SELETIVIDADE DE HERBICIDAS AO SORGO SACARINO CAMPOS, Jean Carlo Fachinetto 1 ; BIANCHI, Mario Antonio 2 ; ANDRES, André 3 Resumo: O sorgo sacarino apresenta-se como uma alternativa à produção de etanol. Para consolidar o sorgo no Rio Grande do Sul são necessárias práticas culturais aplicadas adequadamente. Entre elas, o manejo de plantas daninhas se destaca como uma das práticas limitantes de produção, devido ao crescimento inicial lento do sorgo e a escassez de herbicidas registrados para utilização nesta cultura. Objetivou-se neste estudo avaliar a seletividade dos herbicidas flumioxazina e tembotriona ao sorgo sacarino. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso com quatro repetições. As cultivares de sorgo sacarino BRS 506, BRS 509 e BRS 511, foram semeadas mecanicamente no dia 08 de dezembro de 2015, numa densidade 22 sementes por metro linear para obter 18 plantas por metro, em sistema de semeadura direta após a colheita da cultura do azevém. Nas condições em que foi conduzido o presente experimento, pode-se constatar que os herbicidas flumioxazina (50 g ha) e tembotriona (100,8 g ha) são seletivos as cultivares de sorgo BRS 506, BRS 509 e BRS 511. Abstract: The saccharine sorghum is presented as an alternative to the production of ethanol. In order to consolidate sorghum production in Rio Grande do Sul there is the need to use adequate cultural practices. Among them, the weed management stands out as one of the limiting factors influencing the initial growth of sorghum and also the scarcity of herbicides registered for use in this crop. The aim of this study was to evaluate the selectivity of the herbicides flumioxazin and tembotrione to sorghum. The experimental design used was of randomized block with four replications. Saccharine sorghum cultivars BRS 506, BRS 509 and BRS 511 were mechanically sown on the 8 th of December 2015, in a density of 22 seeds per linear meter aiming to have at least 18 plants per meter, through direct seeding system, after harvesting a ryegrass crop. Under the conditions in which the experiment was carried out, it can be concluded that the herbicides flumioxazin (50 g/ha) and tembotrione (100.8g/ha) were selective to the sorghum cultivars BRS 506, BRS 509 and BRS 511. Palavras-Chave: Sorghum bicolor. Fitotoxicidade. Plantas daninhas. Keywords: Sorghum bicolor. Phytotoxicity. Weed. INTRODUÇÃO Entre as alternativas para diversificação da matriz energética, o etanol é tido como uma das mais promissoras. No entanto, para que o Brasil possa atender a demanda mundial 1 Graduando, Agronomia, Universidade de Cruz Alta. Estagiário da Embrapa. jeancarlocampos@yahoo.com.br 2 Eng.-Agr. Dr., Professor, Universidade de Cruz Alta. mbianchi@unicruz.edu.br 3 Eng.-Agr., Dr., Pesquisador, Embrapa Clima Temperado. andre.andres@embrapa.br 201
por energia limpa e renovável, é preciso que haja crescimento na produção de biocombustíveis. Para tal, uma série de medidas precisam ser implementadas para assegurar a expansão competitiva do setor sucroalcooleiro no Brasil e garantir o sucesso da expansão do etanol brasileiro no mercado internacional. Apostar no monocultivo da cana-de-açúcar e na centralização da produção em alguns estados, não parece uma estratégia adequada, pois a cana-de-açúcar apresenta exigências edafoclimáticas que restringem seu cultivo em diversas regiões do país e, em especial, no Rio Grande do Sul. O cultivo de sorgo sacarino [Sorghum bicolor (L.) Moench.] destaca-se como uma alternativa a cana de açúcar na produção de etanol. Para consolidar o sorgo no Rio Grande do Sul são necessárias práticas culturais aplicadas adequadamente. Entre elas, o manejo de plantas daninhas se destaca como uma das