Rua São Francisco Xavier, 524, Sala 4001-A, Maracanã, Rio de Janeiro, CEP Telefax: (0xx21)

Documentos relacionados
English version at the end of this document

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA E GEOQUÍMICA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

PROCESSOS OCEÂNICOS E A FISIOGRAFIA DOS FUNDOS MARINHOS

Geologia para Ciências Biológicas

SEDIMENTOS MARINHOS TERRÍGENOS BIOGÊNICOS AUTIGÊNICOS COSMOGÊNICOS VULCANOGÊNICOS

English version at the end of this document

Hidráulica Fluvial e Marítima

GEOMORFOLOGIA DO QUATERNÁRIO

Importância dos oceanos

UNIVERSIDADE TÉCNICA DE MOÇAMBIQUE DIRECÇÃO ACADÉMICA PLANIFICAÇÃO SEMESTRAL

Curso de Pós-Graduação Princípios e Aplicações do Magnetismo Ambiental (--- 2 créditos ---)

Palavras-chave: hidrodinâmica de fundo; oscilações da AMOC; deposição de sedimentos; sortable silt

NOTA: Abordagem do estudo físico dos oceanos: Sinóptica (descritiva) ou Dinâmica (teórica).

PALEOCEANOGRAFIA ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS OCEÂNICOS PRINCIPALMENTE AO LONGO DOS ULTIMOS 200 MILHÕES DE ANOS

MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL - MARINHA

GUIA DE FUNCIONAMENTO DA UNIDADE CURRICULAR

UENF - COORDENAÇÃO ACADÊMICA -

45 mm ESTIMATIVAS DE TEMPERATURA E SALINIDADE DA SUPERFÍCIE DO MAR PARA OS ÚLTIMOS ANOS NA MARGEM CONTINENTAL NORDESTE DO BRASIL

PROGRAMA DE DISCIPLINA

ANÁLISE DE UM EPISÓDIO HISTÓRICO

GEOLOGIA E GEOMORFOLOGIA: AGENTES EXTERNOS MÓDULO 07

4 maiores sistemas de drenagem Segundo maior rio da China. Bayankala Mountains 5267 m Divisor do Rio Amarelo e do Yang Tsze

1.1. Abordagem Paleoceanográfica

PROGRAMA ANALÍTICO E EMENTA DE DISCIPLINA DA PÓS GRADUAÇÃO

MODELO DE IDADE COM 230 Th E 234 U E INFLUÊNCIA DE CICLOS ORBITAIS EM UM TESTEMUNHO MARINHO QUATERNÁRIO

English version at the end of this document

SUMÁRIO. Capítulo 6 - Vulcanismo Os vulcões como geossistemas Os depósitos vulcânicos Os estilos de erupção e as formas de relevo vulcânico

PROGRAMA ANALÍTICO E EMENTA DE DISCIPLINA DA PÓS GRADUAÇÃO

NORMAS COMPLEMENTARES UNIDADE ACADÊMICA ESPECIAL DE ENGENHARIA REGIONAL CATALÃO

ECTS: 6 Carga horária: T: 2:00 h; PL: 3:00 h; OT: 1:00 h; Área Científica: Geologia;

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE TECNOLOGIA Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental - PPGEAmb

Análise fitolítica e palinologia: vegetação e clima na costa norte do Espírito Santo, Brasil

PROCESSOS DE MISTURA NA REGIÃO COSTEIRA

Disciplina: Geologia Geral

CICLOS ORBITAIS OU CICLOS DE MILANKOVITCH

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Nº 504

Como se estuda o clima do passado?

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS INSTITUTO DE FÍSICA COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO

GEOLOGIA GERAL CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

A SEQÜÊNCIA HOLOCÊNICA DA PLATAFORMA CONTINENTAL CENTRAL DO ESTADO DA BAHIA (COSTA DO CACAU)

Evolução da estratigrafia e unidades estratigráficas

PONTOS PARA AS PROVAS ESCRITA E DIDÁTICA

PROPRIEDADES SEDIMENTOLÓGICAS E MINERALÓGICAS DAS BARREIRAS COSTEIRAS DO RIO GRANDE DO SUL: UMA ANÁLISE PRELIMINAR.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS INSTITUTO DE CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA PROGRAMA DE DISCIPLINA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO Data: 01/09/2016 Currículo de Cursos Hora: 10:23:36

Metereologia, Oceanografia e Geofísica. OBJECTIVOS O conteúdo programático apresenta um carácter generalista, e de âmbito

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI PRÓ-REITORIA DE GESTÃO DE PESSOAS

TEMPO CLIMA. num dado local ou região (definido através dos valores das variáveis meteorológicas).

