BULLYING NÃO É BRINCADEIRA JARDIM, G. 1; SALLES, C. 2; COUTINHO, M. 3; WEINHEIMER, G. 4

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Transcrição:

BULLYING NÃO É BRINCADEIRA JARDIM, G. 1; SALLES, C. 2; COUTINHO, M. 3; WEINHEIMER, G. 4 1. Apresentadora e autora, aluna do Instituto Estadual Couto de Magalhães. Arroio dos Ratos, RS: g- jardim@hotmail.com; 2. Autora, aluna do Instituto Estadual Couto de Magalhães. Arroio dos Ratos, RS: caira543@gmail.com; 3. Autora, aluna do Instituto Estadual Couto de Magalhães. Arroio dos Ratos, RS: caira543@gmail.com; 4. Orientadora, professora do Instituto Estadual Couto de Magalhães. Arroio dos Ratos, RS: gicele.weinheimer@gmail.com 1 INTRODUÇÃO O estudo Bullying não é brincadeira, de caráter exploratório e descritivo, teve por objetivo conhecer as situações de bullying, o seu conceito e surgimento. É fundamental que se conheça como se operam as manifestações da violência, tendo sempre em vista que essas manifestações se modificam, atualizando-se de acordo com o contexto histórico-social. A escola é de grande significância para as crianças e adolescentes, e os que não gostam dela têm maior probabilidade de apresentar desempenhos insatisfatórios, comprometimentos físicos e emocionais à sua saúde ou sentimentos de insatisfação com a vida. Os relacionamentos interpessoais positivos e o desenvolvimento acadêmico estabelecem uma relação direta, onde os estudantes que perceberem esse apoio terão maiores possibilidades de alcançar um melhor nível de aprendizado 1. Portanto, a aceitação pelos companheiros é fundamental para o desenvolvimento da saúde de crianças e adolescentes, aprimorando suas habilidades sociais e fortalecendo a capacidade de reação diante de situações de tensão 2.Este projeto busca contribuir com a redução da violência no ambiente escolar a partir da coleta e análise de dados quantitativos realizados entre o 7º ano, 8º ano e 8ª série do 1 Ravens-Sieberer U, Kökönyei G, Thomas C. School and health. In: Currie C, Roberts C, Morgan A, Smith R, Settertobulte W, Samdal O, et al. (editors). Young people s health in context. Health Behavior in School-aged Children (HBSC) study: international report from the 2001/2002 survey. Health Policy for Children and Adolescents; N 4. World Health Organization. 2004. p. 184-195. 2 Samdal O, Dür W, Freeman J. School. In: Currie C, Roberts C, Morgan A, Smith R, Settertobulte W, Samdal O, et al. (editors). Young people s health in context. Health Behavior in Schoolaged Children (HBSC) study: international report from the 2001/2002 survey. Health Policy for Children and Adolescents; N 4. World Health Organization. 2004. p. 42-51.

Ensino Fundamental de duas escolas estaduais do município de Arroio dos Ratos, permitindo entender as situações de maus tratos nas relações entre os estudantes. Tendo isto em vista, nosso problema norteador é: Como os alunos se colocam em relação ao Bulliyng nas escolas estaduais de Arroio dos Ratos? 2 OBJETIVOS 2.1. Objetivo geral: Conhecer como se opera o Bulliyng nas duas escolas estaduais do município de Arroio dos Ratos. 2.2. Objetivos específicos: Contribuir com a redução da violência no ambiente escolar a partir da coleta e análise de dados quantitativos realizados entre o 7º ano, 8º ano e 8ª série do Ensino Fundamental de duas escolas estaduais do município de Arroio dos Ratos, permitindo entender as situações de maus tratos nas relações entre os estudantes 3 REFERENCIAL TEÓRICO O bullying é um sério problema que atualmente atinge a sociedade. No dia-adia, inúmeras pessoas sofrem graças a atitudes agressivas, intencionais e repetitivas, praticadas por uma pessoa ou um grupo, que resultam em dor, angústia e sofrimento, sem aparente motivo. Esta forma de violência ocorre em uma relação desigual de poder, caracterizando uma situação de desvantagem para a vítima, que, geralmente, não consegue oferecer resistência. A vítima pode estar em desvantagem numérica, ser mais nova, menos forte, ou, simplesmente, insegura. Maria José Martins subdivide o bullying em três categorias 3. A primeira categoria consiste em comportamentos diretos e físicos, incluindo atos como agressões físicas, roubos ou danos a objetos, extorsões de dinheiro, forçar comportamentos sexuais, obrigar a realização de atividades servis, ou a ameaça destes. A segunda forma inclui comportamentos diretos e verbais, como insultar, apelidar, fazer piadas, fazer comentários racistas, homofóbicos ou que digam respeito a qualquer diferença no outro. Por último, há os comportamentos indiretos, como excluir sistematicamente uma pessoa, fazer fofocas ou espalhar boatos, ameaçar excluir alguém de um grupo 3 MARTINS, Maria José. O problema da violência escolar: uma clarificação e diferenciação de vários conceitos relacionados. Revista Portuguesa de Educação, 18 (1), 93-105, 2005.

