UNIDADES DE RELEVO DA BACIA DO RIO PEQUENO, ANTONINA/PR: MAPEAMENTO PRELIMINAR

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Cartas e Mapas. Planimetria e Altimetria. Fonte: IBGE, Noções de Cartografia, 1999.

Transcrição:

UNIDADES DE RELEVO DA BACIA DO RIO PEQUENO, ANTONINA/PR: MAPEAMENTO PRELIMINAR Julio Manoel França da Silva, Mestrando em Geografia, Universidade Federal do Paraná. Email: juliogeog@yahoo.com.br; Leonardo José Cordeiro Santos, Professor Doutor, Universidade Federal do Paraná. Email: santos@ufpr.br Resumo Na pesquisa geomorfológica, a cartografia se constitui como um importante método de análise, permitindo a representação, comunicação e análise dos resultados obtidos em uma determinada área, sendo que, um mapa geomorfológico, além de sintetizar as informações obtidas em campo, gabinete e laboratório, pode servir como um instrumento para a análise do potencial de uso e ocupação do espaço geográfico, bem como indicar as áreas que devem se manter preservadas devido suas restrições físico-naturais ou importância ecológica. O presente trabalho apresenta o mapa geomorfógico preliminar da bacia do rio Pequeno, localizada no município de Antonina, Estado do Paraná. A bacia pesquisada está inserida na unidade fisiográfica Serra do Mar, caracterizada como um grande sistema montanhoso que acompanha a costa brasileira. No estado do Paraná se constitui como uma serra marginal que se eleva de 500 a 1000 metros sobre o nível médio do Primeiro Planalto, sendo dividida em diversos maciços por blocos altos e baixos que recebem denominações regionais. Na área de estudo as altitudes variam de 10 metros sobre o nível do mar na porção inferior da planície aluvial do rio principal até mais de 1500 metros nas porções mais elevadas, constituídas pelas serras. Quanto à geologia é formada predominantemente por rochas do proterozóico inferior (Complexo Gnáissico-Migmatítico, Complexo Serra Negra, Complexo Cachoeira e Completo Granítico-Gnáissico); por sedimentos recentes que formam aluviões inconsolidados do quaternário; por suíte álcali-granitos do proterozóico superior (Granito Rio do Salto) e por intrusivas granitóides do Eo-Paleozóico. O mapa geomorfológico, na escala 1: 25.000, foi confeccionado a partir da interpretação de fotografias aéreas, imagens de satélite e modelos de elevação do relevo. A denominação dos compartimentos é baseada na classificação do IPARDES (1989). Na área de estudo predominam as unidades de relevo Serras, Planalto Dissecado, Morros, Colinas, Depósitos Coluviais e Planícies Aluviais. Palavras-chave: Geomorfologia, Cartografia Geomorfológica, Serra do Mar. Introdução A cartografia geomorfológica constitui-se como um importante instrumento na pesquisa geomorfológica, permitindo a caracterização das formas do relevo e dos processos geomorfológicos, contribuindo para o planejamento físico-territorial e ambiental de um determinado recorte espacial. Recentemente, os mapas do relevo têm sido utilizados em zoneamentos agrícolas, ecológicos e econômicos, como suporte ao planejamento agrícola, urbano e regional, e na elaboração de projetos de obras de engenharia buscando a resolução de problemas particulares, como a qualidade e uso dos terrenos, a estabilidade de vertentes, a construção de barragens ou estradas, entre outros. Objetivos O trabalho tem por objetivo apresentar as principais unidades de relevo da Bacia do Rio Pequeno, localizada no município de Antonina, Estado do Paraná (Fig. 1) A área está inserida na Serra do Mar Paranaense (Maack, 1982). A partir da interpretação dessas unidades de relevo foram elaboradas compartimentos geomorfológicos das principais formas que podem subsidiar trabalhos

em escala de maior detalhe, onde podem ser acrescentados dados ligados a morfometria, morfogênese e cronologia. Figura 1: Localização da Bacia do Rio Pequeno, Antonina PR. Metodologia A metodologia da pesquisa baseia-se nas unidades naturais da costa paranaense classificadas pelo IPARDES (1989). As etapas da pesquisa podem ser agrupadas em três diretrizes principais: revisão bibliográfica, pesquisa em gabinete e trabalho sistemático de campo; As etapas da pesquisa são as seguintes: Levantamento de dados; Revisão Bibliográfica; Elaboração da Carta Base; Análise estereoscópica de fotografias aéreas; Análise das imagens de radar e satélite; Elaboração do mapa geomorfológico preliminar. Resultados e Discussões Na área de estudo as altitudes variam de 10 metros sobre o nível do mar na porção inferior da planície aluvial do rio principal até 1500 metros nas porções mais elevadas, constituídas pelas

