Relatório Parcial de Andamento RPA-1

Documentos relacionados
2 Área de Estudo Meio Físico Localização e características gerais

4 Área de Estudo e Amostragem

UNIDADES DE RELEVO DA BACIA DO RIO PEQUENO, ANTONINA/PR: MAPEAMENTO PRELIMINAR

Getulio T. Batista & Nelson W. Dias

3 Características dos locais estudados

Figura 07: Arenito Fluvial na baixa vertente formando lajeado Fonte: Corrêa, L. da S. L. trabalho de campo dia

Difratometria por raios X

Características das Áreas de Estudo

U3 PROCESSOS E MATERIAIS GEOLÓGICOS IMPORTANTES EM AMBIENTES TERRESTRES II MINERALOGIA E TEXTURAS DAS R. METAMÓRFICAS

CAPÍTULO 2 ASPECTOS FISIOGRÁFICOS Clima Relevo Hidrografia Solos Vegetação... 13

ÁREAS DE RISCO AO USO/OCUPAÇÃO DO SOLO NA SUB-BACIA DO CÓRREGO DO SEMINÁRIO, MUNICÍPIO DE MARIANA MG. COSTA, R. F. 1 PAULO J. R. 2

Análise da Susceptibilidade a Processos Erosivos, de Inundação e Assoreamento em Itajobi-SP a Partir do Mapeamento Geológico- Geotécnico

5 Materiais estudados

5 Escorregamento no Rio de Janeiro, Brasil

USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E IMPACTOS AMBIENTAIS NA MICROBACIA DO CÓRREGO MATRIZ-GO, BRASIL

Divisão Ambiental Prazer em servir melhor!

ESTUDO DAS PROPRIEDADES MINERALÓGICAS E PETROGRÁFICAS DOS GNAISSES GRANÍTICOS DA REGIÃO DE ALFENAS - MG E SUA APLICAÇÃO NO SETOR DE ROCHAS ORNAMENTAIS

Rochas metamórficas 1

ANÁLISE DOS PROCESSOS EROSIVOS PLUVIAIS EM ARGISSOLOS ATRAVÉS DE PARCELAS EXPERIMENTAIS PARA O MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE - SP.

Universidade Metodista de Angola Faculdade de Engenharia Departamento de Construção Civil

Geologia, problemas e materiais do quotidiano

APRECIAÇÃO COMPARATIVA ENTRE AS BACIAS SEDIMENTARES DE SÃO PAULO (BSP) E CURITIBA (BSC)

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE AS VOÇOROCAS DA SERRA DA FORTALEZA EM CAMPOS GERAIS, SUL DE MINAS GERAIS

Material de apoio. Origem e Constituição. Origem e Constituição. Curso básico de mecânica dos solos (Carlos Souza Pinto, Oficina de Textos, 2006);

ESTUDO DA MORFODINÂMICA DA MICROBACIA DO CÓRREGO DO CHAFARIZ NA ÁREA URBANA DE ALFENAS- MG: PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO

PROJETO CIRCUITO DAS ÁGUAS

GEOLOGIA COSTEIRA DA ILHA DE SÃO FRANCISCO DO SUL/SC COASTAL GEOLOGY OF THE SÃO FRANCISCO DO SUL/SC ISLAND.

MUDANÇAS DE COBERTURA VEGETAL E USO AGRÍCOLA DO SOLO NA BACIA DO CÓRREGO SUJO, TERESÓPOLIS (RJ).

CONTROLE DOS PROCESSOS EROSIVOS DA APA IPANEMA IPATINGA MG.

MAPEAMENTO GEOMORFOLÓGICO DO MUNICÍPIO DE ARAXÁ MG, UTILIZANDO TÉCNICAS DE GEOPROCESSAMENTO ROCHA, M. B. B. 1 ROSA, R. 2

N O FUNDAÇÃO GEO-RIO APOIO TÉCNICO PARA MAPEAMENTO GEOLÓGICO EM ENCOSTAS MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO RELATÓRIO DE CAMPO LADEIRA DOS TABAJARAS

Geologia. Áreas de risco. Prof. Marcel Sena (65)

Nº Inundações em rodovias principais causas e estimativa de limiares deflagradores

Estrutura geológica e formas de relevo. Professora: Jordana Costa

ANÁLISE DA FRAGILIDADE AMBIENTAL NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO PORECATU NO MUNICÍPIO DE MANDAGUAÇU-PR

Se formam a partir de materiais praticamente inertes, extremamente resistentes ao intemperismo (areias de quartzo);

Depósitos Elúvio-Coluvionares de Areia em Goiás

9. Domínios de Dissecação

Quais os principais agentes de metamorfismo? Qual a relação entre o metamorfismo e a tectónica de placas?

