Cartazes feitos pelos alunos Ana Carolina Augusto e Iriny Amerssonis Cartaz baseado na Roda da Fortuna, idéia filosófica de que a vida é como uma roda que gira: o que está em cima vai para baixo e vice-versa. No caso do filme, os altos e baixos representam respectivamente o sucesso e o fracasso na vida profissional do protagonista. O personagem principal se posiciona no topo da roda, demonstrando o seu sucesso e o alto que atingiu. Porém, no filme vimos que todos os personagens coadjuvantes sofrem esse ciclo, seja por conflitos internos e emocionais ou externos. A tipografia remete aos tipos de máquina de escrever da época e a cor vermelha representa o perigo e a força que a roda pode apresentar
Audrey Trotra e Mariana de Moraes O cartaz mostra o medo e receio através do olho arregalado ocupando quase a página inteira. O olho, que representa a vida, mostra um relógio na pupila, elemento muito presente no filme, que representa a morte, reforçando esse paradoxo. O brilho mostrado na pupila interrompe o tempo do relógio, simbolizando a pausa no tempo que acontece quando Norville pula tentando se matar. O medidor de frequência cardíaca é outro elemento que simboliza a vida e a morte, e tem forma de skyline pois é o principal lugar onde a trama acontece, Nova Iorque. Esse medidor está disposto bem embaixo do relógio, dando a relação entre o prédio e ele, a empresa Hudsucker, de onde os presidentes pulam.
Camila Costa e Marcela Peloso O cartaz apresenta os principais elementos significativos e contextuais do filme. O fundo remete ao papel que Norville carrega em seu bolso durante a maior parte do filme, com a sua grande idéia do círculo, e o amassado, mostra sua fragilidade. O círculo ao centro representa o círculo de Norville, além do sentido da eternidade, de ciclo. A cidade, Nova Iorque. A neve, a época. O bambolê, a inocência de Norville. O relógio, o tempo controlado no filme, desde o relógio do edifício Hudscucker que tinha o poder de parar o tempo, até as ações da empresa chegando, as tempestades de neve, as edições novas dos jornais etc. O dinheiro, a ganância. O vidro quebrado, os grandes acontecimentos do filme passados nas janelas. Uma tipografia arredondada, criativa, inocente, algo que dá mais movimento, pensada justamente para ligar as características do personagem principal.
Caroline Vapsys e Sylvia Junqueira O relógio com uma estampa de dinheiro quer demonstrar que na verdade o tempo é a verdadeira roda da fortuna. Ele dá voltas e cada vez que faz isso corremos o risco de perder ou ganhar, o que também é reforçado pelo gráfico representado no cartaz. O bambolê, no centro do cartaz, indica que mesmo as idéias mais simples se construídas com os motivos corretos e com muito empenho podem ter sucesso.
Celso Sgarbi e Gabriel Semedo O cartaz mostra círculos coloridos caindo, remetendo aos bambolês, a roda da fortuna para a empresa Hudsucker que, por sua vez, remete às cenas em que o presidente Hudsucker e o protagonista Norville Barnes se jogam do penúltimo andar prédio da empresa. O fundo cinza e a tipografia ilustram a pretensa seriedade da empresa.
Cindy Honda e Marina Ferreira Os elementos gráficos fazem a releitura do filme, além do uso de contrates e da brincadeira com a tipografia. O contraste das cores significa o contraste apresentado no filme. As cenas surreais e engraçadas foram retratadas como o título do filme bamboleando, os bambolês passam a idéia do círculo, a continuidade, a oscilação das ações e também mostra o anteprojeto de Norville.
Fernanda Barcellini e Juliana Albuquerque A cor vermelha do título remete a aspectos importantes do filme, como por exemplo, o bambolêe o frisbee, duas invenções de Norville que fizeram com que ele e a empresa Hudsucker atingissem o auge. A silhueta branca sobre o fundo preto dá a idéia de vida e morte, da empresa e dos personagens. Os círculos vermelhos, ícones do bambolê, envolvem as imagens dos atores. A imagem do relógio do prédio remete à passagem do tempo, marcando a hora em que Norville estava caindo do prédio.
Gabriela Thobias e Livia Uezato O cartaz foi feito como se fosse a carta azul, tão temida no filme, mas que continha informações boas e surpreendentes. As informações do cartaz estão dispostas como se fossem escritos da própria carta. As ilustrações dos atores são como carimbos redondos, para representar também as formas circulares que estão sempre presente no filme e que são comumente usados em cartas. O fundo marrom remete ao avental marrom usado por Norville no começo do filme, quando era apenas um entregador na Hudsucker e depois à sua mesa de presidente da empresa.
Luara Andrade Arabi O cartaz apresenta 3 significantes de forma circular, a visão frontal de um charuto, a silhueta de uma cidade e a marca circular de café, tendo como seus significados conotativos o poder, o capitalismo e o acaso/destino, respectivamente. Formando um triângulo, símbolo da ascensão, os três se dispõem equïdistantes em torno de um círculo maior que representa um relógio, cujos ponteiros são a silhueta de um homem de ponta cabeça, indicando a cena na qual o personagem do filme cai do prédio e tendo como significados o tempo e o declínio. A letra O em vermelho faz analogia com os elementos circulares vermelhos do filme, fundamentais para a compreensão da mensagem. A linguagem deste cartaz dialoga com a estética dos cartazes da época que se passa o filme e faz uma referência ao cartaz do filme Vertigo, de 1958, data na qual se passa Na Roda da Fortuna. O cartaz de Vertigo virou um marco no estilo gráfico de cartazes dos anos 50 e, por curiosidade, também influenciou no estilo do cartaz do último filme dos irmãos Coen, Queime Depois de Ler.