Rampa. Plataforma protegida. (In Törnqvist, 2006) Ambientes Sedimenatres, A. Azerêdo, FCUL

Escopo do Grupo de Trabalho 1 Base Científica das Mudanças Climáticas

ANÁLISE MULTIVARIADA DE FORAMINÍFEROS NA SUBSUPERFICIE DO TALUDE CONTINENTAL INFERIOR DO ESTADO DA BAHIA

Salvar os oceanos. Escola Básica e Secundária de Muralhas do Minho, Valença. A. Lê Conhecer o Oceano princípio 1 e completa as palavras cruzadas.

Programa Analítico de Disciplina CIV331 Geologia de Engenharia

Anexo II Resolução nº 133/2003-CEPE

Aula 1 Introdução. Prof. Dr. Mauricio M. Mata. Laboratório de Estudos dos Oceanos e Clima (LEOC) 1º SEM Terça-feira 14:00/16:00h, sala 2119

2. MATERIAL E MÉTODOS

GEOLOGIA GERAL GEOGRAFIA

NATUREZA E EVOLUÇÃO DE SISTEMAS DE CANAIS SUBMARINOS

TERRA: FEIÇÕES ILUSTRADAS 1

Depto.Oceanografia Física, Química e Geológica, Instituto Oceanográfico-IOUSP 2

Palavras-chave: Paleoceanografia. Matéria Orgânica. Isótopos estáveis de carbono. Isótopos estáveis de nitrogênio. Derivados de clorofila.

RELEVO BRASILEIRO: Continental e submarino. Prof. Esp. Franciane Borges

FORAMINÍFEROS PLANCTÔNICOS E SEDIMENTOLOGIA DE CABO FRIO-RJ NOS ÚLTIMOS 13

Para entender a Terra

PLANO DE ENSINO MÉTODOS ESTATÍSTICOS II. 1) IDENTIFICAÇÃO Disciplina: Método Estatístico II Código da Disciplina:

PLANO DE ENSINO Código Disciplina Horas/Aula GCN 7014 Recursos Minerais Marinhos 72 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

GEOMORFOLOGIA GERAL E DO BRASIL

1º. ProjESimpósio de setembro 2013 RNV Linhares, ES

EDITAL DE SELEÇÃO 001/2017 PROVA DE CONHECIMENTOS Data: 07/12/2017 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: GEOLOGIA MARINHA

A Terra, um planeta muito especial

ECTS: 6 Carga horária: T: 2:00 h; TP: 2:00 h; OT: 1:00 h; Área Científica: Geologia;

PALEOPLUVIOSIDADE DO SUL E SUDESTE BRASILEIRO DURANTE OS ÚLTIMOS SEIS CICLOS GLACIAIS-INTERGLACIAIS A PARTIR DE REGISTROS ISOTÓPICOS EM ESPELEOTEMAS

Ambientes tectônicos e sedimentação

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Nº 503

English version at the end of this document

ISÓTOPOS DE Nd NA PROVENIÊNCIA DE ROCHAS E SEDIMENTOS ENTRE AS PRAIAS DE TABATINGA E GENIPABU-RN, NE DO BRASIL

English version at the end of this document

Disciplina: Mineralogia do Solo

Geografia do Turismo. apresentação da disciplina. objectivos programa metodologia avaliação calendarização bibliografia

PROGRAMA DE ENSINO. 3 quadrimestre Área de Concentração AQUISIÇÃO, ANÁLISE E REPRESENTAÇÃO DE INFORMAÇÕES ESPACIAIS

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA E ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRICULTURA TROPICAL

English version at the end of this document

Alterações Climáticas e Cenários para o Algarve

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE Decanato Acadêmico

1. INTRODUÇÃO 1.1 Considerações Iniciais

O que é hidrografia? É o ciclo da água proveniente tanto da atmosfera como do subsolo.

