AVALIAÇÃO E MANEJO DE DOENÇAS EM Brachiaria brizantha cv. BRS PIATÃ. Área Temática da Extensão: Tecnologia.

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Transcrição:

AVALIAÇÃO E MANEJO DE DOENÇAS EM Brachiaria brizantha cv. BRS PIATÃ Jaqueline Ianelo Guerra 1 ; Maria Luiza Nunes Costa 2 1p Bolsista UEMS. Estudante do Curso de Agronomia da UEMS, Unidade Universitária de Cassilândia; E-mail: jaquiguerra@hotmail.com 2 Professora do Curso de Agronomia da UEMS, Unidade Universitária de Cassilândia; E-mail: luiza.costa@ymail.com Área Temática da Extensão: Tecnologia. Resumo Atualmente o Brasil tem uma grande produção na área da pecuária, contando com cerca de 120 milhões de hectares de pastagens cultivadas, incluindo vários tipos de gramíneas. Dentro destes cultivos de pastagens, ocorre uma grande facilidade na propagação de doenças e pragas, devido aos monocultivos. Com isso, várias doenças começam a ter importância significativa, causando perdas na qualidade das pastagens e queda na produção de sementes. Neste caso, para minimizar o uso de defensivos agrícolas nas pastagens para alimentação animal, esta sendo estudado o uso de tratamento de sementes para minimização dos danos nas forrageiras. No presente trabalho, vem sendo visto a importância das doenças, alertando os produtores para a prevenção da sua entrada na região de Cassilândia. Nesse sentido a divulgação dos resultados da pesquisa do setor forrageiro ajudará os pecuaristas a evitar a introdução de doenças em suas pastagens através do trabalho preventivo pelo tratamento das sementes utilizadas na formação das pastagens de suas propriedades e mesmo na fase de reforma das áreas de pastagens degradadas. Através de montagem de campo de demonstração de dados existentes na literatura, os trabalhos estão sendo executados na instituição, onde são realizados testes em laboratório e a campo, visando transmitir a importância dos cuidados de prevenção de danos, de gastos futuros com recuperação de pastagens degradadas. A segunda etapa deste trabalho será realizada na forma de palestras, treinamentos, produção de manual escrito, que poderá ser distribuído aos participantes. Palavras-chave: Tratamento de sementes. Forrageiras. Produtos alternativos. Mancha foliar. Introdução O Estado do Mato Grosso do Sul tem significativa contribuição com produção anual na ordem de 10.000 toneladas de sementes. Dessa forma, o desenvolvimento e aplicação de novos conhecimentos na área de tecnologia de sementes de forrageiras se fazem necessários para que a produtividade e os padrões de qualidade das mesmas sejam cada vez maiores, tornando o Mato Grosso do Sul e o Brasil cada vez mais competitivo nessa área. Com a expansão das pastagens cultivadas e intensificação da atividade pecuária nos últimos anos, várias doenças de forrageiras começaram a ter importância significativa, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil, causando perdas em produtividade e qualidade das 1

pastagens. Informações referentes aos agentes causais dessas doenças nas pastagens e nos campos de produção de sementes, bem como a influência dos mesmos na capacidade de suporte e produtividade das mesmas são escassas (VERZIGNASSI et.al., 2003). Nesse sentido a divulgação dos resultados da pesquisa do setor forrageiro ajudará os pecuaristas a evitar a introdução de doenças em suas pastagens através do trabalho preventivo pelo tratamento das sementes utilizadas na formação das pastagens de suas propriedades e mesmo na fase de reforma das áreas de pastagens degradadas. E assim, para evitar e diminuir o possível uso de defensivos agrícolas em pastagens destinadas à alimentação animal será apresentado metodologias existentes utilizando o tratamento de sementes no efeito de minimizar os danos na área foliar das forrageiras. Este trabalho tem como objetivo detectar os fungos fitopatogênicos presentes nas sementes de Braquiaria Piatã, avaliar a eficiência dos produtos fungicidas no tratamento de sementes e avaliar a transmissão destes organismos via sementes, com intuito de disponibilizar informação para os produtores, referentes ao manejo de doenças presentes nas pastagens de suas propriedades. Desta forma, por meio de encontros, publicação e distribuição de material de divulgação o presente projeto divulgará aos pecuaristas, profissionais do setor e estudantes, o manejo adequado de doenças em plantas forrageiras. Material e Métodos O trabalho está sendo desenvolvido no Laboratório de Fitossanidade no campo experimental da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Unidade Universitária de Cassilândia, neste ano de 2012. As sementes da forrageira Brachiaria brizantha cv. BRS Piatã ultilizadas neste trabalho foram tratadas quimicamente conforme Tabela 1. Em seguida as sementes foramavaliadas para verificação do efeito dos produtos na germinação das sementes e no controle de patógenos presentes nas mesmas. Tabela 1. Produtos químicos e doses utilizadas no tratamento das sementes de Piatã. Cassilândia/MS. 2012. TRATAMENTO PRINCÍPIO ATIVO DOSES (100 kg sementes) 1 Testemunha - 2 metalaxyl-m + fludioxonil 100 ml 3 carbendazim + tiram 100 ml 4 carbendazim + tiram 200 ml 5 tiofanato-metilico+fluazinam 100 ml 2