práticas limitantes de produção, devido ao crescimento inicial lento do sorgo e a escassez de herbicidas registado para utilização nesta cultura (SILVA et al., 2014a). Silva et al. (2014b), notaram redução de aproximadamente 50% na produção da massa de hastes do sorgo decorrente da ausência de controle de plantas daninhas, demonstrando a sensibilidade da cultura a interferência das plantas daninhas e a necessidade de manejo correto para a cultura expressar o seu potencial produtivo. A atrazina é um dos poucos herbicidas registrados para uso em sorgo (RODRIGUES & ALMEIDA, 2011), para uso em pré-emergência e pósemergência inicial, sendo eficaz em dicotiledôneas e algumas poaceas (RODRIGUES & ALMEIDA, 2011). A avaliação de outros herbicidas eficazes sobre as espécies daninhas e seletivos a cultura tem grande importância para a consolidação e expansão desta cultura no Rio Grande do Sul. Objetivou-se com este estudo avaliar a seletividade dos herbicidas flumioxazina e tembotriona ao sorgo sacarino. MATERIAL E MÉTODOS Foi conduzido o experimento na área experimental da Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ) em Cruz Alta/RS, localizada na região do Planalto Médio do RS, à latitude de 28 34 Sul, longitude de 53 37 Oeste e altitude de 459 m, com solo classificado como Latossolo Vermelho distrófico típico de textura argilosa. Os tratamentos estudados foram os seguintes: 1. Flumioxazina (50 g ha -1 ) aplicado em pré-emergência; 2. Atrazina + s-metolacloro (1665 g ha + 1305 g ha -1 ) aplicado em pré- 202
emergência; 3. Flumioxazina (50 g ha -1 ) aplicado em pré-emergência e Tembotriona (100,8 g ha -1 ) aplicado em pós-emergência; 4. Atrazina + s-metolacloro (1665 g ha + 1305 g ha -1 ) aplicado em pré-emergência e Tembotriona (100,8 g ha -1 ) aplicado em pós-emergência; 5. Tembotriona (100,8 g ha -1 ) aplicado em pós-emergência; 6. Atrazina + Tembotriona (1500 g ha + 100,8 g ha -1 ) aplicado em pós-emergência; 7. Testemunha capinada; 8. Testemunha sem capina. Os produtos comerciais usados foram os seguintes: Flumyzim 500 (flumioxazina, 500 g kg -1 ), Primestra Gold (atrazina, 370 g L -1 + S-metolacloro, 290 g L -1 ), Soberan (Tembotriona, 420 g L -1 ) e Gesaprim 500 (atrazina, 500 g L -1 ). O delineamento experimental usado foi de blocos ao acaso com quatro repetições, com parcelas de 11,25 m² (5 x 2,25m), composta por 5 fileiras de sorgo com 5 m de comprimento e espaçadas de 0,45 cm. O sorgo, cultivares BRS 506, BRS 509 e BRS 511, foram semeadas mecanicamente no dia 08 de dezembro de 2015, numa densidade 22 sementes por metro linear para obter 18 plantas por metro, em sistema de semeadura direta após a colheita da cultura do azevém. Os herbicidas foram aplicados com um pulverizador costal pressurizado a CO2, com barra de aplicação com quatro pontas tipo TT 110015, espaçadas em 50 cm, a um volume de calda de 100 L ha -1. A aplicação em pré-emergência das plantas daninhas foi realizada em 08 de dezembro de 2015, logo após a semeadura do sorgo, entre as 19 e 20 horas, com temperatura média de 30,6 C e umidade relativa do ar (UR) de 35%. Em pós-emergência os herbicidas foram aplicados no dia 11 de janeiro de 2016 (34 dias após a semeadura), entre 11 e 12 horas, com temperatura média de 26,3 C e umidade relativa do ar (UR) de 69%. As plantas de sorgo apresentavam em média com 40 cm de altura e seis a sete folhas. O volume acumulado de chuva nos dez dias anteriores e posteriores a aplicação em pré-emergência foi de 139,2 e 122,4 mm, respectivamente. Na aplicação em pós-emergência o volume acumulado nos dez dias anteriores e posteriores a aplicação foi de 94,8 e 0,0 mm, respectivamente. Foram utilizados os dados meteorológicos da estação do INMET na CCGL TEC distante 6 km em linha reta da área experimental da Unicruz, como referência para precipitação pluviométrica (chuvas) da área do experimento. Foram determinadas as variáveis fitotoxicidade e matéria seca da parte aérea (MSPA) nos cultivares de sorgo. A fitotoxicidade ao sorgo foi avaliada por meio de observações visuais onde foram atribuídas notas de 0 (zero) a 100 (cem), onde 0 representa ausência de dano e 100 morte total da planta (FRANS et al., 1986). Essa avaliação foi efetuada aos 20, 28 203
