O computador que faz e conta piadas.

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Domingos Capistrano Graça
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1 O computador que faz e conta piadas. Se vocês pensam que só os humanos contam piadas estão enganados, computadores também tem censo de humor. Apresento-lhes os meus computadores:- O computador principal com os seus dois monitores (O pc cômico). O computador reserva (desligado) e seu monitor com o tablet.

2 O monitor principal com teclado e o Hal9000, silencioso nas sombras à esquerda. Localzinho meio bagunçado né?! Mas eu tenho o costume de me sair bem em meio ao CAOS, mesmo sem a ajuda dos agentes do CONTROLE e da 99. Bem, deixando de lado as piadas (estas minhas) voltemos ao tema que é o meu humorista de plantão chipado pela Intel e rodeado de periféricos que só Deus sabe de onde vieram verdadeiramente. Eu tenho um diretório com 698 arquivos em 183 subdiretórios (pastas) com 273,7 MIB que está à disposição do sistema operacional para usar como plano de fundo (papel de parede) nos dois monitores, cada um de per si e randomicamente. Qual fundo colocar e em que monitor é uma decisão exclusiva do sistema operacional que observa apenas o tempo limite máximo de 10 minutos para exibição, que determinei na configuração do aplicativo de controle dos monitores. Eu decidi que assim seria e assim instruo todas as minhas máquinas. Eu não acho que a liberdade de escolha é só para mim, as minhas máquinas também são bem livres em suas decisões. Associa-se a isso fatores externos que independem da minha vontade e do controle das minhas máquinas, como descontinuidade no valor da corrente elétrica que as alimenta e outras forças eletromagnéticas (ou não) que até elas conseguem chegar ou que via de regra as acedia quando em funcionamento, mesmo assim eu não tenho dúvidas que elas são bem estáveis em todos os sentidos. Mas, apesar de tudo e até mesmo da lógica, há momentos em que eu posso até jurar que elas tem uma personalidade própria e única, por mais absurdo que isso possa parecer aos olhos de incautos e desavisados humanos. Já ha algum tempo tenho notado uma combinação sui generis na relação entre as imagens de fundo dos meus dois monitores.

3 Inicialmente não dei muita atenção ao fato, posto que a lógica me dizia que era apenas uma coincidência randômica feita por uma simples máquina. Vai daí eu comecei a notar que a minha máquina começou a trocar de plano de fundo na maioria das vezes que eu saia de um aplicativo e entrava na área de trabalho. Também não dei atenção pois poderia com certeza ser uma coincidência temporal entre os meus movimentos e a contagem de tempo do processador, pois a previsão para a troca de plano de fundo é para cada 10 minutos para ambos os monitores e como os dois são acionados ao mesmo tempo pelo computador a troca é sempre simultânea em ambos os dois. Claro que há uma diferença de tempo entre as mudanças, mas ela é desprezível aos olhos e sentidos de humanos normais e saudáveis. Quando a minha curiosidade ficou aguçada, eu passei a sempre que me deslocava para uma área de trabalho, se via apenas o plano de fundo de um monitor eu chamava o segundo monitor também para a área de trabalho só pára ver o que estava em seu plano de fundo. Lembrem-se a troca é a cada dez minutos mas as imagens não devem ser as mesmas pois a escolha delas é feita de maneira independente pelo sistema operacional em 698 imagens, duas imagens iguais é sempre uma exceção e não a regra, Quando comecei a fazer isso nada vi de estranho no decorrer do tempo e nem mesmo com o aumento do número de vezes em que isso eu fazia, o que era de se esperar. Até que uns dias atrás quando eu fiz isso, uma das telas mudou e a outra não o que não era de se esperar nem mesmo lógico pois não coincidia com a programação que eu havia ditado. Fui verificar de imediato e tudo estava como eu havia programado para ser, voltei à área de trabalho e tudo aconteceu de novo e desta vez com cara de gozação vejam só:- O Rémy aponta, rindo, para o momento onde Prometeu apresenta a Atena, no Olimpo, a sua criação, o Homem Na cena original o rato Rémy aponta para um ciclista que ao vê-lo fazendo isso descontrola-se e choca-se com a traseira do carro azul que faz parte desta cena. Agora, o Rémy aponta rindo para uma situação de cafuné que Atena faz na cabeça do homem que Prometeu fez, durante a sua apresentação aos deuses do Olimpo.

4 E não ficou só nisso não. Alguns dias depois, eis que topo com uma nova ocorrência nos mesmos moldes da anterior. O Rémy aponta rindo para a modelo no outro monitor que o olha como se ele não existisse ou, quiça, pensando algo mais ou menos assim:- rato idiota!. Na minha rotina diária, já a um mês mais ou menos, vinha sempre que possível assistindo pela enésima vez o filme 2001: Space Odissey de Agora, hoje, depois de outras tantas combinações de planos de fundo por mim já vistas e não menos hilárias que as anteriores e enquanto assitia pela o referido filme, o Remy apareceu de novo no monitor da esquerda, parei pela quaquilhonésima vez o filme, mudei para a área de trabalho 4 que nada tinha em operação para ver o que o piadista do meu servidor estava aprontando desta vez e olha só a surpresa, vejam o tema de fundo das duas telas juntas:- Voltei para a área de trabalho 1 e salvei a imagem do monitor da esquerda com a cena do filme olha só no que deu:

5 Faz parte deste diretório com 698 arquivos o subdiretório 2001 com 30 cenas e mais 3 montagens minhas deste mesmo filme para ser usadas como plano de fundo dos os meus monitores e esta cena era uma delas, é a foto cenas de 2001 uma odisseia no espaço 129.png Agora, um pensamento meu já antigo, pode começar ser posto em prática. Eu, que já vinha estudando um meio ao meu gosto, de usar comandos de voz para as minhas máquinas, agora pretendo ensinar o meu computador a falar o nosso idioma pátrio de forma que a sua fala venha a fazer algum sentido. E sabe de uma coisa? Pelo que eu já sei a respeito do tema, eu acho que é uma ideia viável, é possível atingir este objetivo... E essa, se e quando der certo, vai me deixar com uma vontade quase obsessiva de saber como Sigmund Schlomo Freud vai conseguir explicar o evento. Sigmund Freud, por Max Halberstadt, em São Paulo, SP, 21 de Janeiro de 2014 Mkmouse

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