6 fipronil + piraclostrobina + tiofanato-metílico 100 ml Teste de Sanidade: Foi realizado em caixas plásticas transparentes tipo gerbox, com quatro repetições de 50 sementes para cada tratamento, distribuídas sobre duas folhas de papel mata-borrão, previamente esterilizadas, e umedecidas com água também esterilizada. Conduzidos no Laboratório de Fitossanidade, a avaliação foi feita ao décimo dia após a instalação deste. Teste de Germinação: A semeadura foi realizada em caixas plásticas transparentes tipo gerbox, com quatro repetições de 50 sementes para cada tratamento, distribuídas sobre uma folha de papel mata-borrão, umedecidas com água em quantidade equivalente a 2,5 vezes o peso do mesmo. A seguir, as caixas tipo gerbox foram transferidas para a câmara de germinação (BOD). As avaliações foram feitas aos 7, 14 e 21 dias, computando-se o número de plântulas normais. Testes em campo: Plantio das sementes tratadas, onde os mesmos estão documentados na forma de fotografias para posterior apresentação. Para esta avaliação foi montado um experimento a campo onde as parcelas experimentais foram constituídas de 4 linhas de cultivo medindo 2 m espaçadas de 0,8 m entre as linhas, constituindo uma área total da parcela de 4 m 2 (2 m x 2 m), onde será utilizada para coleta de dados uma área de 2 m 2 (2,0 m x 1,0 m), sendo 6 tratamentos de 4 repetições (em blocos). Os resultados de emergência em campo foram obtidos aos 7, 14 e 21 dias após o plantio. As adubações foram feitas no plantio com adubo supertriplo (20 g de adubo para cada 1 m 2 de área), e outra de cobertura aos 90 dias com cloreto de potássio (12 g de adubo para cada 2 m² de área) e uréia (16 g de adubo para cada 2 m² de área). Aos 30 dias após a emergência, foi avaliada a presença de sintomas de doenças causados pelos patógenos presentes nas sementes. Foram coletados os dados de incidência das principais doenças das forrageiras em estudo, na região de Cassilândia/MS, e são realizadas periodicamente avaliações do aparecimento de doenças foliares. Boletim Divulgação: Para melhor conhecimento dos produtores sobre este projeto que esta em andamento, está sendo feito boletim técnico contendo informações do manejo das doenças nas forrageiras, que tem significativa importância na produção e desenvolvimento das pastagens. 3

Resultados e Discussão As sementes utilizadas na montagem do campo demonstrativo para produtores foram tratadas com diferentes fungicidas, conforme Tabela 1 e estão documentadas na Figura 1 (A, B). FIGURA 1: Tratamento de sementes. A. produtos e amostras das sementes; B. Secagem das sementes após tratamento. A B O campo demonstrativo de capim Piatã está sendo montado (Figura 1A, B). Foram utilizadas neste campo sementes tratadas quimicamente e sem tratamento para comparação da eficiência dos produtos utilizados. FIGURA 2: Montagem do campo demonstrativo de capim Piatã. UEMS/Cassilândia, 2012. A avaliação da transmissão de doenças pelas sementes às plantas em campo foi verificada durante a avaliação da emergência, aos 10 e 30 dias após a emergência, e foram avaliadas a presença de sintomas de doenças causados pelos patógenos presentes nas sementes (Figura 3 A e B). 4

FIGURA 3. Avaliação de campo. A. Emergência de plantas em campo. B. Avaliação da sanidade durante a emergência em campo. UEMS/Cassilândia, 2012. A B A verificação da incidência da Mela das sementes de Braquiária no campo será avaliada no momento da floração, quando surgem os sintomas. Além disso, está sendo avaliada a incidência de doenças foliares, e então será aplicado extrato de plantas e ou produtos químicos com princípios ativos eficientes contra os patógenos presentes. Em seguida será avaliada a eficiência do produto. Até o presente momento foi observada a presença de um sintoma semelhante à ferrugem que ocorre em outra forrageira, mas os sintomas nas folhas de piatã são ainda iniciais. O monitoramento continuará até o final do experimento. A divulgação dos resultados será realizada após a obtenção dos resultados previstos no projeto, para que possam ter a oportunidade de observar, a campo, os resultados dos tratamentos das sementes e das pulverizações da parte aérea das plantas. O boletim contendo os resultados do trabalho está em fase de elaboração e serão distribuídos aos produtores no momento de demonstração dos resultados em campo. Conclusões De acordo com resultados obtidos nas análises sanitárias, o tratamento de sementes apresentou efeito significativo na minimização do aparecimento de doenças nos estágios iniciais de desenvolvimento vegetativo da forrageira. Agradecimentos Agradeço à UEMS pela concessão da bolsa e a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural AGRAER de Cassilândia - MS, que se disponibilizou a contribuir na divulgação deste trabalho. 5

Referências VERZIGNASSI, J. R.; FERNANDES, C. D. Doenças em forrageiras. Campo Grande, MS : Embrapa Gado de Corte, 2001. Disponível em: <http://www.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/ divulga/gcd50.html>. Acesso em: 20 jul. 2012. 6