serras. Os compartimentos geomorfológicos definidos para a área de estudo são as Serras (65% do total); as Áreas Coluvias Montanhosas (17%); as Planícies Aluviais (11%); o Planalto Dissecado, as Colinas e os Morros (7%). As Serras, maior unidade geomorfológica da área de estudo, estão inseridas predominantemente em rochas do complexo gnáissico-migmatítico do Proterozóico inferior (granitos gnáissicos, anatexitos e biotitas) nas porções mais elevadas do relevo (acima de 800 metros s.n.m); em suíte álcali-granitos do Granito Rio do Salto (Proterozóico superior) no terço intermediário da bacia hidrográfica (de 250 a 500 metros s.n.m.); e em rochas do Complexo Cachoeira (moscovitas, quartzitos e metarenitos) do Proterozóico Inferior em altitudes que variam entre 25 e 100 metros s.n.m. A declividade das vertentes são predominantemente acima de 30%. As áreas coluviais montanhosas estão geologicamente inseridas em sedimentos recentes do Quaternário Holoceno, sendo composto granulometricamente por areia, argila, silte e cascalhos em depósitos de tálus e rampas de colúvio. A altitudes nesta unidade variam entre 50 e 75 metros em relação ao nível do mar (s.n.m.). As declividades das vertentes predominam entre 5 e 12% de inclinação. As Planícies Aluviais são constituídas por sedimentos recentes do quaternário na forma de aluviões indiferenciados (areias, argilas e cascalhos). As altitudes predominantes nesta unidade de relevo são menores que 25 metros s.n.m, possuindo declividades nulas ou menores que 5% de inclinação. O Planalto Dissecado encontra-se na porção noroeste da bacia em pesquisa e refere-se a um relevo de transição entre a Serra do Mar e o Primeiro Planalto Paranaense (Planalto de Curitiba). A formação geológica principal é o Complexo gnáissico-migmatítico do Proterozóico Inferior composto litologicamente por granitos gnáissicos, anatexitos, biotitas e anfibólios. As altitudes neste compartimento de relevo são sempre maiores que 700 metros e a declividades das vertentes predominam entre 12 e 30% de inclinação. As colinas constituem uma pequena unidade na porção sudoeste da bacia formadas por migmatitos do Complexo Gnáissico-Migmatítico. As altitudes estão entre 75 e 100 metros s.n.m. com as vertentes apresentando predominantemente entre 12 e 30% de declividade. Os morros são encontrados na porção inferior da bacia hidrográfica pesquisada.fazem parte do Complexo Serra Negra formado por enderbitos, granulitos, charnokitos e biotitas do Proterozóico inferior. As altitudes são até 50 metros s.n.m. e a declividade das vertentes varia entre 12 e 30% predominantemente. As figuras abaixo apresentam o mapa geológico (Fig. 1); mapa hipsométrico (Fig. 2), mapa de declividade (Fig. 3) e o mapa das unidades de relevo da bacia hidrográfica do Rio Pequeno (Fig.4).

Figura 1: Geologia da área de estudo Figura 3: Declividade da área de estudo Figura 2: Hipsometria da área de estudo Figura 4: Unidades do Relevo da área de estudo

As fotos 1 a 4 ilustram a área em estudo: Foto 1: 1ª Plano: Planícies fluviais, 2ª plano: Serra Foto 3: Terraços aluvionares Foto 2: 1ª Plano: Morros; 2ª plano: Colúvios Foto 4: Terraços aluvionares/meandros abandonados Conclusões A área mapeada apresenta uma grande diversidade de formas de relevo, principalmente quando se opta por trabalhar em escalas maiores. O propósito do presente trabalho foi de apresentar as grandes unidades de relevo da área, sem considerar os compartimentos menores inseridas em cada unidade. A partir destes dados é necessário direcionar os estudos nas formas que só podem ser visualizadas em escalas de maior detalhe, como a forma das vertentes e seus processos, os subníveis dos terraços aluvionares e das rampas de colúvio, os meandros abandonados, entre outros. Referências bibliográficas IPARDES. Zoneamento do litoral paranaense. Curitiba: IPARDES, 1989. DEMEK, J. Generalization of geomorphologiacalmaps. In Progress Made in Geomorphological Mapping. Brno, 1967. MACK, R. Geografia Física do Estado do Paraná. 2ª ed. Curitiba: Imprensa Oficial, 1982.