sul, Sudeste, Centro - Oeste, Nordeste e parte da região Norte, com potência instalada de 67.987 MW. Até o final do ano de 2000, a rede de transmissão era formada por 70 mil quilômetros de linhas de transmissão, de acordo com dados do ONS. Isso permite a integração eletroenergética entre os sistemas de produção e a transmissão para o suprimento do mercado consumidor. Sobretaxa: Aumento aplicado à tarifa para a energia consumida além da cota de consumo estabelecida durante o Racionamento de 2001/2002. Subestações: Instalações elétricas em que, por meio de transformadores, realizam - se as transferências de energia elétrica entre redes de tensões diferentes. Subsídio Cruzado: Distorção entre as tarifas das diferentes categorias de consumidores, por meio da qual os consumidores residenciais pagam tarifas mais elevadas para que consumidores industriais paguem tarifas menores. Esse mecanismo impede que as tarifas reflitam os custos reais de fornecimento de energia elétrica para cada categoria de consumidor. A eliminação dos subsídios cruzados está sendo estudada pelo Comitê de Revitalização do Modelo Setor Elétrico da GCSE. TUSD: Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição. Estabelecida pela ANEEL e reajustada anualmente. Tarifa Amarela: Tipo de tarifa da estrutura tarifária horo - sazonal, que permite a aplicação de tarifas diferenciadas de consumo a consumidores residenciais, conforme horário de utilização da energia elétrica. Tarifa Azul: Tipo de tarifa da estrutura tarifária horo - sazonal que permite a aplicação de tarifas diferenciadas de consumo ou de demanda de potência de energia elétrica a consumidores industriais, conforme o horário de utilização do dia e períodos do ano.

Tarifa Média: Receita total das vendas dividida pelo total de Megawatt-hora (MWh) vendido no período respectivo. Transmissão: Sistema de linhas de alta tensão que transporta energia elétrica a longas distâncias com nível de tensão igual ou superior a 69 kv, interligando Subestações. Tarifa binômia: Conjunto de tarifas de fornecimento constituído por preços aplicáveis ao consumo de energia elétrica ativa e à demanda faturável. Tarifas de conexão: Tarifas referentes aos contratos de conexão celebrados entre consumidores do Grupo A e concessionário de serviço público de geração. Tarifa de Consumo: Valor em moeda corrente cobrado pelo consumo de um quilowatt/hora (kwh), ou outra unidade adequada. Tarifas de Fornecimento: Tarifas de energia elétrica de concessionária ou permissionária de serviço público de geração ou distribuição, para os consumidores finais, estabelecidas pela Aneel. Tarifa de Selo: Parcela da tarifa que é igualmente rateada entre todos os usuários do sistema de transmissão para completar a receita dos serviços. Tarifa de Transmissão: Valor cobrado pela utilização do serviço de transporte de energia elétrica por meio de um conjunto de linhas e subestações em voltagem de 230 kv, chamada de rede básica. Tarifa de Ultrapassagem: Tarifa aplicável sobre a diferença positiva entre a demanda medida e a contratada, quando exceder os limites estabelecidos. Tarifa Fiscal: Valor em moeda corrente declarado periodicamente pelo poder concedente. Essa tarifa é utilizada para o cálculo do limite de investimento do concessionário e para o cálculo da participação financeira do consumidor. Tarifa Social de Baixa Renda: Tarifa de energia elétrica aplicada a consumidores de baixa renda. A uniformização dos critérios para a prática dessa tarifa ainda será definida pelo Comitê de Revitalização do Setor Elétrico, da CGSE. Atualmente, cada distribuidora adota regras diferenciadas para classificação desse segmento de consumidor. A proposta é elaborar regras de aplicação geral dessa classificação. Tarifa Verde: Modalidade estruturada para aplicação de tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica de acordo com as horas de utilização do dia e os períodos do ano, bem como de uma única tarifa de demanda de potência. Tarifação por classe: Sistema de tarifação na qual os valores são estabelecidos de acordo com as características do fornecimento ou do suprimento. As classes são residencial, rural, comercial, industrial, poder público, iluminação pública, serviço público e consumo próprio. Tempo de Deslocamento (TD): Intervalo de tempo, expresso em minutos, compreendido entre o instante da autorização para o deslocamento da equipe de atendimento de emergência até o instante de chegada no local da ocorrência.