Tema Lei Anterior Lei nº. 13.467/2017 Medida Provisória Terceirização Sócio Retirante Salário e Remuneração A Lei nº. 13.429/2017, a qual permite a contratação de prestadores de serviços especializados em todas as atividades, incluindo a atividade-fim das empresas tomadoras, já havia sido sancionada pelo Presidente Michel Temer. Não existia previsão legal acerca do assunto na legislação trabalhista. Integravam o salário a importância fixa estipulada, bem como comissões, porcentagens, gratificações, prêmios, diárias para viagens (quando excederem 50% do salário estipulado) e abonos pagos pelo empregador. Os encargos previdenciários e trabalhistas incidem sobre a soma de todos os valores recebidos pelo empregado. O empregador não poderá dispensar trabalhadores terceirizados e recontratálos em período inferior a 18 (dezoito) meses. O prestador de serviços terá direito às mesmas condições de trabalho dos empregados da empresa tomadora, como alimentação; uso do ambulatório médico e alimentação. O sócio que se retirar da sociedade somente responderá por obrigações trabalhistas caso a ação trabalhista seja proposta em até 2 (dois) anos da data de averbação de sua saída. Caso a alteração societária configure algum tipo de fraude, o sócio retirante responderá solidariamente pelos débitos trabalhistas. Integram o salário a importância fixa estipulada, gratificações legais e contratuais e comissões pagas pelo empregador. As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílioalimentação (salvo pagamento em dinheiro), diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
Jornada 12x36 Como regra geral, a jornada de trabalho diária era fixada em 8 (oito) horas por dia e 44 (quarenta e quatro) horas por semana, podendo ser acrescidas 2 (duas) horas extraordinárias de maneira excepcional, não havia previsão sobre o tema na legislação. Fica facultado às partes, mediante acordo individual escrito, Convenção Coletiva ou Acordo Coletivo de Trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação. A jornada 12x36 só pode ser estipulada mediante a entabulação de acordo coletivo com o Sindicato representativo. Por outro lado, a Súmula nº. 444, do Tribunal Superior do Trabalho, permitia a adoção em caráter excepcional do sistema 12x36, desde que prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados. Trabalho em regime Home Office Não era regulamentado de maneira específica. O trabalho em regime home office deverá constar no contrato individual de trabalho, o qual conterá informações sobre quem será responsável pela aquisição, manutenção e fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária a prestação do trabalho remoto. A alteração do regime de trabalho home office para o presencial poderá ser realizada por determinação do empregador, garantido prazo mínimo de transição 15 dias, ou por mútuo consentimento.
Trabalho Insalubre para Gestantes Contrato de Trabalho Intermitente Empregada gestante ou lactante não poderia trabalhar em local considerado insalubre. Não havia previsão legal. Autoriza empregada gestante a trabalhar em condições insalubres em graus mínimo e médio, salvo se o trabalho for prejudicial à gestação/lactação. É permitida a prestação do trabalho de forma não contínua, com alternância dos períodos de trabalho e inatividade, os quais poderão variar entre horas, dias ou meses, independentemente da categoria dos empregados, salvo a categoria profissional dos aeronautas. O contrato deve ser celebrado por escrito, com a ressalva de que o período de inatividade não configura tempo à disposição do empregador. Autoriza a empregada gestante a trabalhar em condições insalubres quando voluntariamente apresentar atestado médico de seu médico de confiança. A multa aplicável aos empregados pelo não cumprimento de convocação já aceita é revogada. Com três dias corridos de antecedência, o empregador convocará o trabalhador e informará a jornada. Se este último a aceitar, terá um dia útil para responder e, se não comparecer, terá de pagar multa de 50% da remuneração que seria devida em um prazo de 30 dias, permitida a compensação em igual prazo. Verbas Rescisórias Pagamento em até 10 (dez) dias nos casos de aviso prévio indenizado. Pagamento no dia imediatamente seguinte ao término do aviso prévio, quando trabalhado. Fixado prazo de 10 (dez) dias para pagamento das verbas rescisórias, independentemente da modalidade.