EROSÕES NO BAIRRO POLOCENTRO EM ANÁPOLIS (GO): CADASTRAMENTO E RELAÇÕES COM AS FORMAS DE RELEVO E USO DA TERRA.

MAPEAMENTO DA INSTABILIDADE GEOMORFOLÓGICA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PEQUENO/PR

Hidrologia Bacias hidrográficas

ANÁLISE DE PROVENIÊNCIA DOS SEDIMENTOS DE FUNDO DO RIO ARAGUARI-AP COM BASE NAS ASSEMBLÉIAS MINERALÓGICAS

GEOMORFOLOGIA FLUVIAL: PROCESSOS E FORMAS

ISF 206: ESTUDOS GEOLÓGICOS

Tipos e classificação FORMAÇÃO DOS SOLOS

Capítulo 4 Caracterização da Área de Estudos. Capítulo 4

ANÁLISE DA SUSCETIBILIDADE A ESCORREGAMENTOS NO MUNICÍPIO DE GUARATINGUETÁ/SP

Património geológico do Concelho de Miranda do Corvo - perspectivas de valorização e divulgação

ZONEAMENTO DA VULNERABILIDADE À CONTAMINAÇÃO DO SISTEMA AQUÍFERO GUARANI EM SUA ÁREA DE AFLORAMENTO NO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL

Figura 42 Imagem de satélite mostrando a presença de floresta junto as drenagens. Fonte Google Earth de 2006

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA SEDIMENTAR E AMBIENTAL GEOMORFOLOGIA E FOTOGEOLOGIA FORMAS DE RELEVO

MEGADESASTRE 11 DA SERRA FLUMINENSE: A CORRIDA DE MASSA DO VIEIRA, EM TERESÓPOLIS - ANÁLISE PRELIMINAR DOS CONDICIONANTES GEOLÓGICOS.

A geologia e os problemas do quotidiano- Os movimentos de massa

Prática Introdutória de Mapeamento Geológico-Geotécnico Detalhado. Learning how to preparing detailed field geotechnical maps

GEOLOGIA APLICADA ÀS OBRAS VIÁRIAS

"Cartografia geológica da envolvente" Quinta Campos de Lima

Metamorfismo e rochas metamórficas

3 Características da Área de Estudo

VULNERABILIDADE DE AQÜÍFEROS

DETERMINAÇÃO DA FRAGILIDADE POTENCIAL A EROSÃO LAMINAR NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO AREIAS

APLICAÇÃO DE GEOPROCESSAMENTO E DADOS SRTM NO ESTUDO GEOMORFOLÓGICO DO MUNICÍPIO DE MALHADOR-SE

CAPÍTULO 3 ÁREA DE ESTUDO

FENÓMENOS SUPERGÉNICOS EROSÃO E TRANSPORTE

MAPEAMENTO TEMÁTICO DIGITAL VISANDO A ANÁLISE SÓCIO- AMBIENTAL DA PROVÍNCIA PEGMATÍTICA DA BORBOREMA NOS ESTADOS DO RIO GRANDE DO NORTE E PARAÍBA

ROCHAS METAMÓRFICAS. EQUIPE 2 : Douglas Camargo Rodrigues Cardoso Gianluca Taques Juliane Cristine Santos dos Anjos Sergio Murilo dos Santos

GEOLOGIA DAS ROCHAS GRANÍTICAS E METASSEDIMENTARES

Roberta Bomfim Boszczowski e Laryssa Petry Ligocki. Características Geotécnicas dos Solos Residuais de Curitiba e RMC

Objetivo. Material de apoio. Curso básico de mecânica dos solos (Carlos Souza Pinto, Oficina de Textos, 2006); Sumário