O LIMITE PLEISTOCENO/HOLOCENO NO CAMPO MARLIM LESTE DA BACIA DE CAMPOS-RJ, COM BASE NA BIOESTRATIGRAFIA DE FORAMINÍFEROS PLANCTÔNICOS

10º ANO - GEOLOGIA A TERRA, UM PLANETA A PROTEGER

Programa Analítico de Disciplina ENF445 Proteção Contra Incêndios Florestais

Hidrografia. É uma parte da geografia física que classifica e. Seu estudo abrange portanto oceanos, mares, geleiras, água do subsolo, lagos, água da

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS DA TERRA CURSO DE GEOLOGIA NOME DO ALUNO TÍTULO DO PROJETO

Contraste geoquímico e mineralógico entre os sedimentos da crista da ilha Terceira e do monte submarino Great Meteor

PLANO DE ENSINO Código Disciplina Horas/Aula GCN 7014 Recursos Minerais Marinhos 72 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE DEPARTAMENTO DE PLANO DE ENSINO SEMESTRE

45 mm PALEOQUEIMADAS NO HOLOCENO DA REGIÃO DE CABO FRIO, RJ

FISB24 Oceanografia Física. Mauro Cirano

Organização da Disciplina Controle de Processos 2

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS INSTITUTO DE CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA PROGRAMA DE DISCIPLINA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ EMBRAPA AMAZÔNIA ORIENTAL

Transcrição:

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANÁLISE DE BACIAS E FAIXAS MÓVEIS EMENTA DE DISCIPLINA NOME DA DISCIPLINA: Topicos Especiais em Estratigrafia - Utilização de multiproxies em estudos paleoclimáticos e paleoceanográficos CARGA HORÁRIA: 45 Nº DE CRÉDITOS: 3 CATEGORIA: eletiva PROFESSOR RESPONSÁVEL: Virgínia Martins CONTEXTO: Os processos que envolvem mudanças climáticas, produtividade e seu registro nos fundos oceânicos apresentam alta complexidade, e grande dificuldade na interpretação adequada do registro geológico. Por isso, revisões ou sínteses sobre reconstituições paleoclimáticas e paleoceanográficas recomendam o desenvolvimento de estudos multidisciplinares integrados, de alta resolução, utilizando vários indicadores ambientais (multi-proxies), a fim de eliminar o maior número possível de incertezas. Os estudos paleoceanográficos exigem um bom conhecimento de geologia marinha, do funcionamento do sistema atmosfera/oceano na atualidade e ao longo da história da Terra. OBJETIVOS: O curso tem como objetivo fornecer aos alunos formação sobre: a) os aspetos geológicos e de funcionamento do oceano e das bacias oceânicas na atualidade e no decurso da história da Terra, com enfoque sobretudo no Pleistoceno; b) a aplicação de proxies paleoceanográficos e paleoclimáticos em reconstituições paleoambientais. Num exercício prático os alunos serão convidados a aplicar dados reais a um caso de estudo paleoclimático e paleoceanográfico. CONTEÚDO: 1. Geologia Marinha 1.1. Relevo submarino e margens continentais. Principais províncias fisiográficas das bacias oceânicas 1.2. Natureza dos sedimentos marinhos. Propriedades físicas e geoquímicas dos sedimentos marinhos. Sedimentos terrígenos, biogênicos, autigênicos e vulcanogênicos.