Rescisão Contratual O empregado que pede demissão ou que é demitido por justa causa não tem direito de sacar o saldo do FGTS. Ao dispensar empregado sem justa causa, será devido pelo empregador ao empregado, indenização de 40% sobre o saldo do FGTS depositado em conta corrente vinculada. Possibilidade de rescisão contratual por mútuo consentimento, sendo que nesse caso: - A indenização de 40% sobre o FGTS seria reduzida para 20%; - O aviso prévio seria reduzido para metade, sendo no mínimo de 15 (quinze) dias; e O aviso prévio nas dispensas sem justa causa é de, no mínimo 30 (trinta) dias, podendo ser convertido em pagamento. - O empregado poderá sacar 80% do FGTS, não tendo acesso ao segurodesemprego. Homologação da Rescisão Contratual Dispensa Coletiva Empregados com mais de 1 (um) ano de serviço para o mesmo empregador deveria ter sua rescisão contratual homologada junto ao Sindicato de sua categoria do profissional ou perante o Ministério do Trabalho e Emprego. Não havia previsão legal, mas precedentes emitidos pelos Tribunais Trabalhistas determinavam que as dispensas somente poderiam ser conduzidas se houvesse negociação prévia com o Sindicato representativo, o que implicava a concessão de vantagens adicionais aos empregados atingidos. A homologação da rescisão contratual perante o Sindicato profissional ou autoridade competente não será mais necessária, sendo suficiente apenas que o empregador comunique a dispensa aos órgãos competentes e realize o pagamento das verbas rescisórias em até 10 (dez) dias contados a partir do término do contrato. Não há necessidade de negociação prévia com o Sindicato representativo.
Banco de Horas O sistema de Banco de horas somente podia ser implementado se houvesse negociação coletiva com o Sindicato representativo. Referido sistema poderá ser negociado diretamente com o empregado, por meio de acordo individual, obrigatoriamente escrito, com duração máxima de 6 (seis) meses. Se houver negociação coletiva, ou seja, envolvendo o Sindicato representativo, mantém-se o prazo de 12 (doze) meses para compensação. Cláusula de Arbitragem Não havia previsão legal. Empregados com nível superior e salário mensal igual ou superior a 2 (duas) vezes o teto do INSS (atualmente, R$11.062,62) podem firmar contrato de trabalho contendo cláusula arbitral. Danos Morais O tema era regulado pelo Código Civil, sendo certo que os critérios para arbitramento/fixação dependiam da discricionariedade do juiz. Passa a ser regido pela CLT, a qual definirá o grau de ofensa da conduta e preestabelece valores de indenização conforme o salário recebido pelo empregado no curso do contrato de trabalho. O critério para parametrização será atrelado ao teto do limite dos benefícios da Previdência Social. Honorários Sucumbenciais Depósito Recursal Empresas em Recuperação Judicial Somente eram devidos em reclamações trabalhistas nas quais o trabalhador era beneficiário de gratuidade de justiça, bem como estivesse assistido pelo sindicato de sua categoria profissional. Não havia isenção, ainda que a empresa requerente demonstrasse a fragilidade de sua situação financeira. Passam a ser devidos em todos os processos, inclusive em benefício das empresas, admitindo-se a sucumbência recíproca. São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita, as entidades filantrópicas e as empresas em recuperação judicial, tratando-se, portanto, de enorme avanço legislativo.
Férias Fruição em período único de 30 (trinta) dias corridos. Somente em casos excepcionais o descanso poderia ser fracionado em dois períodos, um dos quais não poderia ser inferior a 10 (dez) dias, salvo para menores de dezoito anos e maiores de cinquenta anos. O fracionamento do período de descanso é permitido, desde que o empregado manifeste concordância expressa. As férias poderão ser usufruídas em até 3 (três) períodos, um deles com no mínimo 14 (quatorze) dias e os demais não inferiores a 5 (cinco) dias corridos cada. Menores de menores de dezoito anos e maiores de cinquenta anos também poderão fracionar suas férias.