Apresentações do evento GGP 2013

CARACTERIZAÇÃO DA DINÂMICA DA PAISAGEM GEOMORFOLÓGICA SOBRE A PORÇÃO SUL DA BACIA DO ALTO PIABANHA DO DISTRITO SEDE DO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS-RJ

Política de Combate a Inundações de Belo Horizonte. Prefeitura de Belo Horizonte

Rozely Ferreira dos Santos

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS DA TERRA DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA GEOMORFOLOGIA BÁSICA E ESTRUTURAL - GB 128 TEMA 1

TIM-1. Proposta de Diretrizes de Engenharia para o Planejamento da Ocupação da Área de Montante da Bacia do Córrego Leitão

Estratégias de conservação de solo e da água em pequenas bacias hidrográficas. Jean PG Minella

IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS VULNERAVEIS A EROSÃO LAMINAR NA BACIA DO RIO VERMELHO

PROPRIEDADES GEOMORFOLÓGICAS DAS ROCHAS

Graduando em Engenharia Ambiental e Sanitária do Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM. (2)

LEVANTAMENTO DE ÁREAS AGRÍCOLAS DEGRADADAS NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Estéfano Seneme Gobbi. Francisco Sérgio Bernardes Ladeira. Marcelo da Silva Gigliotti

Geomorfologia - Modelados MODELADO NORMAL

A importância dos knickpoints sua relação com a Lito-estrutura do substrato geológico na evolução da rede de drenagem na região de Três Rios, RJ

UNIDADES ECODINÂMICAS DA PAISAGEM DO MUNICÍPIO DE JEREMOABO- BA.

TIM-1. Proposta de Diretrizes de Engenharia para o Planejamento da Ocupação da Área da Bacia do Córrego Navio

IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS DE RISCO HIDROGEOMORFOLÓGIOS NO AMBIENTE URBANO DE CAMAQUÃ-RS 1

CARACTERIZAÇÃO GEOAMBIENTAL DO ALTO CURSO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARAIBUNA: DA NASCENTE ATÉ A BARRAGEM DE CHAPÉU D UVAS

Orogênese (formação de montanhas): o choque entre placas tectônicas forma as cordilheiras.

O TRAÇADO DE UMA ESTRADA

SOLOS. Parte mais superficial da crosta terrestre. Trata-se de um complexo composto de mineral, material orgânico e gases.

ZONEAMENTO HIDROGEOMORFOLÓGICO DA BACIA DO RIO GUARAQUEÇABA, LITORAL PARANAENSE

Caracterização da Ecorregião do Planalto Central

José Jorge Nader Maurício Abramento Pedro Wellngton (Com base em apresentações dos professores Waldemar Hachich, Fernando Marinho e Heloísa Gonçalves

ANÁLISE DE RELAÇÕES ENTRE DECLIVIDADE E USO DO SOLO COM AUXÍLIO DO GEOPROCESSAMENTO, MUNICÍPIO DE SOMBRIO, SC

3 Descrição da Área de Estudo e Amostragem

FONSECA, A.P. (1) (1) CEFET-RJ, COELHO NETTO, A.L. (2) (2) IGEO/UFRJ,

O metamorfismo é caracterizado por: mudanças mineralógicas crescimento de novos minerais sem adição de novo material (processo isoquímico);

Atividades Especiais. Atividades de Superfície. Atividades de Profundidade

ELABORAÇÃO DE MAPA GEOMORFOLÓGICO DO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE SP.

Transcrição:

Relatório Parcial de Andamento RPA-1 Consultoria para a Elaboração de Estudos para o Projeto FEHIDRO-PS 181/2008 Diagnóstico dos processos erosivos na Microbacia do Ribeirão das Antas Taubaté - SP. MARÇO/2011

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO...3 2. ATIVIDADES REALIZADAS...3 2.1. Levantamento bibliográfico...3 2.2. Banco de Dados...4 2.3. Refinamento do mapa de solos...5 2.4. Refinamento do mapa geológico...5 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS...10 2/10