1.3. Padrões gerais de distribuição de sedimentos em margens continentais e bacias oceânicas. 1.4. Composição e distribuição da matéria orgânica nos fundos marinhos. Processos pósdeposicionais. 1.5. Mineralogia de sedimentos marinhos. Origem, composição e distribuição dos recursos minerais marinhos. 1.6. Sistemas deposicionais neríticos e pelágicos: plataforma continental; talude continental; rampa continental ou glacis continental; canyons, planícies abissais 2. Os envelopes fluidos do Planeta Terra: clima/oceanografia, paleoclima/paleoceanografia 2.1. Balanço radiativo da Terra 2.2. Circulação oceânica global; características das principais massas de água do oceano global; circulação oceânica superficial e circulação oceânica profunda; as maiores correntes oceânicas do Atlântico 2.3. Interação atmosfera/oceano: influência das monções El Niño Southern Oscillation, Oscilação do Atlântico Norte na circulação oceânica 2.4. Fluxos globais e circulação oceânica profunda. 2.5. As grandes etapas do clima da Terra. 3. Mudanças climáticas ocorridas durante o Pleistocénico (1,8 MA a 10.000 anos BP) 3.1 O Pleistocénico: Glaciações e períodos inter-glaciares Pleistocénicos. Causas possíveis das mudanças climáticas. Registos Pleistocénicos: sedimentos do oceano profundo; sequências de loess; testemunhos de gelo; relação entre registos continentais e oceânicos. A extensão dos glaciares e das plataformas geladas: na América do N; Ilhas Britânicas; na Europa e Ásia; nos continentes do hemisfério Sul. O Permafrost e sua extensão durante o Pleistocénico. Loess formação e distribuição. Ambientes do Pleistoceno nas baixas latitudes: a antiguidade dos desertos; a intensificação Pleistocénica da aridez; poeiras em testemunhos oceânicos; dunas fósseis; lagos pluviais; mudanças da flora e da fauna nos trópicos. 3.2. Mudanças Ambientais Pós-Glaciais. Um Holoceno estável? Oscilações climáticas Holocénicas. Subdivisões do clima durante o Holoceno. O evento de 8.200 anos cal BP. Os eventos pós-glaciais: ótimos climáticos e as neoglaciações (o Pequeno Ótimo Climático e a Pequena Idade do Gelo); mudanças ambientais durante o período dos registos meteorológicos.

3.3. Mudanças do Nível do mar. Fatores eustáticos; causas locais das mudanças do nível do mar. Consequências das mudanças do nível do mar: na configuração do litoral, na morfologia costeira; no regime hidrográfico; no fornecimento de sedimentos ao litoral; nos processos oceânicos costeiros; na dinâmica sedimentar; na paleoprodutividade oceânica; 3.4. Mudanças ambientais associadas á evolução do homem e da sociedade 3.5. Causas de mudanças climáticas 4. Fontes de informação paleoclimática e paleoceanográfica 4.1. Fontes de evidências para a reconstrução de Ambientes passados: evidências terrestres; oceânicas, plataformas geladas, cronologias e correlação 4.2. Dados texturais. Sortable Silt traçador da velocidade das correntes oceânicas? 4.3. Dados mineralógicos; a importância dos argilominerais e de seu estudo 4.4. Dados bio-geoquímicos: conteúdo de carbono orgânico total dos sedimentos; razão C/N ou C/S; composição geoquímica do sedimento (concentração de elementos químicos; isótopos estáveis e radiogénicos); geoquímica em carapaças de foraminíferos (composição isotópica; microelementos); biomarcadores moleculares. 4.5. Cronologia dos fenómenos ocorridos 4.6. Proxies biogénicos traçadores de mudanças: na circulação oceânica superficial e profunda, em processos oceanográficos; na paleoprodutividade e na paleotemperatura. Enfoque dado aos foraminíferos. 5. Trabalho Prático: O trabalho prático consiste numa abordagem multiproxy aplicada ao estudo de mudanças paleoclimáticas e paleoceanográficas durante um período da História da Terra. Tem como proposta a aplicação de técnicas sedimentológicas (ex. granulometria, mineralogia e geoquímica), micropaleontológicas (ex. foraminíferos), no entendimento de mudanças na dinâmica sedimentar, na circulação oceânica e na produtividade oceânica. BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA: Anderson, D.E., Goudie, A.S., Parker, A.G., 2007. Global Environments through the Quaternary. Exploring Environmental Change. Oxford University Press, 359 p.