e 34 dias após a aplicação dos herbicidas em pré-emergência ou da semeadura da cultura e aos 7, 14 e 21 dias após a aplicação dos herbicidas em pós-emergência ou a 41, 48 e 55 dias após a aplicação dos herbicidas em pré-emergência ou da semeadura da cultura. A determinação da MSPA foi realizada na colheita, que ocorreu aos 133, 134 e 142 dias após a semeadura, respectivamente para os cultivares BRS 509, BRS 511 e BRS 506, correspondendo aos dias 19, 20 e 28 de abril de 2016. Para determinar a matéria seca da parte aérea (MSPA) procedeuse o corte das plantas presentes na fileira central de 2 m de comprimento (0,90m -2 ). Na sequência foi determinada a matéria verde total (MVT). Em função do grande volume de matéria verde retirou-se uma amostra da MVT, determinando-se a massa a qual foi denominada matéria verde da amostra (MVAm), para posterior secagem em estufa com fluxo de ar contínuo a temperatura de 65 C até o material atingir peso constante. Após a secagem obteve-se a matéria seca da amostra (MSAm). O cálculo da matéria seca da parte aérea (MSPA) foi efetuado por meio da seguinte fórmula: MSPA = [(MSAm / MVAm) x MVT] x 10, onde: MSPA é a matéria seca da parte aérea, expressa em kg ha -1 ; MSAm é a matéria seca da amostra, expressa em g m -2 ; MVAm é a matéria verde da amostra, expressa em g m -2 ; MVT é a matéria verde total, expressa em g m -2 ; e o número 10 é o fator de conversão da unidade g m -2 para kg ha -1. Os dados de fitotoxidade foram transformados em arco seno X/100 para posterior analise estatística. Os resultados foram submetidos à análise de variância e quando o teste F para tratamentos foi significativo a 5% de probabilidade do erro, foi aplicado o teste de Duncan a 5% de probabilidade do erro para discriminar as diferenças entre as médias dos tratamentos nas respectivas variáveis. RESULTADOS E DISCUSSÃO Quanto a fitotoxicidade dos herbicidas aplicados em pré-emergência do sorgo, a Flumioxazina apresentou os menores níveis de fitotoxicidade dos 20 aos 34 dias após a semeadura (DAS) em relação a associação de atrazina com s-metolacloro paras as três cultivares avaliados (Tabela 2). A partir dos 28 DAS, os valores ficaram entre 3 e 9% para os cultivares BRS 506 e 509, e entre 9 e 18% para o cultivar BRS 511, indicando uma provável diferença na sensibilidade a esse produto pelos cultivares de sorgo. Mesmo com possível diferença de resposta entre cultivares, comparando-se os dois tratamentos herbicidas 204
utilizados em pré-emergência, pode-se inferir que a flumioxazina, pelos níveis de fitotoxicidade apresentados, tem potencial para uso no controle de plantas daninhas no sorgo. Dos 7 aos 21 dias após a aplicação dos tratamentos em pós-emergência (DATpós), os herbicidas aplicados em pré-emergência sem a aplicação complementar em pós-emergência, apresentaram níveis de fitotoxicidade (0 a 1%) similares a testemunha sem herbicida nos três cultivares estudados (Tabela 2). Aos 7 DATpós a aplicação de tembotriona em pósemergência elevou significativamente os níveis de fitotoxicidade nos tratamentos com herbicidas aplicados em pré-emergência, sendo sempre maiores no tratamento com atrazina+s-metolaclor em comparação com flumioxazina