1. INTRODUÇÃO Este volume apresenta as tarefas realizadas no mês de fevereiro de 2011, entre os dias 01 e 28, para compilação de dados, informações e planejamento para desenvolvimento do projeto Diagnóstico dos Processos erosivos na Microbacia do Ribeirão das Antas, no município de Taubaté - SP - FEHIDRO PS 181/2008. A microbacia do ribeirão das Antas, com aproximadamente 2.936 hectares é uma das principais responsáveis pelo processo de assoreamento do rio Una. Este trabalho tem como objetivo identificar as áreas naturalmente vulneráveis à ocorrência de perda do solo por erosão e das demais formas de movimento de massa capazes de provocar acidentes, além das áreas onde há a ocorrência simultânea dos dois processos, e que pode resultar em maiores riscos à sociedade e ao meio ambiente; estudar as áreas vulneráveis e propor mecanismos para controlar os processos erosivos na Bacia Hidrográfica do Ribeirão das Antas. 2. ATIVIDADES REALIZADAS 2.1. LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO Nesse período, foi dada continuidade aos trabalhos de compilação dos resultados obtidos através de pesquisas anteriores realizadas na bacia do Ribeirão das Antas, no município de Taubaté, SP para produção de uma página na Internet associada ao site da ONG UNAVALE para disponibilização dos resultados. Os trabalhos e publicações sobre a Bacia do Ribeirão das Antas já identificados estão sendo catalogados em fichas apropriadas (Anexo 1 - Pesquisa Bibliográfica). 3/10

Os dados e informações coletados já foram sistematizados e preparados para disponibilização na Internet. 2.2. BANCO DE DADOS O SIG selecionado para a construção do Banco de Dados foi o SPRING Sistema de Processamento de Informações Georreferenciadas, de uso livre, produzido e suportado pelo INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, e sem onerar o projeto com a aquisição de licenças de software proprietário para tantas estações de trabalho quantas forem as pessoas que precisarem se utilizar dessas informações. Foi efetuado o recorte da bacia do ribeirão das Antas e criadas as layers dos mapas de declividade e do mapa de vulnerabilidades que será objeto de refinamento após conclusão dos levantamentos pedológicos e geológicos da Bacia do Ribeirão das Antas para inserção definitiva no BDG As layers são mostradas nas figuras 1 e 2. Mapa de declividade que é o resultado do fatiamento da matriz de declividade, e para a definição das classes, foram empregados intervalos variáveis Mapa de Vulnerabilidade o qual possibilita a quantificação das áreas degradadas. São importantes no sentido de haver futuras medidas de controle preventivo no uso da bacia 4/10

Figura 1: Mapa de Declividade da Bacia do Ribeirão das Antas. Figura 2: Mapa de Vulnerabilidade da Bacia Ribeirão das Antas. 2.3. REFINAMENTO DO MAPA DE SOLOS Para a execução dessa etapa dos trabalhos, foram contratados os serviços do Eng. Agr.o Dr. Julio Cesar Raposo de Almeida (CREA 5061140322) e Eng. Agr.o Dr. João Luiz Gadioli (CREA 0601794233) que já de início ao levantamento pedológico da bacia do ribeirão das Antas. Ouve um atraso no inicio da etapa das amostragens devido a dificuldade de contratação de mão de obra e condições climáticas desfavoráveis (excesso de chuvas), mas já foram iniciadas no final do mês de fevereiro de 2011. 2.4. REFINAMENTO DO MAPA GEOLÓGICO Elaboração do Mapa Geológico da sub-bacia do ribeirão das Antas 5/10

Procedimento No dia 21-01-2011 o Geólogo Prof. Dr. Silvio Jorge Coelho Simões realizou uma visita de campo à Bacia do Ribeirão das Antas para um primeiro reconhecimento do meio físico com ênfase para a caracterização dos aspectos geológicos da sub-bacia do ribeirão das Antas. Desta forma, foram realizados perfis longitudinais (de montante para jusante) no sentido de fazer uma primeira identificação das características litológicas (tipos de rochas) assim como um primeiro reconhecimento das feições de movimento de massa existentes. Neste reconhecimento foram observados diversos pontos, a maioria deles situados em cortes de estradas e no leito dos cursos da água. Algumas amostras de rocha foram coletadas ainda que não tenha sido realizada coleta sistemática as quais ocorrerão na segunda excursão de campo. Caracterização geológica regional A região deste projeto situa-se em um contexto geológico formado por rochas de idade precambriana, mais especificamente proterozóica/eoproterozóica. Isto significa idades entre dois bilhões e 500 milhões de ano. A região do Vale do Paraíba é formada por um diversificado conjunto de rochas com grande variedade litoestratigráfica. Entretanto, de acordo com o levantamento geológico em escala 1:250.000 - realizado pelo INPE (projeto Mavale) a região é formada por duas unidades precambrianas as quais serão descritas abaixo: Unidade 73a" constituída de granada-silimanita-xistos por vezes feldspático e/ou migmatizados localmente podem ser intercalados com biotita gnaisses; Unidade 74 constituída de granada-silimanita-biotita-gnaisses, migmatizados com quartzitos, anfibolitos lentes de xistos e mármores restritos. 6/10