Anderson, G.B., Borns Jr., H.W., 1994. The Ice Age World. An introduction to Quaternary history and research with emphasis on North America and Northern Europe during the last 2.5 million years. Scandinavian University Press, Oslo Norway, 208 pp. Bengtsson, L., Enell, M., 1986. Chemical analysis. In Berglund, B. E. (ed.), Handbook of Holocene Palaeoecology and Palaeohydrology. John Wiley & Sons Ldt., Chichester, 423 451. Berger, W.H., Labeyrie, L. D. (Eds.), 1987. Abrupt Climatic Changes: evidence and implications. D. Reidel Publishing Company, Boston, 425 pp. Bischof, J., 2000. Ice drift, ocean circulation and climate change. Springer-Praxis Books in Environmental Sciences, UK, 215 p. Bradley, R.S., 1999. Paleoclimatology: Reconstructing climates of the Quaternary. International Geophysics Series, Renata Dmowska & James R. Holton (eds.), 2.ª ed., Academic Press, 613 p. Brassell S.C., 1993. Applications of biomarkers for delineating marine paleoclimatic fluctuations during the Pleistocene. In Organic Geochemistry (Eds. M.H. Engel & S.A. Macko), pp. 699-738, Plenum Press, New York. Chaline, J., 1985. Histoire de l Homme et des climats au Quaternaire. Doin Edit, Paris, 366 pp. Chamley, H., 1989. Clay sedimentology. Springer-Verlag, New York, 623 pp. Colling, A. (Ed.) 2004. Ocean Circulation. The Open University. 2nd edition (2001; reprinted with corrections in 2004), 286 p. Crowley, T.J., North, G.R., 1991. Paleoclimatology. Oxford Monographs on Geology and Geophysics, vol. 18, 349 pp. Dalfes, H. N., Kukia, G., Weiss, H. (Ed.), 1997. Third Millennium BC Climate Change and Old World Collapse. Springer, 229 pp. Ehlers, J., 1996. Quaternary and glacial geology. Published by John Wiley & Sons, 578 pp. Erickson, J., 2003 (rev. Ed.). Marine Geology: Exploring the New Frontiers of the Ocean. Facts on File science library. The Living Earth Series, New York: Checkmark, 317 p. Gomes, C. S. F., 1989. Argilas: o que são e para que servem. Fundação Caloust Gulbenkian, Lisboa, 457 pp. Gribin, J., Lamb, H. H., 1978. Climatic change in historical times. In Gribin, J. (Ed.), Climatic Change, Cambridge Univers. Press, Cambridge, pp. 68-82. Grove, J. M., 2001. The Little Ice Age. Routledge, London and York (2.ª ed.), 498 pp.

Hansell D. A., Carlson C. A. (Eds.), 2002. Biogeochemistry of Marine Dissolved Organic Matter. Academic Press, 774 p. Hughes, M. K., Diaz, H. F. (Eds.), 1994. The Medieval Warm Period. Kluwer, Dordrecht. Kennett, J., 1982. Marine Geology. Prentence Hall, Upper Saddle River, New Jersey, 813 p. Lamb, H. H., 1977. Climate. Present, past and future, vol. 2. Climate history and the future. Methen, 835 pp. Lopez-Vera, F., 1986. Quaternary Climate in Western Mediterranean. Ed. F. Lopez-Vera, Univ. Auton., Madrid. Lowe, J.J., Walker, M.J.C., 1994. Reconstructing Quaternary Environments. Longman, 446 p. Moore, P.D., Chalonews, B., Stott, P., 1996. Global Environmental Change. Blackwell Science, 244 pp. Murray, J.W., 1991. Ecology and palaeoecology of benthic foraminifera. London, Longman Scientific & Technical, 397 pp. Nesje A., Dahl, S.O., 2000. Glaciers and environmental change. In Bradley, R. S., Roberts, N., Williams, M. A. J. (Eds.), Arnold, London, 203 pp. Plummer, C., Diane Carlson, D., Hammersley, L., 2009. Physical Geology. McGraw-Hill, 644 p. Seibold, E., 1993. The Sea Floor. Springer-Verlag Berlin Heidelberg. Siegert, M. J., 2001. Ice sheets and late Quaternary environmental change. John Wiley & Sons, Ltd., 231 pp.