nos três cultivares de sorgo. Essa diferença se manteve nas demais avaliações, contudo os níveis de fitotoxicidade não superaram o valor de 5%. Tabela 1. Fitotoxicidade (%) de herbicidas aplicados em pré-emergência de cultivares de sorgo aos 20, 28 e 34 dias após a semeadura da cultura (DAS). Tratamentos Dose (g ha -1 ) 20 DAS 28 DAS 34 DAS ------- Cultivar BRS 506 ------- Flumioxazina 50 15 bc 1 4 b 4 b Atrazina + S-metolacloro 1665 + 1305 54 a 28 a 22 a Flumioxazina 50 17 bc 4 b 4 b Atrazina + S-metolacloro 1665+ 1305 48 ab 44 a 42 a Testemunha - 11 c 2 b 0 b Coeficiente de Variação (%) - 49,8 55,6 68,0 ------- Cultivar BRS 509 ------- Flumioxazina 50 29 c 7 b 3 b Atrazina + S-metolacloro 1665 + 1305 68 a 33 a 44 a Flumioxazina 50 32 bc 9 b 3 b Atrazina + S-metolacloro 1665+ 1305 59 ab 25 a 29 a Testemunha - 1 d 1 c 0 b Coeficiente de Variação (%) - 31,7 29,0 55,0 ------- Cultivar BRS 511 ------- Flumioxazina 50 21 ab 15 b 18 b Atrazina + S-metolacloro 1665 + 1305 28 ab 48 a 55 a Flumioxazina 50 19 ab 9 b 14 bc Atrazina + S-metolacloro 1665 + 1305 40 a 54 a 69 a Testemunha - 6 b 4 b 0 c Coeficiente de Variação (%) - 56,2 43,8 38,3 1 Médias seguidas pela mesma letra, na coluna e para cada cultivar, não diferem significativamente pelo teste de Duncan a 5% de probabilidade do erro. A análise estatística se refere aos dados transformados em arco seno x/100. 205
Os tratamentos com a aplicação exclusiva de tembotriona ou de atrazina+tembotriona em pós-emergência resultaram em níveis de fitotoxicidade similares àquelas da aplicação combinada com os herbicidas em pré-emergência (Tabela2). Na aplicação exclusiva em pósemergência, a de atrazina+tembotriona resultou em valores superiores à de tembotriona, especialmente aos 7 DATpós, para os três cultivares de sorgo. Nota-se também que nestas aplicações o nível de fitotoxicidade foi mais intenso aos 7 DATpós, reduzindo nas demais avaliações, o que demonstra que as plantas se recuperaram do dano causado. Tabela 2. Fitotoxicidade (%) de herbicidas aplicados em pré-emergência (Pré) e/ou em pósemergência (Pós) de cultivares de sorgo aos 7, 14 e 21 dias após a aplicação dos herbicidas em pós-emergência (DATpós) ou 41, 48 e 55 dias após a semeadura da cultura (DAS). Tratamentos Dose (g ha -1 ) Momento de aplicação 7 DATpós (41 DAS) 14 DATpós (48 DAS) 21 DATpós (55 DAS) ------- Cultivar BRS 506 ------- Flumioxazina 50 Pré 0 c 6 0 c 0 b Atz 1 + S-metolacloro 1665 + 1305 Pré 0 c 0 c 2 ab Flum 2 / Tembotriona 50 / 100,8 Pré / Pós 18 ab 4 ab 2 ab Atz 1 + S-met 3 /Temb 4 1665 + 1305 / 100,8 Pré / Pós 30 a 4 ab 3 a Tembotriona 100,8 Pós 12 b 3 b 1 b Atz 1 + Tembotriona 1500 + 100,8 Pós 30 a 5 a 2 ab Testemunha - - 0 c 0,0 c 0 b C.V. 5 (%) - - 42,7 22,3 65,9 ------- Cultivar BRS 509 ------- Flumioxazina 50 Pré 0 d 0 d 0 b Atz 1 + S-metolacloro 1665 + 1305 Pré 0 d 0 d 1 ab Flum 2 / Tembotriona 50 / 100,8 Pré / Pós 8 c 2 b 2 a Atz 1 + S-met 3 /Temb 4 1665 + 1305 / 100,8 Pré / Pós 16 b 2 b 2 a Tembotriona 100,8 Pós 4 c 1 bc 0 b Atz 1 + Tembotriona 1500 + 100,8 Pós 42 a 9 a 2 a Testemunha - - 0 d 0,3 cd 0 b C.V. 5 (%) - - 37,5 46,5 54,4 ------- Cultivar BRS 511 ------- Flumioxazina 50 Pré 1 c 0 c 1 a Atz 1 + S-metolacloro 1665 + 1305 Pré 0 c 0 c 2 a Flum 2 / Tembotriona 50 / 100,8 Pré / Pós 8 b 2 ab 2 a Atz 1 + S-met 3 /Temb 4 1665 + 1305 / 100,8 Pré / Pós 26 a 4 a 2 a Tembotriona 100,8 Pós 7 b 1 b 2 a Atz 1 + Tembotriona 1500 + 100,8 Pós 16 ab 4 ab 3 a Testemunha - - 1 c 0 c 1 a C.V. 5 (%) - - 41,5 51,8 48,6 1 Atz (Atrazina); 2 Flum (Flumioxazina); 3 S-met (S-metolacloro); 4 Temb (Tembotriona); 5 C.V. (coeficiente de variação); 6 Médias seguidas pela mesma letra, na coluna e para cada cultivar, não diferem significativamente pelo teste de Duncan a 5% de probabilidade do erro. A análise estatística se refere aos dados transformados em arco seno x/100. 206