Além das rochas precambrianas ocorrem depósitos Quaternários que incluem aluviões e colúvios de idade bem recente. Estes depósitos se concentram em terraços fluviais acompanhando a drenagem. Descrição local Nos cortes de estrada dificilmente se observa a rocha sã; na maior parte das vezes a rocha se encontra em elevado grau de alteração seja evidenciando o horizonte C (onde se observa relíquias da rocha original) seja evidenciando o horizonte B (os minerais encontram-se quase totalmente alterados se constituindo apenas em frações de argila, silte e areia). Neste sentido, a caracterização da rocha original fica dificultada ainda que, no caso de estar exposto o horizonte C, seja possível identificar, com muita freqüência, planos de xistosidade oriundos da rocha original (Figura 3). Figura 3 Solo de alteração com fragmentos de rocha e planos de foliação No caso dos afloramentos de rocha próximos ao leito dos cursos d água, estes encontram-se geralmente bem preservados, sendo um melhor local para se avaliar os diferentes tipos litológicos; em alguns lugares estes afloramentos 7/10

ocorrem em grandes extensões podendo ser possível observar tanto a composição mineralógica quanto a presença de estruturas dúcteis (como foliação e dobramento) e estruturas frágeis (fraturamento). A figura 4 mostra extenso afloramento nas regiões próximas ao ribeirão das Antas. Figura 4 Afloramento de rocha com planos de foliação evidentes e estruturas dobradas Ainda que seja precipitado fazer qualquer caracterização geológica, a avaliação preliminar evidenciou uma significante presença de rochas foliadas e solos onde estas estruturas ainda estão preservadas. A análise preliminar indica, portanto, uma predominância de rochas gnáissicas com uma variedade e uma quantidade diferenciada de minerais máficos (escuros) como biotita e hornblenda. Entretanto, além das rochas foliadas, é comum a presença de corpos graníticos intercalados. Isto pode ser evidenciado quando se observa solos de cores diferenciadas. Os solos oriundos das rochas gnáissicas teriam coloração mais avermelhada (devido a presença de minerais máficos) e os solos oriundos das rochas graníticas teriam coloração mais esbranquiçada (devido a presença de maior quantidade de quartzo e feldspato). 8/10

Além da geologia básica, foram observadas as feições mais superficiais na paisagem que evidenciam os chamados processos do meio físico em vertentes. Deste modo, os movimentos de massa na área da sub-bacia são constituídos tanto por processos erosivos acelerados quanto por escorregamentos que ocorrem em diferentes escalas. Como exemplo, a figura 5 mostra várias feições de movimento de massa que ocorrem na meia encosta superior. Esta é uma das situações mais típicas e se espalham por diferentes regiões no interior da sub-bacia. Figura 5 Feições de escorregamentos associados as porções superiores das vertentes Próximas etapas As próximas etapas deste subprojeto incluem: a) comparação do mapa geológico do Projeto Mavale com outros levantamentos geológicos regionais; b) levantamento das estruturas rúpteis (falhas/fraturas) a partir de imagens (fotos aéreas); 9/10

c) levantamento geológico de campo; d) levantamento pedológico/formações superficiais com vista à integração destas informações com os dados geológicos. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Paralelamente, continuam sendo realizados pela Organização Não Governamental UNAVALE os trabalhos de Mobilização Local na bacia, que se constitui num requisito essencial para a execução das atividades técnicas. A interação da ONG com a comunidade no trabalho de Mobilização Local, tem se mostrado de fundamental importância para a execução dos trabalhos, uma vez que suscita o envolvimento da comunidade com os trabalhos técnicos em andamento na Bacia. Tremembé, 14 de março de 2011 Adm. M.Sc Benedito Jorge dos Reis CRA: 22218. 10/10