para obter algum favorecimento ou, de maneira geral, manipular a vida social de outrem. Do mesmo modo, há, atualmente, ocyberbullying, que se caracteriza pela utilização de tecnologias de comunicação, como computadores e celulares ligados à Internet, para a realização dessas violências. No Brasil, o cyberbullying é muito comum nas redes de relacionamento social, onde as mensagens injuriosas são disseminadas rapidamente, principalmente porque a falsa sensação de anonimato e impunidade características da internet estimulam muito esse tipo de comportamento. As vítimas tendem a ser mais passivas, isoladas, introvertidas e inibidas; apresentam uma percepção negativa de si mesmas e da situação em si, pois não conseguem vislumbrar alternativas para mudar a situação. Os agressores são, geralmente, os líderes do grupo, tendo o apoio de seus seguidores durante a agressão. Em 1982, na Noruega, três alunos na faixa etária de 14 anos cometeram suicídio, possivelmente como resultado de problemas de bullying (vitimização). Após, em 1983, uma campanha nacional para combater problemas relacionados à vitimização em escolas foi coordenada pelo Ministério da Educação desse país. Dessa forma, as autoridades, a mídia e profissionais em escolas passaram a dar mais importância e a ficar mais atentos a esse tipo de brincadeira. Apesar de o fato ter ocorrido na Noruega, pesquisas transculturais mostram que o fenômeno de bullying, provavelmente, sempre existiu e é identificado em diversos países do mundo. Há aspectos comuns nessas manifestações, os quais sugerem um caráter universal no fenômeno. Estudos científicos e aprofundados sobre o assunto começaram a ser realizados a partir da década de 1990, por diversos pesquisadores. Pode-se supor que houve uma mudança na maneira de analisar essas atitudes agressivas - que sempre existiram, mas que até então eram ignoradas e/ou negligenciadas - e pesquisadores passaram a encará-las não mais como um fenômeno corriqueiro, normal e inofensivo, mas como um processo que merece ser cuidadosamente observado e investigado, pois implica graves consequências (emocionais e cognitivas) para os envolvidos. 4 METODOLOGIA Para a realização deste projeto foi feita uma pesquisa de caráter quantitativo com alunos das duas escolas estaduais de Arroio dos Ratos, Lygia Gonçalves Motta e Couto de Magalhães, onde turmas de 7º ano, 8º ano e 8ª série foram entrevistadas.

A Escola Estadual de Ensino Fundamental Lygia Gonçalves Motta localiza-se no bairro São Cristóvão, onde a maior parte dos estudantes são de baixo poder aquisitivo. O Instituto Estadual Couto de Magalhães é a maior escola do município, localizada no centro da cidade, contemplando a comunidade com ensino fundamental e médio, nas modalidades regular e EJA. Foram cerca de 118 entrevistados ao todo, que responderam à dez questões objetivas e também uma dissertativa que não era obrigatória. 5 RESULTADOS Comparando os resultados percebe-se que na escola Lygia Motta a maioria dos entrevistados responderam que já praticaram e sofrerambullying, enquanto no Couto de Magalhães 61,2 % disseram que não na primeira pergunta e 68,1% na segunda. Em ambos colégios os alunos falaram com 93,4% (Lygia) e 90,3% (Couto) que nunca sofreram bullying com agressão física. A pesquisa mostrou que apenas 28,2% no Lygia e 13,8% no Couto contaram a situação para a família e/ou para a escola. Na pergunta número nove, foi demonstrado que mesmo com alguns resultados assustadores, os jovens estão tornando-se conscientes, pois mais de 90%, das turmas entrevistadas, disseram que acham importante divulgar esse tema nas escolas. Em ambas escolas, a pergunta dez mostrou que, para os entrevistados, as motivações para os maus tratos são que os opressores querem ser populares e por brincadeira. 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com esta pesquisa foi possível concluir que o bullying não é uma brincadeira, mas sim um problema social, psicológico e educacional. Apesar de muitas pessoas saberem o que é e que ele existe, é dificilmente previnido, reconhecido e combatido. Foi possível, através da pesquisa de campo e da coleta de informações, compreender melhor o que sente a vítima: dor, angústia, humilhação, solidão e também o que leva o agressor a fazer algo tão ruim contra alguém. Há a necessidade de maior número de estudos mostrando os fatores de risco e mecanismos de proteção para a redução de danos psicossociais nas vítimas.

A solução para este fenômeno é o apoio dos pais, pois é no núcleo familiar é que começa a educação das crianças, fazendo com que se tornem conscientes, que respeitem ao próximo, que tenham autoestima e confiança. 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MARTINS, Maria José. O problema da violência escolar: uma clarificação e diferenciação de vários conceitos relacionados. Revista Portuguesa de Educação, 18 (1), 93-105, 2005. RAVENS- SIEBERERU, Kökönyei G, Thomas C. School and health. In: Currie C, Roberts C, Morgan A, Smith R, Settertobulte W, Samdal O, et al. (editors). SANDAL O, Dür W, Freeman J. School. In: Currie C, Roberts C, Morgan A, Smith R, Settertobulte W, Samdal O, et al. (editors). Young people s health in context. Health Behavior in Schoolaged Children (HBSC) study: international report from the 2001/2002 survey. Health Policy for Children and Adolescents; N 4. World Health Organization. 2004. p. 42-51.