A aplicação de tembotriona sobre as plantas de sorgo resultou no sintoma clássico de herbicidas inibidores da enzima HPPD, ou seja, o branqueamento das folhas, visualizado com mais intensidade aos 7 DATpós, sendo de 12%, 4% e 7% para os cultivares BRS 506, BRS 509 e BRS 511, respectivamente. Em decorrência dos níveis de fitotoxicidade aceitáveis e da recuperação das plantas ao longo das avaliações, a tembotriona se constitui numa alternativa potencial para o controle de plantas daninhas em pós-emergência na cultura do sorgo. A matéria seca da parte aérea (MSPA) das plantas de sorgo, nos três cultivares, não foi alterada significativamente pelos herbicidas aplicados somente em pré-emergência, pela combinação de herbicidas pré com pós-emergentes e nem pelos herbicidas aplicados exclusivamente em pós-emergência (Tabela 3). Mesmo sem haver diferenças significativas, as variações da MSPA em relação a testemunha ficaram entre 79 e 108% para o cultivar BRS 506, 72 e 88% para o cultivar BRS 509 e 105 e 116% para o cultivar BRS 511. Tabela 3. Matéria seca da parte aérea de plantas (MSPA) dos cultivares de sorgo na colheita. Tratamentos Momento Dose MSPA MSPA (g ha -1 de ) (kg ha -1 ) (%) aplicação --- Cultivar BRS 506 --- Flumioxazina 50 Pré 15.194 ns 94 Atz 1 + S-metolacloro 1665 + 1305 Pré 17.568 108 Flum 2 / Tembotriona 50 / 100,8 Pré / Pós 12.727 79 Atz 1 + S-met 3 /Temb 4 1665 + 1305 / 100,8 Pré / Pós 17.285 107 Tembotriona 100,8 Pós 13.764 85 Atz 1 + Tembotriona 1500 + 100,8 Pós 14.483 89 Testemunha - - 16.198 100 C.V. 5 (%) - - 20,7 --- Cultivar BRS 509 --- Flumioxazina 50 Pré 15.530 ns 73 Atz 1 + S-metolacloro 1665 + 1305 Pré 15.999 76 Flum 2 / Tembotriona 50 / 100,8 Pré / Pós 15.309 72 Atz 1 + S-met 3 /Temb 4 1665 + 1305 / 100,8 Pré / Pós 18.691 88 Tembotriona 100,8 Pós 16.305 77 Atz 1 + Tembotriona 1500 + 100,8 Pós 16.847 80 Testemunha - - 21.142 100 C.V. 5 (%) - - 26,1 --- Cultivar BRS 511 --- Flumioxazina 50 Pré 19.023 ns 109 Atz 1 + S-metolacloro 1665 + 1305 Pré 19.657 113 Flum 2 / Tembotriona 50 / 100,8 Pré / Pós 20.308 116 Atz 1 + S-met 3 /Temb 4 1665 + 1305 / 100,8 Pré / Pós 19.872 114 207
Tembotriona 100,8 Pós 18.362 105 Atz 1 + Tembotriona 1500 + 100,8 Pós 18.931 108 Testemunha - - 17.446 100 C.V. 5 (%) - - 23,3 1 Atz (Atrazina); 2 Flum (Flumioxazina); 3 S-met (S-metolacloro); 4 Temb (Tembotriona); 5 C.V. (coeficiente de variação); 6 Médias seguidas pela mesma letra, na coluna e para cada cultivar, não diferem significativamente pelo teste de Duncan a 5% de probabilidade do erro; ns Teste F da análise de variância não significativo a 5% de probabilidade do erro. CONCLUSÃO Os herbicidas flumioxazina (50 g ha -1 ) e tembotriona (100,8 g ha -1 ) são seletivos aos cultivares de sorgo BRS 506, BRS 509 e BRS 511. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FRANS, R.; TALBERT, R.; MARX, D.; CROWLEY, H. Experimental design and techniques for measuring and analyzing plant responses to weed control practices. In: CAMPER, N.D. Research methods in weed science. 3rd ed. Champaign: Southern Weed Science Society, 1986, p. 29-46. RATNAVATHI, C. V. et al. Study on genotypic variation for ethanol production from sweet sorghum juice. Biomass and Bioenergy, v. 34, n. 7, p. 947-952, 2010. RODRIGUES, B. N.; ALMEIDA, F. S. Guia de herbicidas. Londrina: UEL, 2011. SILVA, A. F. et al. Manejo de plantas daninhas. In: BORÉM, A. et al. (Eds.). Sorgo: do plantio à colheita. Viçosa: UFV, 2014a. SILVA, C. et al. Interferência de plantas daninhas na cultura do sorgo sacarino. Bragantia, v. 73, n. 4, p. 438-445, 2014b. 208